PF obteve para CPI documentos negados pela Precisa e por Ministério da Saúde

Para prosseguir com investigação, comissão precisou recorrer à operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta sexta

Jornal GGN – A operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na sede da Precisa Medicamentos nesta sexta-feira (17/09) ocorreu a pedido da CPI da Pandemia, como forma de dar prosseguimento às apurações envolvendo a empresa.

Pelas redes sociais, senadores que integram a comissão dizem que a CPI tentou de “todas as formas” informações relativas ao contrato entre a Precisa e a Bharat Biotech — laboratório indiano fabricante da vacina Covaxin — mas não conseguiu.

“A CPI tentou de todas as formas obter essas informações e não logrou êxito. Fez-se necessário, para prosseguimento das apurações, a utilização deste instrumento judicial. A operação, que foi autorizada pelo STF, destina-se à apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa e a Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao contrato”, esclareceu o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O fato de a CPI ter buscado as informações diretamente com a empresa, com o Ministério da Saúde com os envolvidos nas negociações, que depuseram à comissão, levou o senador Humberto Costa (PT-PE) a considerar acertada a decisão de pedir a operação de busca e apreensão à Polícia Federal. “Queremos o contrato entre ela e a indiana Bharat Biotech para saber em que termos foi negociada a bilionária compra da Covaxin. Nem a empresa nem o Ministério da Saúde nos prestaram as informações necessárias”, informou.

Segundo a Agência Senado, uma das linhas de apuração da CPI está relacionada à negociação entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para aquisição da vacina indiana Covaxin com contrato de R$ 1,6 bilhões. Apesar de ter licitado valor para pagamento, o contrato foi cancelado após a divulgação de possíveis irregularidades envolvendo as negociações.

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Redação

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