Jornal GGN – O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR) ameaçou “enquadrar” a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e afirmou que os diretores estão “fora da casinha” e “nem aí” com a pandemia do coronavírus.
A declaração de Barros foi cobrando do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, de acelerar o registro de novas vacinas no país. Em resposta, Torres sugeriu que o líder do Centrão apresente uma denúncia formal sobre a demora e pediu retratação.
Torres havia dito que as declarações do deputado são injustificáveis. Em entrevista ao Estadão nesta quinta (04), a ameaça de Torres de “enquadrar” a agência reguladora foi retrucada pelo presidente da Anvisa.
Tentando mediar a situação, Bolsonaro convidou o diretor a participar da transmissão ao vivo desta quinta nas redes sociais e afirmou que não irá interferir nos trabalhos da Anvisa.
Nesta sexta (05), Bolsonaro voltou a defender a agência, falando que “nossa Anvisa tem um histórico de trabalho muito bom”. Eu sempre disse: uma vez aprovada pela Anvisa, sem pressão de ninguém, a vacina será comprada. Ninguém fala por mim diante de uma agência, seja qual for”, reafirmou.
A queda de braço entre o líder do Congresso e a Anvisa, com a mediação a favor da agência pelo presidente, ocorre em meio à tentativa do próprio governo de tentar acelerar o aval das vacinas para atender ao Plano Nacional de Imunização.
O Ministério da Saúde tenta avançar na aquisição da Sputnik V e da Covacin, esta última desenvolvida na Índia, para não depender da Coronavac.
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