Crítica: Filme de Chico Buarque censurado em Montevideo

Relinchava um asno, de cabresto e antolhos apertados, enquanto puxava uma carroça cheia ouro, movendo-se lentamente

Por Adao de Lima Jr

Comentário no post CENSURA: Itamaraty proíbe filme sobre Chico Buarque em Festival no Uruguai

“Afasta de mim esse Cale-se!”

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Ah!, essa ideia de comunismo que Chico Buarque promove! Onde já se viu! Uma sociedade igualitária, sem classes sociais, baseada na propriedade comum dos meios de produção e autogerida democraticamente. Comunista! Será que não podemos escolher viver sob o afago agridoce do capitalismo burguês, que nos dá tudo o que não precisamos, abaixo do relho da alienação!? Queremos shows de discurso ao ódio, regados com músicas chulas sem conteúdo! Abaixo às comunidades que queiram fazer ajuntamento para defender seus direitos e suas diferenças! Morte à democracia! 
Assim relinchava um asno, de cabresto e antolhos apertados, enquanto puxava uma carroça cheia ouro, movendo-se lentamente, com as patas atoladas na bosta até os joelhos, em direção a um atoleiro profundo!
A crítica que faço acima, refere-se à censura imposta pela embaixada brasileira ao filme “Chico, Artista Brasileiro”, no Festival Cine Brasil 2019, em Montevideo.

E urrava o asno: “Afasta de mim esse Calice!”
  

Redação

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  1. Estamos acordando do pesadelo trevoso e nossos olhos já não mais se fecham onde precisam e devem estar sempre abertos e atentos. Nossos atos, nossa escrita e nossa fala se enchem de coragem para se opor a marcha do poder ditatorial, que camuflada na pele de mais uma suposta salvação nacional, atrai os justos para a armadilha fatal onde os roedores e rentistas fazem a festa para militares.

  2. Falta-nos a ação que mudará nossa realidade. Até quando? Já não escondem os interesses sórdidos que representam, a destruição do Estado brasileiro, a subversão, a submissão a interesses exógenas. Até quando?

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