Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Economistas de circo: o desemprego é bom, por André Araújo

Por Motta Araujo

O âncora do Jornal da CBN do meio-dia teria um lugar garantido em qualquer novela da Globo: cara, postura, voz, gestual de chefe de estação do interior nos anos 30. Mas o aspecto bonachão não tira a graça dos absurdos que ele entretêm em seu horário, ideal para ouvir no carro quando se volta para o almoço em casa.

Tem um quadro chamado Call de Abertura onde hoje entrevistou um tal de Teco (que ridículo usar apelidos em conversa pública) que disse que o Banco Central está feliz da vida com o desemprego. Quanto mais desemprego mais fácil atingir a sacrossanta meta de inflação de 4,5% em dezembro de 2016. Que coisa importante, a meta é tudo na vida, o desemprego é um detalhe sem nenhuma importância. Milhões de brasileiros ferrados não é nada, o bom é O CENTRO DA META.

Que ainda exista um pensamento econômico que consagre o desemprego como ferramenta de politica econômica é um retrato cabal da pobreza, da mediocridade, da ausência de qualquer projeto mais inteligente, por parte dos “economistas” de boca cheia de anglicismos, loucos por uma carreirinha no Itaú ou no Bradesco, economistas “de porta de faculdade”, os Teco da vida e os seus ídolos, Levys e Altamires do Banco Central.

Mas será que não tem mais nenhum Delfim, nenhum Simonsen, nenhum Roberto Campos, pessoas com alguma massa cinzenta de cultura econômica dentro de uma cultura geral e politica avançada? Como é possível sequer dizer que o desemprego é bom para o Banco Central. Pensar semelhante asneira já é grave, dizer é horrível, praticar é crime.

Há 80 anos John Maynard Keynes já desmontou o pensamento ortodoxo que glorificava a reserva de desempregados como boa para o capitalismo. Combater a inflação com o desemprego é como combater a dor  de cabeça com afogamento, acaba a dor e acaba o dono da cabeça.

Para quê serve a inflação baixa? Para as pessoas poderem comprar comida a preços razoáveis, MAS se o freguês está desempregado e não tem renda, para quê serve a inflação baixa? Para quem não tem dinheiro no bolso a inflação tanto faz ser 30% ao ano ou ser zero.

O tal Teco expressa a cartilha dos economistas burros, categoria onde a burrice é mais abundante do que nas demais profissões. Politica econômica precisa saber dosar inflação com prosperidade, às vezes a inflação é necessária para reativar a economia, para aliviar as dívidas. A inflação não é uma variável no vácuo, ela decorre de outras variáveis. TRAZER A INFLAÇÃO PARA O CENTRO DA META, expressão que dá orgasmo a muitos economistas pode ser um DESASTRE para qualquer economia, hoje na Europa muitos economistas tentar fazer inflação e não conseguem.

O MODELO DE METAS DE INFLAÇÃO é um das maiores fraudes em ciência econômica, é uma política tola e viciosa, não tem que haver meta de inflação nenhuma, a politica econômica deve ser FLEXÍVEL ao máximo para se amoldar às circunstancias e ciclos. META DE INFLAÇÃO É UM ENGESSAMENTO da economia em torno de uma só variável. Não tem coisa mais burra sob o sol.

Os EUA nunca adotaram essa ideia, Alan Greenspan tem um papel antológico sobre a estupidez desse modelo que poucos países adotam. As razões dele são óbvias, qual a vantagem de engessar um instrumento de politica econômica? Para reativar uma economia paralisada a INFLAÇÃO É UMA FERRAMENTA.

Em 1933 no auge da Grande Depressão o candidato presidencial Herbert Hoover, postulando a reeleição, disse que sua política seria mais do mesmo, mais recessão para combater a Depressão. Keynes deu uma entrevista ao New York Times mostrando a burrice dessa ideia. Acabou com Hoover e abriu as portas da Casa Branca para Roosevelt, que fez o contrário, jogou moeda na economia para levantar a economia.

Qual a logica de BUSCAR O CENTRO DA META em dezembro de 2016 com a economia arrasada, no chão, desemprego nas alturas? Consegui o CENTRO DA META, e daí? Acontece o quê? Resolveu o que?

O que vai acontecer é ainda pior, vão tentar chegar nesse centro da meta, NÃO VÃO CONSEGUIR, mas pelo caminho vão destruir a economia produtiva para… NADA. A burrice é a mercadoria mais abundante do planeta.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

39 Comentários

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  1. “Centro da meta”

    Andre,

    “Centro da meta” cai como uma luva para o discurso dos palpiteiros em economia, incluídos no grupo a maioria dos economistas e os jornalistas “especialistas”, estes com os seus gráficos e informações majoritariamente tergiversadas, é um mar de meias verdades.  

    Além do mais, os jornalistas de araque não têm um pingo de vergonha na cara, quando a Selic estava na casa dos 8% berravam que era um absurdo, baixa demais, agora em 13% berram ao contrário, está alta demais. 

    A onda do “centro da meta” serve para o andar de cima, sempre ele o privilegiado, agora “obrigado” a botar no bolso cerca de 7% aa limpinhos, é o nirvana tupiniquim. Já deve estar começando o estrago patrocinado pela política insana de Joaquim Levy, política de arrocho que não pode ser criticada pela oposição, já que tem a cara da oposição, e nem pelo bloco de situação, que não se sente bem em criticar determinadas atitudes do governo federal.   

  2. André Araújo – TECO

    Se a entrevista com o Teco foi assustadora, imagine a segunda parte dela com o segundo neurônio Tico.

  3. Nós do BC

    Mas nós do BC havemos de acabar com essa resiliência persistente, desde que mantidos constantes nossos proventos mensais salvo se substituidos por rendimentos substancialmente maiores em cargos equivalentes em corporações bancárias do mercado privado nacional ou, por transferência em matriz no exterior.

    A transferência de renda nacional para os rentistas nacionais e do exterior e para os rentistas nacionais expatriados, deve ser prova suficiente de boa-fé e servir como também eficiente prova curricular para tal feito.

    Ao estender a percepção da resiliência da demanda doméstica que sempre atrelamos à causa primária da inflação, já alinhamos ajustes da taxa SELIC entre 0,25 e 0,50 pontos percentuais até o final de 2016 quanto então com a distensão destes argumentos teremos tempo hábil para novos e sólidos arrazoados convicentes.

    Entretanto, se a banca julgar insuficiente estes argumentos pode apreciar que o propalado rápido ajuste vai ultrapassar o ano de 2015 indo de janeiro desse ano até o final de 2016 (um pouco mais se o mercado propagar permanecer elevado um risco para o centro da meta inflacionária e o BC juntamente com o PIG corroborar essa tese)

    O Copom também avalia que há dados favoráveis à queda da inflação, como início de um processão (processo de tamanho incomensurável) de perda de dinamismo no mercado de trabalho, mas alerta que os salários devem ser mantidos nos níveis mais baixos possíveis para que a cadeia produtiva venda abaixo dos custos necessários para produzir/adquirir seus bens. Alcançada essa situação quimérica o Ministro Levy afirmou que entraremos em um circuito bastante positivo sem inflação e que seria possível até mesmo reduzir os juros da Selic ao mesmo patamar do segundo colocado no ranking mundial. Depois do acesso de risos que durou cerca de quinze minutos os membros do Copom se recompuseram e encerraram a entrevista.

  4. Preferências, preferências e

    Preferências, preferências e mais preferências. Isso dita tudo, inluindo o que vai no papel para laurear ou espinafrar. Começou com o colega Alexander Weber. Lembro bem quando ele profetizou que o Brasil iria sentir a falta do Mantega. Claro, claro, claro,= para as preferências ele é “burro”, “fraco”, e até “cachorro morto”.  Percebam que tão besta quanto o mantra de “trazer a inflação para oc entro da meta” era aquele profetizado pelo outro lado, tipo: “políticas anticilicas nãos  servem”. Afinal, que diabos são essas políticas anticíclicas? Que política é pró-cícleca e fora contrabalanceada pela equipe do, não custa nada repetir: “fraco Mantega”?

  5. Esqueça esses economistas de rádio

    Trazer esse Teco Medina para discussões é inútil. Conheço essas figuras de minha época de GV. Por mais que faculadade se esforçasse em diversificar o curriculum,  esses alunos encabulavam aulas de Keynes e FEB (Formação Econômica Brasileira) e viviam competindo quem faziam as melhores aderência econométricas de carteiras de ações. E só. O mundo desses caras resumia-se a isso. Idolatravam o Armínio, sonhavam em montar uma gestora de investimntos (após estágiarem no Morgan Stanley ou no Goldman Sachs na Faria Lima), e nem tinham noção do que era PAEG ou PND I e II.

    Discursozinho miúdo, cheio de firulas gestuais e parlatórios, e o pior: SE ACHAM PRA CARAMBA. 

  6. Burrice ou desonestidade intelectual?

    Tenho sérias dúvidas se estes economistas são realmente burros ou apenas intelectualmente desonestos. Fico com a segunda opção. Tenho certeza que a maioria sabe perfeitamente bem que esta política economica de buscar o centro da meta, usando só  a elevação de juros como ferramenta, não tem a menor eficácia e  ainda destrói a economia produtiva. Eles estão aí para isso mesmo, destruir a economia produtiva e garantir o seu butim e de seus verdadeiros patrões, o Capital Financeiro (Inter)Nacional.

    Burros de verdade são os coitados da classe média(alta) que, na ilusão de um dia chegarem a classe dominante, acredtiam piamente nos dogmas inventados pelos economistas para justificar o saque da economia real e a destruição/submissão de países ao grande capital.

     

  7. Rarara!

    Eh que a CBN quer Tecos assim mesmo, que confirme a ortodoxia que sempre pregam para a economia brasileira. Desemprego? Não estão nem ai. O importante é ganharem muito com juros altos. Se o Tico estivesse la, como alguém lembrou, ai sim, teria sido uma entrevista daquelas inesqueciveis!

  8. Qual seria a meta na verdade?

    Só gostaria de entender o porquê de se fixar arbitrariarmente um valor para meta de inflação alheia aos cenários econômicos?

    Aconteça ao que acontecer, deve-se ser desta forma.

     

  9. http://www.independent.co.uk/

    http://www.independent.co.uk/news/business/analysis-and-features/john-maynard-keynes-new-biography-reveals-shocking-details-about-the-economists-sex-life-10101971.html

    Na nova biografia de Keynes, por Richard Davenport Hines, há uma frase antologica do grande economista: ” a cada quinze anos é precisa jogar fora o pensamento economico anterior e criar outro” que ilustra a insensatez de viver por dogmas de escola em contextos complicados de grandes paises. Essa tambem foi a lição de Alan Greenspan, lia todos os dias as estatisticas de emprego, telhados, automoveis, geladeiras, fogoões, café e partir dai manobrava a economia. SER FLEXIVEL é o nome do jogo de Keynes, Greenspan e mais 15 Nobel de economia que não rezam pelo monetarismo.

    Meta de inflação é o OPOSTO do economista flexivel que o mundo precisa.

    A proposito, essa biografia de Keynes trata de sua vida pessoal, tambem bastante flexivel.

    1. Heterodoxia do Greenspan

      Mesmo não rezando pela cartilha monetarista, a heterodoxia do Greenspan e dos BCs está muito longe do keynesianismo. Keynes já sabia que afrouxar a politica monetaria é inutil para recuperar a economia se não há demanda forte e incentivo para investir.

      O que os Bcs estão fazendo é inundar a economia com trilhões em papel pintado que os bancos usam para adquirir ativos reais dos endividados globais. Chamam isso de “estímulo” e os anti-keynesianos de “estímulo keynesiano”.

      Mas é apenas transferencia de riqueza disfarçada de politica econômica.

       

      1. No receiturario do New Deal

        No receiturario do New Deal Keynes recomendou a Roosevelt a criação de demanda através de recrutamento de jovens sem trabalho para o Civilian Conservation Corps, a quem se pagava um salario modesto para limpar estradas e parques. Seis milhões foam recrutados, criando demanda nova. Keynes fez ironia dizendo “nem que seja para eles levarem pedras de um lado da estrada para outro e no dia seguinte fazer o contrario”. Criou-se tambem demanda nova por grandes obras de infra estrutura, como o aproveitamento hidro eletrico do Rio Tennessee.

        Demanda se cria facilmente se aceitar-se alguma inflação, a melhor demanda criada é a de obras publicas.

        1. Isso é politica fiscal

          Gasto público, obras públicas, investimento público são instrumentos de politica fiscal, acionados quando a demanda e o investimento privado são insuficientes para impulsionar um novo ciclo de expansão na economia.

          Só que a preocupação no EUA é justamente oposta, estão preocupados com o déficit, não estão aumentando o gasto. 

          Nesse sentido não estão sendo nada keynesianos. Nem pelo lado fiscal, nem pelo lado monetário.

           

    2. Hummm. O Greenspan “só”

      Hummm. O Greenspan “só” despercebeu (?) a bolha e especulação mobiliária (credito sub-prime). Acho que não lia dia a dia esse quesito.

  10. A moçoila está parcialmente
    A moçoila está parcialmente certa. Quando ELA ficar DESEMPREGADA o desemprego será bom.

  11. Considerando as várias “correntes econômicas”

    que se engalfinham por aí, sempre se baseando em determinada teoria, nunca provada científicamente, apenasmente formulada por um teórico, pode-se chegar à conclusão que essas ditas “correntes econômicas” se igualam a meras torcidas de clube, do tipo “gaviões de não sem quem”, “mancha tal …”, “galouc…”, etc.

    Muitos desses economistas acham que podem parar caminhão sem freio, simplesmente girando o ponteiro do velocímetro para zero. 

  12. O tripé do nanismo

    Quer saber se o país é nanico na geopolítica mundial? Basta verificar se ele segue as três sacrossantas metas impostas pelo esclerosado FMI: câmbio flutuante, metas de superávit primário e metas de inflação. Se ele adota este “tripé”, ele é um país nanico.

    Aliás, é bom lembrar. Durante o governo FHC, o FMI condicionou seu empréstimo bilionário para que o Brasil não desse o calote a adoção deste alcunhado “tripé”. Pouco tempo depois, os brilhantes tucanos diziam que era esta a base da estabilidade econômica brasileira, que era o legado que passavam a geração seguinte. A dita “racionalidade” nada mais foi do que uma imposição de um organismo internacional. E como basicamente tudo o que é oriundo do FMI, estas regras simplesmente não prestam.

    Vivêssemos em um país sério, deveria-se buscar a maior taxa de emprego e crescimento econômico conjugado a menor inflação possível. São três as variáveis, de importância similar (ou talvez a inflação seja a menos importante delas), mas o BC, por pura malandragem do sistema financeiro, só adota uma.

     

    1. Doney, esse final de semana

      Doney, esse final de semana ligue a TV e assisti na NETFLIX um documentário sobre a vida de Jesus.

      Lá pelas tantas se fala de Pedro, o apostolo mais humano (no sentido pejorativo) que Jesus teve.

      Pedro foi quem mais errou, sentiu medo, chorou e até traiu os ideias de Jesus. Foi Pedro quem negou ser seguidor de Jesus.

      Tem uma parte no documentário que fala sobre o milagre de Jesus andar sob as águas.

      Pedro tentou ir atrás, mas no meio do caminho perdeu a fé e mergulha no rio.

      Acho que isso aconteceu com Dilma. Ela perdeu a fé, não acreditou nela mesma como Lula o fez.

      Lula apostou no crescimento com emprego e distribuição de renda.

      Veio a mídia canalha e disse que isso não era possível… 

      Dilma tentou, tentou, tentou e tentou… perdeu a fé quando cedeu a pressão do “mercado” e aumentou a taxa de juros.

      Dilma, como Pedro, afundou por que perdeu a fé!

  13. Depois da atuação Mantega –

    Depois da atuação Mantega – Augustin que desmoralizaram a economia com desonerações e falta de transparência, no primeiro mandato de Dilma, o País entrou em uma sinuca de bico.

    A atuação atual, toda voltada para o monetarismo está realmente equivocada, porém, também não se podia continuar da forma que estava. Por ex, as mudanças no seguro desemprego e pensões eram cruciais e corretas a meu ver. A adequação das tarifas que foram represadas também.

    Talvez o que esteja de mais errado no momento é a atuação do banco central ao subir juros.

    Outro ponto que o Governo falha é a falta de atuaçaõ do Ministro Nelson Barbosa. Ele que aparentemente seria o cabeça da micro economia, poderia propor reformas ou mini reformas tributárias, normas de desburocratização e de melhoria do ambiente economico. Até agora não fez nada disso, está sumido. Quem domina tudo é o Levy, no papel de contador cortador de custos e nada mais do que isso.

    Está muito pouco para o Govenro Dilma.

  14. Modelo

    As críticas são importantes, mas não podemos perder de vista a racionalidade do modelo.

    O tripé é um arranjo institucional para viablizar uma determinada forma de inserção da economia brasileira na dinamica econômica global.

    Por esse arranjo, o BC é a autoridade máxima na condução da politica econômica, acima dos poderes democraticamente constituidos.

    A missão do BC é proporcionar previsibilidade e estabilidade aos investimentos realizados no nosso mercado financeiro, que como diz o Delfim, é “o último perú gordo da prateleira” global. O capital financeiro internacional capta recursos a juros zeros nos mercados centrais e consegue uma remuneração de dois dígitos aqui dentro.

    Pra garantir a farra devemos entregar superavits primarios gordos, reservas gordas, juros gordos, cambio sobrevalorizado e inflação estável ou previsível, isso que se espera do BC.

    Recessão é parte do esquema, pois é preciso desvalorizar ativos reais como empresas, universidades e planos de saúde para que os fundos de investimento consigam comprá-los a preços de banana.

    O custo social desse modelo é alto no curto prazo mas trágico no longo.

  15. Grande texto do nosso AA!

    Dar 5 * é muito pouco. Levantei e gritei Gol.

    Ainda bem que tem o GGN para nos dar algum ar puro.

    De fato esses Teco’s da vida só ganham $$ e fazem ganhar a seus empregadores quando o Banco Central do Brasil dá as dicas para eles.

    Me lembro do que me aconteceu no 4º tri 1994, quando, como investidor, eu apostei na desvalorização do real e valorização das ações das empresas industriais. Aconteceu o oposto e um conhecido meu fez ganhar a seu empregador, era tesoureiro de um banco estrangeiro, várias centenas de milhões (10 A POTENCIA 6) de US$. Ele teve minha admiração imediata por que eu não entendi o por que da minha aposta errada.

    Anos depois lendo o livro “Cabeças de planilhas” li sobre uma reunião entre um “economista do real”, lotado acho no BACEN, um tal de Winston Fritsch ou algo assim, com os tesoureiros dos principais membros a ANDIMA. É nesta reunião, da qual participou o tal conhecido meu, que todos acertar a valorização do REAL, com a força do BACEN para evitar que desse errado. Assim é fácil.

    Agora quero ver esses gênios ganhando $$$ num mercado realmente competitivo…

  16. Essa radio é aquela que tem

    Essa radio é aquela que tem parente de banqueiro dando pitacos sobre economia? E tem gente que vai na onda dess turma, não á toa, o 1% mais ricos está deixando os 99% cada vez mais para tras.

  17. Uma coleção de falácias e uma mentira grotesca e grosseira

    Primeiro a mentira grotesca e grosseira: os EUA adotaram o regime de metas de inflação em janeiro de 2012. A meta estabelecida é de 02 por cento ao ano. Não é verdade, e portanto é uma mentira rotunda, dizer que os EUA não tem meta de inflação estabelecida pelo seu Banco Central.

     

    Agora passemos ao setor das falácias:

     

    O douto colunista tem verdadeira fixação em elogiar, de forma farta e desbragada, os países da Aliança do Pacífico. E tece estes elogios sempre fazendo oposição às políticas dos países ”bolivarianos” do Mercosul. Pois bem, os países da Aliança do Pacífico, entre eles Chile, Peru, Colômbia, México, EUA e Canadá, todos eles tem METAS DE INFLAÇÃO estabelecidas pelos seus respectivos Bancos Centrais. 

     

    O sistema de metas de inflação começou a ser utilizado pela Nova Zelândia em 1990 e hoje é adotado pela maioria dos países da OCDE, pelo Reino Unido, pelo Banco Central Europeu, pela Austrália, pelo Japão, pela Suécia, pela Noruega, Índia, Rússia, China, Coréia do Sul, África do Sul, etc, etc, etc e etc.

     

    Notem que todos os países do BRICS tem hoje o sistema de METAS DE INFLAÇÃO. A Índia, que era o único país do BRICS que não tinha esse sistema, passou a adotá-lo em fevereiro deste ano de 2015. 

     

    É escandalosamente falso dizer que o sistema de metas de inflação, definidas pelo Banco Central, seja uma EXCLUSIVIDADE do Brasil. A maioria dos países industrializados e em desenvolvimento adota hoje este sistema que no Brasil passou a ser adotado em 1999. Até os EUA passaram a adotar esse sistema em janeiro de 2012.

     

    Termino o setor de falácias, contidas no texto em questão, dizendo que o sr. Delfim Netto está a favor da política econômica atual empreendida pelo sr. Joaquim Levy. Ele estava contra a política anterior, levada adiante por Guido Mantega. 

     

    E quanto aos senhores Mário Henrique Simonsen e Roberto Campos, foram os mentores da criação do Banco Central do Brasil, em 1965.

     

    E sempre é bom lembrar que o modelo adotado por eles na época era diverso do atual, pois o Banco Central tinha total autonomia e independência, com mandatos fixos para os diretores, algo que foi abolido em 1967 pelo então presidente Costa e Silva. 

    1. http://www.nytimes.com/2015/0

      http://www.nytimes.com/2015/04/29/business/economy/2-inflation-rate-target-is-questioned-as-fed-policy-panel-prepares-to-meet.html

      O Fed de ben Bernanke não fixa meta oficial de inflação como no Brasil. Há um “benchmark” informal de 2 por cento em todo G-7 mas nã é algo em ata ou fixado no papel, mas mesmo esse “benchmarkk” é violentamente atacado nos EUA, veja o artigo recente acima, no New York Times onde mostra os deferitos de ter uma meta estabelecida mesmo informalmente.

      1. Você é maluco …

        Pego na própria ignorância quer enrolar pensando que discute com outros ignorantes.

        Posta um texto onde o primeiro parágrafo diz textualmente que todos os países industrializados adotam uma meta de inflação de 2% e a crítica nem é contra a existência da meta, que sequer é alcançada, mas contra o seu valor supostamente baixo que dá pouca margem de manobra para o FED.

        E toma aí a ata da reunião do FOMC de 2012 que determinou uma meta de inflaçõa de 2%, nada “informal” como vocêe quer fazer crer :

        http://www.federalreserve.gov/monetarypolicy/fomcminutes20120425ep.htm

         

        1. O texto que eu postei NÃO DIZ

          O texto que eu postei NÃO DIZ ABSOLUTAMENTE que todos os piases ADOTAM uma meta de influção de 2%.

          Diz “should run” , não é meta, é uma projeção, meta é TARGET.

          As palavras são fundamentais quando se trata de ciencia. “”Should run” significa ” preve-se que terão”.

          O cocneito de META é muito mais rigido e operacional, significa que a execução da politica monetaria ESTA ATRELADAAO ATINGIMENTO DA META,  a projeção deve ser entendida que NATUTALMENTE a inflação deverá ser de 2% dados os fatores atuais de tendencias das curvas de crescimentos dos preços.

          Em documentos que explicitam politica monetaria as enfases e viezes devem ser precisos, “benchmak”, “expectation” e “target” tem sentidos muito diferentes, porisso as atas dos comités de politica monetaria são examinados com lupa,

          uma virgula faz a diferença e as enfases na redação são cruciais. Portanto não há como “puxar” aproximações,

          uma coisa é o que está expressamente definida, não é “algo parecido” com o que está escrito.

          É fato que as politicas monetarias da gestão Greenspan e da gestão Bernake são completamente diferentes, mas

          a injeção de volumes gigantescos de liquidez na União Monetaria e nos EUA, de 2 trilhões de Euros e 2 trilhões de dolares,  visando reativar economias em estagios de recessão resistente a mitigação natural, politicas nitidamente

           inflacionarias,  contraria de forma frontal qualquer ideia de “inflation targeting”, não há como medir a inflação em dois anos com essa massiva introdução de liquidez para estimular economias letargicas, quase uma medida de desespero.

          Quanto à sua gratuita agressão “”Voce é maluco”, “ignorancia”, não engrandece a discussão que aceito pacificamente

          ninguem é dono da verdade em tema algum mas modestamente meu ultimo livro de 900 paginas sobre pensamento economico está à venda nas tres livrarias da Stanford University, tambem na Georgetown University e mais 22 universidades americanas, alem de todas as maiores livrarias brasileiras, Cultura, Vila, Submarino, Livraria da Folha, da Travessa, etc. e será publicado este ano em inglês sob o titulo Currency and Development in Latin America.

           

           

           

           

           

          1. Press Release

            Press Release

            Release Date: January 25, 2012

            For release at 2:00 p.m. EST

            Following careful deliberations at its recent meetings, the Federal Open Market Committee (FOMC) has reached broad agreement on the following principles regarding its longer-run goals and monetary policy strategy. The Committee intends to reaffirm these principles and to make adjustments as appropriate at its annual organizational meeting each January.

            The FOMC is firmly committed to fulfilling its statutory mandate from the Congress of promoting maximum employment, stable prices, and moderate long-term interest rates. The Committee seeks to explain its monetary policy decisions to the public as clearly as possible. Such clarity facilitates well-informed decisionmaking by households and businesses, reduces economic and financial uncertainty, increases the effectiveness of monetary policy, and enhances transparency and accountability, which are essential in a democratic society.

            Inflation, employment, and long-term interest rates fluctuate over time in response to economic and financial disturbances. Moreover, monetary policy actions tend to influence economic activity and prices with a lag. Therefore, the Committee’s policy decisions reflect its longer-run goals, its medium-term outlook, and its assessments of the balance of risks, including risks to the financial system that could impede the attainment of the Committee’s goals.

            The inflation rate over the longer run is primarily determined by monetary policy, and hence the Committee has the ability to specify a longer-run goal for inflation. The Committee judges that inflation at the rate of 2 percent, as measured by the annual change in the price index for personal consumption expenditures, is most consistent over the longer run with the Federal Reserve’s statutory mandate. Communicating this inflation goal clearly to the public helps keep longer-term inflation expectations firmly anchored, thereby fostering price stability and moderate long-term interest rates and enhancing the Committee’s ability to promote maximum employment in the face of significant economic disturbances.

            The maximum level of employment is largely determined by nonmonetary factors that affect the structure and dynamics of the labor market. These factors may change over time and may not be directly measurable. Consequently, it would not be appropriate to specify a fixed goal for employment; rather, the Committee’s policy decisions must be informed by assessments of the maximum level of employment, recognizing that such assessments are necessarily uncertain and subject to revision. The Committee considers a wide range of indicators in making these assessments. Information about Committee participants’ estimates of the longer-run normal rates of output growth and unemployment is published four times per year in the FOMC’s Summary of Economic Projections. For example, in the most recent projections, FOMC participants’ estimates of the longer-run normal rate of unemployment had a central tendency of 5.2 percent to 6.0 percent, roughly unchanged from last January but substantially higher than the corresponding interval several years earlier.

            In setting monetary policy, the Committee seeks to mitigate deviations of inflation from its longer-run goal and deviations of employment from the Committee’s assessments of its maximum level. These objectives are generally complementary.  However, under circumstances in which the Committee judges that the objectives are not complementary, it follows a balanced approach in promoting them, taking into account the magnitude of the deviations and the potentially different time horizons over which employment and inflation are projected to return to levels judged consistent with its mandate.

             

  18. Caramuru 12 tiros

    Depois dessa do Andy necessita comprar um rojão Caramuru doze tiros e comemorar.

    O pior: os EUA patina (sem criação de empregos reais, só os McJobs), a Europa é terra arrasada, sem um pingo de criatividade e a maior diversão é ficar enchendo o saco do Putin, não melhorar a vida do cidadão comum. A eleição no Reino Unido é a prova cabal disso: mais Camerom e recessão à la carte.

    Parabéns Andy!

  19. BC liberal

    Infelizmente a maioria dos técnicos do BC têm formação liberal. Nos concursos de admissão, os que estudaram em escolas liberais somam mais pontos que os de formação progressista. Daí vem fiscalismo, aumento de juros, estado mínimo….

  20. O Teco é um dos mauricinhos

    O Teco é um dos mauricinhos amigos do dan stulbach, o mais fraquinho deles (o outro até que tem calibre).

    Um boboca de marca menor.

    naquele programa deles que piorou beeeem de uns anos pra cá, teve uma entrevista maravilhosa com o Cortela. A única intervenção do boboca foi dizer que o Cortela faria sucesso com as mina na mesa de bar com aquele pao todo. A única!!!!!

    Não contente, fez o comentário duas vezes.

    É a cara da CBN.

  21. bom, vamos lá… o centro da

    bom, vamos lá… o centro da meta é buscado não por maldade, mas pra que não haja descontrole inflacionário (esse sim, causa desemprego devastador); dizer que os eua não têm meta de inflação é tolice, nunca seria admitida lá uma inflação maior do que 3%, ou seja, existe sim meta de inflação nos eua. sugiro ao motta araújo que estude mais um pouco a ciência econômica, antes de escrever tanta coisa esdrúxula.

    1. http://www.usinflationcalcula

      http://www.usinflationcalculator.com/inflation/historical-inflation-rates/

      A inflação nos EUA é historicamente baixissima não é mesmo? Veja a tabela acima.

      A onça troy de ouro estava em US$35 em 1973, hoje em torno de US$1000.

      Coisa esdruxula em economia é o que mais se escreve.

      Se a inflação causa “desemprego devastador” como o Brasil sobreviveu e cresceu (MUITO) com inflação continua por 50 anos?

      A economia é bem mais complicada do que meia duzia de dogmas, essa a grande lição de Keynes.

  22. Eita…

    Que baboseira. 

    Como é que definir uma meta anual de inflação “engessa” a economia ?  

    O próprio autor afirma que na Europa se tenta produzir inflação. Óbvio, tentam porque tem uma meta, que na Grã-Bretanha é de 2% ao ano.

    Nos Estados Unidos também se persegue uma meta de 2% ao ano sem conseguir chegar lá.

    No Brasil a busca da meta só desacelera a economia porque a inflação já está muito acima da meta, se estivesse muito abaixo a busca da meta determinaria medidas de aceleração da economia, como acontece nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.

    O AA é o tipo do sujeito que acha que a culpa da febre é do termômetro. KKKKK

    1. http://en.wikipedia.org/wiki/

      http://en.wikipedia.org/wiki/Inflation_targeting

      Quatorze paises adotam o modelo de metas de inflação,  15 Nobel de Economia são contra esse modelo exatamente porque engessa a economia. Voce atrela toda a economia a UMA variavel e a partir dai toda a economia gira EXCLUSIVAMENTE em torno dessa variavel, que não é sacrossanta, por vezes e necessario ESTIMULAR a economia

      e nesse caso a meta de inflação não pode ser fixa. Greenspan aferia DIARIAMENTE o numero de construções iniciadas, as vewndas de fogões, os licenciamentos de veiculos, as aberturas de pequenos negocios, a partir dai ele manejava os instrumentos monetarios, podia expandir ou encolher a liquidez, a pilotagem de hora em  hora, sem amarras fixas.

       

       

      1. Que lindo

        Ele só não aferia que as construções estavam custando muito mais do que valiam.

        Esse velho louco já admitiu publicamente que sua filosofia estava errada e que o crescimento continuo não existe, é um sonho, uma utopia. 

        É lógico que a inflação é necessária, e isso não é por vezes, é sempre. Mas mesmo para se estimular a inflação é preciso de uma meta. Ou você sugere que se estimule a inflação sem saber onde chegar ? KKKKK

        Benza Deus.

         

  23. A Globo costuma inventar umas

    A Globo costuma inventar umas figuras, que por mais que procuremos de onde vieram, não obtemos exito. Aparecem do nada, assim, como cogumelos, como se sumidades fossem e que, por algum motivo até a “descoberta”, eram desconhecidas. Esse tal de Teco, mais os outros dois, inclusive o ator Dan não sei o quê,  mais o locutor da CBN, são tremendamente sem graça. Hoje não ouço mais essa rádio para não desperdiçar meu tempo, pois todos sabemos a quem ela a o quê ela serve.  Mas aguentar os 04 conversando, acho que um pouco antes das nove da manhã, era muito difícil. Todos metidos a engraçadinhos, forçando risadas, exatamente para disfarçar a falta de graça. Uns malas sem alça que, invariavelmente criticam o governo, fazendo o papel que o patrão espera deles. Pura perda de tempo ouvir essas figuras. Chatos, é o que são.

  24. Muito bom, mas você tem muito que apreender

     

    Motta Araujo,

    Estou com problema no computador e tive que deixar para hoje este comentário e na primeira tentativa o enviei para junto do post “Os caminhos do PT e o fortalecimento da direita política, por Claudio Couto” de quinta-feira, 07/05/2015 às 17:47, aqui no blog de Luis Nassif e contendo o artigo “O PT na conjuntura política brasileira” de Claudio Couto e publicado no Estadão. O post “Os caminhos do PT e o fortalecimento da direita política, por Claudio Couto” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/os-caminhos-do-pt-e-o-fortalecimento-da-direita-politica-por-claudio-couto

    Eu poderia vir aqui neste post e simplesmente ir lá no comentário de Lionel Rupaud enviado sexta-feira, 08/05/2015 às 14:01 em que ele dá cinco estrelas para este seu post e dizer eu concordo com ele. Poderia dizer porque eu não estaria mentindo, mas não era bem isso que eu queria dizer.

    Poderia também ir ao comentário de Tom enviado também sexta-feira, 08/05/2015 às 14:01 e intitulado “Modelo” em que ele alega que você não está levando em conta o contexto do Regime de Metas de Inflação e dizer que era algo assim que eu pensei dizer quando li o seu post. E eu ainda deveria elogiar o Tom porque se eu fosse redigir o que eu pensava em dizer eu não saberia ser tão conciso e preciso como ele foi.

    Como Tom já disse o que eu pretendia dizer, eu pensei em acrescentar algo na análise do seu texto. Nada me ocorreu de pronto, mas lembrei de um comentário de Alexandre Weber – Santos -SP que bem deveria fazer parte de todos os posts que se aventurassem em comentar sobre o Regime de Metas de Inflação. Ele o enviou quinta-feira, 03/03/2011 às 17:25, para junto do post “A inflação distante do umbigo da blogosfera” de sexta-feira, 04/03/2011 às 09:41, aqui no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-inflacao-distante-do-umbigo-da-blogosfera

    O post “A inflação distante do umbigo da blogosfera” foi uma grande em todos os sentidos montagem que Gunter Z. – ironic mode on, isto é, o bom e velho Gunter Zibel fizera a partir de discussões sobre inflação travadas entre ele e Luis Nassif.

    O comentário de Alexandre Weber – Santos –SP, enviado quinta-feira, 03/03/2011 às 17:25, se encontra na terceira página, sendo o sétimo de cima para baixo, em um post de 174 comentários, e nele Alexandre Weber – Santos –SP afirmou o seguinte:

    “Falta considerar o tempo nas análises do Gunter, este tempo, em um mercado fechado onde quando um perde sempre um ganha. Neste tempo de oportunidades, os que comandam o mercado ganham quando a bolsa sobe e ganham quando a bolsa desce, não tem perdão, é sempre a mesma ladainha, o dinheiro correndo do bolso dos otários para o bolso dos espertos.

    Não considerar o tempo torna iníqua qualquer análise, pois está dissociada do mais importante fator em mercado de capitais.

    Só por curiosidade, com a dívida pública preponderantemente em Reais, uma inflação que diminua a taxa de juros reais, diminui, sobre qualquer ponto de vista, a transferência de dinheiro do povo para os rentistas. É lógico que os rentistas, a mídia e seus funcionários vão pregar uma redução da inflação e maliciosamente pedir ainda um aumento dos juros nominais para prevenir uma futura inflação que corroeria os seus ganhos.

    Esta estratégia é interessantíssima e seu eu fosse rentista ia mover os Céus e a Terra para implementá-la, como não sou, observo o que acontece.”

    Alexandre como a mim não é economista. Diferente de mim ele recorre ao Tarot, à Astrologia e a Geometria para encontrar o caminho. Não considero este método válido, até porque só sei do ex-presidente Ronaldo Reagan como alguém que tenha recorrido a esta metodologia. De todo modo, se por ela ou por outro método qualquer, o certo é que ele foi quem melhor expressou a essência do que significa o Regime de Metas de Inflação.

    Observe que aparentemente o comentário de Tom aqui neste post “Economistas de circo: o desemprego é bom, por André Araújo” de sexta-feira, 08/05/2015 às 10:56, aqui no blog de Luis Nassif e com texto de sua autoria diz o mesmo que o comentário de Alexandre Weber – Santos -SP que ele enviou quinta-feira, 03/03/2011 às 17:25, para junto do post “A inflação distante do umbigo da blogosfera”. A diferença é que o comentário de Tom é um tanto específico enquanto o de Alexandre Weber – Santos –SP é genérico. O Regime de Metas de Inflação é o regime preferido dos rentistas, sejam eles autóctones ou alienígenas.

    Há ainda é verdade um tanto de assuntos que eu gostaria de abordar dentro deste tema do Regime de Metas de Inflação. Deixo para outra oportunidade. Tenho escrito longos comentários e eles tem demorado a serem publicados quando não ocorre de eles não serem publicados. Antes de ontem, quinta-feira, 07/05/2015 às 22:00 enviei um comentário, por sinal nem tão longo assim para junto do post “Os caminhos do PT e o fortalecimento da direita política, por Claudio Couto” de quinta-feira, 07/05/2015 às 17:47, e só ontem à noite ele foi aparecer no post. Assim o melhor é encerrar já aqui.

    De todo modo faço uma rápida referência a dois de muitos assuntos que surgem quando leio seus posts. Primeiro, avalio que, embora você faça o discurso moderno da prevalência do poder de autoridade daquele que foi eleito em cargos executivos, sua ideologia ainda trata o Estado como um ser neutro que não possui a conotação marxista de instrumento de dominação. Não se pode exigir do Estado prática anticapitalista. E a simples atuação do Estado como instrumento de dominação não assegura um aperfeiçoamento do sistema capitalista. A compreensão do sistema capitalista e do papel do Estado para o fomento desse sistema é imprescindível seja para aqueles interessados na manutenção do “status quo” seja para aqueles interessados na transformação da sociedade.

    Segundo, considero que que você se apega muitos há alguns mitos que precisam ser realmente demolidos. Alegar necessidades de reformas estruturais, de defesa de interesses nacionais e alegações semelhantes são slogans vazios que perduram apenas ancorados no desconhecimento. Parodiando Augusto dos Anjos em “Vandalismo” é preciso que “erguendo os gládios e brandindo as hastas, no desespero dos iconoclastas” você “quebre a imagem dos seus próprios sonhos”. É mito ver no Regime de Metas de Inflação um instrumento contrário ao desenvolvimento. O Regime de Metas de Inflação é, como se pode ver no comentário de Alexandre Weber – Santos –SP que eu transcrevi, um instrumento de dominação dos rentistas que são agentes do sistema capitalista. O que se deve fazer é instrumentalizar o ganho do rentista para o desenvolvimento econômico, para o desenvolvimento do próprio sistema capitalista e para o desenvolvimento da sociedade.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 09/05/2015

    1. É por ai, quase lá….

      Araújo imita um ou outro Nobel que critica as metas de inflação, e como o Nassif, o que pretende por no lugar é a fé de que tudo dará certo lá na frente, se não se desesperar com as taxas de inflação altas enquanto o resultado dos juros baixos não vir. Basicamente, a merda que foi feita em 2011 e pagamos agora.

      Esse modelo criado na Nova Zelandia funciona bem no mundo todo, o problema no Brasil é tentar acertar utilizando o ano fiscal. 18 meses seria uma melhor forma de implementação das metas.

      Quanto à crítica sobre o benefício do desemprego reclamado pelo autor do post, que chama de burrice o que não entendeu, vem de uma teoria, a curva de Philips, da mesma escola neozelandesa. Basicamente, e faz sentido, ninguém vai investir se souber que não tem mão de obra para contratar.

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