“Nem sempre seguimos orientação do PSDB”, diz Anastasia sobre impeachment de Dilma

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – “Vou analisar os dados com muita parcimônia, e nem sempre nós seguimos orientação do partido”, afirmou o senador tucano Antônio Anastasia, em entrevista ao O Tempo, sobre a sua decisão caso o processo de impeachment contra Dilma Rousseff chegue ao Senado. Para ele, ainda que com a posição pública do PSDB de afastamento da presidente e de “aparentemente” haver a “ocorrência do crime [de responsabilidade]” pelo TCU, a situação é “complexa”.
 
“Se porventura a presidente da República superar a questão do impeachment, o que será do país? Ou, por outro lado, se ela for afastada, o que será do governo Temer? Então, é difícil”, afirmou.
 
Ao ser questionado sobre a pressão da sociedade para aprovar o afastamento de Dilma, Anastasia disse que “as pessoas não distinguem bem o que é impeachment, o que é afastamento, o que é tirar, mas querem que resolva”.
 
Diante do papel do partido dentro da oposição, Anastasia defendeu que o PSDB “tem ajudado o governo” e que “o inimigo número 1 do governo federal no Congresso é a base, especialmente o PT”. “Tudo na vida é equilíbrio. Somos oposição, mas uma oposição responsável”, disse o senador.
 
Leia a entrevista completa:
 
O Tempo – Se o poder da decisão sobre o impeachment couber ao Senado, como o senhor avaliará o processo? Pelo conteúdo que já leu, é a favor do impedimento?
 
Anastasia – O meu partido, o PSDB, tomou até uma posição pública, e, naturalmente, sei que tem sido partidária. Aparentemente, de acordo com a opinião do Tribunal de Contas da União, tivemos a ocorrência do crime. Não posso dar uma resposta precisa, primeiro, porque vou julgar mais adiante. E segundo, porque, de fato, a matéria ainda não chegou para análise. Até pela minha condição profissional, no momento oportuno, claro que vou me deter com muito cuidado, até porque me considero uma pessoa justa. Vou analisar os dados com muita parcimônia, e nem sempre nós seguimos orientação do partido. Temos de aguardar, não vou antecipar nada, nem que sim, nem que não. Há essa inclinação, esse sentimento. Agora, se porventura a presidente da República superar a questão do impeachment, o que será do país? Ou, por outro lado, se ela for afastada, o que será do governo Temer? Então, é difícil. Nós estamos em uma situação complexa.
 
Concorda com o rito do impeachment aprovado pelo Supremo Tribunal Federal?
 
Sim. Só discordo – claro que não tenho que discordar do Supremo –, mas o que achei um pouco estranho, diferenciado, é a questão da composição na Câmara, aquela determinação da formação da chapa única, indicada pelos líderes. Não sobre a questão do voto fechado ou aberto, porque, como se trata de uma eleição, eu acho que eleição pressupõe escolha, e, normalmente, o voto para as eleições é sempre secreto. Mas não sou especialista em regimento da Câmara, nem do Senado. Então, vamos ver o que a Câmara vai resolver. Só achei uma coisa um pouco diferente do normal.
 
O senhor já começou a receber a pressão como congressista, da sociedade ou do partido, para aprovar o afastamento da presidente?
 
Da sociedade, já estou recebendo pressão, e não é de hoje. Só que as pessoas não distinguem bem o que é impeachment, o que é afastamento, o que é tirar. Mas querem que resolva. Querem tirar, tirar, tirar, mudar, mudar. Muitos se sentem enganados. Isso na rua, em qualquer lugar que você vá, com qualquer classe social.
 
E essa cobrança é em virtude da crise econômica?
 
Para as pessoas mais simples, a crise econômica atinge em primeiro lugar. Fui outro dia a uma lavanderia, e a funcionária me disse que estava em uma situação difícil, porque foi demitida, estava cumprindo o aviso prévio. Disse que está insustentável e coloca, naturalmente, a culpa no governo. Então, o ambiente está muito contaminado. Você anda em qualquer lugar, motorista de táxi, atendente, as pessoas perguntam: “Vai tirar ou não vai tirar, quando vocês vão tirar?”. As pessoas estão cobrando muito a solução e uma reversão da política econômica.
 
Governistas acusam a oposição de estar inflando, aumentando o tamanho desta crise, inclusive dificultando projetos que seriam de interesse do país. Como o senhor analisa isso, principalmente quanto ao senador Aécio Neves, que tem um discurso às vezes raivoso e inflama uma situação que já é ruim?
 
Pelo contrário. Estão reclamando, achando o Aécio muito ameno. “Vocês têm de ser mais enfáticos, mais virulentos”. Eu digo: “Mais do que já somos?”. Tudo na vida é equilíbrio. Somos oposição, mas uma oposição responsável. Essa observação não procede, porque é o PSDB que tem ajudado o governo. O inimigo número 1 do governo federal no Congresso é a base, especialmente o PT. Quando chega um projeto econômico do governo, os senadores do PT são os primeiros a subir à tribuna. Outro dia, o líder do governo José Pimentel em uma votação avisou que a posição do governo seria pelo “sim”. Ele votou “sim”, e os outros dez senadores votaram “não”. Como o governo funciona? Quer dizer, não tem unidade. Então, na verdade, o PSDB e outras siglas de oposição não têm nenhuma culpa disso, até porque essa teoria que o PT criaram, quem levou a situação a ter esse baque econômico foi a política suicida que eles inventaram nessa matriz econômica e que já vem dando errado há muito tempo. Então, chegou a esse ponto de impasse, eles próprios não sabem resolver o problema e querem jogar a culpa na oposição. Quem tem de resolver o problema é o governo, que tem maioria no Congresso. Nós ainda somos muito, ao contrário de raivosos, serenos, aprovando várias medidas. A DRU, por exemplo, nós vamos votar. A CPMF, não.
 
O senhor, quando foi governador, tinha boa relação com a presidente? Como a vê hoje?
 
Tivemos um relacionamento de alto nível institucional entre um presidente da República e um governador de Estado. Apesar disso, infelizmente, os pleitos principais de Minas não foram atendidos. Mas, independentemente disso, foi um relacionamento amistoso. Depois que deixei o governo, em abril de 2014, quase dois anos atrás, nunca mais estive nem falei com a presidente. Aí houve a campanha, fui para o Senado, sou senador da oposição, nunca fui procurado. Então, não sei qual o grau que ela está atualmente. O que algumas vezes me espanta, e é o que todo mundo vê, são alguns discursos um pouco desconexos. E não sei o motivo.
 
Como recebeu a notícia da condenação do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB)?
 
É uma condenação em primeiro grau. Muitas pessoas fazem uma comparação disso com as condenações do mensalão do PT, porque lá já saiu a condenação em último grau. A decisão lá (no STF) era definitiva. Aqui, haverá recursos, a condenação existe hoje e pode não haver amanhã, ou pode ser outra. Então, teremos de aguardar. Mas não é um fato determinado, não há uma decisão final. Ele, evidentemente, tem as suas razões. Azeredo nos contou que – eu não conheço o processo – as alegações da sua defesa não foram consideradas. É a alegação que ele faz, e espera que sejam consideradas agora na segunda instância. Então, temos de aguardar.
 
O senhor foi citado como suspeito de participação no esquema de corrupção da Petrobras, revelado pela operação Lava Jato, em ação já arquivada. A que atribui essa acusação?
 
Não há dúvidas de que houve uma armação para me atingir. Tentei investigar, mas, a esta altura, como vou descobrir? Espero que algum dia isso se esclareça, o objetivo de me inserir no meio de uma acusação de um governador de Estado de oposição, que não tem nada a ver com a Petrobras. Uma acusação cujo fato em si era tão fora da realidade, tão fantasioso o descrito, não só em relação ao meu comportamento, que é conhecido em Minas à exaustão, até em relação a qualquer outro. Você imagina um governador de Estado ir a um lugar que não sabe onde era, pegar dinheiro de uma pessoa que nunca viu na vida, quer dizer, é uma coisa sem pé nem cabeça, mas houve evidentemente um propósito nisso. Foi arquivado, e espero algum dia saber qual foi o objetivo em me prejudicar. Era me enfraquecer politicamente? Tenho que esperar. Um dia, espero que se descubra o motivo desse despropósito.
 
Como foram os dias do senhor do momento da citação ao arquivamento?
 
Foram dias horríveis, obviamente. Imagina você ser acusado, toca o telefone aqui, e falam: “Lembra-se daquele atentado contra o papa? Foi você o responsável por isso”. É o mesmo caso, porque é um fato que não tem nenhuma relação. Veja bem, fui governador de Minas, fui vice-governador, fui secretário geral de ministérios. Sobre coisas relativas ao que eu trabalhei, estou sujeito a responder. Agora, um assunto completamente estranho e distinto do meu cotidiano foi uma surpresa absurda, transformada em uma coisa negativa, mas que se reverteu. Sob o ponto de vista pessoal, a despeito do sofrimento, acho que sob certo aspecto até me fortaleceu, porque percebi que você, na política, tem que ficar com o couro cada vez mais grosso, lamentavelmente. E isso nem é meu estilo.
 
O governador Fernando Pimentel disse que ficou assustado com a situação em que encontrou a administração estadual. Ele disse que vendia-se uma organização, e achou-se uma grande bagunça. Como o senhor analisa essas declarações e esse primeiro ano do atual governador de Minas Gerais?
 
É natural que o partido que ganha uma eleição em oposição ao outro queira identificar defeitos. Acho equivocado a pessoa administrar olhando para trás. Em abril, o Banco Central publicou o boletim quadrimestral em que o maior superávit entre os Estados foi o de Minas em 2014. Em matéria de organização, Minas é exemplo no Brasil inteiro. Podem ter, eventualmente, achado alguma coisa em uma área ou outra que funcionasse pior. Não vou discutir uma coisa tão pequena e tão mesquinha. Agora, a situação econômica do Estado piorou em razão da queda de receita. Em 2013, quando a crise se agravou, cortei secretarias, demiti gente, fiz enxugamento. A crise piorou, a receita caiu, e o governo gastando com propaganda. Houve até um fato raríssimo: uma sentença judicial proibindo a propaganda. O governo atual não poderia gastar dinheiro falando mal do governo anterior. Então, é um quadro que acontece, mas faz parte da política.
 
Então, avalia que o PSDB perdeu as eleições em Minas por quê?
 
São vários fatores. Um dia, vou escrever um livro sobre a eleição de 2014. Na verdade, aconteceram muitas coisas que não cabe levantar agora. Eleição é democracia, é alternância de poder, eu não reclamo.
 
Acha que o desgaste com os professores pode ter influenciado?
 
Não, porque uma coisa é professor, outra coisa é sindicato. O sindicato tinha uma bandeira no meu governo, e nós fizemos a unificação da remuneração, o subsídio. A remuneração continua globalizada, e não vejo o sindicato reclamar. Então, é uma questão também de posicionamento político. E, se houvesse esse desgaste em relação a professores, o derrotado seria eu.
 
Sobre as eleições de 2016, quem será o nome do PSDB?
 
Essa pergunta não sei responder. Não será comigo, porque não sou candidato. Teremos um candidato forte em BH, objeto de convergência entre o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o nosso grupo, liderado pelo Aécio. Não sou candidato em nenhuma hipótese, porque acabei de me eleger senador e não vou ficar me candidatando a todas as funções que apareçam.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

19 Comentários

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  1. Cascata !!
    Papo furado !
    Não

    Cascata !!

    Papo furado !

    Não levo fé no que esses tucanos dizem.

    Ele está dando esse migué porque sabe que o impeachment subiu no telhado, perdeu força, não tem apoio de grupos da sociedade civil organizada.

    Sai fora ! não adianta agora tirar o fiofó da reta, vocês serão tratados como golpistas

    1. ” … não adianta agora tirar o fiofó da reta…”

      Para não perder a piada…

      Arrume outra figura de linguagem, pois esse, pelo que dizem, ele vai querer deixar na reta.

      kkkk

  2. Quem acredita neste homem???

    Me enoja o cinismo educado de matiz psdbista. É um cinismo arrogante, de quem lava as mãos depois de sair do banheiro, e pensa que resolveu tudo com  sabão,  mas ainda traz resquícios do mal feito.  Como Azeredo  convive com os helicópteros e as falcatruas, com as leis criadas nos escritórios de advocacia da Vale e da Sanmarco. Convice olidamente e educadamente,  com as mentiras , os descios as pedaladas   os desvios no dinheiro  da saude e educação.  Mas do alto da sua condescendência vem a publico dizer que vai julgar magnanimamente a presidente da República. Me lembra as discussões educadas na casa grande  que precedem o envio de alguém para o pelourinho.

  3. .
    Tomara que esteja atuando como um verdadeiro senador. Mas em se tratando de tucano, fico com um pé atrás. Igual quando leio algum “furo” do Lauro Jardim.

  4. “Diante do papel do partido

    “Diante do papel do partido dentro da oposição, Anastasia defendeu que o PSDB “tem ajudado o governo” e que “o inimigo número 1 do governo federal no Congresso é a base, especialmente o PT”. “Tudo na vida é equilíbrio. Somos oposição, mas uma oposição responsável”, disse o senador”:

    Depois sorriu docemente e adicionou:  “Agora voces me dao licenca pois minha dose horaria de crack esta pronta”.

  5. até alguns tucanos da cúpula

    até alguns tucanos da cúpula do partido estão em dúvida….

    ele está analisando mesmo é a reação que houve, há e haverá contra o impedimento….

  6. E o Careca?

    A pergunta que faltou foi sobre o policial Careca. Que foi dispensado gentilmente pela PF, tossiu, sumiu e nunca mais ninguém viu. Aliás, será que o “japonês bonzinho” da PF, o herói nacional, é amigo do Careca???????

  7. 2+2=5

     

    1. O partido dele não fechou questão a favor do impitim?

    2. Se ele é contra, como lhe será fiel?

    X:

    A questão é que ele quer jogar o Aético ao mar, tucanamente.

     

     

     

  8. Alguém, por favor, pergunte a

    Alguém, por favor, pergunte a esse tal de Anastasia se a proprina que seu o ex-secretario de Meio Ambiente recebeu serviu para financiar a campanha dele, Anastasia, para o Senado ?

    Ex-secretário de Meio Ambiente do Governo Anastasia VENDIA licenças ambientais:

    http://www.hojeemdia.com.br/noticias/adriano-magalh-es-vira-reu-por-prevaricac-o-1.286059

    Segue a denúncia do MP:

    http://racismoambiental.net.br/wp-content/uploads/2014/05/Den%C3%BAncia-MPMG-X-Adriano-e-outros_abr2014.pdf

    Eu só não entendo como a mídia não colocou o microfone na cara deste picareta do Anastasia para pergunta-lhe sobre o crime da barragem da Samarco ?

    A licença da Samarco foi liberada no governo Anastasia, por um ex-secretário do Meio Ambiente que recebia proprina, o MP investiga a venda de licenças desde 2012, já ofereceu a denuncia sobre o caso…..mas a mídia brasilia insiste em não ligar os pontos !!!

    Como tudo de errado em MG…vai cair no esquecimento….

     

  9. Aprendeu muito bem com seu chefe

    Aprendeu muito bem com seu chefe golpista ase tornar tão cara de pau quanto o próprio. MInas Gerias e o Brasil não merecem esse tipo gente no Congresso Nacional.

  10. Que sujeito…

    Que sujeito é esse que Minas escolheu para o Senado, juntamente com o outro inútil a quem denominam Aécio?

    Esses indivíduos, certamente, não servem para o papel que se espera seja desempenhado por um Senador da República Federativa do Brasil.

    Minas Gerais está sem representação no Senado, sinceramente!

  11. 2016…O ano para começar

    2016…O ano para começar ¨engaiolar¨ Tucanos.

    Não tem problema,eu ajudo na vaquinha para pagar a multa do IBAMA.Se é que já não foi comprado,é claro!

     

     

  12. Que oposição de merda essa

    Que oposição de merda essa que temos.

    50 mil na Paulista, o chefe golpista se esconde e manda este bosta para tentar um acordo.

    2016,ou trabalha,ou cai fora!

  13. A @petrobrasglobal faturou 20
    A @petrobrasglobal faturou 20 bilhões e a “complexa organização criminosa” da @Rede45 não meteu a mão nesta fortuna. Esta é a crise de 2015.

  14. Sejamos Justos

    Nassif: concordo com o senado. Nem sempre ele e os demais da agremiação seguem as ordens do PSDB. Às vezes são as determinações que vêm dos DEMoníacos, às vezes, do PPS e, na grande maioria, as da grande mídia, começando pela TV Globo.

  15. Discurso vazio e falso.

    Discurso vazio e falso. Anastasia sempre seguiu cegamente as ordens do PSDB, e mais precisamente, as ordens do seu chefe político, Aécio Neves. No governo de Minas, fez muito mais do que as conhecidas pedaladas fiscais. Ele praticamente reinventou uma fórmula contábil mágica que transformava os déficits do governo em zero, passando a impressão de que as contas estavam sob controle, o que não conferia com a realidade. Tanto ele quanto Aécio, nunca aplicaram os 25% na Educação e os 12% na saúde, o que aí sim, caberia cassação por improbidade, se em Minas e no Brasil a justiça e a mídia não fossem aparelhadas bolivarianmente pelos tucanos.

    Além disso, junto aos educadores ele cassou TODOS os direitos adquiridos da categoria, inclusive dos aposentados, abolindo, juntamente com Aécio, conquistas históricas como o quinquênio, quando o servidor recebe 10% por cada cinco anos trabalhados. Aécio retirou este direito dos novatos logo que tomou posse, em 2003. Anastasia completou a obra do mal, especialmente com os professores, mudando toda a sistemática da remuneração e abolindo os direitos dos antigos servidores, incluindo aposentados. Na prática, e a médio e longo prazos, estas medidas representaram um enorme arrocho salarial para os servidores, especialmente os trabalhadores da Educação. No ano de 2011, quando eu ainda era servidor da Educação em Minas, fizemos uma greve de 112 dias no governo Anastasia, que cortou os nossos salários – ficamos praticamente 3 meses sem salário -, contratou precariamente pessoas não habilitadas para substituirem os grevistas e se recusou a aplicar a Lei do Piso salarial dos professores, que somente agora, o atual governo do PT está resgatando, de forma parcelada, para a categoria. Mas, sem os quinquênios que foram cortados na gestão tucana.

    Anastasia é um tecnocrata de direita, sem muito traquejo para a política, tal como acontece com a nossa presidenta Dilma, que é também uma tecnocrata, só que ligada à esquerda. Só que, ao contrário de Anastasia, Dilma não é uma seguidora cega de Lula, como acontece com Anastasia em relação a Aécio. Muito provavelmente o impeachment não chegará ao senado, se aplicadas as regras do STF. Por isso o senador mineiro – que aliás, justiça se faça, parece ser o único senador de fato de Minas, já que Perrela e Aécio são um zero a esquerda no senado – pode dar declarações genéricas desse tipo, ou seja, de que pode ou não cumprir as orientações do PSDB. Na prática, não faz nada sem consultar o seu tutor.

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