A mão que me habita
por Romério Rômulo
A mão que me habita é corpo íngreme
que em solavancos anda pela noite
em pedra, leite, descalabro, fenda
por toda uma armadilha começada
no vão das vozes negras, acabada
por ser demais e mais ainda , e tanto.
Só um rio corre no fôlego das gentes
só um antro brilha no corpo do cavalo
que é o poeta bêbado de tudo.
Por onde este olhar chega ao meu rosto
a cada fantasia que bebemos
e soltos nos perdemos pela vida?
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.
Clique aqui para apoiar o GGN contra o processo do Dallagnol
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Eita cabra bom! Dali faria outra obra.