
Como me acham todos? Onde entrego meus pecados?
por Romério Rômulo
Como me acham todos?
Manhã escura, candente
Diabo vivo na noite
Massa apertada, sem guia
Dureza e estrada, pia.
Como me acham todos?
Vivo, cruel, calado
Pedaço de fel, crespo
Tempo de sempre, estrada
Onde por tudo e por nada
O que valia é ferrugem?
(Folia, fumaça e samba
Por sobremodo quimbanda
Quebrada viva, ciranda
Adelzon, Tincoã, Fernanda
Instante na corda bamba
Eu morro, tua guirlanda.)
Onde entrego meus pecados?
Nos mares vivos de Holanda?
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.