Rede social X “demonstra intenção deliberada de descumprir ordens do STF”, diz Anatel; entenda o caso

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Agência ressaltou que “eventuais novas tentativas de burla ao bloqueio merecerão as providências cabíveis”

Foto: Kovop/Shutterstock

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ) informou, nesta quinta-feira (19), que identificou o mecanismo que liberou o acesso repentino da rede social X no país e que já agiu para o “restabelecimento do bloqueio”, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Alguns usuários brasileiros conseguiram acessar a rede social porque a empresa do bilionário Elon Musk passou a usar endereços de IPs vinculados a servidores da empresa americana Cloudflare, um serviço de proxy reverso em nuvem, que faz o uso de IPs dinâmicos e dificulta o bloqueio da plataforma pelas operadoras de internet. 

O X chegou a informar que a mudança foi feita porque a infraestrutura para fornecer o serviço na América Latina ficou inacessível para sua equipe após o bloqueio no país, o que causou uma “restauração involuntária e temporária do serviço para usuários brasileiros“.

O X ainda publicou, em sua conta de Assuntos Governamentais Globais, que espera que a plataforma volte a ter acesso liberado no país “muito em breve“, uma vez que as ordens do STF estão sendo cumpridas, como o pagamento de multas e a suspensão de perfis “antidemocráticos”.

Embora esperemos que a plataforma fique inacessível novamente em breve, continuamos os esforços para trabalhar com o governo brasileiro para retornar muito em breve para o povo do Brasil“, publicou.

Segundo a Anatel, no entanto, “a conduta da rede X demonstra intenção deliberada de descumprir a ordem do STF“. A Agência ressaltou ainda que “eventuais novas tentativas de burla ao bloqueio merecerão as providências cabíveis”.

Ainda na noite de ontem, a Anatel disparou notificações para 20 mil operadoras e provedores de internet determinando novamente o bloqueio da plataforma, após receber apoio da Cloudflare.

A empresa americana trabalhou para que a suspensão seja possível sem afetar demais instituições e empresas que utilizam a mesma rede no Brasil, como o próprio Supremo e até bancos privados.

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