Após reajuste, Lira quer debater taxação de lucros da Petrobras

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Presidente da Câmara usa entrevista para criticar estatal e pedir renúncia do presidente da empresa

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O novo reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras causou reações inclusive no Congresso: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou nesta sexta-feira que pretende reunir os líderes partidários para debater a taxação de lucros da estatal.

Nesta quinta-feira, a Petrobras reajustou em 5,18% a gasolina e 14,26% o diesel, o que gerou uma reação em cadeia não só do presidente Jair Bolsonaro como de seus aliados.

Segundo a Agência Câmara, Lira pretende discutir com os líderes partidários temas como dobrar a taxação do lucro da Petrobras (CSLL) e alternativas à atual política de preços, indexada ao dólar.

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“Estamos perplexos. Claramente esse anúncio é uma retaliação pela sua demissão. Está fazendo mal ao Brasil e à economia brasileira”, disse Lira, em entrevista à Globonews, referindo-se a José Mauro Ferreira Coelho, atual presidente da Petrobras.

Embora a demissão de Coelho tenha sido anunciada pelo governo no final de maio, será preciso realizar uma nova assembleia de acionistas para que a substituição seja confirmada.

“A Petrobras não dá um sinal a diminuir seu lucro de 30%, está trabalhando pra pagar dividendos a fundos de pensão internacionais. Não custava nada esperar resultados do que estamos fazendo para diminuir a inflação para os mais vulneráveis antes de anunciar novos aumentos”, criticou Lira.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. A Petrobrás perdeu há muito tempo o relevante papel que desempenhava para o conjunto da economia brasileira. Houve no decurso de longo período o despedaçamento da companhia, que foi tendo partes do todo da empresa vendidas. Não se pode argumentar que o aumento das pressões para a redução da quantidade de carbono na atmosfera tenha inspirado ou forçado o desmonte da Petrobrás. Esse assunto do qual as duas maiores economias do planeta se esquivaram, mesmo sendo os grandes emissores desses gases; apenas recentemente esse tema passou a ganhar importância. Nunca se discutiu sobre o que representaria para o País ter uma Petrobrás em expansão, fortalecendo uma função estratégica em relação ao desenvolvimento do Brasil. Como não se defendeu nem a Petrobrás nem o desenvolvimento do País, o seu crescimento, antes chegou-se a uma situação em que o atraso vai se aprofundando, resultando no empobrecimento da sociedade brasileira. Poucas empresas expressam para o Brasil emblemáticamente, o que em outros países representam algumas grandes companhias : no tamanho, na importância, naquilo que agregam científica e tecnologicamente, na elevação dos níveis de competitividade geral aos outros setores; enfim toda uma gama de ladeira acima que qualifica em boa parte a produção econômica. Taxar mais os lucros da Petrobrás não vai compensar tudo o que se perdeu em relação a ela e o que tem custado à sociedade o que o País deixou de crescer ao longo dos anos, pela falta de políticas que levassem a esse crescimento.

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