Após a confirmação do aumento da taxa Selic de 10,75% para 11,25% [alta de 0,5%] pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, Décio Lima, presidente do Sebrae, emitiu um comunicado à imprensa afirmando que a medida pode afetar negativamente os pequenos negócios.
“Mais uma vez, o Banco Central prejudica os pequenos negócios com a taxa de juros, que ainda se apresenta como uma das maiores do mundo. A situação dificulta ainda mais a tomada de crédito por parte do segmento”, diz Décio Lima na nota divulgada na manhã desta quinta (7).
Uma das alternativas aconselhadas por Décio é o uso do programa Acredita, uma parceria do governo federal, Sebrae e BNDES, que consiste na criação de um fundo garantidor que deve liberar cerca de R$ 9,4 bilhões em crédito para microempreendedores e pequenos empresários. Além disso, o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) prevê R$30 bilhões em crédito ao setor nos próximos três anos.
O próprio Sebrae realizou uma pesquisa com base nos dados do Banco Central, de como seria a taxa de juros atual em empréstimo para um microempreendedor individual (MEI), resultando em uma média nacional, mais que quatro vezes maior que a Selic e pode chegar, no caso dos MEI da região Nordeste, ao nível de 51% ao ano.
O estudo ainda revela que em média a taxa para quem é MEI está equivalente a 44%. Já para as microempresas, a média é de 42,49% e, para as empresas de pequeno porte (EPP), está em torno de 31,54%.
A entidade ressalta que as porcentagens em relação as regiões do país, estão ainda mais críticas.
Veja:
- Nordeste: em torno de 51% ao ano;
- Norte: aparece em segundo lugar com uma taxa de 47,62% ao ano;
- Sudeste: atingindo a marca de 47,09%;
- Centro-Oeste: 44,41%;
- Sul: sendo o menor índice com 37,21%.
Leia mais:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.