Indústria aponta alto custo como entrave para tecnologias digitais

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Estudo da CNI aponta ainda falta de conhecimento e de financiamento; melhora da produtividade é benefício mais citado

foto: Ümit Yıldırım on Unsplash

O alto custo para a adoção de tecnologias digitais é o fator de entrave citado por 66% das empresas entrevistadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao analisar o andamento da indústria 4.0 no país.

Em seguida, aparecem a falta de conhecimento, a clareza sobre os retornos das tecnologias adotadas e a estrutura e cultura da empresa, apontados por 25% das empresas.

Apesar de citarem os custos como principal barreira, a falta de linhas de financiamento aparece como quarto lugar entre as barreiras externas, sendo citado por 20% (ou duas a cada 10 companhias) das empresas ouvidas.

Outro ponto destacado foi a mão de obra: a falta de profissionais qualificados foi apontada por 37% das empresas como uma barreira externa para as tecnologias digitais.

Em seguida, aparece a dificuldade para identificar tecnologias e parceiros (33%) e a falta de preparação do próprio mercado (como clientes e fornecedores), com 29%.

Melhora da produtividade é citada como benefício

Segundo a pesquisa da CNI, 72% dos empresários consultados responderam que o aumento da produtividade é o principal benefício esperado com a adoção das tecnologias digitais.

Na sequência, são listados benefícios como a melhora da qualidade dos produtos ou serviços e a redução dos custos operacionais (60%), melhoria no processo de tomada de decisão (49%) e o aumento da segurança para o trabalhador (38%).

Vantagens setoriais também foram lembradas, como o desenvolvimento de produtos e serviços mais customizados em setores como máquinas, aparelhos e materiais elétricos (30%), calçados e suas partes (29%), veículos automotores, reboques e carrocerias (29%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros (24%) entre outros.

Sobre o uso das tecnologias digitais, 69% das empresas utilizaram pelo menos uma tecnologia digital em 2021, com destaque para o setor de equipamentos de informática e eletrônicos, onde 88% das empresas utilizou pelo menos uma tecnologia entre as 18 tecnologias avaliadas.

Em seguida vem o setor de biocombustíveis (81%) e sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (HPPC), com 80%.

A pesquisa da CNI destaca que 35% das empresas do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias utilizam pelo menos sete tecnologias digitais, enquanto no setor HPPC esse percentual cai para 8%.

O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias é o que utiliza o maior número de tecnologias digitais: cerca de 8% das empresas do setor utilizam 16 tecnologias ou mais, enquanto o setor de Químicos (exceto HPPC) fica em segundo lugar, com um percentual é de 3%.

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Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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