Relatório Focus aponta melhora do PIB para 2024

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Prognóstico traçado pelo mercado ao fim do ano sobe para 1,68%; estimativa para fechamento do IPCA passou de 3,82% para 3,81%

Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília. Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O prognóstico para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) ao final de 2024 subiu de 1,6% para 1,68% nesta semana, segundo o boletim Focus divulgado semanalmente pelo Banco Central.

As estimativas de avanço para 2025 foram mantidas em 2%, mesmo indicativo traçado para 2026 e 2027.

Quanto à variação do dólar, a previsão do mercado para o fechamento ao final do ano está em R$ 4,93, uma leve variação ante os R$ 4,92 vistos na semana passada. Para o fim de 2025, os dados estão estáveis em R$ 5 há seis semanas.

Inflação

Os prognósticos para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), usado como índice oficial de referência para a inflação no país, foram reduzidos de 3,82% para 3,81%. Há quatro semanas, o indicativo era de 3,86%.

O indicativo vai de encontro com a desaceleração vista no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que encerrou o mês de janeiro em 0,31%, resultado 0,09 ponto percentual abaixo do fechamento de novembro, quando atingiu 0,40%.

Na ocasião, o índice geral ficou em 0,42% no mês de janeiro, abaixo dos 0,56% vistos no mês anterior, puxado pela alta de 1,38% do grupo alimentação e bebidas. A variação acumulada em 12 meses foi de 4,51%.

Por outro lado, a inflação oficial estimada pelo Boletim Focus para 2025 subiu pela segunda semana seguida, de 3,51% para 3,52%.

Taxa Selic

O prognóstico para a taxa básica de juros (Selic) ao final deste ano permanece estável em 9% há oito semanas, em um sinal de que o mercado aposta em novos cortes de juros ao longo deste ano.

Na primeira reunião de 2024, o Copom reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 11,75% para 11,25%. Segundo comunicado divulgado após a reunião, a decisão tomada de forma unanime pelo colegiado “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025”.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. O boletim FOCUS, só acerta quando quando informa que foi surpeendido. Tenho uma proposta para diminuir as previsões dos nossos çábios magos financeiros: Remunerá-los conforme o índice de acerto das previsões. Pode não resolver o problema, mas vai ter muitos çábio deixando as previsões de lado.

  2. O Boletim Focus é constituído por representantes do setor financeiro, e tem em suas previsões uma certa defesa da manutenção dos rumos e escolhas feitos pelo País. Essas variações de algumas previsões que são projetadas para o ano de uma inflação que sai de 3,82 pra 3,81 ; mesmo apontando queda e um eventual aumento na previsão de crescimento do PIB 1,60 para 1,68 é só enchimento de linguiça. Somente buscando um controle sobre as expectativas. Como uma espécie de benção para a política monetária. Valor pra cima, valor pra baixo, o fato é que o País se mantém altamente dependente do que é pago através dos juros e que concorre com a destinação de investimentos. A própria manchete do GGN traz uma condução alentadora: “Focus aponta melhora do PIB para 2024”. Expectativas versus perspectivas. Perspectivas são baseadas em condições concretas, expectativas são possibilidades esperadas. Concretamente o Brasil precisa trabalhar para construir boas perspectivas e aumentar suas expectativas positivamente. Quando isso acontecer não haverá mais espaço pra essas previsões que não prevêem coisa nenhuma e que apenas dão uma satisfação a um setor específico. Provavelmente num contexto alargado essas variações não representam ou significam nada. Mesmo que o País apresentasse índices de crescimento chinês. O problema está em atrair os investimentos financeiros para outros fins lucrativos.

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