
Jornal GGN – Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi concedeu uma entrevista exclusiva à TVGGN na noite de segunda-feira, 6 de dezembro. Questionado pelo jornalista Luis Nassif sobre a impossibilidade de uma dobradinha entre Ciro Gomes – que tem perfil mais combativo – e Lula (PT) – mais moderado e conciliador do que o pedetista – Lupi afirmou que “essa situação poderia se dar com uma extrema-gravidade, como quase aconteceu na eleição passada, em 2018.”
Em 2018, Ciro foi convidado a ser o vice de Lula na corrida presidencial, quando este liderava todas as pesquisas de opinião preso em Curitiba. Com a declaração de inelegibilidade do petista, que era iminente, Ciro assumiria a cabeça da chapa e teria, possivelmente, Fernando Haddad como vice. Mas Ciro não aceitou. Lançou-se candidato e terminou em terceiro lugar. Substituto de Lula na reta final, Haddad foi derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno. Ciro viajou a Paris em vez de subir no palanque de Haddad.
Cobrado depois, o ex-governador do Ceará alegou em entrevistas que pesquisas apontavam que a maior parte de seus votos seria, naturalmente, transferida para Haddad e, ainda assim, seria insuficiente para derrubar Bolsonaro. Portanto, Ciro julgou que nada teria a acrescentar no segundo turno.
À TVGGN, Lupi, na tentativa de justificar a ausência de Ciro no segundo turno, disse que pessoalmente jamais cogitou vitória de Bolsonaro em 2018, embora pesquisas dos principais institutos do País esboçassem o fatídico cenário com certa nitidez. “Eu quero confessar minhas limitações: eu nunca imaginava que Bolsonaro iria ganhar a eleição de 2018. E ganhou.”
“Só que hoje o quadro é diferente”, disse Lupi. No cálculo do PDT, Bolsonaro amarga rejeição alta demais e “provavelmente” ficará fora do segundo turno. “Nunca vi nenhum presidente da República conseguir se reeleger com essa rejeição”, respondeu.
Na visão de Lupi, Ciro disputará com Sergio Moro o lugar de Bolsonaro no segundo turno contra Lula. Para ele, a candidatura de Moro é bem-vinda por ser uma oportunidade de “desnudar o rei” da Lava Jato e ainda criar um “segundo ringue” de polarização – Moro x Ciro, em contraste com Bolsonaro x Lula.
Ex-ministro do Trabalho de Lula, Lupi disse também que tem muito respeito pelo ex-presidente petista, mas que sua “etapa no governo já foi ultrapassada”.
O fato da eleição presidencial ocorrer em dois turnos praticamente joga vinagre no sonho da frente ampla anti-Bolsonaro, pontuou Lupi.
Assista no corte da TVGGN:
Deixe um comentário
EDUARDO PEREIRA
- 2021-12-08 06:54:04" “essa situação poderia se dar com uma extrema-gravidade, como quase aconteceu na eleição passada, em 2018.”" Viva a lingua portuguesa. Gostei do "poderia se dar". Mto objetivo. Se o Lupi acha que ainda da pra piorar mais ainda, melhor pro PT tentar a eleição sozinho.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
baader
- 2021-12-08 08:00:56mas, claro. não ha qq gravidade para ele e todos parlamentares. continuam com altíssimas verbas públicas, assessores mil, cargos, bajuladores onipresentes (o ego, é importante lustrá-lo, compensa o resto) e etc. do que eles poderiam reclamar? (que história é essa de partidos políticos com chefes ad aeternum?) nós é q devemos trabalhar para superar nossa mediocridade e mostrar para os analfas políticos o qto.eles são responsáveis por tanta iniquidade q lhes atinge (e a nós tb). ou a lógica simples não funciona mais? "_olha, zé ninguém, este candidato votou assim nesta matéria, agora v.não tem mais tal direito. vai votar nele de novo?" qto.custa isso? como fazer? 'tamos cansados... melhor: "só rindo", como o cobrador de r.fonseca. (mas usando das mesmas armas q o personagem maneja - e com eficácia.) ciro e lupi: tudo a ver. quem viveu, que se lembre reconfortado de BRIZOLA. a propósito, q aproveite para considerar isso enqto.Lula vive. (já imaginaram as matérias laudatórias na voz do bonner-o-cínico, qdo.Lula se for? haja sonrisal!)