Xadrez de Bolsonaro, do Poder Militar e do pacto nacional, por Luis Nassif

Têm-se uma certeza: o pacto político pós-Constituinte acabou. O bipartidarismo esfacelou-se com o fim virtual do PSDB. O PT mantém-se como o maior partido do país, mas ilhado por uma enorme corrente de antipetismo que ameaça a eleição de Fernando Haddad e, muito mais ainda, um eventual governo, em caso de vitória.

No plano racional, em um ponto qualquer do futuro, o PT ampliaria seu escopo, de representante de movimentos sociais e sindicatos, para um autêntico partido social-democrata, atraindo setores democráticos e progressistas órfãos do modelo atual – e até do PT atual. Na outra ponta, haveria um movimento em relação ao centro-direita, liderado por algum político mais capacitado que Bolsonaro.

A indecisão dos principais atores políticos se prende a uma visão equivocada do que seria um governo Bolsonaro. Aposta-se na vida breve, devido à mediocridade ampla do candidato.

Nesse quadro:

  • O PT pretende assumir a liderança da oposição no momento seguinte, sem que a Executiva precise abrir lugar à mesa a outras forças políticas democráticas, órfãs do bipartidarismo atual.

  • Ciro Gomes aposta em sua volta como uma espécie de Dom Sebastião, retornando para unificar e salvar o país da invasão bárbara.

  • FHC ficará onde sempre esteve e de lá não arredará pé. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, e Bolsonaro se tornar um democrata, do que FHC cometer um gesto digno sequer.

  • O PSDB tradicional tentará juntar alguns fragmentos e se abrigar em algum barco no meio do oceano, aguardando alguma embarcação maior para se atracar.

  • A Globo já alinhou todos seus comentaristas ao editorial de dias atrás, no qual finge que acredita que Bolsonaro acredita que se tornará um democrata. Com Bolsonaro eleito, não conseguirá se esconder atrás do estado de exceção judicial.  Como mais influente agente do Sistema, provavelmente será tratada como um inimigo implícito, por sua arrogância e sua posição liberal nos costumes. Sem problema. Se necessário for, sua próxima estrela será Regina Duarte de burca.

Todas essas estratégias partem de um mesmo diagnóstico, uma espécie de auto-ilusão: depois de num breve período de caos, começará o novo tempo da política, no qual tudo será zerado, a democracia voltará a se impor e haverá o início de um novo ciclo democrático.

Nada indica esse final feliz.

O cenário mais provável será:

Movimento 1a demolição acelerada das instituições, finalizando o trabalho de Michel Temer, quebrando instrumentos centrais de política econômica, social, educacional, tecnológica.

Movimento 2 – a indicação de três novos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), consolidando o movimento oportunista de direita radical iniciado por Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin e Luiz Fux e, agora, pelo novo brasilianista, Dias Toffoli. No Ministério Público Federal, em vez de um Procurador Geral apenas submisso aos radicais da base, colocará um líder autêntico que mobilizará as tropas contra os dissidentes da sociedade civil.

Movimento 3 – a indicação de militares para cargos-chave nos ministérios.

Movimento 4 – ataques indiscriminados a movimentos sociais, sindicatos, universidades, com a combinação de milícias públicas e privadas, procuradores e juízes ligados ao MBL.

Desfecho provável

Pelo nível do capitão, pelos aventureiros que se aproximaram dele, pela absoluta incapacidade de recuperação da economia com as propostas de Paulo Guedes, pela mediocridade absoluta de Bolsonaro para mediar os conflitos internos de seu governo, se seguirá um período de profundas turbulências.

No início, o governo Bolsonaro não será expressão do poder militar, mas apenas um celerado no poder. Com o caos, haverá razões de sobra para as Forças Armadas entrarem em cena, contendo as loucuras até o limite de substituir Bolsonaro por um governo militar autêntico, tocado pelo candidato a vice-presidente general Mourão.

Aí, a loucura ultradireitista será submetida a um modelo racional e inevitavelmente autoritário, expressão autêntica da racionalidade militar.

No plano econômico, um bom exemplo é o que ocorreu recentemente. Antes de se verem na perspectiva de poder, o discurso dos generais era uma réplica do neoliberalismo fútil da Globonews.

Quando começaram a se debruçar sobre questões reais, caiu a ficha sobre o papel de estatais estratégicas. O próprio Bolsonaro veio a público declarar que jamais abrirá mão da Eletrobras como geradora de energia, e apontou o risco da invasão chinesa no Brasil. Certamente não chegou a tal conclusão amparado em seus próprios conhecimentos.

Não cometerão as barbaridades anunciadas por Bolsonaro.  Manterão políticas sociais, mas despregadas de qualquer possibilidade de ativismo social. Por sua própria característica – de não abrir mão do controle sobre todas as variáveis, comportamento típico da disciplina e da estratégia militar – será um governo controlador na economia e, principalmente, na política.

O próprio fato do poder civil ter levado o país até o limite do caos, na figura de Bolsonaro, será o fator legitimador do próximo tempo.

Aí o país encontrará de novo a paz dos cemitérios. E todos aqueles que se auto-iludiram em um momento crucial para o país, terão o resto de suas existências para fazerem autocrítica.

 

Luis Nassif

140 Comentários

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  1. Uma reflexão sobre o cenário politico.

    Discordo potencialmente das discussões apresentadas sobre a disfunção a respeito da politica economica do candidato a presidencia Jair Bolsonaro.
    Um simples exemplo que podemos ver é que ele já tem o apoio da bancada da bala, bancada evangélica, e pela primeira vez uma ascenção da bancada miltar, todos esperamos mudanças, e com o apoio do CN aliado aos conhecimentos fatásticos do Paulo Guedes, a quem de fato confia a economia o país volta aos trilhos.

    Já em relação as criticas sobre o desconhecimento sobre teorias economicas de Bolsonaro, pensando por esse lado então, para um candidato ser presidente, deveria ser economista, médico, engenheiro, agronomo, cientista politico, ou seja todas as profissões, e tudo ao mesmo tempo. 

    Analises sobre o ponto de vista de competencia tecnica deste modo são muito simplórias.

  2. Crença ingênua
     

    “Aí o país encontrará de novo a paz dos cemitérios. E todos aqueles que se auto-iludiram em um momento crucial para o país, terão o resto de suas existências para fazerem autocrítica.”

    Mas Luis,

    você acha mesmo que se eles tivessem capacidade de autocrítica se auto-iludiriam?

    Nenhuma sede de mudança pode  ser tão impetuosa que venha por em risco a sobrevivência de alguém pela  sua própria vontade. Isso não é natural.

    Somente uma forte  provocação é capaz de tirar da pessoa a capacidade de analisar riscos.

    Até os animais analisam riscos imediatos à sua sobrevivência.

    Aqui, arrisca-se a própria sobrevivência pela promessa de mudança, seja para bem ou para o mal.

    É o que mais tenho ouvido e visto,  até mesmo de pessoas esclarecidas.

    Ao fim, caso esse mau designio se  materialize, os auto-iludidos apenas buscarão em quem colocar a culpa(sem acordar),  enquanto que  os verdadeiros responsáveis estarão bem abrigados, ricos e felizes, ainda mais poderosos para fomentar a próxima crise.

     

     

    1. Telegramas de Pasárgada…

      A culpa já tem dono: é do PT!

      Como a Cristina N Vieira disse ontem ao Nassif, o que ele deseja é o seguinte:

      – Que o PT se agache para que a vitória seja de todos, mas se houver derrota, é do PT.

      Legal mesmo é alguém falar em auto-ilusão tendo defendido um pacto centrista esse tempo todo…

      Imaginou que poderia alimentar a fera do mercado com a dieta vegetariana da “civilidade política”, justamente porque acredita no “bom mercado” e em uma elite “racional”…

      (risos…de desespero)

      Trágico!

  3. Futurologia Alarmista: ano I da Era JB (por Guto Bellucco)
    Futurologia Alarmista: ano I da Era JB

    Mês 1: reformas são encaminhadas ao Congresso, as bancadas evangélicas e militaristas conseguem dar prioridade ao Escola Sem Partido
    Mês 2: maioridade penal aos 16 anos é aprovada. Taxa de homicídios cresce incrivelmente, assim como o índice Ibovespa.
    Mês 3: milícias paramilitares viram notícia. O carnaval é marcado por ataques a minorias, bombas em blocos afro. Transexuais são banidos à força do carnaval e presos por atentado ao pudor, graças às novas leis penais.
    Mês 4: primeiras privatizações têm início. Os bancos públicos fecham centros culturais, editais de fomento são suspensos.
    Mês 5: dengue e febre amarela batem recordes. Polícia Federal reprime com violência as greves nas universidades públicas, cujos alunos sem atestado de pobreza terão que pagar mensalidade.
    Mês 6: rede Globo anuncia estado pré-falimentar, graças à suspensão das propagandas governamentais. Tevê Record bate recordes de audiência e de receita financeira com publicidade governamental. Bispo Macedo nomeado ministro da educação.
    Mês 7: índigenas sequestram o general Benito Garrastazu, presidente da FUNAI. Militares metralham aldeias no Xingu. Garimpeiros e grileiros, incentivados pelo discurso do primeiro mandatário, promovem execuções sumárias de líderes indígenas e ambientalistas.
    Mês 8: o Congresso Nacional, amedrontado ou chantageado pelo executivo, aprova emenda constitucional que permite a reeleição infinita do presidente da república. O MST passa a ser classificado pelo governo como movimento terrorista. Líderes são presos, outros conseguem pedir asilo no exterior.
    Mês 9: o dólar dispara, o desemprego explode. Os discursos desencontrados do ministro Guedes passam a afugentar o capital internacional. Janaína Paschoal nomeada ministra do STF.
    Mês 10: para conter o caos e a nova greve dos caminhoneiros, Junta Militar decreta estado de exceção, até que cessem os distúrbios. A vigência dos direitos constitucionais é suspensa.
    Mês 11: tem início a guerra contra a Venezuela, artifício do governo para desviar a atenção dos problemas internos. Fim do Mercosul. Brasil sai da ONU, promessa antiga do presidente.
    Mês 12: os trabalhadores já não recebem décimo-terceiro salário. O Ano Novo agora se chama apenas “Ano”.

    Precisamos perguntar às pessoas: é isso mesmo que vocês desejam?

    Texto do Guto Bellucco

    1. Bolsonaro prega a maioridade

      Bolsonaro prega a maioridade penal pra 17 e não 16 anos.

          Se fosse eu, pregaria por antecedentes criminais desde ………ZERO ANO. 

             Como é no mundo civilizado.

    2. Certinho
       

      Só faltou incluir o crime organizado na bagunça.

      E acho que ele vai convocar uma constituinte assim que tomar posse.

      Er,

      corrigindo -.

      Convocar assembléia constituinte demora, dá trabalha e o coiso não tem muita paciência.

      Em principio ele governará por MPs e decretos, enquanto seus “notáveis” nos outorgarão uma nova carta constitutucional, suprimindo todos os direitos fundamentais e sociais da população.

      Seus eleitores viverão o sonho da “mudança”.

       

       

  4. futurologia provável

    Essa altura, depois de vermos todas as previsões de um final produzido pelo bom-senso serem negadas, resta consultar Mãe Diná ou aceitar o vaticínio do Nassif.

    Ao menos, este é racionalmente provável.

     

  5. Não tenho um reparo pra fazer

    Não tenho um reparo pra fazer desse xadrez.

    Mas que se note: zadrez é complicado pra jogar–não basta saber mexer as peças.

         Eu intitularia esse artigo do Nassa, de jogo de damas—muito mais fácil de entender.

         Se bem que : Pode voltar atrás pra comer peça ?

           A combinar.

     

     

     

  6. No movimento 4 faltou uma observação.

    Blogs de esquerda, não tão de esquerda ou mesmo nada de esquerda que ousarem a ser críticos levarão na telha (proprietários e contribuintes).

  7. “Aí o país encontrará de novo

    “Aí o país encontrará de novo a paz dos cemitérios. E todos aqueles que se auto-iludiram em um momento crucial para o país, terão o resto de suas existências para fazerem autocrítica.”

    Não foi auto ilusão, foi burrice mesmo.

    Hoje não vemos mais ninguém dizer que a “culpa não foi minha, eu votei no aécio”.

    Mas, a culpa de toda esta desgraça é destes mesmos FDP pois são exatamente eles que votam no bozo.

    Será que depois vão usar um adesivo assim;: ” a culpa não é minha, eu não votei no bozo”.

    A água sobe e uma hora vai atingir seus pescoços também.

  8. Como não haverá um milagre econômico…

    Restarão caos social com perseguições aos inimigos do regime, matança generalizada e guerra civil.

    Dúvidas :

    a) Haverá cisão na cúpula das milícias fardadas ?

    b) As multinacionais com bilhões investidos no território bananeiro ficarão inertes ?

    1. Multinacioais com bilhões investidos
       

      Não ficarão inertes, ficarão felizes.

      O Brasil perderá totalmente a credibilidade e para conseguir crédito vai ter que pagar juros estratosféricos que engordarão os bilhões dos bilionários investidores.

      Sabe a Argentina?

    2. Haja milicianos fardados, fuzis e balas para manter o regime

      Na ditadura de 64 a força de milicianos fardados tinha em seus quadros quase 100 mil agentes do SNI/DOI para bisbilhotarem, reprimirem, prenderem e matarem oponentes.

      Milhões de energúmenos que hoje apoiam o Capião Facínora imaginando que os milicianos fardados resolverão todos os problemas imediatos (diminuir a violência, o desemprego etc…) ficarão decepcionaos. 

      Será que esses quadrúpedes não se revoltarão ? 

       

       

       

  9. Como essa conta vai fechar?

    Tenho muita curiosidade de saber como essa conta vai fechar.

    1 – Fundamentalismo religioso

    2 – Militarismo (e incitação à violência)

    3 – Neoliberalismo

    4 – Um líder confuso que adora ser carregado pelo povo aos grito de mito…

    Isso tudo num país com quase 210 milhões de habitantes com grande pobreza e alta concentração de renda.

    Boa coisa não creio que vai dar. Crescimento econômico? Estabilidade? Como?

    1. Crescimento econômico
       

      Estabilidade, sim, com jejum,  oração e muita fé.

      Fundamentalismo religioso é pra isso.

      Répare!

      Quanto mais fundamentalista, mais esperançosa e resignadamente vive o fiel.

      1. “Quanto mais fundamentalista,

        “Quanto mais fundamentalista, mais esperançosa e resignadamente vive o fiel.”

        Tudo bem, mas esse povo resignado, vai continuar carregando o líder no ombro aos berros de mito?

        Aqueles que sempre passaram fome e vivem com pouco até pode ser, mas e a classe média que hoje é a principal base de sustentação desse candidato?

        Talvez alguém diga, vamos tirar mais do povão para dar a classe média. Talvez, mas acho que esse povão terá cada vez menos para entregar. Além disso, o bolo a ser entregue, numa lógica financeira neoliberal, tende a ser cada vez mais concentrado. Isto é, a classe média terá que encolher.

        Enfim, acho que essa conta: líder popular, militares e neoliberalismo não fecha, mesmo com fundamentalismo religioso. Aliás, um aspecto que você destacou muito bem. Mas, acho que serve mais para o povão e menos para classe média.

        1. Fiel
           

          Você já viu algum judeu perder a fé em Jeová por causa de perseguição ou sofrimento?

          Algum fundamentalista islâmico perder a fé somente porque é refugiado?

          Algum fiel cristão não achar lindo sofrer como o próprio Cristo?

          Não há o que relaxe mais o fervor religioso do que a boa vida.

          Se não fosse pelo sofrimento não haveria religião.

          O que não quer dizer que a classe média não se beneficie da fé.

          Afinal, o medo de fica pobre não só converte como preserva a fé

          Aos ricos, resta explorar a fé alheia tornando-se ainda  mais rico,

          pelo merecimento divino

          Religião é o primeiro pilar da estrutura do poder em todos os tempos.

          [video:https://youtu.be/rtPdFEMx80Q%5D

           

           

           

          1. Esta é uma das melhores

            Esta é uma das melhores definições de religião que já vi.

            Tipo, “sofram bastante para que eu não sofra”.

            E a mercadoria vendida aos miseráveis pelos malafaia, valdomiros, rr soares, edir macedo, etc etc

            Todos estes CANALHAS da pior espécie possível e imaginável.

      2. Bolsonaro está aparecendo durante os culto num telão

        Bolsonaro está aparecendo durante os culto  num telão, o que constitui crime eleitoral…

        No facebook, esta tarja é a mais usada pelos seguidores do mito

        Só não entendo como alguém pode seguir ao mesmo tempo um Deus que foi torturador e um defensor da tortura

         

         

  10. Lei da selva democrática

    O vídeo considerado externo a campanha do Bolsonaro no qual surgem personalidades do STF serve como insight para testar os limites do próprio STF!

    Não vi nenhum tipo de reação, então eles se colocaram como bunda moles diante do Bolsonaro.

    O judiciário é dele.

    A visita do dória, candidato a governador ter levado um bolo, é sinal de que governará com o congresso se e somente se suas medidas forem aceitas!

    Ele não vai distribuir verbas, se der impasse vai ser cartão amarelo, se tiver outro cartão amarelo, vem as ameaças, retaliações, sangue e se depois de tudo, não der resultado ai sai o auto-golpe!

    Ele vai tentar equilibrar tudo no financeiro!

    Pela adesão dos empresários à sua campanha, com certeza eles investirão bilhões no pais!

    Mais industrias, mais serviços, com esse grande número de igrejas e seitas, sem dúvida ajudarão no social…

    Não faltarão recursos dos impostos que serão reduzidos, mas se faltar verba hoje para medicamentos, ele tira da cultura, quando faltar da cultura ele tira do MEC, quando faltar do MEC ele tira da Saúde até ele chutar o balde do funcionalismo!

    O problema é que todos que o cercam querem resultados!

    Assim como Temer, resultados depende de dedicação!

    Dedicação depende de confiança!

    Confiança depende de caráter!

    Bandido só tem isso dentro do crime!

    Para ter respeito em instituições democráticas, tem que ser democrata!

    Essa é a lei da selva democrática!

    Ela é impiedosa seja com FHC, com Temer e será assim com Bolsonaro!

  11. A pergunta é quanto tempo

    A pergunta é quanto tempo depois de assumir o governo Bolsonaro vai cair em desgraça com a população em geral ? Três meses ? Seis meses ? Um ano ? Temer assumiu em maio de 16 e em fevereiro de 17 já era um zumbi político.

    Como se portarão as FA se/quando um clima de violência generalizada começar a tomar conta do país e ver o governo naufragar ? Não creio que o alto-comando tenha um capitão (baixa patente) indisciplinado e quase expulso da corporação em boa avaliação. O general é possível que sim por conta da patente, embora não sei se o grupo dele é maioria entre os militares. Não está claro que o alto comando dará aval a um fechamento do sistema, principalmente se ele for longo. O trauma da ditadura militar os faz preferir pequenas intervenções que sejam mais rápidas.

    Como se comportarão o congresso e os governos estaduais a quem cabe o policiamento da ordem interna ? Os estados em situação de penúria financeira tendem a pressionar a união por recursos. Apoiarão o governo Bolsonaro caso consigam ao menos mais verbas ?

    E a esquerda após uma derrota como esta como se comportará ? Nassif dá que o PT assumirá a liderança da oposição. Eu tenho sérias dúvidas de como a coisa se dará porque vai ser cobrada do QG do PT a fatura dessa derrota. Foi/está sendo uma proposta arriscadíssima e que tinha um objetivo basicamente circunscrito ao próprio partido: manter sua base parlamentar e a liderança dentro do espectro da esquerda. Ricardo Capelli chegou a escrever um artigo chamado “domingo sangrento” onde dizia que na vitória todas as rivalidades se acalmam mas elas voltam a aflorar na derrota, principalmente da maneira como as negociações foram feitas no domingo (05/08/18). A ver tudo isso.

    1. A carta coringa “ameaça

      A carta coringa “ameaça comunista” não vai estar nas mãos das FAs o que eles vão alega para intervir? Irão fazer atentados falsos através das milicias que já se movimentam mais sem pudores pelo Rio de Janeiro?  Mais provável é que o hoje candidato seja coagido a implementar intervenções mais amplas em todos os estados e assim caminharemos para o caos em meio aos fuzis que solenemente irão ignorar a morte das demais intituições e casos de corrupção.

    2. Cobrar essa fatura do PT é

      Cobrar essa fatura do PT é mau-Cartatismo quando os candidatos do PDT estão abraçados com o Bozo no segundo turno. É esse partido que tínhamos que apoiar ???

  12. O quadro está mais que

    O quadro está mais que explicito…..

     

    tanto de um lado quanto de outro. Não é tão dificil de entender,  pois politicos são embalados pela ambição ao poder……o problema é que a ambição desmedida cega e turva os pensamentos….

     

    A saida seria uma nova constituinte porque a atual foi pisoteada sem dó por aqueles que deveriam protege-la……..ou a revolução…….o problema da revolução é que o lado vencedor sempre tende a ser autoritário……….

     

    No meio desse embroglio está o povo que será mais uma vez mastigado e cuspido, entretanto, aqueles que se arrogaram tirar a democracia dos trilhos trocando-a por interesses imediatos serão os primeiros a sofrerem, se confirmada a vitoria do capetão….

     

    Ou esse pessoal acredita que os deixarão livres para investigarem ou processarem com a liberdade do republicanismo equivocado dos petistas…..vão sonhando………perigam acordarem no inferno………

  13. Tô fora, Nassif

    Sou mais otimista. Deus me livre desse vaticínio negativo, pessimista, alarmista e vingativo. Se concluirmos que a derrota é certa, não é preciso torcer contra o País. Fica parecendo arrogância imaginar que sem o PT não há solução possivel.

  14. Nem precisará de um novo

    Nem precisará de um novo AI-5. O STF já cassou a constituição, já estão de quatro para os milicos . No congresso, a maioria bate continência. Se os eleitos pela esquerda abrirem a boca, Moro descola uma delação premiada,  prende  e envia para o DOI-CODI de Curitiba.  Dúvida: os militares terão algum respeito pelo operário que ousou acreditar na democracia ?

  15. Qual é o real contexto da frase? Ou socialismo ou a barbárie.

    Fiz um texto longo que explicava da onde partia a frase “Ou socialismo ou a barbárie”, ficou meio enrolado e complexo, mas deixando de lado quem o vaticinou ou em que situação, vou fazer um resumo do mesmo, quem quiser entender com mais detalhes que vá no link acima posto.

    A frase tem por princípio de que sociedades num determinado de civilização, quando forçadas autoritariamente a não progredirem, naturalmente regridem ao nível dos bárbaros que as atacam ou mesmo perdem por completo a memória do passado regredindo no tempo, não só socialmente bem como tecnologicamente.

    Vou dar dois exemplos clássicos que justificam a afirmação, o primeiro é o caso mais conhecido das invasões bárbaras em Roma. Quando as hordas bárbaras penetram e dominam Roma, por serem bárbaros e por definição estes não compreenderem a sociedade que eles dominaram, há uma tendência social e tecnológica em regredir em todos os setores que são necessários um conhecimento técnico e um nível de evolução social que os mesmos não possuem. Por exemplo, as obras que os romanos executaram, como aquedutos, redes de esgoto, estradas e outras características tecnológicas são ignoradas pelos bárbaros e estes são incapazes de operá-las. Em consequência disto a barbárie se impõe.

    O segundo exemplo foi a retomada da Espanha dos mouros (que eram os civilizados) pelos reis católicos (que eram os bárbaros), toda o sistema de irrigação que existia e necessitava de um determinado conhecimento teórico, foi abandonado pelos conquistadores bárbaros (os reis católicos), com isto a Espanha teve uma involução tecnológica, que mesmo com todo o ouro das américas não deixaram de ser derrotados por uma potência de segunda ordem que na época era a Inglaterra.

    Vamos ao caso do Brasil na era Bolsonariana, o sistema de ensino será reduzido a pó pela perseguição sistemática política e religiosa dos militares e pastores, por exemplo, o criacionismo será implantado no país como uma teoria “científica”, a imensa maioria de profissionais mais qualificados e com capacidade de desenvolver P&D, deixarão o país, as Universidades Públicas serão sucateadas em nome da “eficiência”, pesquisa será restrita e sem empresas públicas ou privadas nacionais de grande porte, será totalmente eliminada. Sistemas complexos de operação de energia elétrica ou outros serão entregues a gestão de grupos internacionais que retirarão todo e qualquer protagonismo dos profissionais nacionais.

    Em resumo, a era Bolsonariana com suas bancadas da Bíblia, da Bala e do Boi, darão ênfase ao setor agropecuário, e a cada restrição a exportação destes produtos impostos pelos grandes monopólios importadores, este setor perderá o mando dos atuais grandes proprietários rurais, levando o setor ao colapso.

    Indústrias como a Embraer, Petrobras e outras que ainda tem uma pequena capacidade de desenvolvimento tecnológico serão vendidas ao capital internacional e todo o seu setor de desenvolvimento será levado para fora do país.

    Em resumo, quando se diz, socialismo ou barbárie, está se falando exatamente isto, as hordas de bárbaros imporão a sua ignorância a sociedade levando-a a retroceder em todos os aspectos além do social.

    1. Na Espanha aconteceu exatamente isto

      Antony Beevor em seu livro A Batalha pela Espanha 1936-1939, na página 40 cita: A monarquia retoma a posse da terra na luta contra os mouros. Precisando de dinheiro, não comida, a terra antes comunitária é explorada pela monarquia para a criação de ovelhas e produção de lã da raça Merino. O efeito foi catastrófico para a produção de alimentos e para a desertificação do solo da região conhecida como Celeiro do Império Romano. A fome grassou pela Espanha e de uma população de aproximadamente 14 milhões de habitantes na idade média reduziu-se a metade no século 18. 

    2. seria de grande interesse…

      se você desenvolvesse um raciocínio para a seguinte questão?

      depois das privatizações e da terceirização, o que podemos esperar que aconteça no campo social?

      1. Só haverá um caminho.

        A ditadura.

        Tá bem extensa a minha explanação, né!

        Para não ficar tão lacônico, complemento: O que teremos é um Brasil dividido entre os eleitores da esquerda mais os eleitores de Bolsonaro que cairão “na real”, e as tropas do exército, que terá que ter um nível de truculência de tal forma que estaremos TODOS ou nas cadeias ou mortos. Como já tenho uma idade que me permitiu viver bastante as alternativas não me assustam.

         

        1. Seguindo, pois não tenho o hábito de parar.

          Continuando, a hipótese viável para eles, seria um aprofundamento do golpe com a introdução de um sistema ditatorial sem congresso e sem partidos. Vejo que o que ocorrerá talvez não seja o liberalismo que sonha o mercado, a tendência que tenhamos um real fascismo (intervencionista e antissistema) é possível. O fechamento que Bolsonaro está fazendo com os liberais fascistas civis (uma aparente contradição, mas o Brasil não é um país para iniciantes), como o próprio Dória, e reunião de grupos de estudos nas forças armadas parece que, diferentemente do que ocorreu em 1964 com o golpe civil-militar, estas estão trabalhando para tirar o civil do golpe, ou seja, seria um golpe praticamente dado por militares.

          Se Bolsonaro aceitar, e parece que ele terá que aceitar, o governo será composto basicamente de militares, ou mesmo com civis em algumas posições com militares de “assessores”. Dá para ver isto não pelos movimentos internos, mas pela inquietação de setores do capital internacional. Seria uma espécie de nacionalismo meia-boca, com tudo para dar errado.

          O problema básico deste governo futuro é que militares não tem muito o hábito de discutir com os opostos quando eles estão no comando, e vão de uma forma ou de outra seguir o comportamento da caserna.

          Poderia ir mais adiante nas especulações, mas se ainda tiver espaço para falar no futuro, poderei analisar melhor daqui há poucos meses, mas adiantando, previsões nada alentadoras.

          1. Quando comparam Hitler a

            Quando comparam Hitler a Bolsonaro, pra mim a diferença crucial é que Hitler ao chegar ao poder contou com um dos mais brilhantes economistas do século , Hjalmar Schacht, que de 34 a 37 foi ministro da economia que acabou com o desemprego sem gerar inflação. Portanto, esse foi o terreno sólido que permitiu que Hitler construísse o castelo de horrores dos nazistas – pois a verdade é que um líder consegue impor qualquer visão de mundo, por mais absurda que seja, quando ele deixa a economia do país gerando bem estar pra população. Boça pra implantar todas as ideias abjetas que têm na sua cabeça teria que em um ano e meio no máximo diminuir esse desemprego cavalar que devasta . Dúvido que consiga, pois o “seu” Schacht é o Paulo Posto Ipiranga Guedes. 

          2. muito obrigado, companheiro, grande abraço…

            minha maior preocupação também é com os jovens……………………….na minha idade também já não me assusto mais

             

            caso aconteça mesmo deles vencerem, a minha maior tristeza será a de ver jovens a sonhar os mesmos sonhos dos de mais de 60 anos, na esperança de que as tormentas, coisas más, passem rapidinho

  16. Deverá haver turbulência em

    Deverá haver turbulência em relação aos outros países!

    Pela limitação intelectual de nossas forças armadas, bem demonstrada pelo Bolsonaro e Mourão, corremos sérios riscos de nos vermos arrastados para dentro de uma armadilha que poderá custar nossa integridade territorial.

    Algumas propostas com relação preservação ambiental, a temática dos índios, a venda de terras, estatais, mulambada, querer agir como agem os EUA e outras coisas!

    Por que assim como bolsonaro engana 50 milhões de brasileiros, uma força externa pode seduzir nesse nível e entrar como poder armado para dar suporte a essas pessoas!

    Elas podem pedir intervenção internacional!

    Não é um absurdo maior do que o absurdo que já estamos vivendo.

    1. Concordo, também creio que o

      Concordo, também creio que o Brasil corre perigo de perder a sua integridade territorial. Após 2 anos e meio de pesadelo, fico assustado com a elite brasileira querendo “dobrar a aposta”.

    2. Corredor ambiental tripo A, é o nome do pretexto.

      Isto é uma das variáveis possíveis, uma intervenção em nome da ecologia e da limitação do aquecimento global, estranho, cínico e difícil de engolir, mas possível. E os nossos miliquinhos ficarão borrados nas calças por não poderem fazer nada a não ser baixar o porrete no povo brasileiro.

  17. Ditadura Familiar ou Ditadura Militar

    Estamos abrindo a porta para duas alternativas tenebrosas, onde no início o Nordeste será o ´unico refúgio, depois apenas a guerrilha, a clandestinidade e o exílio.

    Lembrando que na alternativa militar, com Mourão e companhia exite a possibilidade, segundo palavras de Mourão na Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas-CDL Uruguaiana(Rio Grande do Sul)

     “procurarmos formas de renegociarmos os juros da dívida pública”

    A questão de manter as empresas estatais pode ser um indicativo da ação militar, mas também pode ser apenas uma alternativa para acomodar os aliados com indicações e dar continuidade ao saque contra o estado iniciado depois do impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

    A alternativa da ditadura Familiar é a mais provável, já que neste sistema haveria uma hegemonia dos militares.

  18. acredito que teremos 2 Brasis…

    um que vai perder muito e outro que vai perder mal. Um detestável e outro tucanamente estimulante

    sendo que a palavra de ordem de um será redirecionamente com reorientação

    e a do outro será dupla redução ou nada

     

    Globo ficará encarregada da “reeducação” da população brasileira e de provar de forma novamente fantasiosa e ilusionista que se temos 2 e perdemos 1 não perdemos nada porque ficou 1

  19. ufa! ainda bem que li antes de complementar o meu…

    ía prometer uma garrafa do meu rum do tempo dos piratas a quem adivinhasse qual seria o pior dos 2 Brasis

    1. falar nisso…

      vou sair pra tomar um trago e confirmar ou não se o rum já atingiu o ponto de envelhecimento ideal

      anos e anos de envelhecimento, mas ontem tomei um trago e constatei que de 2012 pra cá ele não envelheceu nada

      acho que a Libélula Azul australiana me enganou legal…………………..ô danada! que pirada!

  20. A culpa é do pt
    Crise causada por pautas bomba do Cunha e aecio, mais gilmar no tse, “a culpa é do pt”

    Temer trai Dilma, “a culpa é do pt” que escolheu ele de vice

    Stf protege tucanos, “a culpa é do pt” que “aparelhou” o stf

    Judiciário persegue o pt, “a culpa é do pt” que “aparelhou” o judiciário (até o de curitiba, pasmem!)

    petrobras cresce, partilha do pre-sal, aumento do pib, do salario minimo, dos pobres no aeroporto e Universidades, “a culpa é do pt” que não soube deixar “essa gentalha” “em seu lugar”

    Dois anos de temer e a crise ainda “é culpa do pt” mesmo sem estar no poder fazem 2 anos, ou 4 se considerar que dilma2 nao chegou realmente a existir devido as crises que ela não quis enfrentar

    Lula não foi candidato, “a culpa é do pt” porque insistiu na candidatura pelas vias legais, com prazos desrespeitados mas fica por isso mesmo “por culpa do pt”

    Ciro devolve a gentileza da sabotagem no acordo PDT/PSB e “a culpa é do pt” que não quis aceitar perder o protagonismo mesmo sendo uma das duas maiores forças do pais (a outra é o “antipetismo”)

    Bolsonaro ganha e é “culpa do pt” que mesmo depois de todo o serviço sujo de Moro teima em continuar existindo

    O pais quebrar no governo do bolso ainda vai ser “culpa do pt”, porque a tv martela a 20 anos que lula seria “o maior ladrão do pais” e tudo que teria juntado seria um apartamento mequetrefe que nem pronto esta nem nunca foi dele, um sitio com 2 pedalinhos e um barco de lata e um terreno nunca usado e que nunca foi do Instituto Lula
    Quando os boldominions matarem uns 30 mil na guerra civil, vai ser “a culpa é do pt”

    Alias seguindo a moda de mudar partido de nome pra enganar eleitor, o pt podia passar a se chamar Geni (“joga pedra na geni”!)

  21. Oração:Senhor Deus em nome de
    Oração:Senhor Deus em nome de Jesus Cristo venho a ti lhe clamar pelo meu país chamado Brasil,peço q se faça a tua vontade nesta terra e q se lembre daqueles q morreram por causa de injustiças dos governantes egoístas e maldosos,não deixais q se repita a enormidade de maldades praticadas pelos poderosos no passado, não leveis em consideração nossas falhas mas livre-nos do mal,livrai-nos do espírito de cegueira p q vejamos a realidade, amém !!

  22. Não desista ainda, Nassif
    Nassif, na sua última coluna, vc pregou que ainda havia esperança real numa virada pra derrotar o BOSTONAZI. Houve uma enxurrada de críticas contra seu otimismo, e agora vc vem com este posto “o fim está próximo”.

    Nassif, seu prognóstico parece lógico e correto, porém, não devemos desistir. Até porque realmente há chance real de virada. E até porque aceitar o que virá é se ajoelhar bovina mente perante nosso cruel algoz.

    Nassif, use toda sua experiência e conhecimento pra definir: NO QUE A CAMPANHA E AS PROPAGANDAS DO HADDAD DEVEM SE FOCAR PRA ATINGIR OS MILHÕES DE VOTOS QUE JÁ FORAM DE LULA, QUE SÃO DE BRASILEIROS NÀO FASCISTAS E QUE ESTÃO SENDO ENGANADOS? COMO ATINGIR AS PESSOAS QUE VOTAM NO BOSTONAZI POR NÃO SABEREM QUEM REALMENTE ELE É.

    Depois, poste este roteiro de propagandas e de campanha, e então use todo seu renome, seus contatos, e FAÇA ALGUÉM DA ALTA CÚPULA DA CAMPANHA DO HADDAD LER E ENTENDER O QUE VC SUGERIU.

    Pois sinto que a alta cúpula da campanha está perdida.

    1. Cúpula perdida
       

      Aí que mora o engano.

      Também achava isso até observar os passos lentos e seguros que levaram Haddad para o segundo turno.

      Os cabeças de campanha do Haddad são maduros e parecem ter o “time” das coisas.

      Haverá uma carta na manga e a verdade prevalecerá.

      O povo deverá acordar desse leseira nem que seja só pra ir ao banheiro.

  23. Pode ser….

    Mas acho que tem outra hipótese, com o congresso fragmentado desse jeito, ainda que conservador, o presidente vai ter que comprar todo mundo para governar (como sempre foi). Vai continuar as reformas do Temer, talvez com algum freio de mão nas privatizações, mas com o pau comendo no lombo da classe trabalhadora. Não sei se ele vai ter condições de tomar medidas muito radicais no início. Assim sendo poderíamos ter, numa hipótese otimista, uma continuidade do governo Temer. O grande problema, o que acontece quando ele começar a enfrentar oposição mais séria da sociedade, sobretudo se houver uma nova crise internacional?

    Outra possibilidade, e se tivéssemos alguma coisa similar a governo do PiS na Polônia, um populismo autoritário, mas com bom desempenho econômico? Como vcs. cham que o PiS se compara ao movimento do Bolsonaro?

  24. VENCER É POSSÍVEL

    As observações e prognósticos apresentados no texto possuem razoável consistência, porém parecem dourar a pílula. As consequências de uma execrável vitória eleitoral da extrema direita seriam muito mais desastrosas, tanto para a depauperação da economia quanto para a desagregação do tecido social, seriam muitíssimo piores do que faz supor o artigo em tela. Porém, um analista gabaritado como o autor poderia trazer relevante subsídio, se acrescentasse argumentação sólida acerca das alternativas possíveis e das recomendações para que se busque evitar a tragédia anunciada, com a clara exposição dos fatores que podem viabilizar a vitória de Haddad.

  25. A profecia se cumprindo

    Alguns evangélicos até querem acelerar a tragédia. Porque significaria a profecia se cumprindo. Finalmente eles encontrariam Jesus.

  26. Rainha da suástica

    Não vou falar do xadrez do Nassif porque tanto ele quanto o blogue estão muito pessimistas e desalentadores. 

    Mas vou falar de uma coisa que é sintoma do fim de velhas estruturas no país e do surgimento de novas: a decadência deselegante e fascistóide da estelionatriz Regina Duarte e o surgimento de novas gerações de artistas engajados e menos despolitizados que a ex namoradinha do Brasil do regime militar e atual noiva-cadáver da democracia. 

    Enquanto a “viúva Pocilga” – futuro do seu casamento com o fascismo mais vergonhoso – confirma o que sempre se falou sobre a associação entre vilões e seus intérpretes ser injusta, agora do lado dos mocinhos (ela, a que ficou famosa como a brasileira “malu mulher”, a batalhadora vendedora de sanduíche de praia recheado de princípios cívicos, apoia descaradamente um misógino e antipovo), atrizes jovens e que, ao contrário da imagem edulcorada criada pela Globélica para seus porta-vozes, sofrem assédio virtual por não seguirem o modelito “visto a camisa da empresa” estão se posicionando de maneira surpreendentemente madura e responsável, apesar de sua pouca idade e inexperiência política ao repisarem a associação automática entre PT e corrupção. Falo das atrizes Alice Wegman, simpatizante do PSOL do RJ, cuja postagem sobre apoio ao candidato da frente democrática liderada pelo PT, Fernando Haddad, foi endossada pela corajosa Bruna Marquezine, ainda mais meritório por estarem sob a pressão de “seguidores”, imprensa, patrocinadores, colegas de profissão. 

    Que a “rainha da Suástica” seja em breve esquecida. E que as novas gerações substituam o oportunismo de classe das antecessoras pela consciência social e pela responsabilidade cívica, ainda que tenham muito a amadurecer sobre conhecimento histórico e político para resistirem aos dilemas que a vida a todos impõe. Parabéns às meninas, obrigada pelo apoio à democracia que é de todos e não deve depender de colorações partidárias, e que não se curvem às muitas pressões que hão de vir. Este momento é um teste de caráter, e ninguém sairá dele incólume. 

    Só sinto falta de outras lideranças do meio artístico, como Lázaro Ramos – se já se posicionou nessa disputa, ainda não fui informada, talvez por estar restrito às bolhas, e aí de pouca valia para a sociedade. Em momento em que vemos relatos de jovens negros de favelas e periferias votando inconsequentemente num fascista racista e misantropo, onde estão as lideranças e ídolos dessa juventude? No esporte não se deve esperar no Brasil um levante como o dos jogadores de futebol americano, tão corajosos e politizados. E na música, onde estão os rappers, os roqueiros, os sambistas? Se o país sucumbe, todos devemos nos perguntar se fizemos tudo que estava ao nosso alcance para não contribuir com sua falência. 

    P.S. Eu já ia me lamentar dizendo que, enquanto os EUA tem um ícone como Jane Fonda, nós temos uma canastrona como Regina Duarte. Mas me lembrei a tempo de que a comparação é injusta com Jane e com as atrizes do Brasil. Viva Marieta Severo, nossa Jane Fonda em talento, beleza atemporal, elegância e coragem política. 

    Sampa/SP, 13/10/2018 –  23:33 (alterado às 23:45) 

    1. Regina, Quem?

      A melhor resposta a essa senhora é a indiferença, ignora-la pelo simples fato que não merece sequer o nosso desprezo, quanto mais consideração mesmo que extremamente negativa. 

  27. Como seria um governo Bolsonaro?

    Se o Bolsonaro vencer certamente não terá um governo fácil. A conjuntura econômica que se avizinha não é nenhum pouco alvissareira. A começar pelos efeitos deletérios da PEC da morte que vai inviabilizar o governo em todas as suas esferas, investimentos públicos serão praticamente inexistentes e dificultará a retomada do crescimento.

    Na conjuntura internacional é provável que ocorra uma nova crise econômica de grandes proporções deflagrada em países como Argentina, Turquia e África do Sul, que provocará reação nos investidores de fuga de mercados instáveis como o Brasil.

    Há ainda a guerra comercial entre os EUA e a China que está afetando toda a economia mundial. Também a política protecionista do Trump, que atinge a exportação de aço e alumínio brasileiro, principais produtos de exportações do país. Também o aumento da taxa de juros americana terá forte repercussão em moedas frágeis como a brasileira.

    Não espere muita coisa da diplomacia de um sujeito desequilibrado como o Bolsonaro, que provavelmente será suicida. Para agradar o Edir Macedo o presidente brasileiro vai colocar uma embaixada brasileira em Jerusalém, reconhecendo assim a cidade como capital de Israel. Com essa atitude os países árabes não vão mais importar produtos brasileiros, principalmente agropecuários.

    O Bolsonaro também tentará agradar os EUA sabotando os Brics, o que provocará sérias reações da China que poderá retaliar o Brasil. Dessa forma o Brasil terá dificuldades de acesso privilegiado ao seu maior mercado das exportações.

    Quanto à Europa, assim que o Brasil extinguir o ministério do meio ambiente causará sérias reações dos Europeus. Também, as sucessivas violações aos direitos humanos fará com que muitos países do velho continente evitem relações comerciais e políticas mais profundas com o Brasil, como a Alemanha, França, Espanha dentre outros. As relações comerciais do Brasil com a região vão ser muito prejudicadas por uma diplomacia que represente um países que viole os direitos humanos.

    Também, as manifestações racistas e de desprezo contra a África do presidente brasileiro criaria muita resistência para as investidas comerciais do Brasil na região.

    Quanto à América Latina, uma guerra com a Venezuela além de perder um dos principais destinos de exportações de produtos industrializados brasileiros, causará muitas mortes desnecessárias de jovens brasileiros. Uma guerra criaria muita instabilidade interna e externa e afetaria a estabilidade econômica e afugentaria ainda mais os investimentos e deterioraria o ambiente de negócios não só no Brasil como em toda a região.

    Diante de tantos obstáculos para a retomada do crescimento econômico, o país entraria em recessão econômica e o desemprego atingiria níveis alarmantes. Para conter a insatisfação popular aumentaria a repressão e a violência estatal.

    Com a venda desenfreada de armas a taxa de homicídios, que em 2018 era de 60.000 por ano, ultrapassaria os 100.000. O desemprego dos jovens, a falência dos serviços públicos como educação e saúde, destruição do sistema de previdência social pública a forte austeridade fiscal levaria o Brasil definitivamente ao colapso econômico.

    Aos poucos a violência estatal generalizada recrudeceria. Chacinas e massacres no campo seriam uma constante para conter movimentos populares que reivindicasse moradia, reforma agrária ou outros direitos. As torturas nos porões das carceragens das delegacias e quarteis de polícia sairiam do controle com mortes de jovens, negros, lgbts, índios e ativistas políticos.  

    Para conter o caos, o Bolsonaro seria derrubado e o general Mourão assumiria o comando da presidência. Sua primeira medida seria fechar o Congresso Nacional e outorgar uma Constituição ditatorial. Partidos políticos e sindicatos seriam colocados na ilegalidade e resto da história todos nós já conhecemos, é só abrir um livro de história do Brasil e constatar o que foi o golpe de 1964.

     

      1. Trump já ameaçou invadir a

        Trump já ameaçou invadir a Venezuela; Colômbia aderiu a OTAN e o general Mourão declarou que a próxima missão de paz do Brasil será na Venezuela. 

        Esses loucos são capazes de tudo!

        1. Na verdade
           

          Eu ia postar um comentário mas entrou o título sem que desse tempo de escrever.

          A pergunta (guerra pra quê?) é uma obsservação sobre os métodos de controle que o capital tem feito para sangrar os paises apossando-se de seus bens pela simples manipulação política sem precisar de armas.

          Somente os paises mais antigos, de população mais belicosa e recalcitrante é que recebem esse “tratamento” mais “convicente” do derramamento de sangue.

    1. Miracles…
      Pra qual santo a turma do PSL reza?

      “O PSL recebeu 10,8 milhões de votos para deputado federal a mais nessas eleições que em 2014. Na última disputa para a Câmara dos Deputados, o partido do presidenciável Jair Bolsonaro teve apenas 808 mil votos. Já em 2018, foram 11,6 milhões, um crescimento de 1.341%.”

      https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/eleicao-em-numeros/noticia/2018/10/11/psl-e-o-partido-que-ganhou-maior-numero-de-votos-na-eleicao-para-a-camara-mdb-e-o-que-mais-perdeu.ghtml

  28. Nassif, bom dia. Será que a
    Nassif, bom dia. Será que a promessa de venda de armas é um ‘bluff’, justamente para atrair votos de pessoas cuja natureza é violenta? Que o candidato Bolsonaro diga hoje uma coisa oposta ao que disse ontem, é algo claro pra qualquer pessoa mais próxima ao centro ou mais próxima à esquerda. Se os militares pretendem voltar ao poder, seria uma má ideia permitir que a população se arme, não? Ou sera, nesse caso, que o interesse da indústria por trás das armas fala mais alto?

    Acredito que no nosso país, a intenção ao vender armas se insere dentro de um plano no qual o governo começa a transferir ao cidadão a responsabilidade pela própria segurança,ou seja, a pratica neoliberal do estado mínimo (com educação mínima, saúde mínima e agora tambem seguranca mínima). A venda de armas é algo que me assusta mais do que a propria ditadura, não acho que o brasileiro tenha condições de ter arma(ele ‘cresce’ demais, como se diz numa linguagem popular).Boa parte do eleitorado vota em Bolsonaro pela promessa de segurança, ainda que ele nada tenha contribuído para a diminuição da mesma onde foi eleito deputado. Pelos ataques Brasil a fora, a primeira vista o que fica claro é a (in) justiça pelas próprias mãos praticada pelos eleitores simpáticos a ele. Entretanto esta ideia de vendas de armas , pelo menos no Brasil, é um atestado de políticas ineficientes de segurança, uma das bandeiras de Bolsonaro.

    1. Bolsonaro não nasceu ontem

      Se não temos memória pensamos que Bolsonaro nasceu ontem, por geração espontânea.

      Usando a memória, vemos que os EUA sempre atuaram contra os que tentavam fugir de suas garras e do capital internacional. Seja Getúlio, Juscelino, Jango, e até o esquecido Geisel, que, ao romper o acordo militar com os EUA e dirigir os investimentos para infraestrutura e defesa independente, excitou um amor extremado pelos direitos humanos entre os que haviam derrubado o governo legítimo.

      No caso atual, vimos que a Petrobrás era prioritária para a NSA (agência mais poderosa que a CIA), desde 2006. Logo começaram os contatos, treinamento de agentes (judiciários, policiais) e planejamento detalhado. A partir de 2013, a ação direta de estabilização – as marchas “espontâneas”, “não vai ter Copa”, o 7 x 1 totalmente impossível de forma natural, o bloqueio parlamentar ao governo Dilma, que piorou no segundo mandato, os processos fartamente televisionados.

      O grupo do usurpador não conseguiu cumprir bem o plano bolado para Aécio, e tudo está descendo a ladeira. Será por acaso?

      Um ponto pouco lembrado é que a política externa dos EUA agora é muito diferente de 64. Naquela época, o objetivo era conseguir associados subordinados, mas voluntários. Um aperto grande demais jogaria o candidato a aliado nas mãos da União Soviética. Algum progresso era tolerado, desde que ajudasse a fornecer produtos ou serviços aos EUA.

      Agora o mundo é outro. Na Rússia, manda Putin, representando a Màfia e os antigos governantes enriquecidos pelas privatizações. Ele não é inimigo, mas aliado de seu antigo parceiro comercial Trump. Nos países onde aconteceram as intervenções recentes, os governos foram destruídos, restando o caos ou colaboradores abjetos. Os recursos naturais não são aproveitados por companhias nacionais, mas internacionais. 

      E por que raios Bolsonaro? Um direitista limpinho como FHC ou Serra seria mais palatável, mas não causaria o caos. O ex-militar não tem condições de dirigir um clube de bocha, e o seu Posto Ipiranga é ainda pior. Virá o caos, e a substituição por alguém que possa fazer o papel dos dirigentes do Iraque, Líbia, etc., que até os limpinhos recusariam.

      Só mais um ponto. Nossas urnas eletrônicas são realmente ruins, conforme provado por todas as auditorias com participação de técnicos competentes e independentes. Em várias eleições os aliados improváveis mais efetivos Putin-Trump agiram para fraudar os resultados. Por que razão Bolsonaro passou a reclamar das urnas em altos berros, quando elas sempre o favoreceram anteriormente. Não seria para cobrir o fato de que os resultados do primeiro turno são muito suspeitamente bem diferentes das pesquisas e das previsões baseadas na força dos partidos? Não há aí alguma interferência sobrenatural?

       

       

  29. Xadrez
    1 – a catástrofe tem feição mundial. Quase todos os países estarão a reboque da deterioração geral. A execução, das garantias do rentismo geração “pós ponto com” terá crescente dificudade de ser promovida pelo sequestro dos erários (como em 2008), mesmo com a separação privilegiada da fatia do bolo , caso brasileiro – não só.

    2 – um Brasil bolsonariano “puro” tenderia à desagregação, inclusive geográfica. Os militares não permitirão, Bolso ficará num “mito sem cachorro”, e os novos velhos gorilas serão contestados, mais cedo do que na outra “redentora”. Quem se salva num “salve-se quem puder?”

    3 – a saída é extremamente estreita. Passa pela eleição de Haddad, a aceitação do resultado por parte dos derrotados (coisa difícil, por si só), e certa dose (nada pequena) de desidratação do programa original do PT.

    4 – estará feia a coisa, mas com o capitão, ficará bem pior.

    5 – e não há para onde fugir.

    SOCORRO!

  30. A volta da Chibata e o Ódio ao PT

    [video:https://youtu.be/W61Hu3Uj3QA%5D

    [video:https://youtu.be/JzlCJW7aVmw%5D

    Malu Aires:

    O PT nunca me enganou

    Sabe por quê?

    Porque eu leio, me informo, busco estatísticas, metas do governo, ano a ano. Porque acompanho os bastidores da política e os passos das aves de rapina que, há décadas, gastam o piso do Congresso Nacional, com seus sapatinhos italianos.

    O PT nunca me enganou porque conheço bem a história política deste País. Quem é quem, quem é filho de quem, quem é herdeiro de cada capitania hereditária desse chão sem fim.

    O PT nunca me enganou porque olho pra gente nas ruas. Reparo que crianças sumiam dos semáforos, dos canaviais, da beira das estradas da prostituição infantil e ganhavam o mundo e os sonhos, em bancos escolares.

    Eu lia quantos carros haviam sido vendidos naquele ano, quantas TVs, geladeiras, freezers, celulares e computadores. Via quarteirões inteiros, antes terrenos, com casas erguidas na praia. Tudo coisa fina.

    No aeroporto, pego de 4 a 8 voos por ano. Eu via negros a bordo, com duas, três crianças pequenas. Nordestinos humildes na sala de embarque, procurando o embarque perdidos, como se fosse a primeira vez das suas vidas voar pelos céus do País. Coisa que não via. Me enchia de alegria.

    O PT nunca me enganou porque, de uns anos pra cá, quando chovia, menos gente morria soterrada em barranco, levada por enxurradas. Porque quando acabava o ano, os shoppings estavam cheios e, no supermercado, a gente via as mulheres da limpeza, levando perus e cerejas pra ceia de Natal das suas casas.

    O PT nunca me enganou porque via, cada vez mais, mais jovens pobres nas faculdades. Porque meus próprios irmãos e primos estavam cursando ensino superior, após os 30.

    O PT nunca me enganou porque eu gosto de ver, sentir e me relacionar com gente. Gente preta. gente pobre, gente humilde…Não vejo TV, não vejo novela. Gosto de ouvir a vida da boca do povo. Eu via, eu ouvia, eu sentia. Nossa gente estava feliz.

    O PT nunca me enganou porque tem obra aqui do lado de casa. Durou mais de 6 anos a obra. A peãozada toda se reunia na hora do almoço, na rua, para papear e tomar um solzinho do meio-dia. Era alegria.

    Foi sair Dilma, os pedreiros sumiram. O sinal voltou a ter menino limpando para-brisa. No Natal, já via as mulheres da faxina discutindo o preço do frango, do ovo.

    O PT nunca me enganou. É difícil governar um país tão extenso e desigual. Combatendo interesses de poderosos, mesquinhos e perigosos. Enfrentar as salas e bastidores do poder que sempre teve dono – o rico, o milionário. Contar com o apoio do povo que a TV envenena contra si próprio e seus interesses.

    É difícil governar um país na mão de pastores e mentirosos. Que ora saúdam o senhor pela “riqueza alcançada”, ora pregam o ódio para disfarçar a volta da miséria que apoiaram.

    É difícil governar um país onde a classe média tem empregadas domésticas e senzalas que chamam de “quartinho”, ainda hoje. Quando chega a alforria para esse povo migrante e trabalhador, a carteira de trabalho, a fixação da jornada, extra, férias, fundo de garantia, essa classe média abre fogo, abre guerra.

    Quando chega a oportunidade do filho do pobre mudar seu destino, o empregador de mão-de-obra barata, no campo, nas idústrias, nos comércios e até nas casas “de família”, abrem fogo, chamam à guerra.

    Esse povo triste, desolado e abatido que hoje encontro, cruzando na rua comigo, nos supermercados, no elevador dos prédios comerciais, o PT nunca enganou. Se teve alegria, iria durar até o certo dia que os mais afortunados tolerassem. 

    E, aquela gente pobre zanzando alegre, com a boca escancarada, cheia de dentes que o dentista consertou, eles nunca toleraram. Nunca quiseram enxergar. Nunca quiseram saber de suas vidas. Nunca deram liberdade para essa gente comer a comida do patrão, subir pelo elevador social, frequentar a casa como amigos dos seus filhos.

    O PT nunca me enganou. O Brasil foi dividido por preconceitos. Não basta ser rico, se fosse preto. Ser branco, se fosse pobre. Ser nordestino, branco e rico, vá lá.

    Sepre acompanhei a política e o vai e vem das cadeiras. Sei bem como as coisas funcionam no Brasil e o lugar que nos reservam, é sempre à margem. Nunca odiaria um partido, nem ao PT lançaria todo o meu ódio. Ódio é coisa de quem não quer tomar o olho da realidade para si.

    O PT, por melhor que tentasse ser como partido, como representante dos nossos sonhos, somos nós os que tem que sonhar. Se não sonhamos com igualdade, dignidade, direitos e com a alegria do nosso povo, só nos é merecido viver um  pesadelo juntos.

    https://www.facebook.com/maluaires/posts/10216063476435609

    https://www.revistaforum.com.br/cartazes-com-morte-a-negrada-e-bolsonaro-presidente-sao-encontrados-em-porto-alegre/

    Ps:

    #ondeandaCiro –  o candidato esquerda bossa nova?

    Um Abraço ao Presidente Lula!

     

     

     

     

     

     

    1. Loas a Malu Aires

      Tô pra ver um texto mais lindo e verdadeiro.

      Ela é a pessoa que vê entre os cegos  neste ” Ensaio sobre a cegueira” que ora vivemos.

       

    2. Fora de contexto
       

      Os dois primeiros vídeos destoam completamente do texto primoroso.

      Sobre o vídeo n.1

      – Observar que é da década de 70

      O Incômodo dos frequentadores de Copacabana, Ipanema, Leblon é mais com os maus hábitos das pessoas que com as próprias pessoas.

      A má condição de vida e a omissão do estado na educação, na saúde e  na moradia das pessoas do subúrbio é que  tem responsabilidade sobre o seu comportamento.

      O abandono do estado nos cuidados pelos seus comandados é que tira a dignidade do cidadão.

      Sobre o video n.2

      – Observar a falta de imagem

      Conquanto se saiba que o  coiso tenha dito essas palavras e que seja esse o seu pensamento, a falta de imagens coloca suas afirmações em completo descrédito.

      Sobre o núcleo do discurso do coiso

      O coiso é uma pessoa sem capacidade de raciocínio elaborado.

      Ele reage ao que vê e aplica soluções imediatas de acordo com a sua capacidade.

      Ele se incomoda com a condição de penúria das pessoas, especialmente das crianças abandonadas e ainda que incorra em severa dissociação cognitiva,  quando recomenda o controle da natalidade ele, na verdade, detesta ver gente pobre e acha que diminuido o número de pobres se diminui a pobreza.

      Onde ele apresenta dissociaçao cognitiva-

      Tem que castrar a mulher e  o homem pobre – laqueadura e vasectomia.

      Tem que matar o infrator pobre – execução sumária sem julgamento

      Mas, 

      tem que punir e prender a mulher pobre que faz um aborto.

       

      AMBIGUIDADES

      Ao final, quem postou o comentário exibe os dois cartazes pedindo morte aos indesejáveis:

      Tem que matar os pretos,  ( os nordestinos, os índios, os homossexuais, as mulheres…)

      A pessoa que postou o comentário, ou não raciocina com lógica ou faz o mesmo jogo dos fascistas, já que as imagens e os vídeos desmentem o belíssimo e verdadeiro texto.

       

       

  31. Uma peça importante que o
    Uma peça importante que o nassif esqueceu de mencionar:

    O controle sobre a PGR é a Polícia Federal.

    Haverá um expurgo de vozes dissonantes, e os Bolsominions mais radicais serão levados a posição de poder dentro da instituição.

    O aparato repressor do estado vai terminar o trabalho da Lava Jato, perseguindo políticos de esquerda — independente de culpa. Basta convicção.

  32. Quem deu o golpe não o fez
    Quem deu o golpe não o fez pra devolver.

    Ou os gorilas colocam Bozo, no voto popular, um testa pra presidir, ou vai ser, cedo ou tarde, na porrada.

    Mourão já deixou escapar que sua corrente quer destruir a política sul-sul …aqui, adeus Mercosul, África, brics, e liderança global.

    Institucionalmente nunca estivemos prontos. O golpe escancarou as desfuncionalidades da nossa democracia.

    A justiça nunca foi justa, os militares jamais democratas ou legalistas.

    Pros que tem 40 ou mais, esqueçam, o sonho dum Brasil mais justo, Pacífico e igualitário, jamais.

  33. Bom debate

    Em 2014 Aécio esteve a ponto de ganhar, contra o PT, num quadro parecido ao de hoje (embora na perspectiva político-partidária), apenas que, depois da recente desilusão em relação ao Aécio e aos tucanos (e da política partidária em geral), a população dirigiu o seu protesto para a linha comportamental, adotando o Bolsonaro (poderia ter sido outro), abandonando o “corrupto e desprestigiado” jogo político democrático travado nos últimos 20 ou 30 anos (na visão destes) e levando a discussão para a linha abaixo da cintura, à margem da política dita convencional. Não podia dar em outra um sistema com 35 partidos políticos e outros 73 pedindo registro no TSE.

    A Democracia representativa, como era conhecida desde a redemocratização, acabou junto com a chegada das redes sociais e a universalização do smarthphone, particularmente a partir dos movimentos de 2013. Hoje nem os partidos nem a mídia convencional seduzem ao eleitor, cansado do veneno que ingeriram durante muitos anos, particularmente da rede Globo.

    O povo que apareceu nas urnas em favor do Bolsonaro não apenas é anti-PT, mas também anti política convencional. Foi um protesto do eleitor de baixo clero, aquele com o qual você nunca discutiu política neste blog, na rua ou em mesas de bar, aquele eleitor que a Globo e os partidos tradicionais achavam “bovino”.

    A população brasileira, se escolher Bolsonaro neste 2º turno, estará entrando num caminho escuro, de mero protesto contra “aquilo que está aí” e tomará um choque de realidade. O povo eufórico procurou um super-homem e votou nele, mas, em breve verá que o sujeito é apenas o atrapalhado Clark Kent (piorado). O choque de realidade poderia ser maior e mais rápido na medida em que surja uma nova forma de política partidária, com depuração de ideias e partidos, para tentar seduzir a juventude e ao povo em geral, até que a sociedade brasileira volte a aceitar a política tradicional nas disputas políticas correntes e como alternativa democrática de governo. Mas, esta hipótese é muito fraca no curto prazo e vai sobrar apenas a tristeza e desilusão do povo, por um bom tempo, até cair a ficha.

    Ainda seria possível reverter esta eleição, mas, o problema de fundo continuará aí mesmo e o PT teria que reconquistar o amor do povo pela boa política e pela democracia, muito aos poucos e com constantes ameaças.

    Alguns pitacos paralelos em relação ao post do Nassif:

    Nada de “São Sebastião”. O Ciro vai voltar como um fujão e egoísta, quem sabe volte até com um novo partido (o oitavo na carreira dele);Interessante a declaração bolsonarista contra juízes do STF. Foram preservados de ataque apenas os nomes do Barroso, Fachim, Fux, Rosa Weber e Carmem Lúcia. Por quê?

  34. A maior responsabilidade pela

    A maior responsabilidade pela calamidade fascista que está por se abater sobre o Brasil, mas que já começa a se manifestar por toda a parte, é da mídia e do judiciário.

    Esta dupla provocou um grave desequilíbrio ecológico – sim, ecológico – no mundo político brasileiro, e foi este desequilíbrio que propiciou o surgimento desta espécie de fascismo que nos ameaça. Uma democracia saudável tem suas forças políticas em convívio civilizado, e elas se confrontam sob um equilíbrio constitucional que exige o respeito geral por cada uma delas. Quando instituições que deveriam se manter neutras promovem por anos a fio a opressão sistemática e injustificada de um dos campos políticos em favor da proteção de outro, o resultado é uma sociedade doente como a nossa está.    

    A iminência de ver-se o poder máximo ser tomado à força bruta por convencimento de camadas populares à custa da sedução criminosa de enxurradas de mentiras inescrupulosas, na cara das autoridades eleitorais completamente paralisadas pela perplexidade e pela incapacidade de reagir: – este é o problema gigante que envolve hoje o país. 

    Isso só aconteceu porque a mídia e o judiciário usaram seu poder para tentar moldar o mundo político aos seus próprios interesses e aos interesses das inconfessáveis pressões que têm recebido, afastando-se muito de sua obrigatória posição de neutralidade política.

    Quando matam as cobras de um lugar, naquele lugar há uma proliferação incontrolável de ratos. Quando se matam os sapos, os insetos proliferam. Quando interferiu no mundo político para tentar, por qualquer meio, colocar determinadas correntes de direita no poder, a mídia e o judiciário, agindo de mãos dadas, fustigaram de tal maneira a esquerda brasileira com acusações levianas, condenações absurdas e superexposições públicas negativas, mentirosas e exageradas, que a esquerda deixou de ser a forte barreira política que inibia a gênese dos sentimentos fascistas e impedia seus desenvolvimentos. Quem fazia gorar os ovos da serpente era a esquerda.

    Há quem diga que a mídia e o judiciário eram fascistas desde o começo do processo antidemocrático, mas isso é difícil de acreditar. Eles não sabiam onde daria a senda onde estavam se metendo irresponsavelmente.

    Seja como for, com uma esquerda enfraquecida pela calúnia e pelo ódio sem nexo artificialmente cultivado e disseminado, brotou no país um bestial fascismo tupiniquim. Quem barrava esta besta era a esquerda brasileira, sua disposição de luta, seu apreço pela preservação da memória, seu respeito pelos marcos civilizatórios, e seu estoque teórico constantemente testado.

    A esquerda brasileira pode não ser perfeita, mas não merecia que suas brotoejas fossem vistas como se fossem cânceres de pele. Ela ainda é o segmento político incomparavelmente menos corrupto do país e aquele que mais benefícios tem realizado em favor do Brasil e dos brasileiros, em todos os sentidos. Temos ainda tempo para reverter esta situação? Isso só poderia acontecer se os maiores responsáveis por ela partissem decidida e urgentemente para tentar, com todas as suas forças, destruir o monstro que criaram. Mas até agora o que se vê é que eles estão pagando para ver sua própria destruição. Se sobrevier no país um governo militar, já então com o epíteto de salvador contra o caos bolsonariano, espera-se que a linha dura do Exército dê passagem para as forças mais desenvolvimentistas, que não tenha preconceitos neoliberais contra a missão fundamental das empresas estatais para o desenvolvimento, e menos alucinadas com estas fantasias loucas de anti-comunismo que só ao domínio de interesses escusos e externos se presta. E que sejam totalmente voltadas para a recuperação das riquezas estratégicas nacionais e para a cionstrução de instituições democráicas tão fortes que agora não possam novamente cair em esparrelas judiciais e midiáticas. Uma corrente que seja mais Ernesto Geisel e muito menos João Figueiredo. Só isso. .

  35. Vai depender…
    Vai depender muito de quem irá liderar o golpe militar. Mourão, vice de Bolsonaro, é tão ou mais louco que o candidato à Presidente. Quem é o líder militar nacionalista nesse momento que possa parar a sanha neoliberal privatista de vender tudo que foi construído em várias decadas pelos trabalhadores brasileiros? E os militares assumindo, na melhor das hipoteses, Lula morreria na cadeia, pois representa um simbolo que alguém que veio lá do nordeste, operário, líder sindical, possa chegar ao primeiro cargo do país. Espero que Haddad ganhe e que não tenhamos de passar por isso mais uma vez

  36. Xadrez de Bolsonaro, do Poder Militar e do pacto nacional

    gostaria de ter comentado este artigo antes. não foi possível. fui atacado ontem à noite por um comando BolsoNazi. quebrei um dente.

    acabara de ler a matéria e caminhava preocupadamente, pensando no que comentar. então os três Bolsopatas surgiram na minha frente. do nada um deles me deu um murro na boca. me pegou distraído.

    eu estava quieto sem mexer com ninguém. não sou mulher, negro ou LGBT. também não pareço pobre, apesar de ser. também não sou nordestino.

    só se foi por causa da minha camiseta, estampada com os dizeres: “Êita facada mal dada…”.

    até que o prejuízo não foi tão grande, a raiz do dente lateral já estava comprometida.

    e precisa ver o estado em que os agressores ficaram: um vai ficar um bom tempo enxergando de um olho só, outro nunca mais vai ter filhos. quanto ao terceiro, o que me deu o soco, nada posso garantir, além de que vai aprender a escrever com a mão esquerda.

    a bem da verdade, devo reconhecer que recebi ajuda. logo ao começar a confusão, um cara apareceu. para ser justo, foi ele quem provocou a maior parte do estrago nos caras.

    quando eles saíram correndo, o cara me ofereceu um lenço, para eu limpar o sangue que ainda cuspia.

    pensei: “Quem hoje em dia ainda anda com lenço no bolso?! Será que tá limpo?”.

    impecavelmente branco e levemente perfumado, não havia porque não usar o lenço para estancar a hemorragia.

    só então reconheci o homem. era o maldito cigano que me acompanha desde criança.

    na minha infância, ele me trazia aquelas pequenas cadernetas de anotação, com todas as páginas preenchidas com uma estranha caligrafia. levei duas décadas para começar a decifrá-las.

    alguns anos atrás, começou a me mandar mensagens via WhatsApp.

    ontem, antes de sumir novamente no meio da noite, sussurrou no meu ouvido: “Bannon é Trump”.

    e mais não posso relatar no momento.

    .

    1. Lamento muito, mais não tenho

      Lamento muito, mais não tenho o que e ou como dizer  ..a não ser que

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      .

      .

      a não ser que a camiseta carregava uma boa carga de provocação

      1. Xadrez do grande pacto nacional contra Bolsonaro

        então vai ser melhor tomar cuidado também com a minha outra camiseta: “Fascista gosta é de tomar no rabo!”.

        .

        1. Não é à toa que o Bolsonaro quer eliminar a concorrencia

          Porque o Bolsonaro e suas hordas fascistas querem matar os viados?

          Ora, para acabar com a concorrência e monopolizarem os bofes.

  37. Não vão precisar sequer de um

    Não vão precisar sequer de um novo AI-5. O STF já cassou a constituição e os togados estão de 4 para os milicos. O congresso novo bate continência. E se os eleitos de esquerda ameaçarem abrir a boca, o Moro descola uma delação premiada, prende e envia para o DOI-CODI de Curitiba.

  38. Os milicos,ou quem eles

    Os milicos,ou quem eles representam,poderão fazer o que quiser. Poderão até ganhar as eleições. Uma coisa,no entanto,não poderão se furtar: Enfrentar a realidade.

    Os golpistas,aqueles que diziam que os investimentos estrangeiros e a crise sumiriam no dia seguinte à deposição da presidenta Dilma,já estão há dois anos e meio cahfurdando na lama que criaram e sem nenhuma perspectiva de sair dela.

    O povo,que hipnotizado foi pela histeria coletiva criada pela mão invisível do golpe,ainda que lentamente,vem saindo de seu estado de torpor a que foi colocado e já apresenta alguns sinais de reação,como foi ao impedir a vitória do candidato golpista no primeiro turno.

    É esta realidade que irá se impor diante de qualquer governo. Podem fazer o que quiser,Irão dizer que o PT quebrou o país,que a bagunça se generalizou,que a corrupção se alastrou etc,etc. Enfim,poderão fazer o discurso que quiserem mas,se melhorias para o povo nada colará e,aí,será questão de tempo,pouco tempo,diaga-se de passagem,para esta curriola voltar para as tumbas que nunca deveriam ter saido.

    1. discordo  ..os gorilas, em

      discordo  ..os gorilas, em assumindo (no voto ou na PORRADA) não largarão o osso tão cêdo

      O GOLPE deu muito trabalho e exigiu muita estratégia e persistência  ..teve o mensalão, depois a tentativa de grudar e AMPLIFICAR toda crise em LULA  ..até em 2013 aonde diante do QUEBRA QUEBRA televisionado a POLICIA MILITAR de SP sequer intervinha deixando a turba agir e depredar patrimônio público sozinha

      enfim..

      Assim como, por erros e imprevidências, os MILICOS não quebrarm o país na década de 70-80, muito menos DILMA

      Ambos, ironia seja dita, se afundaram por falta de TRAQUEJO político

      e claro  ..ambos foram abatidos por crises externas,e do petróleo/energia/arabes e judeus ..donde pra um a “quebra” resultou numa tutela do Brasil mais do que bem vinda aos EUA/FMI por quase 3 décadas  ..e pra outro agora, pelo retorno a submissão diante dos EUA e pelo fim dos BRICS que, em breve, se resitirem, virarão RICS

      1. O futuro será ruim, mas a China vai nos salvar dos entreguistas

         

        Romanelli (domingo, 14/10/2018, às 10:40),

        Excelente comentário. Parece até que você andou lendo os meus comentários, só assim para explicar tanta coincidência de ideias. E o melhor é que eu considero que você teve uma fase muito ruim e agora você me aparece com um comentário como este.

        Os seus antepenúltimo e penúltimo parágrafos foram tudo que eu digo há muito tempo. Excetuando a falta de traquejo político de ambos, foram as circunstâncias que ajudaram a esquerda a, junto com o centro, retirar do comando do país os militares e que permitiram que a direita, junto com o centro, defenestrassem a ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff.

        Enfim, para dizer o que você disse só pode ter mesmo a explicação acima e mais especificamente  reconhecer que você fez a leitura do meu longo comentário que eu enviei quinta-feira, 07/09/2017 às 16:26 para Junior 5 Estrelas junto ao comentário dele de quinta-feira, 31/08/2017 às 10:29, atualmente o terceiro comentário (fora os três que foram escolhidos para encabeçar o post) na primeira página do post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” de quarta-feira, 30/08/2017 às 01:32, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. O link para o post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-fator-e-a-economia-estupido-por-luis-nassif

        Os meus comentários são prolixos, difusos e confusos, mas eu os indico pelos links que neles sempre busco disponibilizar e acredito que os textos para os quais há indicações valem bem uma leitura mais atenta.

        O meu comentário para Junior 5 Estrelas no post “Xadrez do fator é a economia, estúpido!, por Luís Nassif”, volta-se para entender as razões dos movimentos do STF e ao mesmo tempo para explicar porque se deve analisar com outros olhos tanto o primeiro como o segundo governo da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff.

        De todo modo ainda que concorde inteiramente com você, considero que faltou ao seu comentário uma referência ao crescimento da extrema direita e de certo modo do fascismo em época de crise econômico. Matéria para a qual eu deixo links importantes em comentário que enviei sexta-feira, 27/10/2017, às 13:16, para Diogo Costa junto ao post “O Grande Mal Estar, por Diogo Costa” de quarta-feira, 25/10/2017 às 06:58, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria do próprio Diogo Costa.

        Recentemente depois de reler meu comentário para Diogo Costa lá no post “O Grande Mal Estar, por Diogo Costa” eu avaliei que valia acrescer algumas indicações de textos que ajudam ainda mais a entender a atual realidade brasileira com o crescimento da extrema direita e enviei terça-feira, 09/10/2018 às 00:44, para Diogo Costa junto ao meu comentário anterior um comentário com diversos links, que merecem uma leitura mais atenta de quem quer que se interesse por compreender para onde estamos indo.

        E é em relação à indagação sobre o futuro para sabermos para onde estamos indo que me parece faltar também um ponto no seu comentário. Você não deu entender que sabe sobre o fato de que a administração do país pelo PT nos próximos quatro anos seria talvez até pior do que a situação da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff se se considera que no período de 2015 a 2018, o PMDB deveria ficar obrigatoriamente do lado do governo, como tenho como seguro a vitória de Bolsonaro vai ganhar.

        Então parece que estamos indo para uma direita entreguista. Ocorre que o Exército sabe muito bem quem é Bolsonaro. Se Geisel, para os quais as últimas notícias, embora sobre elas eu tenha desconfiança, não são meritórias, já não falava bem dele, imagine então o que se sabe sobre Bolsonaro desde então. E há muito informação ruim sobre ele espalhada por todos os cantos.

        Recentemente eu pensei em finalizar um longo comentário sobre a nossa ignorância e que eu começara a escrever para enviar para um comentarista ainda em março de 2017. Eu tinha iniciado o comentário para o enviar para Marcelo Soares Souza junto ao post “A esquerda, a carne e o pragmatismo masoquista, por Igor Fuser” de sábado, 25/03/2017, às 15:58, aqui no blog de Luis Nassif e com texto que o Marcelo Soares Souza trouxera de Igor Fuser lá no blog Outras Palavras.

        Assim, voltei ao post e antes de retomar o comentário inacabado, eu iniciei a leitura dele e encontrei já no primeiro parágrafo do post a seguinte passagem:

        “Na campanha eleitoral de 2014, a Friboi fez um donativo de 200 mil reais, declarados, em favor de Jair Bolsonaro, candidato a deputado federal no Rio de Janeiro. O mesmo frigorífico foi um dos maiores anunciantes da mídia burguesa durante todo o período em que os principais veículos de imprensa, rádio e TV do país levaram adiante a campanha golpista.”

        Trata-se, portanto, de doação declarada e assim não há razão para considerar como uma doação com intuito ter um lobby no Congresso Nacional. E não é de muito valor, mas ai se junta as outras é vê-se um pouco mais do verdadeiro retrato dele. Isso sem falar sobre as acusações de que ele fazia parte da lista de Furnas. O importante é perceber que há informação suficiente para saber quem é Bolsonaro. E, portanto, ele não tem autoridade nenhuma sobre um general do exército. Enfim, ele é realmente um títere na mão dos militares.

        Aqui há um segundo ponto que eu penso vale observar e que em meu entendimento ficou omisso ao você falar sobre o futuro do Brasil. Eu ouvi em um destes blogs alguém falar sobre a liberação de terras para compra por estrangeiros. Que essa liberação estaria sendo impedida pelo Advocacia Geral da União. Ora, porque haveria esse impedimento? Porque se descobriu que o grande interessado em comprar terras no Brasil era a China.

        Bem é isso que eu queria que você levasse em consideração na sua análise em tudo coincidente com o que eu penso. A China vai impedir de os militares assumirem uma posição entreguista. A China é comunista e não restaria aos militares senão que ao ganhar assumir uma política mais nacionalista, para não deixar a China dominar a economia brasileira.

        Isso não significa que a esquerda não venha a sofrer duras penas. Perderemos à medida que se mostrar que a opção por Bolsonaro revela uma incapacidade de o povo escolher o seu governante. Como entre Bolsonaro e Haddad a população escolhe o Bolsonaro, dirão os militares como justificativa para não deixar o povo escolher o seu presidente da República.

        Não que eu ache que o povo saiba escolher. Não, nós não sabemos. Só que retirar este direito do povo é um crime contra a cidadania. E o risco de se eleger um candidato ruim em uma democracia é muito menor do que se supõe. Para virar presidente, em um regime democrático, com tantas eleições importantes para chefe do executivo, qualquer um precisa ter tido uma experiência que o capacita um pouco mais que a maioria das pessoas.

        Além disso, viveremos sob um bom tempo com o predomínio da direita. Esta, entretanto, é uma pena menor à medida que o Brasil terá de crescer e isso será bom para a classe trabalhadora. Além disso, não há alternativa à opção keynesiana na condução da economia e, portanto, o Estado continua tendo papel preponderante.

        E acrescento que a ideia de Estado forte que tem respaldo no Exército só se consolida com o aumento da carga tributária. E toda a vez que a carga tributária aumenta há uma melhoria na distribuição de renda. Aqui deve-se lembrar que com o golpe de 64 a carga tributária que estava em torno de 16 a 18% saltou para 24% no final de Médici e 27% no final de Geisel. Só caiu com Figueiredo para 24% porque o Antonio Delfim Netto era o mandachuva da época e, apesar de keynesiano como Mario Henrique Simonsen, era muito favorável aos empresários.

        O argumento de que com o aumento da carga tributária no regime militar, houve piora da distribuição de renda é realmente forte em relação à minha afirmação sobre a melhoria da distribuição de renda quando em um mesmo país se aumenta a carga tributária. Ocorre que no período houve massiva migração do meio rural para o urbano sem que a maioria pudesse desfrutar dos benefícios que a vida nas cidades pode oferecer.

        Além disso quando se cresce muito rapidamente como ocorreu nos anos iniciais do período militar a distribuição de renda tende a piorar. E há também a situação em que se passa da condição de um país pobre subdesenvolvido para um país em desenvolvimento. Um país pobre em geral tem uma boa distribuição de renda. É no momento seguinte, quando um país começa a sair da condição de pobreza para a condição de país de grau de renda médio, que se tem uma piora na distribuição de renda. 

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 14/10/2018

         

        1. Clever, vc coloca muitas

          Clever, vc coloca muitas variáveis que por ora é impossível tratar de todas

          Entretando gostaria apenas de dizer que, em termos institucionais e CULTURAIS, de valores sociais e morais, o VENENO que um CANCER tipo BOSSONARO é capaz de inocular numa sociedade, ainda mais se alçado ao PODER como tantos outros fascistas, será um lixo que nem em 50 anos seremos capazes de limpar

          O BRASIL, depois de BOZO, jamais será o mesmo

          claro que com “mamãe falei”, janaina, joyce, tiririca e Frota no congresso, claro que ainda existe a possibilidade do GOLPE não se dar por satisfeito e ainda os militares vierem a  CAPAR esse FILHO DA PUTA racista que, parece, tem tudo pra ganhar a vaga de presidente

           

          1. Sim, a vitória de Bolsonaro é catastrófica, mas isso não é tudo

             

            Romanelli (segunda-feira, 15/10/2018 às 07:52),

            Eu não estou pintando a pílula de dourado, até porque, Bolsonaro não é uma pílula. O que eu estou afirmando é que ele é exageradamente ruim, e tão exageradamente ruim que o próprio exército o reformou. E é exatamente porque o Exército o conhece é que em meu entendimento ele será apenas um títere, fazendo menos mal do que parece.

            Os nossos generais são de direita e ele será um títere de vontades de direita, mas ainda assim não será propriamente um governo de Bolsonaro. E quando se avalia no que seria um governo dos militares há que perceber que há limites para isso. A não ser na África, porque são muitos países e eu não tenho condições de acompanhar tudo, o único país governado por militares no mundo está na África e é o Egito.

            A direita domina o mundo seja pela via de regimes autoritários em todo o mundo árabe seja em regimes democráticos com viés autocrático como na Rússia e na Turquia, e mesmo em antigos países da chamada cortina de ferro que tem precisado sofrer reprimenda da Comunidade Europeia tais as anormalidades que eles tentam implementar nas Constituições do respectivo país, como se vê na Polônia, na Hungria, etc. E a direita está chegando também em países da Europa Ocidental.

            É verdade que a situação está muito favorável para a volta do mando dos militares, mas o exército tem muita dificuldade de lidar com a democracia, pois a democracia é a composição de interesses conflitantes e a atividade do exército não é exatamente isso. Nenhum membro do exército aceita essa composição quando cada um dos membros do exército conhece exatamente o interesse maior da nação.

            Então os militares não têm como no século XXI ficar muito tempo no poder em um regime democrático nem em manter um regime autoritário por muito tempo em países como o Brasil. É claro que esta é uma oportunidade de ouro e eles vão até tentar ver se conseguem reeleger o Bolsonaro se a facada que ele levou não trouxer consequências mais graves para a saúde dele.

            Essa figura de direita radical que nasceu nos últimos 20 anos no Brasil e que se descambou desde o início em extrema direita e apenas ganhando tamanho nos últimos anos será para o Brasil um mal incalculável como foi para os Estados Unidos a formação do grupo da Ku Klux Klan cujo primeiro movimento por sinal foi fundado por um general. É até pior que o Ku Klux Klan porque aqui no Brasil está assumindo um tamanho desproporcional.

            Há que se ver ainda que o mal da vitória de Bolsonaro já está dado e o que está por vir, salvo o espírito de superioridade que acometerá os seguidores do capitão, não será tão extremado, por uma porque Bolsonaro será um títere. Por dois porque o exército brasileiro é de direita mas não desumano ainda que se formar com a ideia de atirar para matar como tarefa não me pareça capaz de humanizar ninguém, se bem que é do exército a frase morrer se preciso for matar nunca. E por três porque o Exército não tem condições de se manter no poder por muito tempo em um país como o Brasil.

            Além disso, o neoliberalismo é inviável. O mundo todo está aumentando a carga tributária. Não há como em um dado momento fazer o percurso inverso do que vem sendo feito desde o início do século XX quando a carga tributária era da ordem de 10% do PIB e desde então vem só crescendo.

            Resta para os militares somente a solução da desvalorização da moeda para obter uma recuperação da economia a passos largo, como fez a China desde a década de 70. Se os militares fossem apelar para o capital externo teriam que sujeitar à presença marcante da China, o que não parece coadunar com a ideologia deles.

            Dentro desse limite estreito de atuação, o exército não iria permitir que alguém como Bolsonaro, com o histórico conhecido pelo Exército, fosse dividir ainda mais a sociedade brasileira. Agora é preciso ter em mente que o Brasil que elegeu Bolsonaro sempre existiu. Por muito tempo a polaridade PT PSDB salvou o Brasil de se mostrar como o pais é de fato. Era, entretanto, uma polarização fictícia a se tomar pela cúpula dos dois partidos.

            Os eleitores dos dois partidos estavam se diferenciando, com os eleitores do PSDB assumindo cada vez mais uma feição de direita. Em algum momento a distinção entre a cúpula antiga do PSDB com muitos marxistas e os eleitores do PSDB iria sofrer uma ruptura. O nosso azar, como esquerda, foi a direita poder acusar a esquerda pelo atual estado da economia brasileira que seria fruto da roubalheira e da incompetência.

            Clever Mendes de Oliveira

            BH, 15/10/2018

  39. A eleição de Boçal matará

    A eleição de Boçal matará dois coelhos numa só cajadada = possibilitará a volta dum governo militar pelo voto (sic) e esse governo militar no poder de fato fará de tudo pra mostrar que não é possível deixar que o povo escolha seu presidente, pois veja só o celerado que o povo elegeu. 

    Seja qual for o roteiro, pra mim algo é certo = Lula só sairá morto da cadeia. E assim ficará claro que ser estadista no Brasil custa caro = dos presidentes eleitos e que pensaram diferente da nossa elite miserável, Vargas ( criador da petrobras, ou seja, da ideia deindependência energética) preferiu se matar a ser humilhado pelos bolsonimions da época, liderados por Lacerda; JK ( que decidiu que o país não seria apenas um fazendão, mas também um polo industrial) foi um dos primeiros cassados e exilados do golpe de 64 e foi assassinado numa morte travestida de acidente automobilístico) e Lula ( que fez a maior inclusão social  sob um regime democrático e colocou o país como um player global de respeito ) vai morrer na cadeia. Enfim, serviço mais insalubre do que fazer manutenção de fios de 38 000 volts rs 

  40. Há uma questão fundamental

    Há uma questão fundamental que ainda não vi abordada e que reforça a projeção feita pelo Nassif. Ouvi muita gente afirmando que Bolsonaro não vai praticar as monstruosidades que dispara incessantemente em seus discursos de ódio. Acreditam os crentes e não crentes que as palavras violentas são da boca para fora, que não existe a intenção de transformar as palavras em atos. Os dias seguintes ao primeiro turno deixaram evidente que um exército de fanáticos aguarda ansiosamente a eleição do mito para descarregar o ódio plantado pelo candidato nazi-fascista sobre os alvos escolhidos, a saber: negros, pobres, mulheres, minorias, e eleitores do PT. Eleito o candidato da extrema direita, terá que escolher entre confirmar o discurso de campanha, autorizando a violência, que se espalhará por todo o país, ou declarar que seu discurso não era para valer e, nesse caso, o exército de fanáticos se sentirá traído pelo líder, que deveria guiá-lo para a  “solução final”; no caso dessa escolha, a revolta também se espalhará pelo país de forma violenta e o governo terá terminado antes mesmo de começar. Não sabemos se o capitão tem consciência do que o espera mas sabemos o que a turba espera dele.

  41. Indecisão?? Que indecisão?
    Indecisão?? Que indecisão? Todos estão muito convictos. Iludidos talvez, mas não indecisos.
    Todos comungam da mesma convicção: qualquer coisa é melhor que o PT. Alias Ciro inadvertidamente deu vós a essa idéia quando deixou escapar que o PT “já deu”. Todos acham que tem chance em 2022. Não estão nem ai para o que vai acontecer com todos nós nos quatro anos entre o hoje e esse futuro imaginário.

  42. até uma ditadura militar é um cenário roseo no momento atual.

    Eu discordo, como sempre do otimismo desse xadrez. O simples fato de Bolsonaro ter chegado onde chegou, a uma candidatura aceita pela justiça, vitoriosa no primeiro turno e com milicias, inclusive neonazistas, o apoiando livremente é sinal de que já está ‘tudo dominado’, inclusive o meio militar. Um candidato claramente fascista não chegaria onde chegou se não tivesse apoiadores fascistas no judiciário, nos meios militares, na grande imprensa e nas grandes empresas. Bolsonaro não está sozinho, acho que para entende-lo não deve se olhar para o passado, mas para fora. O crescimento da extrema direita mundial que vai minando a democracia por dentro até ela se tornar um espectro, sem golpes militares espetaculosos é o que vemos acontecer no mundo todo – e os militares favoráveis ao golpe já estão entrando na politica por meio da democracia manipulada e desidratada, o espectro de democracia que temos atualmente. Vamos entrar em uma era de turbulencia sim, e vai ser no mundo todo em um novo nivel, o mundo todo está olhando não é a toa. E é melhor admitir que não saberemos como vamos sair dessa turbulencia; não estamos em 1964, parece mais que estamos em 1984( o do Orwell)!

  43. Caiu a ficha do Boçalnaro!

    “Quando começaram a se debruçar sobre questões reais, caiu a ficha sobre o papel de estatais estratégicas. O próprio Bolsonaro veio a público declarar que jamais abrirá mão da Eletrobras como geradora de energia, e apontou o risco da invasão chinesa no Brasil. Certamente não chegou a tal conclusão amparado em seus próprios conhecimentos”. Então é por isso que o professor da UnB, Roberto Ellery entrou na equipe de macroeconomia de Boçalnaro, notícia dada pelo Blog do Vicente do jornal Correio Braziliense. Vejam o que diz parte do post: “Conhecido por fazer duras críticas ao PT, o professor de Macroeconomia da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Ellery aceitou participar de uma das diversas equipes que a campanha do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, está formando. O professor, no entanto, nega que participará de um eventual governo, caso Bolsonaro saia vencedor no segundo turno.

     

    Ellery explicou que já havia sido convidado a participar da equipe de produtividade da campanha pelo diretor-adjunto de estudos e políticas regionais, urbanas e ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Adolfo Sachsida, responsável pelo recrutamento de economistas para Bolsonaro. Porém, negou o primeiro convite.

    Ellery assinalou que não vai contribuir para o programa de governo, porque esse já está pronto e publicado. “Temos que entender que se Bolsonaro ganhar, terá três meses para começar a trabalhar. Então vai precisar de uma equipe técnica. Eu me comprometi com o Adolfo a fazer esse trabalho, pensando no período de discussão”, ressaltou.

    Ellery confirmou que tem muitas críticas ao PT. “Faço críticas duras, sim. Por isso aceitei o convite. Para construir uma alternativa sólida que ajude a população e o país a sair dessa crise”, comentou”.

    http://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/professor-da-unb-roberto-ellery-entra-na-equipe-de-macroeconomia-de-bolsonaro/

     

     

     

  44. bom post.

    Pode ser que apartir de janeiro não joguemos mais Xadrez. Me parece que o Bolsonaro e os novos donos do poder não apreciam. Precisamos achar outra palavra…

    Quanto ao titulo, o correto seria: Xadrex do Bolsonaro e do poder militar.

    O tempo “pacto nacional” já passou. A rigor nunca existiu.

    Apartir de janeiro nossos “democratas” se encontratram na Zoropa e falarão de tempos idos…com saudade mas sem remorso.

    PS- apesar estar amargo ainda acredito na vitória! 

  45. Automático
    “FHC ficará onde sempre esteve e de lá não arredará pé. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, e Bolsonaro se tornar um democrata, do que FHC cometer um gesto digno sequer”

    Apoiar o PT em nome da democracia é tudo de bom. Risível ver FHC, o ignóbil sendo considerado como alguém que poderia ter dignidade. É mais um insulto ao velho inimigo.

  46. Muito lúcida análise, porém…

    Prezado Nassif, me pareceu muito lúcida sua análise em linhas gerais, porém eu lhe acrescentaria as seguintes observações:

    1 – Eu concordo que a tendência aqui no Brasil seja, no momento em que retornemos a um período de normalidade democrática e em linhas gerais, a de voltarmos  a  seguir o padrão europeu de algum tipo de polaridade entre forças de centro-esquerda e centro-direita. Contudo,  acho muito prematuro ficar especulando sobre como serão suas configurações.

    2 – Ainda mantenho a esperança que camelos possam passar em buracos de agulhas e que Dom Sebastião descubra antes do  fim da semana que vem que,  a se configurar o pior cenário, a invasão bárbara será MUITO  mais difícil de combater depois de 28/10/18, inclusive para quem se recusou ao bom combate na hora em que êle se fazia necessário.

    3 – Mas sobretudo, se eu soubesse rezar, rezaria muito, bem muito, para que boa parte de nós consiga iniciar a próxima semana concentrada em acessar as bases das  redes deles com alguma potência para desfazer fakenews e mostrar que Haddad não é a besta fera.  Pelo menos,  junto a alguma parte mais abaixo nestas redes e que a elas foi aderindo mais ao final e sem maiores engajamentos militantes na  produção de material, bem como sem um  compromisso mais definido com seu fortalecimento. Acho que os programas eleitorais podem ajudar aí, mas o fortalecimento/engajamento de redes do nosso lado, bem como a tentativa de atrair,  para nossas redes,   cada indivíduo na esfera de influência  das bolhas do lado de lá, me parece ser a questão central desta próxima semana. Se isto ocorrer num nível mínimo, ainda a tempo de Bolsonaro se ver ameaçado por se negar a ir aos debates, penso que ainda temos uma chance importante de virar o jogo.  A hora é de nos concentrarmos em sair da bolha na qual boa parte  de nós,  hoje,   esteja  aprisionado, de forma a enfraquecer minimamente a teia de redes que a candidatura do coiso soube criar,  inclusive profissionalmente, bem como  azeitar com grande eficácia. 

    4 – Daí que não podemos dispensar nem camelos com alguma chance de passar em buracos de agulha, nem  de convocar Dom Sebastião, nem de torcer e trabalhar com todas as nossas forças para evitar que as forças antifascistas deste país consigam fortalecer suas redes. Sobretudo, que tenhamos  a lucidez  de entender que a grande maioria das pessoas que foram atraídas para as redes deles NÃO são fascistas, bem como tenhamos a humildade de ENTENDER que há um acúmulo de erros do lado de cá que facilitaram esta configuração e com os quais precisamos saber conviver da forma mais pacificadora possível  nas conversas com quem não esteja decidido a votar em Haddad, a depender de cada caso. Sobretudo, pelo AMOR DE DEUS, ou de Shiva, ou de Iansã, ou de Jehova e/ou de sua querida mãezinha, que saibamos empurrar para depois de 28/10  discussões  sobre questões de fundo que nos conduziram até esta configuração, de forma a evitar a tentação que muitos sentem de se qualificar JÁ,  para o campeonato de  “iluminado intérprete” do pesadelo que estamos vivendo. A cada dia sua agonia…Sem minimizar a importância de entendermos bem o que ocorreu no primeiro tempo,  para que estejamos em condições de otimizar nossa intervenção no jogo que será jogado depois destes 15 minutos iniciais do segundo tempo…

    5 – Para completar, pensando nos esquemas mais tradicionais do debate político,  torço bem muito  para que as articulações por cima, mudanças pontuais de programa, explicitação de pontos que interessem a um espectro mais amplo de eleitores, autocríticas  viáveis, bem como a escolha de temas  a serem debatidos e o formato da propaganda eleitoral, sejam eficazes para a articulação de um campo mais amplo de apoios a Haddad. Inclusive,  com distinção de diferentes públicos nas preocupações temáticas e não exclusivamente concentrados nos temas voltados para  nosso público alvo preferencial na linha de dois salários para baixo. Só a título de exemplo, pensando em gente mais politizada e que embarcou na crítica de que o PT seria fiscalmente irresponsável, me parece que seria muito bom  que gente de fora do PT com credibilidade e, de preferência até, críticos ao PT e mais à sua direita,  se engagem numa explicação honesta do compromisso com  ajuste fiscal da gestão Haddad na prefeitura de São Paulo. Por exemplo, Ricardo Semler, Ricúpero ou  algum camelo que tenha passado no fundo de alguma agulha. Se possível, igualmente  na explicação de como os governos Lula operaram na questão fiscal. Mesmo que discutam também os escorregões nos governos Dilma, de preferência situando os contextos nos quais ocorreram…

  47. A VITÓRIA DE HADDAD É POSSÍVEL

    A VITÓRIA DE HADDAD É POSSÍVEL

     

    Sem dúvida, as projeções lastreadas nos dados disponíveis indicam que há tempo para que seja revertida a distribuição das intenções de voto para o segundo turno das eleições presidenciais. E é importante perceber que algumas análises equivocadas fazem a vitória da frente pela democracia parecer mais difícil do que é.

    Todavia, é preciso estar atento para a necessidade de enfrentar as investidas fascistas em todas as frentes, para garantir que a realidade, complexa e mutante, seja compreendida e tratada de modo adequado. Para tanto, é preciso avaliar com rigor cada detalhe e ter em vista que, nas circunstâncias presentes, em que manter o ânimo elevado constitui tarefa crucial e complexa, um ponto percentual conta muito.

    E fato é que observar como dado principal a distribuição dos votos válidos (58 a 42) sugere que seria necessário aumentar em mais de 16% a votação de Fernando Haddad, quando a distância entre os candidatos equivale a 13% do total de eleitores (49-36). Portanto, a quantidade de votos a serem obtidos para a eleição de Haddad é inferior à soma de brancos, nulos e indecisos (8+6), e a diferença de votos a ser superada pelo candidato da frente de esquerda é compatível com a taxa de crescimento das intenções de voto desde a confirmação da candidatura.

    Ademais, cumpre recordar que, além dos eleitores que votaram branco e nulo, há ainda um contingente da ordem de 20% do eleitorado que não votou no primeiro turno, e que precisa agora ser conscientizado da necessidade urgente de fornecer a sua contribuição para a defesa de democracia e da paz social, através do comparecimento para a votação no segundo turno, em 28/10, de modo a impedir a vitória do fascismo.

    Assim, um aspecto que é primordial ter em vista é que o objetivo prioritário da campanha da frente de esquerda deve ser conquistar os votos das pessoas que até aqui se mantiveram ausentes da disputa eleitoral. E, nas eventuais conversas com eleitores adversários, que se disponham a dialogar de forma pacífica, é fundamental partir da premissa de que não devemos ter nenhuma pretensão de convencer o interlocutor.

    É preferível, sempre que possível, apresentar os argumentos que nos pareçam relevantes e assimiláveis, apenas para exercer o direito de opinião, bem vindo em ambientes civilizados, com a certeza de que, daqueles que cheguem a ouvir, muitos refletirão em algum momento, e alguns podem vir a mudar.

  48. Xadrez do grande pacto nacional contra Bolsonaro

    Haddad e seu muito claro objeto de desejo: o grande pacto nacional. BolsoNazi agradece. glória!

    Campanha de Haddad quer Pérsio Arida, assessor econômico do PSDB, no governo

    O economista Pérsio Arida, assessor da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, em 2018, virou “objeto de desejo” do grupo de Fernando Haddad, que deve procurá-lo para compor forças ainda no segundo turno.

    enquanto isto, o discreto charme do fantasma da liberdade:

    vídeo: Depoimento do General Ajax

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=lg9grLOaEtw%5D

    .

    1. Telegramas do fim do mundo
      No primeiro turno resisti a ideia de votar nulo. Apesar de compreender exatamente a farda encenada. Agora não dá. É muita coisa para minha pouca capacidade analítica. I coisovquerendo se parecer com Haddad e Haddad querendo se aproximar do coiso… por que não fazem ligo um acordo?

      1. Xadrez do grande pacto nacional contra Bolsonaro

        -> No primeiro turno resisti a ideia de votar nulo.

        em 1978 fiz um filme em Super-8 sobre a campanha das eleições daquele ano no Rio.

        ainda com o AI-5 em vigor, vários grupos (AP, PO, MEP e “independentes”, entre estes eu) se uniram para viabilizar uma candidatura de Esquerda como alternativa ao voto nulo.

        recuso-me a nomear quem foi o candidato, tamanha foram as merdas que ele fez depois ao longo do tempo. teve até o lance do motel, mas isto foi décadas depois.

        na época éramos todos muito, muito jovens. e amávamos o movimento de massas, o caminho para a revolução, que amávamos mais ainda.

        também me lembro das Eleições de 1994.

        derrubaram Collor. Lula e Mercadante correram ao beija-mão de Roberto Marinho. estourou o escândalo dos anões do orçamento, em 1993. operação abafa geral. Lula dava como certa sua eleição. esqueceu de combinar com o Plano Real…

        fui ficando bem cascudo com o passar dos anos…

        mas agora acompanho com muita tristeza, e preocupação, os apoiadores de Haddad desesperadamente tentarem virar o jogo, revertendo votos de BolsoNazi.

        mas o que se tem para oferecer ao povão? nada de concreto. nada que fale ao bolso, a questão central no momento para a sobrevivência imediata de quem tá fudido.

        a real é: a campanha de Haddad está perdidinha e os apoiadores tb.

        éramos para estar todos virando noite, empenhados e empolgados com esta campanha. mas fala sério, dá prá se empolgar com o Haddad… ainda mais pintado de verde-amarelo.

        o cara nasceu prá ser coxinha. sem falar no terno chic dele.

        e o Zema em MG? ferrou com o Pimentécio. e o cara vive de intermediar intermediação financeira! pega grana pública para financiar as vendas em sua cadeia de lojas, eletrodomésticos Made in RPC.

        bolhas, bolhas dentro de bolhas. agora vai tudo estourar. inclusive as bolhas Boçalnárias.

        há vários pontos importantes a se considerar nesta conjuntura das Eleições de 2018. a maioria ainda não está sendo percebido, e muito menos analisado.

        talvez um dos mais importantes seja o ódio que foi liberado. isto não tem volta. e tende a se acirrar, com a provável frustração tanto no caso de Bolsopata ser eleito, ou Haddad.

        então, o que será feito deste ódio quando todas as bolhas explodirem?

        como uma vez vc mesmo muito bem escreveu: “Não se faz política sem direcionar o ódio de classes.”

        .

    2. Telegramas do fim do mundo
      Revejo o filme Trumbo: a lista negra. A história do famoso roteirista que enfrentou o Comitê de Atividades Antiamericanad na era do magnetismo… algo bem parecido com o que temos hoje por aqui… guardadas todas as proporções, essas épocas se parecem.
      A frase seminal do filme: “não se para coisas assim(ele se referia ao macartismo) dando a eles que eles não têm o direito de pedir”.
      É isso…
      Imaginamos deter o fascismo dando aos coisos o que eles não têm o direito de pedir…

  49. Caetano Veloso acertou o coração da besta: Olavo de Carvalho!

    Os intelectuais de esquerda continuam ignorando e fingindo não ver o verdadeiro arquiteto da candidatura de Bolsonaro. Eles se recusam a acreditar que o “cérebro” dessa bobagem toda é o astrólogo e pseudo-intelectual, Olavo de Carvalho.

    SE PREPAREM PARA DESCER AO FUNDO DO ESGOTO SE QUISEREM ENFRENTAR O VERDADEIRO CHEFÃO!

    É difícil de acreditar mas tudo que Bolsonaro e sua turma fazem está diretamente ligado a Olavo de Carvalho. 

    É difícil conceber mas essas turmas de watsapp são comandadas e guiadas pelos cursos da seita de Olavo de Carvalho.

    Eu vi isso acontecer em 2 grupos de watsapp dos quais participo… Pessoas normais se tornaram verdadeiras “guerreiras” dispostos a enfrentar qualquer um para defender Bolsonaro. Isso logo após elogiarem e trocarem vídeos de Olavo.

    Olavo de Carvalho ensina táticas desonestas e infantis de discussão… porém essas táticas funcionam na prática pois poucos adversários estão dispostos a descer o nível até a agressão verbal explícita… e esse é o ambiente preferido dos seguidores da seita. Após “ganharem” a discussão, os discípiulos de Olavo não param… muito pelo contrário… eles aproveitam para se estabelecer como dominantes da área. Geralmente o derrotado prefere evitar polêmicas e o seguidor da seita se aproveita disso.

    Esses soldados são alimentadas o tempo inteiro pelos “fake news” e guiados por Olavo.

    HADDAD DEVERIA DESMASCARAR OLAVO DE CARVALHO EM REDE NAIONAL, USANDO O HORÁRIO POLÍTICO. 

    E digo mais…

    O ENVOLVIMENTO DO MARKETEIRO DE TRUMP É APENAS UMA CORTINA DE FUMAÇA PARA ATRAI A ATENÇÃO DA ESQUERDA… QUEM GUIA A CAMPANHA DE BOLSONARO É O ASTRÓLOGO… PODEM ACREDITAR!

    1. A causa raíz do fascismo

      A causa raíz do fascismo atual é o Olavo Carvalho.

      Ele destila suas teses desde a época do Orkut.

      Ignoraram completamente as diversas menções à ele nas manifestações coxinhas “Olavo tem razão”.

      E claro, é radicado nos EUA (Virgínia).

      Por que ele vive lá?

      O Bolsonaro é apenas o personagem, o coração é o Olavo.

  50. 365 dias
    O provável governo Bolsonaro tem exatos 365 dias para melhorar a economia, inabilitar os esquerdistas, varrer do mapa os políticos corruptos, viabilidade de portar armas de fogo nas ruas, e acima de tudo gerar empregos. Isso porque a população imediatista crê que ele magicamente vai dar um jeito em tudo em prazo recorde, o problema é que paciência tem prazo e o feito não passa de um ano. (Tem até petista pagando pra ver).

    Caso contrário, além da oposição, o ex-capitão terá até seus próprios eleitores a beira de um ataque de nervos. Agora, como se concebe tanta proposta multifatoriais de governo se o próprio, guru, mentor, fenômeno, do Bolsonaro, Olavo de Carvalho afirmou que: ‘Quem luta contra o sistema, é escravo do sistema.’

    Obs: gostem ou não, Olavo de Carvalho em suas previsões erra muito pouco, das que eu me recordo esse Oráculo do Bolsonaro só se equivocou em não perceber que os EUA é o comunismo que deu certo, em detrimento dos países subdesenvolvidos, e que Aécio seria o presidente ideal a época da campanha eleitoral de 2014.

  51. Combater os bandidos, sem abrir mão da democracia

    É possível combater o crime, melhorar a segurança pública, sem abri mão da democracia.

    Combate total a associação do crime organizado com juízes e policiais.

    Uma reforma profunda polícia militar visando uma melhor operacionalização e o combate aos policiais que se associam ao crime .

    O mesmo policial que aceita a propina na multa de trânsito é o mesmo policial que libera o assaltante  para ficar com parte do produto do roubo, o que expande exponencialmente o crime no Brasil.

    Hoje as organizações criminosas cresce no Brasil por dois motivos, primeiro por destinar parte do dinheiro produto dos roubos e tráficos para pagar advogados, e corromper juízes e policiais.

    Criar uma força tarefa com juízes, procuradores, Receita Federal  e a polícia federal para combater a corrupção dos juízes e policiais, tendo como foco o enriquecimentos ilícitos de juízes e policiais.

    Reforçar significativamente a segurança do juízes envolvidos nos julgamentos de membros do crime organizado.

    A maior parte do eleitorado que votou no primeiro turno no Sul e no Sudeste, colocou a segurança pública em primeiro, acima de qualquer outro tema, mesmo que isto custe perda de emprego, direitos e renda e da democracia.

    O PT e os aliados do segundo turno devem fazer o mesmo e estabelecer uma união em torno da Segurança Pública, propondo a criação do Ministério da segurança Pública, que passará comandar a Polícia Federal e a Força de Segurança Pública Nacional.

    É possível combater o crime, melhorar a segurança pública, sem abri mão da democracia.

    Ministério da Segurança Pública

    Precisamos anunciar que entendemos o recado das urnas no primeiro turno.

    Segurança Pública em primeiro lugar, sem abrir mão da democracia e das liberdades individuais.

    Temos que mostrar que podemos combater os bandidos, sem recorrer a ditadura dos capitães.

    Além disso criar o Conselho nacional da Segurança Pública com participação de um representante de cada estado a ser indicado pelos Governadores estaduais.

    Estabelecimento de verba do orçamento federal para viabilizar o aumento das polícias estaduais visando o aumento das rondas policiais nos bairros, garantindo parte do pagamento dos Salários dos policiais, Armamentos, veículos e equipamentos.

    Tecnologia no cambate aos criminosos

    Um Programa Nacional para viabilizar um sistema de vigilância com câmeras de video e drones, e inteligência Artificial para identificar ações do crime e acionar as forças policiais.

    A compra ou construção de Super computador para ser utilizado unicamente pelo Ministério da Segurança Pública.

    O objetivo principal é diminuir ao máximo os roubos e mortes, para permitir que a população possa transitar livremente pelas ruas a qualquer hora do dia e da noite!!!!!!

    Na era das eleições  pelas redes sociais da internet, a saída é a tecnologia

    Temos que mostrar que podemos combater os bandidos, sem recorrer a ditadura dos capitães

  52. Não É Hora Para Lamentações e Sim Ações Objetivas, Pois Tempo Há

    Há duas semanas da decisão, lamentável, ao invés de combater o inimigo, perder-se o tempo em conjecturas sobre como governará, como se eleito estivesse, em eleição que pode ser decidida em horas, pouco importando a diferença entre os candidatos, desde que se construa uma onda que reverta ao menos 8% dos votos.

    Se o candidato Bolsonaro fosse construção sólida, poderia ser considerada batalha sem chances, mas o fato é que trata-se de uma candidatura improvável, baseada no imaginário e que se bem e precisamente atacada, desmorona, não para em pé além do terço de ‘conservadores’ que temos no Brasil, podendo chegar até a 45% no máximo.

    Ao invés de ficarmos lamentando e o staff do candidato ficar gastando velas com inúteis figuras políticas que nada somam, no momento, o lance é focarmos no calcanhar de aquiles desse povo, o medo, escancarando os riscos que representa a todos sem exceção a eleição de Bolsonaro, desestabilizando com ódio, violência e amadorismo, ainda mais um país já perigosamente desestabilizado.

    Se errar votando em Aécio é humano, persistir no erro ajudando Aécio a botar Temer na presidência é burrice, votar agora em Bolsonaro não é apenas permanecer no erro, pela terceira vez, é pensar a solução com o pior e acabar elegendo a tragédia mais que anunciada, garantida.

    Por isso temos que preocuparmos apenas em derrota-la agora, para não termos com o que preocuparmos depois.      

     

     

    1. frase do dia

      “Se errar votando em Aécio é humano, persistir no erro ajudando Aécio a botar Temer na presidência é burrice, votar agora em Bolsonaro não é apenas permanecer no erro, pela terceira vez, é pensar a solução com o pior e acabar elegendo a tragédia mais que anunciada, garantida.”

  53. Pode não ser suficiente

    Apesar das lideranças já existe uma unanimidade dos setores democráticos e humanistas em torno da candidatura de Fernando Haddad.

    Mas estamos passando por período de irracionalidade, onde a emoção fala mais alta que a razão.

    anexo:

    Humanismo

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    Humanismo [1] é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância, no centro do mundo. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade. Embora a palavra possa ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior. [2] [3] Desde o século XIX, o humanismo tem sido erroneamente associado ao anticlericalismo, onde na verdade se associa ao antropocentrismo renascentista e o laicismo dos filósofos iluministas. O termo abrange diversos tipos de pensadores não teístas, o humanismo secular e uma das posturas de vida humanista.[4]

    URL:
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo
     

  54. Sendo bem direto: não me

    Sendo bem direto: não me parece que Bolsonaro, investido na Presidência, vá completar seu mandato. É questão de tempo até que o general Mourão o substitua – afinal, né, vai que a operação de janeiro dá errado…

    O general Mourão já avisou que vai impor uma nova Constituição. Fica fácil adivinhar o que vai acontecer em seguida.

  55. M2 + M3 = M5

        Como o ” Chinês ” já é passado, e  Oswaldo, Helenos, sequer Hamilton, não são referencias mesmo trocando pijama, e quem esta no mundo da lua não paga para ver, Fernando pode ser a base desta estratégia, afinal foi colocado em posição importante, até saiu do que sempre desejou, e era o mais indicado para tal mister, mas foi “jogar o jogo” com outro poder.

         O “novo” brasilianista, em sua esperteza classica, “adquiriu” – se montou – na linguagem de mercado : comprou um ativo na baixa, com grande projeção de lucro futuro.

  56. Um protesto do tipo desabafo, sem pensar em consequências

    O Bolsonaro foi muito claro naqueles assuntos que o eleitor resolveu priorizar nesta eleição, que nada tem a ver com um projeto de nação, mas apenas aspectos comportamentais da sociedade. O povo brasileiro fez um protesto, muito bem conduzido pelas redes sociais desde 2013. Ao ver que a corrupção invadiu também o ninho tucano, o povo não fez uma reflexão para atenuar o ódio contra o PT, mas gritam agora que são todos iguais. O povo cansou da política convencional em geral e culpou-a dos problemas que Brasil vive, exigindo novidade. Embora eu ainda acredite numa virada, o problema vai ser quando Bolsonaro enfrentar a política real e a administração do país. Haverá uma enorme ficha caindo na cabeça de milhões de brasileiros.

  57. 365 dias
    O provável governo Bolsonaro tem exatos 365 dias para minimizar a dívida pública ($em mexer na casta jud-MP?), inabilitar os esquerdistas, varrer do mapa os políticos corruptos, viabilidade de portar armas de fogo nas ruas, e acima de tudo gerar empregos. Isso porque a população imediatista crê que ele magicamente vai dar um jeito em tudo em prazo recorde, o problema é que paciência tem prazo e o feito não passa de um ano. (Tem até petista pagando pra ver).

    Caso contrário, além da oposição, o ex-capitão terá até seus próprios eleitores a beira de um ataque de nervos. Agora, como se concebe tanta proposta de governo se o próprio, guru, mentor, fenômeno, do Bolsonaro, Olavo de Carvalho afirmou que: ‘Quem luta contra o sistema, é escravo do sistema.’

    Obs: gostem ou não, Olavo de Carvalho em suas previsões erra muito pouco, das que eu me recordo esse Oráculo do Bolsonaro só se equivocou em não perceber que os EUA é o comunismo que deu certo, em detrimento dos países subdesenvolvidos, e que Aécio seria o presidente ideal a época da campanha eleitoral de 2014.

  58. Violência política pode parir milícias de ódio

    Violência política pode parir milícias de ódio para calar e punir em 2019

    Leonardo Sakamoto 12/10/2018 14:07.

     

    “Caso um freio não seja posto imediatamente na escalada de violência perpetrada por seguidores de Jair Bolsonaro, veremos esse ódio parir milícias que atuarão para que grupos vulneráveis, adversários ideológicos e opositores políticos sejam calados e punidos em um possível futuro governo do deputado.

    Não há, sob nenhum aspecto racional, possibilidade de comparar os casos de violência envolvendo seguidores de Jair Bolsonaro, que partiram para a porrada nas ruas empoderados com a perspectiva de sua vitória, com as denúncias de violência por parte de seguidores do PT. Não que apoiadores do partido de Fernando Haddad não tenham ameaçado e agredido, mas a escala é absurdamente desproporcional. As ações de bolsonaristas que circulam pelas redes têm inspirado outros a fazerem o mesmo. A sensação é de “liberou geral” à medida que o dia 28 de outubro se aproxima.

    Se nada for feito agora no Brasil, o anúncio do resultado do segundo turno pode ser sucedido de uma onda maior de ataques do que a que vivemos agora.

    O que isso significa? Jovens rapazes de uma escola se juntando para dar “corretivos” nas colegas feministas e mostrar quem manda junto às outras mulheres do bairro. Fazendeiros se juntando para atacar movimentos de sem-terra, indígenas, quilombolas, ignorando decisões judiciais. Empresários recriando grupos de extermínio para remover a população em situação de rua e os sem-teto de seu entorno. Grupos homofóbicos se juntando para atacar baladas do público LGBTT e grupos racistas partindo para o ataque a rapazes negros que voltam à noite para casa após o trabalho. Grupos indo atrás de jornalistas e de opositores políticos, que insistem em dizer o contrário do que o grupo de WhatsApp ensinou.

    Nenhum desses brotará de um chamamento do presidente eleito. Mas munidos com armas legalizadas e com o ódio que fermentaram ao longo do tempo e com a sensação de estarem fazendo um serviço público, agirão para “limpar o país da escória”.

    Como já disse aqui várias vezes, Bolsonaro, mais do que ninguém, sentiu na pele o significado da loucura política e do ódio através do atentado abominável que sofreu. Isso mostra, no mínimo, que ele não tem a mesma empatia pelas vítimas que os seus adversários tiveram com ele.

    Não adianta Bolsonaro avisar que agressores não devem votar nele, como fez. É preciso deixar claro que seu governo não dará salvo-conduto a esse pensamento e punirá com rigor violência política e crimes de ódio. O necessário combate à corrupção não pode servir de desculpas para levar alguém ao cargo político máximo que feche os olhos – e, logo, seja conivente – com atitudes de violência política explícita.” Por Leonardo Sakamoto

     

  59. Supondo que o Bozó continue

    Supondo que o Bozó continue firme nas pesquisas e fugindo dos debates, que tal se o Haddad renunciasse pro Ciro vencer o Fascista ?

    Eles nem teriam tempo pra espalhar os fake news

    A rejeição do Ciro é bem menor do que do PT. E o Ciro não transferiu todos os votos pro Haddad, mas acredito que os eleitores do PT votariam no Ciro pra evitar o Bozó. Seria um Xeque-Mate ?

    Assim, o Ciro governaria agora, evitaria a dilapidação do patrimônio público, salvaria o Lula da prisão perpétua e o PT poderia voltar ao poder, depois do Ciro.

     

    Supondo esta hipótese, será que os militares aceitariam a derrota ou diriam que é golpe ?

     

  60. Não viram o perigo

    Não viram o perigo representado pelas mobilizações de 2013. Deixaram os imbecis do judiciário, da mídia e do baixo clero fazerem o que bem quisessem. Não peitaram a Globo, sabendo que muitos petistas de base estavam loucos para ir para o pau contra esse lixo. Abriram mão da guerra de comunicação que lhes custaria caro, e não foi por falta de aviso, do Nassif, inclusive. Tentaram conciliar com o capital financeiro, que fundamentalmente é inumano. Não pensaram num contra-ataque. Recuaram sempre, achando que a “democracia” resolveria tudo…

    Sim, falo do PT e seus monumentais erros estratégicos. O que sempre mais me surpreendeu, aliás, foi a monstruosa ingenuidade das “raposas” petistas que não conseguiram ver o tamanho do trem que vinha na direção contrária. Sua infantilidade política nos custará caro.

    1. Durante a segunda guerra

      Durante a segunda guerra mundial todos os governos aliados jamais podiam imaginar que as pré investidas alemãs iam dar no que deu. Aliaram-se todos e se não fosse a bomba atômica estaríamos todos ainda falando alemão. Existem determinadas situações na vida que por mais esperto que você seja não conseguirá alcançar a profundidade do mal. Não só o PT, mas todos nós fomos absolutamente iludidos. A pedra caiu.

  61. Brasileiro não faz autocritica

    …E todos aqueles que se auto-iludiram em um momento crucial para o país, terão o resto de suas existências para fazerem autocrítica…

     

    Nem com isso eu me iludo.
    Brasileiro não faz autocritica.
    Brasileiro coloca a culpa no outro.
    E vai continuar colocando.
    Não importa o que aconteça, ou quanto tempo passe, a culpa será do PT.
    É MUITO mais fácil culpar o PT, do que fazer autocritica.
     

  62. ‘O Povo’ Precisa ‘Apanhar Midiaticamente’.., Quem Sabe Desperte?

    O problema não é Bolsonaro, o problema é o povo, convertido e não convertido, que nele vota em catarse.

    Portanto a campanha de Haddad deveria exatamente surpreender esse povo, não tentando faze-lo compreender o quanto ‘sujo é Bolsonaro’, mas esfregar-lhes midiática e virtualmente esse ‘sujo’ nas fuças e escancarar que não existe o ‘sujo Bolsonaro’ sem eles, exatamente eles, os responsáveis pelo ‘sujo Bolsonaro’ vir a ‘governar’ o Brasil, essa tragédia que estão prestes a bancar em ritmo de aventura, como se desfeita pudesse ser, sabendo que não pode, e da qual também não sairão ilesos, pois pagarão o trágico preço pelo ‘sujo Bolsonaro’, antes que imaginam e sabe-se lá até quando, pela imbecilidade e inconsequência política cometida. 

    Isso mesmo, devemos ‘descer pra valer a lenha’ midiática e virtual no ‘lombo dessa gente’, parte fanática e não fanática aderente, a insensatez Bolsonaro como solução para o Brasil.

    Se isso não desperta-los à tragédia que estão prestes a fazer acontecer, nada mais conseguirá, restando apenas, a saída ou a espera paciente e dolorosa, pelo retorno da sensatez e do desejo por um país soberano, justo e não com tamanha desigualdade, por parte e vontade do povo brasileiro. 

    PS: Vale também para, muristas e descontentes (brancos e nulos), ausentes, desavisados, esquecidos… 

     

    1. Perdoa-lhes, Fr@ancisco, eles não sabem o que fazem

      Fr@ancisco, se muitos Pa$tores, que são letrados, votam e praticamente obrigam seus rebanhos a votar no Bolsonaro, esses fiéis de boa fé, não tem culpa. Aliás, eles e seus filhos estarão na linha de frente da polícia matadora do Bolsonaro.

      E policial que matar dez ou 15, e essas mortes não serão em Higienópolis, nos Jardins ou em Pinheiros, mas nas favelas, não será punido, mas condecorado.

      É claro que eles atiram no próprio pé, ao votarem no Bolsonaro, mas não é por má-fé, é por ignorância. Já a classe média vota por má-fé e por interesses.

  63. O segredo da vitória.

    Para cada uma das dez mil linhas que a esquerda escreve, dez figurinhas mentirosas são postadas nas redes. Dez mil linhas ninguém lê, dez figurinhas todos olham.

    1. Mas só olham porque é mais

      Mas só olham porque é mais fácil olhar figurinhas do que ler dez mil linhas lhes faltam capacidade para tal. Isto é, a ignorância tomando conta do pedaço.

  64. Caso esse cara se eleja a
    Caso esse cara se eleja a pergunta a se fazer será: Quem presidirá de fato o pais, já que todos reconhecemos que Bolsonaro está muito aquém da tarefa? Minha aposta é de que teremos, de novo, um junta militar das sombras operando nos bastidores.

  65. Acabei de lavar as mãos

    Li agora no UOL que o Haddad desistiu de taxar as grandes fortunas pra compor grandes alianças. Se o PT quer se aliar aos setores + atrasados no desespero, não vou + defendê-lo ou tentar trazer votos pra ele.

    Quer ser arrogânte, sem alternar ciclos de poder e ignorar que o Lula erra? Como que a Dilma foi maior meia-boca e ele avalizou o Temer como vice, por ex. Bele, vai com Deus.

    Acho que esta discussão política tá piorando minha gastrite. Ver colegas, vizinhos e amizades ignorar o Bolsonaro falando que é a favor da Ditadura, matar 30k e perseguir minoria é uma irracionalidade pra qual não tenho estômago. 

    Vendo que a CA, NY tá indo com o Trump, vou  torcer pra que aconteça o + próximo do possível aqui. Sem a Caixa, BB, etc. Pelo menos, com a maioria do congresso, o IVA deve finalmente sair.

  66. Filme antigo

    Se analogias valem para alguma coisa. Retroceder 50 anos em cinco meses, como pregou recentemente Bolsonaro, adentramos no convulsionado cenário da sucessão do gal. Castelo Branco. Esse filme é monótono e repetitivo. Ensaia-se o golpe e, antes de sua consumação, saem a frente da tropa, em desabalada carreira, generais despreparados, sedentos de glorias, que não poupam-se do ridículo em se submeter aos caprichos da grande mídia, dos interesses do capital e da grande superpotência, depois, por trás, a contragosto seguem generais mais pragmáticos que, antevendo o desastre que virá, tratam logo de cercar os ansiosos golpistas e lhes tomam o poder. Assim foi com o gal. Mourão original, da anedótica marcha de 1. de abril, que obrigou os militares inventarem a historinha do golpe iniciar-se na madrugada do dia anterior, bem como com o medíocre general pró-EUA que assume em seguida, e de fato, o poder, trazendo nas mãos o comunicado dos EUA que a 5 frota estava prestes a estacionar na baia da Guanabara, o que nunca ocorreu. Após o turbilhão dos dias iniciais emergiu lentamente a figura sombria do gal. Costa e Silva, o real comandante da tropa, e os militares de linha dura ultranacionalistas capitaneados pelo Gal. Albuquerque Lima. Os militares liberais foram varridos após dois anos do desastrado governo de Bulhões e Roberto Campos onde até cometeu-se a sandice de se impedir resgates de duplicadas no sistema financeiro, que provocaram o encilhamento das atividades de comercio e industria. O que ocorreu é história… A providencial e inesperada morte do gal. Castelo em acidente aéreo (um acaso? isso nunca saberemos) pôs em marcha a real face do regime que se instala depois. Ultra nacionalista, estatizante, intolerante. Foram vinte e um anos de tutela. É provável que a eleição de Bolsonaro, agora mais que inevitável, seja só o preambulo do filme que já assistimos.

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