A indústria do lobby em Washington, por Motta Araujo

A indústria do lobby em Washington

Por Motta Araujo

Enquanto no Brasil o lobby é caso de polícia, em Washington é a maior indústria da cidade. Cerca de 120 mil pessoas estão empregadas nessa atividade na capital dos EUA.

O lobby é parte essencial da democracia americana desde o século XIX. A expressão nasceu dos facilitadores de negócios que se reuniam no saguão do Hotel Willard – saguão em inglês é lobby – para encontrar senadores e pleitear favores e apoios no Congresso para seus clientes, empresários de ferrovias.

Hoje, no ranking das 50 maiores firmas de lobistas destaca-se em primeiro lugar a Squire Patton Bogss, com 600 funcionários, que teve como clientes 60 países, entre os quais China, Arábia Saudita, Qatar (onde tem filial), Angola, Equador e outros.

Clientes estrangeiros, governos ou empresas, precisam ter seus contratos registrados no Departamento de Justiça. Os fees mensais costumam ser entre 60 e 150 mil dólares, não há empresa americana importante que não tenha lobista em Washington, as de defesa e petróleo são as melhores clientes.

Para países, o lobista representa os interesses do cliente junto ao Congresso americano, conversando com os assessores dos Senadores e Deputados, com os próprios se for o caso, com os Departamentos do governo americano como Energia e Comercio, com as agencias como a Administração Federal de Aviação, etc.

O lobista não se confunde com a Embaixada. Enquanto esta representa o País no nível mais alto, do Departamento de Estado e Casa Branca, o lobista opera nos bastidores, leva e traz informação que um Embaixador não costuma portar, pode agir mais discretamente e sigilosamente, entregando o prato pronto.

Um Embaixador quando vai ao Departamento de Estado sempre o faz oficialmente, as palavras precisam ser medidas porque qualquer coisa dita tem consequências. Já o lobista não, ele pode conversar na happy hour, num almoço, em um clube, os assuntos podem ser mastigados sem comprometer o País porque tudo é em off, só quando a questão está resolvida é que entra a Embaixada para colher os frutos do caso resolvido.

A Embaixada não tem pessoal em número suficiente para fazer o papel do lobista, tampouco tem a rede de relacionamentos já desenvolvida. Os lobistas, quase todos, trabalharam no governo e sabem quais as portas para bater, como propor, como pressionar, quem é quem por trás dos panos.

O único País do mundo que não usa lobista em Washington é o Brasil, porque o Itamaraty nunca aceitou o sistema.

O instituto do lobby é operado sempre com contratos a luz do dia, tudo é claro e pago, com nota fiscal.

A Patton Bogss fatura em torno de US$400 milhões por ano e tem sócios que já foram Senadores, Ministros, Embaixadores, Generais. O próprio Tom Boggs, já falecido e fundador do escritório foi Senador do Partido Democrata e Líder da maioria no Senado. Outro Senador importante, Trent Lott é sócio do escritório.

Mas ai daquele que operar sem documentos, está frito. Tudo é valido, mas dentro das regras legais.

Redação

19 Comentários

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  1. .

    Há lobbys e lobbys, meu caro AA.

    A questão é exatamente como você escreve no início de seu texto e é o que faz a diferença: No Brasil é um caso de policia, pois não é lobby o que se pratica.

    1. No Brasil não se pratica o

      No Brasil não se pratica o lobby porque simplesmente não existe, o conceito é preciso, no Brasil tem puxa saco ignorante,

      isso não é lobby.

  2. No Brasil se confunde lobby

    No Brasil se confunde lobby com tráfico de influência. Acho que seria necessário regulamentar a atividade para evitar-se odenunismo cretino que a grande (será?) mídia pratica.

    1. Meu caro, a midia trata

      Meu caro, a midia trata Fernando Baiano como lobista, abslotutamente nada a ver. Esse homem é um OPERADOR, ele recebe, transfere,  faz cambio, paga, isso não tem nada a ver com lobby, ele maneja propinas, dinheiro, divide,

      recebe e paga, lobista não faz nada disso, então a midia faz esse carimbo erroneamente, de proposito.

  3. Falando em lobby, ninguém vai

    Falando em lobby, ninguém vai tocar no assunto Dirceu e suas “consultorias” milionárias para empreiteiras…?

    O que será que um cidadão, que não trabalhou com nada a não ser política a vida inteira, tem a oferecer a empreiteiras, que valha o pagamento de milhoes e milhoes…?

     

    1. Nada a ver. As consultorias

      Nada a ver. As consultorias do Jose Dirceu eram ultra modestas, nada a ver com milhões e Dirceu tinha e tem muitos relacionamentos no exterior e isso tem valor. Ele prestou consultoria quando já estava há muito tempo fora do Governo,

      com contrato e nota fiscal, ninguem tem nada com isso, é um particular prestando serviços a outro particular.

  4. Lobby

    No Parlamento, o lobby é absolutamente necessário.  Quando chega nas mãos de um congressista qualquer um dos milhares de ´projetos que tramitam, a primeira coisa a ser feita é ouvir todos os possíveis interessados na matéria. Suponhamos que esteja em pauta a regulamentação do plantio de cana.  Tem-se que saber o que pensam a respeito os agricultores, os usineiros, os ambientalistas, os produtores de adubos etc. porque o projeto pode favorecer determinados círculos e prejudicar outros.  Aliás, 99% dos projetos são originados em entidades com interesses específicos que, naturalmente, advogam em causa própria. O que é preciso é regulamentar o lobby, que nada mais é do que uma espécie de advocacia.  Uma vez que o lobista se apresente como defensor de uma causa, sua atuação vai ajudar o aperfeiçoamento da legislação, pois nenhum parlamentar pode saber tudo sobre tudo.

    1. É por ai

       O Congresso brasileiro não é um parametro confiavel para analise, são “escorregadios” nossos parlamentares, portanto é mais facil o exemplo de outro congresso, o americano.

        O U.S. Congress, não é composto por parlamentares muito diferentes dos nossos, na Camara tem uns 20 que “mandam”, e no Senado o numero dos que realmente importam, dependendo da maioria da legislatura eleita, democratas ou republicanos;pois no caso de Senado “Donkey” (D), uns 10 a 12 mandam, já se for “Elephant” (R), não irá chegar a metade – tanto os deputados como senadores, independente da filiação partidária, mais ainda que aqui, são meros despachantes de seus redutos eleitorais (deputados), ou de seus Estados (Senadores).

          Como em qualquer democracia bicameral ou unicameral do mundo, parlamentares eleitos, mesmo com assessorias presentes, possuem a capacidade de entender de tudo, de todos os projetos apresentados,  das demandas coletivas da sociedade, ou mesmo de analisar projetos exarados pelo Poder Executivo, nestes casos, constantes e reais, entram os “grupos de pressão congressuais ” ou lobbies, que muitas vezes, através destes escritórios que o Motta tanto adora, redigem os projetos de lei, entregando-os prontos aos congressistas.

           Caso prático do U.S. Congress: Ano passado, a Embraer associada a Sierra Nevada Corp., venceu a concorrencia para fornecimento do A-29 para a Força Aerea Afegã, mas o dinheiro vem do orçamento americano, a Sierra Nevada Corp, com apoio de um escritório de lobby ( Flagship Associates ), junto com o governador da Flórida e parlamentares do estado, pressionaram o GAO ( um tipo TCU americano) para liberar a compra, tendo contra eles outro lobby, da Beechcraft e seus parlamentares do Meio – Oeste ( Kansas ), no frigir dos ovos o contrato foi para Sierra Nevada/Embraer Florida/ Elbit America.

           P.S.: Em um certo país da América do Sul, comenta-se, não sei se é verdade, o lobby existe, a “venda” ou “oferecimento de projetos de lei” montados por grupos de pressão” ou mesmo “escritórios de advocacia administrativa”, atuam no parlamento e mesmo em ministérios, só que por vias, digamos, indiretas, e em minha opinião particular, toda atividade de carater indireto, nas sombras, é uma porta escancarada para corrupção.

  5. Relatório

    //reportingsunlightfoundation.com/lobbyng/client

    Relação de todos os lobbies registrados nos Estados Unidos ( Washington D.C.), com seus respectivos representantes, note-se que a primeira vista, somente duas empresas de origem brasileira estão relacionadas, mas através de suas subsidiárias norte-americanas.

     E Motta, desiste, tentar explicar para o brasileiro, que o lobby aberto e registrado é uma das melhores armas contra a corrupção em governos, uma ferramenta de transparência, para o cidadão comum é ser considerado herético, proto-corrupto, bandido – já para os atuais corruptos e/ou negocistas, principalmente os situados nas esferas de governo e midias, a regularização dos “grupos de pressão registrados” seria prejudicial a seus “negócios”.

      Quanto ao Itamaraty, diplomatas hj. tem mais é que se preocupar se a luz, telefone, internet de suas embaixadas e consulados, não serão cortados por falta de pagamento, alguns até podem ser despejados por atraso nos aluguéis.

  6.  
    Concordo. No momento que

     

    Concordo. No momento que uma dada atividade é reconhecida e legalizada, deixa de ser clandestina / criminosa. É assim, com a jogatina e os cassinos. Clandestinos em alguns paises e legais em outros. Com as drogas ocorre o mesmo, algumas você compra na Farmácia&Drogaria, outras, “na boca de fumo”. Cachaça, absinto, e uísque. Assim como as atividades de lobistas. Dependem: umas, do teor alcóolico, outras, dos costumes, maneira de agir, prática, hábito, uso, procedimento, comportamento, etc.,…..

    Um interessante exemplo é o caso da cocaína. O rapaz flagrado com pó nos tubos de sua Asa Delta, foi em cana e posteriormente assassinado legalmente, por fuzilamento na Indonésia.

    O outro, teve o helicóptero flagrado conduzindo quase 1/2 tonelada de pasta base de coca, principal insumo para produzir uma porretada de kg. de cocaína.

    Fato ocorrido no Tukanistão, com aeronáve de asa móvel do senhor Perrela, gente de finíssimo trato de MG e amigo do peito do tucano Aécio da Cunha.

    Portanto, pássaram uma borracha. O evento, não deu em absolutamente nada. Nem o hilicóptero foi retido. A imprensa investigativa e operosa com os malfeitos do PT, neste caso, envolvendo gente de bico grande, distraida estava, mais distraida se tornou ao tomar conhecimento da procedência e do pedigree do possível malfeitor.

    Orlando

  7. Do lobby, ainda tem a questão
    Do lobby, ainda tem a questão fundamental. Legalizado ou não (e eu acho que ou faz como nos EUA ou bloqueia totalmente e faça financiamento público de campanhas. Como é no Brasil é o pior dos cenários…), o que impera é a primazia e vantagem de quem tem os recursos para fazer lobby. Ou seja, aqueles que tem $$$ terão seus interesses contemplados. Raiz da falência da democracia ocidental… 1% x 99%… Os movimentos sociais eram o contraponto, mas após anos de detratação pela mídia e educação cidadã parca, pederam legitimidade perante muitas pessoas… Deixando o jogo totalmente desequilibrado, deixando o cidadão comum sem a mínima noção do que fazer ou em quem acreditar… Não sei quanto tempo vai levar, mas é um modelo fadado à falencia… Não sei o que virá e quanto vai custar… Mas se até o CitiGroup avisou seus maiores clientes sobre os perigos da plutocracia, é que o negócio ta feio… Revolução Francesa me vem à mente… E como dizia o outro, a história se repete, primeiro como tragédia e, depois, como farsa.

  8. Esqueci

     Motta, meu caro.

     Lobby brasileiro no exterior:

      Dos da “Casa de Rio Branco”, não esperes nada, esqueça nossos diplomatas, só temos um caminho – parece que voltamos a década de 80 – o pessoal do Banco do Brasil agregado a APEX-Brazil, que mesmo com todas as limitações inerentes, apenas a uma “agencia de promoção de exportações”, conseguem com poucos recursos e apoio marginal do MRE, auxiliar bastante a nossos empreendedores.

  9. Google

     

    “Este é um procedimento racional”

    O lobby do Google em Washington

    Do Washington Post

    O Google desdenhava da prática e agora investe pesado para influenciar e defender os seus interesses corporativos  em Washington, DC.

    Presidente Executivo do Google, Eric Schmidt, testemunha perante um subcomitê antitruste do Senado Judiciário em setembro de 2011.

    O Presidente Executivo do Google, Eric Schmidt, no subcomitê antitruste do Judiciário do Senado em setembro de 2011. (Chip Somodevilla / Getty Images)

    O Google, dono de um fraco lobby no passado, chegou para dominar um novo método operacional dos tempos modernos em Washington, onde os gastos com o lobby tradicional rivalizam com outras formas menos visíveis usadas para exercer influência.

    Esse sistema inclui o financiamento de pesquisas favoráveis em universidades e centros de pesquisa, o investimento em grupos de defesa, sem fins lucrativos, em todo o espectro político e inclui o financiamento de coalizões proativas em negócios expressos como projetos de interesse público.

    A ascensão do Google como um forte jogador em Washington capta o arco de mudança total no trato do seu negócio na área de influência.

    Divulgações voluntárias

    Com o dobro do número de grupos financiados há quatro anos, o Google dá dinheiro para quase 140 organizações de defesa, grupos de negócios e de reflexão, de acordo com uma análise dos posts de divulgações voluntárias que, como muitas empresas, não revelam o tamanho de suas doações. 

    O gráfico abaixo mostra a evolução das doações do Google para comitês de ações políticas nos últimos anos em comparação com as contribuições de outras empresas de tecnologia e Internet.

    Os maiores aportes financeiros foram, pela ordem: Microsoft, Google (linha vermelha), Hewlett-Packard, Intel, Oracle, Cisco/CSC, eBay e Amazon.

    Neste verão, o Google irá se instalar em um novo escritório em Capitol Hill, dobrando o seu espaço em Washington para 55.000 metros quadrados – quase o tamanho da Casa Branca.

    A presença na capital americana, cada vez mais fortalecida, corresponde às suas necessidades e ambições expandidas para rechaçar uma série de ameaças oriundas dos poderes executivos, legislativos e órgãos reguladores de atividades e desafios relacionados que são bem financiados por seus rivais corporativos.

    “As questões tecnológicas são uma grande – e crescente – parte dos debates políticos em Washington e é importante para nós, sermos parte dessa discussão”, disse Susan Molinari, um ex-congressista republicano de Nova York, que atua como principal lobista do Google. “Nosso objetivo é ajudar os formuladores de políticas entenderem o negócio do Google e o trabalho que fazemos para manter a Internet aberta e estimular as oportunidades econômicas.”

    Molinari acrescentou: “Nós apoiamos várias associações e outros agentes em todo o espectro político que nos ajudam a transmitir a mensagem, mesmo se, eventualmente, nós não concordamos com eles em 100 por cento das questões.”

    O lobby é necessário

    O críticos do Google afirmam que o seu investimento efetivamente transferiu a discussão nacional sobre a Internet para longe das questões políticas que poderiam afetar as práticas de negócios da empresa. “Os grupos que normalmente poderiam desafiar as políticas e as práticas de uma grande corporação passaram a mexer com o fogo”.

    “A influência da Google em Washington fez esfriar e ele venceu um debate político necessário sobre o impacto da maior empresa da Internet sobre o futuro da própria Internet”, disse Marc Rotenberg, professor de Direito da Universidade de Georgetown que dirige o Electronic Privacy Information Center.

    Desde a sua primeira incursão em 2003, o Google se tornou o quarto maior financiador corporativo em lobbyng nos EUA.

    Alguns especialistas com laços profundos com a empresa concordam que a tática de lobby agressivo do Google foi uma concessão necessária para a realidade de Washington.

    “Eu não culpo o Google por jogar esse jogo em que grandes empresas usam o dinheiro para comprar advogados e aliados”, disse Andrew McLaughlin, que foi o primeiro diretor de política pública global do Google, em Washington. “Considerando-se o que a empresa é hoje, o seu dever fiduciário com os acionistas e a maneira como Washington funciona; este é um procedimento racional.”

    Adam Kovacevich, membro da equipe de política do Google, sublinhou o interesse da empresa na construção de novas alianças: “Uma das coisas que temos reconhecido é que nenhuma empresa pode fazer nada em Washington sem parcerias de ambos os lados do corredor político”.

    “Eu acho que é mais uma lição a ser aprendida por novas empresas que vêm para Washington: não colocar todos os ovos na mesma cesta”, disse Lee Carosi Dunn, um dos vários ex-assessores de alto nível do senador John McCain pelo Arizona.

    Painel sobre o generoso ‘suporte do Goolge’

    http://www.google.com/publicpolicy/transparency.html

    Matéria original publicada no Washington Post

    http://www.washingtonpost.com/politics/how-google-is-transforming-power-

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-lobby-do-google-em-washington

  10. Devagar com o andor…

     

    Um velho amigo assumiu a Chefia de Departamento de uma das maiores empresas nacionais.

    A empresa pretendia aumentar de 8 para 10%, a exportação de uma commodity de classe mundial para os EUA.

    Foram feitos os contatos iniciais com os assessores de um senador americano que aceitou receber os representantes da empresa brasileira em Washington.

    Meu amigo – não temos contato, atualmente – e o chefe geral da empresa embarcaram para falar com o poderoso senador em um restaurante da capital americana.

    Eles foram recebidos pelo assessor do senador que nem deu tempo dos dois brazucas alongarem a conversa.

    Ele quis saber se o depósito de 150 mil dólares, que foram combinados nos contatos iniciais, já tinha sido realizado.

    Os desconfiados brasileirinhos disseram que ainda não tinham feito o depósito, por entender que eles precisavam conversar e discutir mais detalhes sobre a negociação lobística proposta.

    O assessor não quis saber de mais nenhum tipo de papo e, antes de levantar da mesa, encerrou o assunto:

    – “Os 150 mil dólares são apenas para analisarmos se vamos ou não ter outro contato. Caso seja elevada a taxa de exportação, nós exigimos 5% do valor das receitas obtidas com o acréscimo conquistado.

    &

    Ante da reengenharia, a Chefia de Departamento estava acima da Chefia de Divisão, que, por sua vez, tinha a Chefia de Seção no nível imediatamente abaixo da hierarquia organizacional.

    1. Não me parece que isso seja

      Não me parece que isso seja lobby e sim corrupção.  Firma de lobby não cobra comissão e sim um fee fixo no contrato.

  11. Lobby

    Pena que nao existam lobistas para politicas sociais. Quais foram os lobistas do Obamacare? Muito poucos. Quais os lobistas para conter a regulação de alavancagem de bancos investimento.? Esses são muitos porque o capital fala mais alto (tem mais dinheiro).

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