
As ações de espionagem e vigilância executadas por Israel para influenciar o Tribunal Penal Internacional (TPI) podem ser vistos como “crimes contra a administração da Justiça” e devem ser alvo de investigação do procurador-chefe da Corte.
Segundo especialistas ouvidos pelo jornal britânico The Guardian, as informações relevadas pela reportagem do jornal britânico publicada nesta terça-feira (28/05) eram “profundamente perturbadoras” em sua tentativa de “perverter o curso da justiça” por meio de ameaças à ex-procuradora do TPI, Fatou Bensouda.
Ao mesmo tempo, observadores dizem que “muitos dos exemplos” destacados na reportagem – como “impedir, intimidar ou influenciar indevidamente” os funcionários do Tribunal de Haia – podem ser enquadrados como infração penal dentro dos termos do artigo 70 do estatuto de fundação da Corte referente à administração da Justiça.
Nesta terça-feira, uma investigação conjunta realizada pelo jornal britânico com duas publicações de origem israelense revelou como as agências de inteligência de Israel foram mobilizadas pelas autoridades para pressionar, hackear, vigiar e supostamente ameaçar funcionários de alto escalação do Tribunal de Haia.
Em resposta, um porta-voz do gabinete de Netanyahu afirmou que a reportagem estava “repleta de muitas alegações falsas e infundadas destinadas a prejudicar o Estado de Israel”, enquanto o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que o país se opõe a “ameaças ou intimidação” contra integrantes do TPI.
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