Biden mostra irritação por Israel não mudar postura na guerra contra Gaza

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Embora critique condução da guerra, governo dos EUA segue relutante em efetuar correções de rumo após morte de voluntários

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Foto: Alan Santos/PR – via fotospublicas.com

O último ataque realizado pelo exército de Israel deixou o presidente dos Estados Unidos Joe Biden ‘pessoalmente furioso’ e, além de censurar as autoridades israelenses e exigir que mais ajuda humanitária possa chegar a Gaza, funcionários do governo dizem que isso é o máximo que será feito por Biden e a Casa Branca.

Na visão do site Politico, este é o exemplo mais recente sobre as críticas norte-americanas em torno da condução da guerra por parte do governo de Benjamin Netanyahu, ao mesmo tempo em que mostram relutância em usar sua influência para forçar uma mudança de trajetória.

Biden tem resistido à pressão de vozes pró-Palestina e de progressistas para condicionar a ajuda ou impor outras restrições à Israel, enquanto segue apoiando o governo Netanyahu em seu objetivo de derrotar militarmente o grupo extremista Hamasa.

Segundo o governo, aceitar medidas pró-Palestina poderiam acarretar um rompimento de relações entre Israel e Estados Unidos, acabando assim com qualquer influência norte-americana quanto à proteção de civis.

Tal posicionamento causou fissuras dentro da administração, ao ponto de um alto funcionário do governo afirmar que “o sistema político americano não pode ou não quer traçar um limite real com eles (israelenses), e isso é lamentável”.

A discussão ganhou força depois que Benjamin Netanyahu e altos funcionários israelenses pediram desculpas por bombardearem um comboio de ajuda humanitária claramente marcado com o nome da instituição responsável (WCK – World Central Kitchen) e que estava viajando dentro de uma rota protegida na região de Gaza.

Mesmo assim, o exército israelense atacou os voluntários várias vezes mesmo sendo informado da movimentação. Sete pessoas foram mortas no ataque. O grupo suspendeu as entregas de alimentos para os palestinos de forma temporária.

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2 Comentários

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  1. Vamos colocar o nome nos bois, como diziam os antigos:

    Desde 2017, no mínimo, a Al Jazeera noticia a existência de jazidas consideráveis de óleo e gás na costa da Faixa de Gaza.

    É esse o motivo recente do recrudescimento da ocupação israelense, como novos kibutz, e com ação militar direta.

    O que pretendem Israel e seus patrocinadores é a remoção dos palestinos.

    É isso.

    Ponto.

    Agora vamos ao ataque em si, ao grupo de ajuda humanitária.

    Não foi acidente ou erro, foi deliberado.

    Qualquer cadete sabe que uma das formas de esgotar qualquer resistência, seja ela em conflito regular, seja em contra insurgência, é cortando linhas de suprimentos.

    Alimentos são importantes para a permanência Palestina.

    Desde o início, todo esforço israelense se dedicou a mover Palestinos, enquanto os massacra, mandando a seguinte mensagem:

    Nenhum local é seguro.

    É de grana que se trata.

    A tática é espalhar os palestinos em diversas regiões, quebrando sua coesão social, rebaixando -os a condição de apátridas refugiados.

    Com isso, o problema passa a ser da ONU.

    Uma pena que o nosso Presidente, antes uma voz respeitada por sua veemente oposição a ação sionista, agora se iguala ao Bibi Netanyahu.

    Bibi poderá agora dizer a Lula:

    Vamos esquecer isso tudo e olharmos para o futuro.

  2. Profundamente irritado com o genocídio dos palestino pelos israelenses, Biden determina envio de mais armas para Israel. Há sinceridade nisso? Não há, não há.

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