Bloomberg: ucranianos apoiam concessões para um fim à guerra

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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A agência indica que os combates se tornam “mais desafiadores” para Kiev à medida que “outro inverno com escassez de munições” se aproxima

Presidente da Ucrânia visitou as trincheiras militares na região de Donetsk, no dia 17/02/22 – Foto: Gabinete Presidencial da Ucrânia

Cada vez mais ucranianos apoiam a ideia de a Ucrânia fazer concessões territoriais à Rússia para colocar um ponto final ao atual conflito, iniciada em fevereiro de 2022, relata a Bloomberg. A agência destaca, entretanto, que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ainda não pensa na estratégia de negociação para as conversações de paz.

De acordo com os resultados das sondagens de opinião pública, um número crescente de cidadãos na Ucrânia acredita que “as concessões territoriais à Rússia podem ser um preço inevitável para a paz”, escreve a Bloomberg.

Um dos assessores mais próximos de Zelensky disse à agência que o governo ucraniano está frustrado porque alguns dos seus aliados não perceberam a magnitude do campo de batalha e subestimaram a força das linhas defensivas russas, que atolaram a contraofensiva ucraniana.

Da mesma forma, a agência indica que os combates se tornam “mais desafiadores” para Kiev à medida que “outro inverno com escassez de munições” se aproxima.

Impasse

“Fora do campo de batalha, alguns nos EUA e na Europa começam a questionar-se se poderão continuar a dedicar recursos já escassos ao que o principal general da Ucrânia admite ser um impasse”, diz o artigo. Entre outras coisas, a Ucrânia sofre de escassez de recursos humanos.

Recentemente, o comandante-chefe das Forças Armadas Ucranianas Valeri Zaluzhny admitiu em uma entrevista ao The Economist que a Rússia está numa posição melhor no conflito armado, dada a sua maior população e uma economia mais robusta e com maiores recursos, ao mesmo tempo em que reconheceu a falta de progresso na contraofensiva de Kiev.

“Tal como na Primeira Guerra Mundial, atingimos um nível de tecnologia que nos coloca num impasse”, disse ele sobre o conflito em curso.

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1 Comentário

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  1. Só os otários que creem na mídia porca estão surpresos com esse desfecho. Os mesmos otários que devem achar que o Azov distribuía flores no Donbass e que Israel explode bombas de confete em Gaza. Que Zelensky e Netanyahu são dois grandes estadistas.

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