Eleições presidenciais francesas importam a todos, diz Chris Patten

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Para reitor de Oxford, franceses “não poderão usar a ignorância como defesa” se fizerem a escolha errada no próximo domingo

Foto: Anthony Choren on Unsplash

Existe a expectativa de que os eleitores franceses “façam a escolha correta” no próximo domingo, quando será disputado o segundo turno das eleições presidenciais entre o atual mandatário, Emmanuel Macron, e a candidata extremista Marine Le Pen, nas palavras do reitor da Universidade de Oxford, Chris Patten.

“Nas democracias, os cidadãos devidamente informados assumem sua parcela de responsabilidade pelo que seu governo faz”, diz Patten, em artigo publicado recentemente no site Project Syndicate.

Patten ressalta que, nas sociedades abertas, “existe uma relação estreita entre uma mídia e responsável e sem censura, de um lado, e a democracia e o Estado de direito, do outro”.

“Por outro lado, as autocracias dependem de sua capacidade de controle máximo sobre a maior parte dos aspectos da vida de um país – políticos, econômicos, sociais e culturais. E um ponto fundamental para esse controle é determinar o que o público pode saber sobre o que está acontecendo dentro e fora de sua sociedade”, explica Patten.

“Para evitar críticas e inquietações crescentes, os governos não democráticos devem acabar com a liberdade de expressão e investigação, espalhar notícias falsas e criar uma narrativa que apoie o regime autoritário”, diz o reitor britânico, citando o governo da China, a Hungria de Viktor Orbán e a Rússia de Vladimir Putin como dois exemplos.

“(Marine) Le Pen, cuja campanha presidencial é parcialmente financiada por um empréstimo efetuado em um banco húngaro próximo a Orbán, é admiradora de Putin há muito tempo, e recentemente pediu que o Ocidente pare de enviar armamento à Ucrânia, e se comprometeu a retirar a França do comando militar integrado da OTAN caso vença as eleições”, diz Chris Patten.

O reitor britânico diz acreditar na vitória de Macron nas eleições presidenciais, uma vez que “os eleitores franceses possuem todas as informações e evidências necessárias para fazer uma escolha séria (…) A luta de Macron também é uma luta pela democracia, e se os eleitores franceses fizerem a escolha errada no dia 24 de abril, eles não poderão usar a ignorância como defesa”.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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