Elite política dos EUA quer repetir Afeganistão na Ucrânia, diz site

Registros mostram unidades neonazistas ucranianas recebendo armamento fornecido por aliados da OTAN e dos EUA

Prédio destruído em Kiev, capital da Ucrânia. Foto: Julia Rekamie on Unsplash

Os pedidos urgentes do governo ucraniano levaram pelo menos 32 países a enviarem bilhões de dólares em armamento para o combate contra a Rússia. Porém, o armamento tem parado nas mãos de paramilitares neonazistas no país.

Em artigo publicado no site The Grayzone, o jornalista Alexander Rubinstein afirma que os grupos não só receberam armamento como foram devidamente treinados para uso dos mesmos – uma estratégia semelhante à adotada no Afeganistão.

Segundo Rubinstein, cerca de 20 mil pessoas de 52 países estão na Ucrânia para se unir à chamada “Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia”, e muitos deles já fugiram via Polônia por conta das baixas.

Até o momento, apenas os EUA enviaram US$ 3,8 bilhões em ajuda militar, enquanto Canadá e Reino Unido treinaram 55 mil soldados ucranianos e a CIA mantém um programa voltado para incentivar insurgências contra a Rússia.

No front político, autoridades têm evitado negociações e líderes da OTAN já esperam por uma guerra de longo prazo – até mesmo políticos considerados anti-guerra tem apoiado o armamento ucraniano.

Enquanto isso, as ações de fabricantes de armas chegaram a subir 20% nas bolsas de valores apenas durante a primeira semana de um conflito que tem por único objetivo “a destruição do estado russo e de Vladimir Putin”, como afirmou o ex-assessor especial do secretário de Defesa dos Estados Unidos, coronel Douglas MacGregor.

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Redação

1 Comentário

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  1. Armaram os Talebãs contra os soviéticos na década de 80, ganharam Al Qaeda e Osama dez anos depois. Idem com Saddam contra o Irã, e depois com o Estado Islâmico quando derrubaram Saddam. Não aprenderam nada, a ganância os cega. Provavelmente daqui a uns dez anos, ou menos, veremos esses neonazistas ucranianos se voltando contra seus financiadores, quando tomarem consciência de que são apenas buchas, idiotas úteis para a linha de frente.

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