Moldávia, ex-república soviética, será o próximo alvo de invasão da Rússia?

Um vídeo do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em frente a uma mapa de guerra supostamente revelaria o plano

O presidente de Belarus aparece em vídeo analisando um mapa de guerra que levantou suspeitas da mídia. Foto: Reprodução/New York Post
O presidente de Belarus aparece em vídeo analisando um mapa de guerra que levantou suspeitas da mídia. Foto: Reprodução/New York Post

Começam a surgir na mídia internacional alguns artigos dando conta de uma possível invasão da Moldávia pelo presidente Vladimir Putin, da Rússia. A Moldávia é uma ex-república soviética que fica na fronteira entre a Ucrânia e a Romênia.

Na terça, 1º de março, o GGN informou neste artigo aqui que a invasão da Moldávia foi advertida em artigo assinado pela ex-agente da CIA Emily Harding. No site europeu “Político”, ela sustentou que uma eventual vitória de Putin nas batalhas na Ucrânia poderia produzir uma insurgência capaz de se arrastar por cerca de 8 a 10 anos com ajuda da OTAN. Porém, se a OTAN deixar de abastecer a Ucrânia com recursos financeiros e armas, a Rússia venceria em absoluto e partiria para a segunda invasão, na Moldávia.

Já os sites The Hill e New York Post sugeriram que a invasão à Moldávia teria sido planejada junto com a operação militar na Ucrânia. Os jornais repercutiram um vídeo do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em frente a uma mapa de guerra que supostamente revelaria o plano.

Mapa mostra a região da Transnístria, em vermelho, na fronteira entre Ucrânia e Moldóvia.

“Algumas das linhas de ataque russas no mapa já ocorreram, enquanto outras ainda estão por ocorrer, incluindo uma incursão na Moldávia a partir da cidade portuária de Odessa”, relatou o The Hill.

“O mapa de invasão flagrante dividiu a Ucrânia em quatro seções, onde as linhas de ataque destacadas já haviam sido executadas pela Rússia, exceto pelo que parecia ser um ataque planejado ao estado separatista da Moldávia da Transnístria através do porto ucraniano de Odessa”, acrescentou o New York Post.

Em 1992, a Moldávia perdeu uma batalha por “integridade e independência” contra separatistas apoiados pela Rússia na Transnístria, uma região que fica na fronteira entre a Moldávia e a Ucrânia.

A guerra se deu na margem esquerda do rio Dniester e começou após a Moldávia declarar independência em relação à União Soviética em 1991. A Moldávia sofreu uma derrota militar e as condições de paz foram ditadas por Moscou em um acordo de cessar-fogo em julho de 1992.

Neste 1º de março, o presidente da Moldávia, Maia Sandu, disse que as gerações futuras precisam lembrar da guerra na Transnístria e anunciou a criação de uma medalha para homenagear os heróis da guerra.

Na semana passada, Lukashenko permitiu que as tropas russas usassem o território bielorrusso para invadir a Ucrânia pelo norte. A guerra entrou em seu sétimo dia hoje, com militares russos alegando que assumiram o controle de Kherson, na Ucrânia. Um comboio russo ainda marcha a cerca de 25 km de distância da capital da Ucrânia, que resiste à invasão russa enquanto o Ocidente anuncia uma série de sanções a Putin.

Leia também: Rússia pode tomar Kiev, mas insurgência ucraniana resistiria por 10 anos com apoio da OTAN, diz ex-agente da CIA

Redação

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