Seguidores de Evo bloqueiam estradas na Bolívia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Bases e organizações que apoiam ex-presidente alertam que conflitos vão se intensificar com “maior força e contundência”

Forças Policiais da Bolivia entram em confronto com apoiadores de Evo Morales. Foto: RS/Fotos Públicas

A crise política na Bolívia ganha novos contornos após 19 dias de bloqueios de estradas por segmentos ligados ao ex-presidente Evo Morales.

Embora Morales tenha pedido por uma pausa e que confrontos fossem evitados, informações do site Infobae indicam que líderes como o camponês Humberto Claros afirmaram que os protestos vão continuar “com maior força”.

“O bloqueio rodoviário nacional persiste e vai se intensificar com maior força e contundência”, disse Claros, em declarações à rádio Kawsachun Coca, ressaltando que as bases e organizações não aceitam “nenhuma sala intermediária”.

O conflito aumentou após operação da polícia e das forças armadas sob ordens do presidente Luis Arce para o desbloqueio da estrada que liga a região de Cochabamba ao oeste da Bolívia, um ato considerado “criminoso” e “ditador” pelos seguidores de Morales, que acusaram o governo de reprimir os manifestantes.

Embora as operações tenham conseguido liberar trechos importantes, as rotas para o departamento de Santa Cruz (motor econômico da Bolívia) seguem bloqueadas, aumentando problemas como falta de combustível e inflação.

Por outro lado, Morales começou uma greve de fome nos trópicos de Cochabamba, seu bastião político, como forma de pressão para obrigar o Executivo a dialogar sobre as demandas de seus setores.

O ex-presidente também sugeriu que seus seguidores que analisassem a possibilidade de um “quartel intermediário” nos bloqueios, argumentando que sugere a pausa para “evitar acontecimentos sangrentos”.

Porém, Evo também criticou o governo Arce por não atender às reivindicações econômicas e políticas dos setores leais ao Movimento ao Socialismo (MAS).

Vale lembrar que Morales enfrenta processos judiciais por acusações de violação estatutária e tráfico de seres humanos – os seguidores de Evo não só querem a retirada de tais acusações, como também uma solução imediata para a crise econômica do país e o apoio à sua candidatura presidencial em 2025.

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