A corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e o delator assassinado

É mais um sinal eloquente do processo de contaminação da segurança paulista pelas facções criminosas. E agora, não apenas a PM.

Assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach – Polícia Civil

Fato 1 – o celular do ex-assessor do Ministro Alexandre de Moraes.

O ex-assessor é detido devido a agressões à esposa. A corregedoria da Polícia Civil apreende seu celular, ordena que ele entregue a senha. Pouco depois, o material é entregue à Folha de São Paulo, que monta uma série trazendo como parceiro Glenn Greenwald – o responsável pela Vaza Jato. Pensou usar Greenwald para dar credibilidade às denúncias, e conseguiu tirar a credibilidade dele. Mas ficou claro que a corregedoria atuou politicamente.

Fato 2 – a denúncia do delator do PCC

Antônio Vinícius Gritzbach, o delator do PCC, fez nova delação à corregedoria da Polícia Civil. Uma semana depois foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Pelo modo de execução, as suspeitas foram para elementos da própria polícia, não para o PCC.

Fato 3 – o parente da corregedora

A corregedora da PC é Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez. Um dos denunciados foi o investigador Eduardo Monteiro, seu parente.

Segundo a SBT News:

“Antônio Vinícius, que atuava como lavador de dinheiro do PCC, havia feito uma delação premiada, implicando diversos policiais, incluindo Eduardo Monteiro, e o delegado Fábio Baena. Na delação, Vinícius denunciou corrupção e arbitrariedades cometidas pela equipe da Delegacia de Homicídios Múltiplos, que investigava o assassinato de Anselmo Santa Fausta, um importante membro do PCC.

A investigação, agora, enfrenta a delicada situação da corregedora ser parente de um dos policiais acusados. Além disso, oito policiais militares que faziam a segurança de Vinícius no dia de sua execução foram afastados enquanto a Força-Tarefa prossegue nas investigações”.

É mais um sinal eloquente do processo de contaminação da segurança paulista pelas facções criminosas. E agora, não apenas a PM. As suspeitas sobre a execução do delator pairam, agora, sobre o órgão incumbido de apurar desvios da Polícia Civil.

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4 Comentários

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  1. Para acabar com Lula e o PT o grosso da nata paulista e associadas destruíram todos os fundamentos pétreos de Estado possíveis. A começar da Segurança Pública, e dos freios e contrapesos. Gerou esse monstro, o qual se tornou uma hidra. Que a cada dia mais se agiganta, até engolir seus próprios criadores.

  2. Não existe lastro, nem justificativa, nem o melhor e super inteligente álibi, que faça até o mais ignorante e ingênuo dos mortais, se convencer que as fortunas e luxuosos bens de malfeitores de toda ordem sejam frutos de qualquer dos mais convincentes contos da carochinha.
    Contudo, me parece que essa pujante tática está aprovada e adotada mercado paralelo e no seio do balaio de autoridades públicas, de todas as pastas,
    como sendo, também, um dos investimentos de risco e altos riscos.
    Mas, que bobagem ( como diz o compositor) que rico ou altos ricos podem existir, quando há um escrete de alta capacidade de poder, bem escalado e bem posicionado, para não deixar que seus espaços corram riscos e os façam perder o “bicho” deles, de cada dia.

  3. Com os atuais goverantes de São Paulo, tanto o crime organizado, como o super organizado (clube da usura) estão mais à vontade do que criança em picina de bolinhas.

  4. Lembrando que guardas municipais a dois meses atrás foram presos em sao Paulo por envolvimento e proteção do tráfico, foi e é um erro deixar guarda andar armado e agim como outra polícia, o que era ruim ta pior.

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