Alckmin na Justiça Eleitoral e o viés político-partidário da Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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O caso de Alckmin é um exemplo claro de que a Lista de Janot só ajudou a criar uma falsa ideia de que “a lei vale para todos”, de que todos seriam processados e que o PT não estava sendo perseguido. Na prática, a maioria gritante das delações trata mesmo é de caixa 2 e seus alvos jamais saberão o que é sofrer uma cassação como Dilma, ou ser preso nas condições de Lula
 
Adriana Spaca/06.12.2016/Brazil Photo Press/Folhapress
 
Jornal GGN – A notícia de que o processo de Geraldo Alckmin (PSDB) por caixa 2 de R$ 10 milhões da Odebrecht saiu do Superior Tribunal de Justiça não para as mãos da Lava Jato em São Paulo, mas para a Justiça Eleitoral, joga um pouco mais de luz sobre como a operação – que tem o verdadeiro núcleo duro centrado em Curitiba – atuou para derrubar o PT do poder, ao passo em que garantiu que os tiros desferidos na oposição, principalmente no PSDB, não fossem fatais.
 
Vamos entender por partes:
 
1 – O QUE ACONTECE COM ALCKMIN AGORA
 
Alckmin foi delatado pela Odebrecht por supostamente ter usado o cunhado para receber R$ 10,5 milhões do departamento de propina da empreiteira para sua campanha. Pelo menos um dos delatores, Benedicto Junior, associou com obras do Estado. O caso foi transformado em caixa 2 pela Procuradoria, como se o governo Alckmin não tivesse nada a oferecer à empreiteira em troca de doações.
 
Neste cenário, é como se apenas petistas e antigos aliados dos governos Lula e Dilma tivessem oferecido contrapartidas em troca de caixa 2.
 
As investigações contra Alckmin só foram para o STJ porque ele tinha foro privilegiado.
 
Destoando do modus operandi da Lava Jato curitibana, o processo tocado pela Procuradoria Geral da República foi mantido sob sigilo. Alckmin depôs por carta. Sem nenhum vazamento, e a sociedade só ficou sabendo meses depois.
 
Ao renunciar ao mandato para concorrer à presidência em outubro, Alckmin abriu mão do foro privilegiado e perdeu o direito de ser processado no STJ. 
 
A Lava Jato em São Paulo, que almeja ter um pouquinho do poder de fogo que teve a turma de Curitiba, pediu com urgência para receber a ação contra Alckmin.
 
Mas a decisão da Vice-Procuradoria Geral da República em remeter à Justiça Eleitoral mostra que nunca foi intenção processar o tucano por crime comum.
 
Certo é que o processo por caixa 2 na Justiça Eleitoral é muito mais suave do que sofrer os desgastes da Lava Jato em primeira instância.
 
A começar pelo fato de que o caixa 2 é crime, mas “não está tipificado, ou seja, explícito na lei. Por isso, pode ser enquadrado de diversas formas, a depender da interpretação do juiz.”
 
Na maioria dos casos, entra como “falsidade ideológica” e tem pena de até 5 anos de prisão. Pode também cair na “Lei do Colarinho Branco”, que é “manter ou movimentar recurso ou valor paralelamente à contabilidade exigida pela legislação”, ou na “Lei contra Crimes Tributários”. Nestes casos, a pena é de 2 a 5 anos e multa. 
 
Reportagem da Folha mostrou, contudo, que nenhum político jamais foi preso por caixa 2. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral e indicam que a jurisprudência não está consolidada.
 
Os processados por corrupção passiva – recebimento de vantagem indevida, na forma de caixa 2 – podem ser condenados a até 12 anos de prisão.
 
 
2 – A LISTA DE JANOT E AS DELAÇÕES QUE NÃO VÊM AO CASO
 
A Lava Jato, embora tenha um núcleo duro em Curitiba, disposto a fazer o que for preciso para prender seus alvos, não tem um comando centralizado e seus desdobramentos tampouco podem ser controlados pelas instituições. Vide a guerra no Supremo pelo Habeas Corpus de Lula, com Cármen Lúcia manobrando para impedir a discussão sobre prisão em segunda instância. O caráter difuso da operação não permite a afirmação de que houve um plano estratégico envolvendo vários setores do MP e Judiciário, seguido à risca desde o início, apenas para derrubar apenas o PT.
 
Mas que os espectadores não se enganem: o STJ ter enviado o caso de Alckmin para a Justiça Eleitoral tampouco tem a ver com a força-tarefa da Lava Jato sendo desafiada pelo Judiciário. Primeiro porque foi o próprio Ministério Público Federal que optou por este caminho. Segundo, porque o processo contra o ex-governador é fruto do combo de delações da Odebrecht em Brasília, conhecido como a “Lista de Janot” e que foi vendida como uma bomba contra políticos de todas as vertentes. Quase uma ilusão.
 
O caso de Alckmin é um exemplo claro de que a Lista de Janot só ajudou a criar uma falsa ideia de que “a lei vale para todos”, de que todos seriam processados e que o PT não estava sendo perseguido. Na prática, a maioria gritante das delações trata mesmo é de caixa 2 e seus alvos jamais saberão o que é sofrer uma cassação como Dilma, ou ser preso nas condições de Lula.
 
É de se frisar, ainda, que junto com a Lista de Janot veio um esforço – por parte da mídia, do Ministério Público e até com eco no Supremo Tribunal Federal –  para “separar o joio do trigo”, justamente com a intenção de se lançar alguns botes ao mar e salvar a classe política ainda não alvejada como o PT.
 
“É muito diferente de eu pedir para uma empresa colocar R$ 10 milhões na minha campanha e eu me comprometer a ajudá-la com uma privatização. O Supremo considerou, inclusive, que mesmo no caixa 1 pode haver dinheiro vindo de corrupção. Deve-se analisar caso a caso”, afirmou o ex-juiz eleitoral Oscar Juvêncio Borges Neto nesta entrevista aqui.
 
Voltamos ao mesmo ponto: quando há parlamentares do PT recebendo caixa 2, há contrapartidas que justificam um processo por corrupção. Quando há opositores ao PT, foi “só” crime eleitoral mesmo. 
 
Na esteira da seletividade, lembre-se que ao mesmo tempo em que a Odebrecht delatou em tom menos grave Alckmin e outros, episódios icônicos como o de Eike Batista tentando, sem sucesso, entregar aos procuradores uma lista com políticos do PSDB que receberam dinheiro “por fora”, não vieram ao caso. 
 
A declaração de Delcídio do Amaral e Nestor Ceveró, detalhando corrupção na Petrobras na gestão FHC, também não veio ao caso.
 
As mesmas empreiteiras processadas pela Lava Jato tinham muito a falar sobre esquemas em diversos estados, mostrando que a Petrobras não era o único bem público dilapidado. Não veio ao caso.
 
O foco eram os governos Lula e Dilma, segundo definiu a República de Curitiba.
 
3 – FOCO NO PT
 
Ao restringir as investigações a governos do PT por conta, inicialmente, da Petrobras, a Lava Jato ajudou a criar o discurso que interessa a oposição: PT e antigos aliadosr roubaram para permanecer no poder, fraudaram licitações, deram contrapartidas em troca do caixa 2. O PSDB e demais legendas receberam caixa 2 mas não teriam nada a oferecer em troca e, por isso, praticaram crimes eleitorais.
 
O recorte feito pela Lava Jato possibilitou a separação do joio e do trigo. Mas também escancarou o viés político-partidário da operação, não importa quantos dados tentem apresentar para dizer o contrário.
 
Em uma das sentenças contra João Vaccari Neto, a Justiça chegou a reconhecer que o ex-tesoureiro do PT não estava sendo condenado por enriquecimento pessoal. Estava sendo condenado por arrecadar propina para campanhas do PT. 
 
O que garantiu que o processo não fosse por crime eleitoral, como ocorre com Alckmin, é justamente a narrativa de contrapartidas envolvendo obras da Petrobras.
 
Emílio Odebrecht disse em delação que caixa 2 ou era feito para agradar a todos, ou não era feito para ninguém. Nenhum procurador quis detalhes dos delatores de Alckmin sobre o que a Odebrecht ganhou ou pretendia ganhar com os R$ 10,5 milhões? Em Curitiba, a prática seria de criar um Power Point para preencher lacunas desse tipo. O mérito desse núcleo da Lava Jato foi justamente ter feito com que um grupo político tivesse problemas mais sérios com a Justiça por conta de uma prática generalizada.
 
Na prática, enquanto Vaccari coleciona condenações impostas por Sergio Moro – algumas revertidas em segunda instância porque foram dadas com base em delações sem provas – os que serão investigados por crime eleitoral devem passar longe de pagar pelos crimes narrados. A não ser que o volume de processos decorrentes da Lava Jato ajudem a criar uma nova jurisprudência na Justiça Eleitoral. Pouco provável.
 
Isso tudo sem contar que, se em vários processos que envolvem figuras do PT, as delações mostraram carência de provas materiais, a mesma lógica deve valer para o outro lado.
 
Porque não tem crime comum, porque já prescreveu, porque as delações não têm provas. São várias as justificativas a desequilibrar ainda mais a balança.
 
A fórmula de Curitiba conseguiu levar para a cadeia o presidente mais bem avaliado da história e a primeira mulher eleita para comandar o País. Os dois, derrubados por ações questionáveis até no mérito.
 
Os desdobramentos da crise podem até ter respingado em Alckmin, Aécio Neves, Michel Temer. Mas, como se vê até agora, sem o mesmo peso que teve para o PT.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

30 Comentários

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  1. Não existe meio golpe. O

    Não existe meio golpe. O golpe é contra as forças progressitas, os direitos sociais e trabalhistas, a soberainia nacional. Muito provável que o único político relevante da direita a ficar preso e não por muito tempo, será Cunha. Os demais sairão ilesos ou com alguns arranhões.  Sem união para valer entre partidos da oposição e também da fração da sociedade que conserva princípios humanistas, não há qualquer possibilidade de combater a ditadura civil e a repressão policial.   

    1. Cunha é parceirão. O STF

      Cunha é parceirão. O STF segurou ele até que derrubasse a Dilma.  Só tá preso pra não caguetar ozamigos.

  2. Tá tudo dominado pela Máfia Demotucana

    ACREDITO QUE O COMBATE A CORRUPÇÃO PIOROU MUITO: ANTES JUSTIÇA E MINISTÉRIOS PÚBLICOS E OUTROS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS ERAM SÓ OMISSOS, AGORA, SÃO CÚMPLICES OU CONIVENTES, MANOBRAM PARA LIVRAR SEUS ALIADOS POLÍTICOS, A MÁFIA DEMOTUCANA.

    1. Com certeza.
      Agora

      Com certeza.

      Agora eles(procuradores, delegados pf, etc etc) também querem se locupletar.

      Estamos sob o domínio de uma quadrilha.

      Ou nos rebelamos e os destruímos, mesmo correndo o risco de sermos mortos, ou vamos acabar morrendo do mosmo jeito, só que de quatro.

    2. É isso! Temos que fazer com

      É isso! Temos que fazer com que o video de GM, dentro do plenário, denunciando a corrupção no sistema judiciário, corra mundo.

  3. Avacalhou  geral.
    Os juízes

    Avacalhou  geral.

    Os juízes nem se importam mais em usar a Lei como se fosse papel higiênico.

    O pior é ver alguns jornalistas aplaudirem o que os juizes fazem como se eles mesmos não pudessem se tornar vítimas do abuso generalizado que se instaurou na Juizolândia dos Trópicos: 

    https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/memoria-e-historia-de-um-futuro-previsivel-contribuicao-a-critica-da-juizolandia-dos-tropicos

     

  4. TÁ TUDO DOMINADO PELA MÁFIA DEMOTUCANA

    Todos os servidores da Petrobras envolvidos nos escândalos conseguiram cargos de chefia no governo FHC. Vários deles chegaram a delatar que tudo teve início no governo tucano. Paulo Francis já havia dito também nessa época da bandalheira na estatal. Além disso, temos a figura de Youssef, cujo pai e amigo íntimo é Álvaro Dias.

    1. Youssef foi doador de campanha de Dias em 1998

      Youssef, antes de ficar famoso, doou voos de seu avião para campanha de Alvaro Dias e deu a entender que parte foi paga com dinheiro desviado da prefeitura de Maringá.

      O próprio senador admitiu que sua campanha “contratou taxi aereo de Youssef, mas disse que foi tudo declarado”.

      Da Rede Brasil Atual em 2015:

      Este blog solicitou ao TRE-PR, com base na Lei de Acesso a Informação, a prestação de contas do senador Alvaro Dias nas eleições de 1998 para conferir as doações feitas pelo doleiro Alberto Youssef, já que o TSE respondeu só estarem digitalizadas e centralizadas as contas de 2002 em diante. O pedido à Justiça Eleitoral paranaense foi feito em 27/06/2013 as 14:20 com número de protocolo 948127061324046. Passados mais de dois anos, “não veio ao caso” uma resposta.

      [video:https://youtu.be/bAVdZOHL0tk%5D

  5. Espero, sinceramente, que,
    Espero, sinceramente, que, depois da denúncia de GM, ontem, no plenário do STF, nenhum dos nossos cometa a INSANIDADE de cumprir ordem judicial no âmbito da LavaJato. GM fez barba, cabelo e bigode em PGR, Moro & molekotes da Farsa tarefa, bem como, da ministrada envolvida na patifaria que está atirando o país  no abismo. Falou o que todo mundo está careca de saber pra um plenário silencioso e atento ( um grupo ) e sem saber onde enfiar a cara ( o outro) A gravidade da situação não permitia qq palavra ou interferência e, todos, entenderam isso. Ou melhor, quase todos. Coube ao bobo da corte, o sempre sem noção Fux, tentar salvar os fascistas. Notadamente incomodado pela denúncia estar sendo feita em cadeia nacional, por um ministro da mais alta Corte de Justiça do País, nas barbas de duas chefes do esquema, PGR e CL. A honra da quadrilha foi pro brejo e, não foi ninguém da esquerda nem algum dos ministros que costumam  ” acusar” de serem petistas. Ninguém menos que GM  entregou o  esquema criminoso e corrupto montado no âmbito do Judiciário. Lula, precisou apresentar-se e deixar-se prender para que a patifaria toda pudesse correr o mundo e fazer com que Os outros países saibam que o povo brasileiro está vivendo sob uma ditadura judicial e midiática que derrubou o Executivo e o instalou uma quadrilha de narcotraficantes no poder, sufocou na base da chantagem o Legislativo e mantém seus desafetos denunciados em Vara Única ( controlada pelo bando ), cujos “recursos” são ” julgados” por colegiados e, no que deveria ser a “última trincheira do cidadão”, formaram maioria, colocando num beco sem saída qq cidadão que, por azar, caia em desgraça com o chefe de Moro que é quem, junto com um grupo de molekotes, oferece a denúncia que levará o ” inimigo a prisão por tempo indeterminado. Vou desenhar. Tropeçou no Kamel, pode se preparar para ficar preso em Curitiba ( não importa se vc vende cuscuz em Pernambuco) A vara para as vinganças fascistas é a !3ª e a carceragem é a de lá. Vc e sua família que se f…! Tudo como na AP470. Vou repetir. Que nenhum dos nossos tenha a ideia de merda de cumprir qq decisão judicial no âmbito da LavaJato. Lula é Lula e, tem o mundo com ele, de olho, no que está acontecendo aqui. O resto, vai mofar na cadeia sem direito a HC. Só uma coisa, 5 ministros da Corte, tem total clareza da canalhocracia que tomou o sistema judiciário e está destruindo o país. Pq, diabos, então, não concedem, monocraticamente, liminares, em favor dos perseguidos pela quadrilha do midiciário?

    1. Correção: Esqueci que foi,

      Correção: Esqueci que foi, justamente, por enfrentar a Lavajato que oMin. teori foi assassinado. Portanto, retiro a pergunta, ao fim do comentário. 

  6. O “gande acordo, com o

    O “gande acordo, com o supremo, com tudo” não era apenas para derrubar Dilma. Também era para consolidar o golpe, garantindo a eleição de um político alinhado ao golpe que prosseguiria o que foi iniciado por temer (o programa do PSDB). É claro que não deram o golpe para devolver o poder a quem represente a não continuidade do projeto anti-nacional e anti-popular, daí o “grande acordo com o supremo, com tudo” protege os principais políticos golpistas ao mesmo tempo em que tira Lula da disputa e procura enfraquecer o campo progressista. A coisa ficou tão grotesca que de repente até Gilmar Mendes e Reinaldo Azevedo estão criticando.

  7. Há 1 ano: até o Estadão noticiou a ajuda do Moro a Alckmin

    Operação Lava Jato em São Paulo esbarra na resistência de Moro em compartilhar informações

    Apesar de ter surgido em 2014 no estado de São Paulo, a Operação Lava Jato no estado segue em ritmo lento e sem muitos desdobramentos.  (…) As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo deste domingo (12). De acordo com a reportagem, os promotores paulistas alegam que as investigações não avançam devido a negativa do magistrado Sérgio Moro em compartilhar informações de casos envolvendo contratos do governo estadual com empresas investigadas. A situação estaria ocorrendo em pelo menos três processos. Com o impasse, os rumos dos inquéritos caminham para o arquivamento. No último ano, Moro teria negado pelo menos dois pedidos do Ministério Público de São Paulo. Em agosto de 2016, o MP de São Paulo pediu cópia das anotações apreendidas pela Polícia Federal que traziam referências de suposto pagamento de propina no contrato para obras na rodovia Mogi-Dutra. Os promotores suspeitam que cerca de 5% do contrato, R$ 68 milhões, teriam sido desviados no conhecido esquema de pagamentos ilegais. Ao jornal, o promotor Marcelo Milani, responsável por três processos, relata pedido negado por Moro e afirma que este é o motivo pelo qual o caso segue sem desdobramento.” Minha investigação não avança mais por causa desse indeferimento”, disse o promotor. Para justificar sua decisão, Moro afirmou que a investigação ainda estava em curso. Além da negativa no repasse de informações, o Ministério Público de São Paulo ainda tem de lidar com a recusa dos investigados em prestar informações. Dante do Ministério Publico de São Paulo, investigados, quando convocados, se recusam a falar sob a alegação de que qualquer palavra poderia ferir os acordos de delação firmados com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. (…) Questionado pelo jornal, a assessoria da Justiça Federal em Curitiba não comentou as críticas. http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/operacao-lava-jato-em-sao-paulo-esbarra-em-resistencia-de-moro-no-compartilhamento-de-informacoes/

    1. Mas MP-SP também empurrou com a barriga
      Ministério Público de São Paulo rejeita acordo com Odebrecht – 25/09 … 25 de set de 2017 – Dez promotores do Ministério Público de São Paulo que investigam corrupção decidiram que não vão assinar um acordo com a Odebrecht para receber provas de que houve pagamento de propina em obras do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Dersa e DER (Departamento de … http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1921432-ministerio-publico-de-sao-paulo-rejeita-acordo-com-odebrecht.shtml

  8. Foi tão rápido que demonstra o planejamento e a premeditação

    Tá tudo combinado…

    Sabem que, mesmo que fossem processados à jato, como foi Lula (18 meses da denúncia à prisão), a janela de tempo entre cair para a primeira instância e terem a chance de serem eleitos, voltando para o foro privilegiado, é melhor do que terminarem o mandato e ficarem sem foro por pelo menos 2 anos até as eleições seguintes.

    O que acha meu caro Watson? Elementar?

  9. O Alckmin

    é do PSDB e sendo do PSDB pode tudo, até traficar cocaína que aos olhos da Justiça brasileira é normal. Anormal é a Dona Dilma no exterior “denunciando” o golpe e a ditadura que se abateu sobre o Brasil sem ao menos citar o papel crucial que tiveram as Organizações Globo nessa tragédia que assola o Brasil. Pobre Brasil.

  10. Engraçado, os estados não têm

    Engraçado, os estados não têm obras contratadas por essas empreiteiras né?!! Tá certo, as empreiteiras ajudaram nas diversas campanhas estaduais por “amor”(rssss).  

  11. Figura retórica

    Belo artigo porém vou considerar esta frase apenas uma figura de retórica.

    “A Lava Jato, embora tenha um núcleo duro em Curitiba, disposto a fazer o que for preciso para prender seus alvos, não tem um comando centralizado e seus desdobramentos tampouco podem ser controlados pelas instituições. O caráter difuso da operação não permite a afirmação de que houve um plano estratégico, seguido à risca desde o início, apenas para derrubar apenas o PT.”

    O núcleo duro de Curitiba é o mesmo responsável pela soltura de todos os delatores. O núcleo de Curitiba jamais foi fundo nas delações de Machado. O núcleo duro não é apenas de Curitiba. Bretas condenou a uma pena quadrigenária o Almirante Othon, numa velocidade de julgamento só comparável as de Vaccari e Dirceu. De resto temos apenas empresários  que condenados viraram delatores, e ou políticos de partidos nanicos, muitos já soltos,  excecção feita a Cunha,  que foi apenas um lembrete para que todos seguissem a política do golpe. Não pensem que levam a sério os ataques a Temer. Temer  não esta no foco da justiça, mas sim está , como Cunha outrora , com uma coleira para que seja obediente.

    Hoje o STJ recusou a prisão de Loures, Younes e Coronel Lima. Hoje  transformaram o propinoduto de São Paulo em caso eleitoral.  A mídia esta ávida para afirmar e falar e continuar falando da atividade continua da Lava Jato, mas Azeredo também foi acusado no Mensalão. E o caso Azeredo foi por diversas vêzes  utilizado para fugir da incomoda questão do viés partidário. 

    A operação não me parece difusa, o poder é difuso. Isto é, talvez  o poder que foi  dado a um juiz de primeira instância tenha gerado um sentimento de poder na republica dos juizes. Talvez hoje esta pulverização de poder faça com que muitos juizes ao mesmo tempo tomem muitas atitudes. Mas curiosamente todos tomam na mesma direção.

    Isto é apenas jogo de cena, Curitiba é hoje apenas um símbolo  para o golpismo. Assim Curitiba tem que  continuar falando grosso, mas aceita rapidamente certas decisões. Observem que nao houve entrevista coletiva, não houve declaração, não houve artigos em jornais, sobre a retirada do caso Alckmin, de Curitiba.  Isto indica que todos aqueles procuradores que aparecem em entrevista coletivas, estão de acordo. Isto significa que o rigorosissimo Moro está de acordo. Caso contrário já estaria nos jornais.

    Quanto a não serem controlados por instituição, eu concordo, pois afinal um dos focos é exatamente destruir a Instituição Justiça e criar A Instituição Curitiba de Justiça. 

  12. Pau que bate em chico…

    Pau que bate em chico não pode bater em “Santo”, né?

    Viva a República Curitibana e a Constituição Moroniana!

    As manifestações de protestos estão “ensurdecedoras”….

    Simples: preconceito e discriminação racial, social, intelectual e político.

    A casa grande dando uma geral nesta “gentalha” que não sabe o seu lugar…

    E o Moro, depois dos serviços prestados, já pode fazer jus ao seu passaporte de acesso: Green card

    Os coronéis estão mais vivos do que nunca.

  13. A matéria omite a delação do

    A matéria omite a delação do diretor da Odebrecht, Benedicto Júnior, que associa os repasses da Odebrecht a favores do governo paulista à empresa, nas obras do Metrô e nas obras de saneamento.

  14. Existe saída para esse partidarismo total da justiça???

    Existe alguma saída para esse partidarismo total da justiça brasileira? Alguém sabe???

    Se dependermos da “vergonha na cara” ou da “auto-regulação” dos juízes estamos perdidos… 

    Outros países já devem ter passado por isso… deve existir solução para esse problema… alguma medida… alguma lei… alguma tecnologia… sei lá.

    Eu já vi que nos USA em alguns julgamentos o réu é maquiado ou até mesmo disfarçado para que sua aparência física não contribua para o julgamento… será que algo parecido não se enquadra na realidade nacional??? Tatuagens, cicatrizes, etnias são disfarçadas para que o juri não se deixe influenciar.

    Não teria como tornar as decisões judiciais mais “anônimas” do que atualmente???

    Do jeito que está, eu não vejo solução para esse país… a direita segue aumentando seu poder e patrimônio… perseguindo os rivais e não há nada que pare essa máquina.

     

  15. Siga o dinheiro: Sabesp, metrô, monotrilho, rodoanel etc.

    Duas observações:

    Se a cara Cíntia tivesse escrito apenas “núcleo” em lugar de “núcleo duro” (“hardcore” em inglês), não se perderia nada da semântica. Esse negócio de estadunidismos não se limita ao gerundismo… e pega até os mais atentos.

    Para se saber se determinada pessoa vai ser privada de sua cidadania, de Alckmin a Lula, de Bolsonaro a Ciro Gomes, se enfim será excluída da vida política do país, a pedra de toque é: essa pessoa reafirma, reforça valores econômicos ou morais relacionados ao dólar? Se sim, escapará ilesa, no máximo um pouco chamuscada. Se não, terá sua participação social detonada, será atingida na sua imagem pública, impedida pela Justiça de participar e, dando prá fazer, as duas coisas.

    Exemplos: privatizou, dilapidou patrimônio público em benefício da iniciativa privada? Não vai preso. Se o serviço entregue aos empresários é monopólio (caso da água, Sabesp, energia elétrica etc.), fica livre. Trabalhou para o desmonte e sucateamento da Educação ou Saúde públicos, entregando-os para a iniciativa privada de forma que essas empresas possam, ao longo dos anos, jogar a qualidade lá embaixo e os preços lá em cima? Liberdade. Promoveu desemprego desmontando empresa pública e aumentando a oferta de mão de obra de forma que os salários sejam reduzidos? “Muito bem!” Desmontou setores produtivos nacionais expondo-os à jurisdição estrangeira, como Moro está fazendo com a Odebrecht ou com o Alm. Othon? Medalha.

    Cuidado que há o que aparente não ter relação com o dólar – Cunha, por exemplo – mas, se olhar de perto, alguma relação com a firma “Globo” tem, E essa firma tem representado bem os interesses estrangeiros em nosso país.

  16. Qual a surpresa?

    O piedoso e contrito supra-numerário Alckmin, está acima do bem e do mal. Reserva moral, fortaleza da retidão, fonte inesgotável de competência, sofre com a incompreensão destes comunistas, desta plebe ignara, que não enxerga suas virtudes.

    Obviamente que se trata de aspecto eleitoral. Veja o Eduardo Azeredo para provar que sim. Ah perdão, esqueci-me que ele foi excomungado. Um herege que maculou as vestais, que limpam o pó que Aécio deixou no templo.

    O que chama a atenção que o mensalão também foi crime eleitoral, mas sabe como é, será devidamente julgado pelo ínclito presidente do TSE, aquele que gosta de nepotismo.

    Esta tudo dominado. 

    Será que a resposta será armada? será que precisaremostrazer o que desejam? uma ditadura?

     

  17. Ajudinha da Ministra
    Não foi apenas o vice-procurador-geral que ajudou Alckmin. A ministra Nancy Andrighi fez a sua parte enviando a denúncia para a justiça eleitoral, TSE. Do qual, por sinal, já foi corregedora geral em 2011.  Ligações com o PSDB:Em 1999, foi escolhida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para ocupar o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça. E em 2016 o PSDB-Mulher a queria comoMinistra do STF (vaga que ficou com o Alexandre de Moraes)http://www.psdb.org.br/mulher/uma-mulher-uma-decisao-e-um-exemplo-por-solange-jurema/ “Nesse sentido e com este perfil, o PSDB-Mulher entende que o nome da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Fátina Nancy Andrighi preenche todos os requisitos morais e jurídicos. Ela construiu uma brilhante carreira profissional”  Talvez ela consiga essa vaga algum dia, caso Alckmin seja eleito. Mas, para isso, ele precisa estar fora da cadeia!  Polêmicas:Em 2011 ha um imbróglio dela com a Carmem Lucía (sim, ela mesma!), na época presidente do TSE, sobre quem tinha autorizado o contrato com Serasa permitindo a essa ultima utilizar dados pessoais dos eleitores! https://www.google.com.br/amp/politica.estadao.com.br/noticias/geral,presidente-do-tse-anula-convenio-com-serasa-e-quer-rever-acordos-sobre-dados,1062407.amp Em novembro de 2014 ela recebeu de salários 420 mil reais líquidos! O que provocou diversas reações de indignação nas redes sociais.  http://m.congressoemfoco.uol.com.br/noticias/ministra-do-stj-recebeu-r-420-mil-liquidos-em-novembro/ 

  18. Ajudinha da Ministra
    Não foi apenas o vice-procurador-geral que ajudou Alckmin. A ministra Nancy Andrighi fez a sua parte enviando a denúncia para a justiça eleitoral, TSE. Do qual, por sinal, já foi corregedora geral em 2011.

    Ligações com o PSDB:
    Em 1999, foi escolhida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para ocupar o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça.

    E em 2016 o PSDB-Mulher a queria como
    Ministra do STF (vaga que ficou com o Alexandre de Moraes)
    http://www.psdb.org.br/mulher/uma-mulher-uma-decisao-e-um-exemplo-por-solange-jurema/

    “Nesse sentido e com este perfil, o PSDB-Mulher entende que o nome da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Fátina Nancy Andrighi preenche todos os requisitos morais e jurídicos. Ela construiu uma brilhante carreira profissional”

    Talvez ela consiga essa vaga algum dia, caso Alckmin seja eleito. Mas, para isso, ele precisa estar fora da cadeia!

    Polêmicas:
    Em 2011 ha um imbróglio dela com a Carmem Lucía (sim, ela mesma!), na época presidente do TSE, sobre quem tinha autorizado o contrato com Serasa permitindo a essa ultima utilizar dados pessoais dos eleitores!

    https://www.google.com.br/amp/politica.estadao.com.br/noticias/geral,presidente-do-tse-anula-convenio-com-serasa-e-quer-rever-acordos-sobre-dados,1062407.amp

    Em novembro de 2014 ela recebeu de salários 420 mil reais líquidos! O que provocou diversas reações de indignação nas redes sociais.

    http://m.congressoemfoco.uol.com.br/noticias/ministra-do-stj-recebeu-r-420-mil-liquidos-em-novembro/

  19. Mensalão Tucano ainda não

    Mensalão Tucano ainda não teve seu desfecho, pois por pudores, a justiça viu que ficaria difícil tipificar de forma diferente dois fatos iguais.

    Um como mensalão do PT e o outro como caixa dois do PSDB!

    Nunca houve o mensalão, o que houve e foi falado na época, é que era caixa dois, mas na época as contas de campanha de PT e PSDB eram semelhantes tanto em gastos declarados ao TRE, quanto ao nível destes gastos, para cada ação do PT havia uma outra do PSDB – tanto em showmícios, propaganda, panfletos e programas de TV realizados!

    Se acusassem o PT de caixa dois seria impossível não acusar o PSDB de caixa dois!

    O Jefferson deu a senha – Mensalão!

    E até hoje não encontraram uma correspondência entre desembolso e projetos aprovados!

    Como hoje verdade e mentira, são apenas jogo de palavras, basta dizer qualquer coisa e passar para a próxima…

    Esse tipo de atitude me faz ficar muito mais curioso para conhecer quem são as tais “Pessoas de bem” deste país!

    Quem são as “pessoas de bem” que podem apontar o dedo e dizer o que é certo e o que é errado num pais onde a única coisa que cresce realmente, não é a economia, mas a miséria?

    Decantada por jornais, grande mídia e generais e que ficaram ofendidas por uma possível liberdade do LULA!

    Gostaria de saber o que as tais “pessoas de bem” pensam em fazer contra o aumento da pobreza, da fome, do frio que aproxima num cenário que agora é de corrupção a céu aberto?

    Por que eles tem um dedo de pontar muito poderoso, então alem de achar coisas, que tal resolver coisas?

    Não é só achar, é o que vão fazer na prática, pois tem muita influência junto as forças armadas, ao congresso, aos tribunais – como vão resolver isso?

    Por que muita gente vai passar fome e frio, enquanto grande parte dos impostos estão caindo quentinho e em dia no cofrinho dos juros…

  20. Eis a questão

    Resumo da ópera: Com justiça para todos , cessariam os protestos contra as conspirações e contra as condenações injustas. Mas, o que seria justiça para todos? Todo mundo inocentado , livre e solto?

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