Entenda a ligação entre o partido político de Pablo Marçal e o crime organizado 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

Ex-presidente estadual do PRTB e outro aliado são suspeitos de vender carros de luxo em troca de cocaína para o PCC

Pablo Marçal e Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB em São Paulo. | Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Polícia Civil paulista indiciou duas figuras centrais do PRTB, partido do candidato à prefeitura de São Paulo e influenciador Pablo Marçal, por suspeitas de ligação com o crime organizado. 

Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB em São Paulo, e Júlio César Pereira, também conhecido como “Gordão”, sócio de Escobar, são suspeitos de vender carros de luxo em troca de cocaína para o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo informação do jornal Estado de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira, 21 de junho.

Ambos os suspeitos foram apontados como homens de confiança do presidente nacional do PRTB e principal articulador da candidatura de Marçal, Leonardo Avalanche. 

Apesar de não terem sido vistos em atos de campanha do candidato à prefeitura, a dupla já participou de eventos do partido. Escobar, inclusive, compareceu a cerimônia de filiação de Marçal ao partido.

Ao Estadão, Escobar e “Gordão” negaram qualquer ligação com o PCC.

O que diz a polícia 

A dupla ligada ao PRTB, indiciada em 2023 em caso que continua sendo investigado, foi associada a Francisco Chagas de Sousa, conhecido como “Coringa”, preso em agosto de 2020. 

À época, a polícia apreendeu com “Coringa “ uma arma, drogas, celular e um pen drive com “material relacionado ao controle de integrantes do PCC“.

No celular, foram encontradas conversas de Coringa relacionadas aos “supostos investidores no tráfico de drogas“, que seriam “Gordão” e Escobar. 

Segundo a apuração, a dupla forneceria carros a Coringa, que os enviava para o Paraná para serem trocados por drogas. O lucro do esquema era dividido entre eles, sendo que alguns dos veículos também eram usados para o transporte dos entorpecentes.

A investigação aponta que a droga não passava pelas mãos de “Gordão” e Escobar, mas ambos tinham conhecimento de que os valores eram para aquisição de entorpecentes. A compra gerava “lucro exorbitante, ou seja, que jamais aufeririam se houvesse uma mera comercialização de carros“, diz a polícia no inquérito. 

O Ministério Público chegou a classificar “Gordão” como responsável pelo tráfico de drogas e por resolver “problemas administrativos do PCC“. A investigação apontou que ele é integrante da organização criminosa e pagava mensalidades de R$450 à facção. 

Já no caso de Escobar, além do suposto envolvimento com o PCC, ele foi condenado por estelionato em primeira instância na cidade de Poá, e responde pelo mesmo crime na cidade de Barueri, ambas na região metropolitana de São Paulo. 

O ex-dirigente do PRTB também é suspeito de envolvimento em uma casa de prostituição na capital paulista, que era usada para vender drogas e lavar dinheiro. O estabelecimento, no entanto, não está mais em funcionamento.

Nos termos da Lei nº 4.737 – Código Eleitoral, o Jornal GGN resguarda espaço para proporcionalidade e direito de resposta a candidatos e/ou partidos políticos que se sentirem ofendidos ou que queiram se manifestar. Entre em contato com [email protected] e responderemos ao seu pedido.

Leia também:

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador