Favreto, em entrevista ao GGN, em 2017: em defesa do estado de direito

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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https://www.youtube.com/watch?v=gkSZw_omw5Y height:394

Jornal GGN – Em 9 de junho de 2017, o desembargador Rogério Favreto concedeu entrevista a Luis Nassif. Na época, Favreto já se apresentava como voz dissonante ao estado de exceção implementado pelo TRF4, e era o ouvidor do Tribunal. Ele foi contra, por exemplo, a decisão do TRF4 de dar carta branca ao caminhar dos processos da Lava Jato, como se não fosse um processo comum.

Ele, à época, falou sobre o fato preocupante no direito que era abrir exceções e que ‘nada deve justificar a abertura de ações que sustentem um Estado de Exceção’.

Favreto, na entrevista, fala sobre a desordem institucional, sobre enfrentamento da corrupção sem exceções ao direito, delação premiada, inquéritos montados sobre indícios, a relação do judiciário com a mídia, a inação dos órgãos de regulação do judiciário contra os excessos cometidos em nome da Lava Jato, sobre um possível retorno ao estado democrático de direito e à Constituição original e da cooperação internacional.

Vale a pena rever e conhecer o desembargador que ousou contrariar a Lava Jato e que está sendo  massacrado pela grande mídia e redes sociais.

da TV GGN

Vale a pena enfrentar a corrupção na política a qualquer custo, abrindo exceções que podem ferir o Direito Penal e Constitucional? Para a maioria dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segundo uma decisão tomada em setembro do ano passado, quando 13 dos 14 magistrados que integram a corte afirmaram que os processos da “lava jato” não precisavam cumprir as regras do processo comum. O único magistrado contrário foi o desembargador Rogério Favreto que também é ouvidor do mesmo tribunal.

Em entrevista por Skype para o jornalista Luis Nassif, Favreto ponderou que abrir exceções no direito é “muito preocupante” e que nada deve justificar a abertura de ações que sustentem um Estado de Exceção.

00:13 – Sobre a desordem institucional envolvendo Justiça, Ministério Público, Supremo e imprensa

01:41 – Vale enfrentar a corrupção a qualquer custo, abrindo exceções no direito?

03:19 – Delação Premiada

05:29 – A abertura de inquéritos a partir de indícios e não de provas

07:18 – A relação entre mídia e Ministério Público. Quem induz a quem?

09:20 – Por que os órgãos de regulação do Judiciário não agem contra os excessos do Ministério Público e da magistratura?

11:31 – Passada à Lava Jato os poderes democráticos voltarão a atuar no limite determinado pela Constituição?

14:58 – Existe uma autocrítica do Judiciário sobre as consequências negativas da Lava Jato, quando resultou no atropelamento das normas Constitucionais?

18:28 – A questão da cooperação internacional para a investigação de crimes

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. Órgões???? Que horror!

    Atenção, equipe do GGN.

    Revisem o texto, pois vejam a barbeiragem que publicaram, para apresentara entrevista, matéria já publicada há muito tempo aqui.

    “…a inação dos órgões de regulação do judiciário contra os excessos cometidos em nome da Lava Jato, sobre um possível retorno ao estado democrático de direito e à Constituição original e da cooperação internacional.”

    1. Obrigada!

      Obrigada, João de Paiva, você é sempre muito gentil ao apontar nossos erros. Foi a pressa, infelizmente. Prometo ficar mais atenta.

  2. A coragem desse Desembargador

    A coragem desse Desembargador deve estimular a todos e tidas que no judiciário não compactuam com o Estado de Exceção vigente hoje no Brasil.

  3. Pé De Pato Mangalô Tres Veis

    Nassif: esse Desembargador é suicida. Tão dizendo que até a servente de café do seu gabinete tá sendo investigada pela polícia do Principe de Paris, com ajuda daquele general golpista.

    Inclusive, os vizinhos dele foram avisados (anomimamente) que se ouvirem uns pipouco no pedaço que não confundam com tiros. São uns rojões que sobraram da Copa.

    Não é pra assusta-lo, mas até a apolice de vida dele foi cancelada. Nem os institutos de resseguro de Londres aceitam dar cobertura.

    Eu, no lugar dele, mandava a mulher e as crianças para a casa da sogra. Fazia as malas e escapulia. Que a maré num tá pra peixe.

    Como dizia Noriel, “A mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode tajudar”.

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