João Santana e Mônica Moura fazem acordo de delação premiada

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – O início do julgamento da cassação de Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral, nesta terça (4), revelou que o casal João Santana e Mônica Moura, marqueteiros das últimas campanhas presidenciais do PT, fecharam um acordo de delação premiada com a Lava Jato, que já se encontra no Supremo Tribunal Federal.

Durante a sessão no TSE, o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino pediu a realização de três novas audiências para ouvir João Santana, Mônica e André Luís Reis Santana, que foi apontado como auxiliar direto do casal.

Caberá ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF, homologar a delação. Se isso ocorrer, o Ministério Público Federal poderá usar os depoimentos para fundamentar pedidos de abertura de inquéritos.

Além das audiências com Santana e sócios, Dino conseguiu convencer o TSE a ouvir o ex-ministro Guido Mantega. Ele aparece em delações da Odebrecht como o “intermediário” da empresa com o governo. Marcelo Odebrecht afirmou que fez doações ao PT, via caixa 2, a pedido de Mantega. Seu depoimento já havia sido solicitado pela defesa de Dilma, mas foi negado na ocasião. Dino concordou e acrescentou os outros três.

“João Santana e Mônica Moura foram presos em fevereiro de 2016 durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, por ordem do juiz Sérgio Moro. Em julho, eles admitiram ter recebido recursos do PT no exterior. Em agosto, foram soltos após pagar fiança de mais de R$ 30 milhões”, lembrou o jornal O Globo.

Em entrevista publicada pela Folha nesta terça, Dilma Rousseff defende que o Tribunal Superior Eleitoral não leve delações sem provas para cassar a chapa eleita em 2014, como pede ação proposta pelo PSDB.

As delações ainda não foram investigadas a fundo nem usadas para condenar os envolvidos na esfera criminal. A defesa de Michel Temer também observa que as delações surgiram depois que a Justiça Eleitoral já havia definido o escopo da investigação sobre a chapa.

Assine

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. ÷
    E os marqueteiros do PSDB
    ÷
    E os marqueteiros do PSDB vao ser presos qdo pra que seja absolvidos quando delatarem o Aecio e o Serra

  2. Se havia uma chance para Lula
    Elas acabaram.hoje. com essa delação é impossível uma candidatura do Lula acontecer ou mesmo que ocorra de vingar. Agora vão implodir o PT em definitivo.

    1. Delação premiada não é prova

      O art. 4º, § 16, da Lei nº 12.850/2013 dispõe que nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador.

      Em outras palavras, Gueras, delação premiada não é prova.

    2. Típico throll que posa de

      Típico throll que posa de isento e neutro, com postagens sugerindo ser inevitável a vitória de Dória e a inviabilidade da vitória de Lula, por n motivos.

      Você pensa que engana, mas não engana ninguém com essa postura.

  3. No final das contas, haverá mais delatores que delatados

    No final das contas, o número de delatores premiados será maior do que o número de delatados castigados.

    A delação premiada tornam supérfluos os órgãos de investigação.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador