Na domiciliar de Adriana Ancelmo, juiz diz que mãe precisa cuidar dos filhos

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo
Foto: Bruno Itan – Governo do Rio de Janeiro
 
Jornal GGN – Após conceder a prisão domiciliar à ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, o juiz federal Marcelo Bretas afirmou que espera que a medida sirva de “exemplo” a outros casos, para que mães possam cuidar dos filhos. 
 
Presa preventivamente desde dezembro do último ano em Bangu 8, a esposa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) é investigada no esquema de propinas do governo do Rio, em desdobramentos da Operação Calicute.
 
No despacho em que autorizou a domiciliar a Adriana, reiterando os argumentos de outra decisão do dia 17 de março, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio disse: “Espero que a decisão possa servir de exemplo a ser aplicado a muitas outras acusadas grávidas ou mãe de crianças que delas dependem e que respondem, encarceradas, a ações penais em todo território nacional”.
 
Á ex-primeira-dama, que agora cuidará de seus filhos de 11 e 14 anos, deverá ficar afastada da direção das empresas envolvidas nas investigações da Calicute, não ter acesso a telefones e internet, e receber visitas apenas de parentes até terceiro grau e advogados.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Estão dando essa abertura

    Estão dando essa abertura para que a grande quantidade de mulheres demotucanas que serão presas daqui prá frente tenham esse benefício, principalmente e Inclusive mulheres de juízes, policiais, promotores… que prevaricam em conluio, recebendo propina dos seus queridos propineiros corruptos e corruptores… e, as que não tem filhos, é bom correr prá ter, nem que seja produção independente.

  2. O movimento negro faz uma
    O movimento negro faz uma petição, solicitando que as presas negras que tenham filhos menores de 12 anos, é que seus maridos também estejam presos, conseguissem o mesmo benefício.

    É claro que foi negado, o mesmo benefício para negada.
    O juiz pensou.
    Que folga desses crioulos !!
    Ora vejam só !!

  3. A maternidade não deveria se

    A maternidade não deveria se prestar a ser

    “salvo conduto” a quem praticou crimes -agora se sabe – hediondos.

    Privação de salários, de alimentos, medicamentos, escolas, de

    saúde, etc.Tudo isso monta um quadro crudelissimo contra 

    população  do Rio de Janeiro até hoje refém da incúria, para

    dizer o mínmo – da administração  Sérgio Cabral. Uma tragédia.

    Jogou a sua vida e a de seus filhos despenhadeiro abaixo. Em

    troca de quê?

  4. Adriana e Sérgio, por lhes

    Adriana e Sérgio, por lhes faltarem  tantas coisas, colocaram sobre os frágeis ombros dos filhos pré-adolescentes

    a carga mais pesada. A vergonha e a desonra que arrastarão pelo resto de suas vidas

     

  5. Não sou defensora de Adriana

    Não sou defensora de Adriana Anselmo, e até entendo um absurdo a justiça dar essa liberdade condicional a ela, se tantas outras presas, ficam com bebês somente enquanto eles estão em fase de amamentação, quando as mães ficam de coração apertado, e espírito dilacerado no momento da entrega da criança de meses a um parente. Sempre que assisto a algum progrma mostrando essas cenas eu, que amo crianças, sinto-me muito mal, e tomo o lugar daquelas mães.

    Nada disso, contudo, me faz achar legal, bonito, ver a imprensa apresentando a esposa de Cabral chegando com a polícia em seu edifício, como se fosse carrasco da mulher. 

    O repórter, que fez a reportagem começou dizendo que Adriana voltava para o apartamento de mais de 400 metros quadrados, no bairro do Leblon no Rio, e citou o nome da rua, bem como que da janela dá pra se ver a praia. Depois, que uma vizinha confirmou que a população estava avisada para sempre que passar na frente do prédio que use a buzina. Então, diz a vizinha, moradora do edifício de frente ao da mujlher de Cabral: “Eu não me sinto chateada pelo barulho, mas por ela ser uma bandida, que deveria estar presa como tantas, etc.”.

    Eu sou do tipo que não tenho prazer algum em ver a desgraça de ninguém. Sei que é preciso haver justiça, prisão e tudo mais, só que não entendo a frieza de uma reportagem nesses termos, só pra humilhar a pessoa, a atirá-la ao povo, já tão dformado pelo ódio.

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