O dia em que Janot investigou o cachorro de Dilma

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – A presidente eleita Dilma Rousseff, deposta por meio de golpe parlamentar-jurídico, passa por novo linchamento. Desta vez a questão é a morte de seu cachorro Nego, um labrador. A presidente precisou publicar nota de esclarecimento em seu site depois que um deputado resolveu denunciá-la por crueldade com os animais.

A história seria engraçada se não fosse trágica. Dilma mandou sacrificar o animal, que sofria muito, por orientação do veterinário. Padecia de displasia coxo-femural, que impede o animal de andar e até de se levantar, e de mielopatia degenerativa. Essas doenças são incuráveis e provocam dores intensas nos bichinhos. A decisão, embora difícil, precisou ser tomada.

Como se a história até aqui não fosse trágica o suficiente, Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, aceitou a denúncia e mandou o caso para a Justiça Federal do Distrito Federal, que o enviou às autoridades policiais do Distrito Federal.

Por mais ridículo que possa parecer, o deputado em questão, Ricardo Izar, foi chamado a depor para confirmar a acusação. Ele disse à Gazeta do Povo que não acreditou que isso iria render, pois que as denúncias que ele faz de maus-tratos de animais nunca prosseguem. “Talvez por ser a Dilma, essa foi”, disse ele ao jornal.

Leia a nota publicada por Dilma em seu portal.

Assine

Ainda sobre a morte do cachorro Nego

A propósito de notícias divulgadas pela imprensa sobre a abertura de investigação para apurar as circunstâncias da morte do cachorro Nego, o labrador de Dilma Rousseff, a assessoria de imprensa da presidenta eleita esclarece:

1. Nego nasceu em setembro de 2003 e morreu em setembro de 2016. Foi dado de presente por José Dirceu ainda em 2005 para Dilma Rousseff, quando ela assumiu a chefia da Casa Civil no governo Lula. Nego foi criado e amado pela presidenta e familiares durante os quase 12 anos em que conviveu com ela. Era um cão grande e forte, que gostava de nadar e correr. Era um dos prediletos de Dilma Rousseff.

2. A partir de 2015, Nego passou a apresentar displasia coxo-femural, doença típica dos labradores, além de mielopatia degenerativa. Ele tinha dificuldade de andar e, por conta da mielopatia, ficava agitado e buscava se movimentar de qualquer jeito. Por isso, sofria muito e deveria ser sacrificado, conforme orientação médica.

3. A presidenta relutou e adiou o quanto pode, com a esperança de uma recuperação da saúde do labrador. E isso, infelizmente, não veio a ocorrer. Nego foi sacrificado, para tristeza de Dilma Rousseff em setembro do ano passado. Era um cachorro excepcional, companheiro e inteligente.

4. Diante disso, é lamentável que, mais uma vez, queiram usar a relação de carinho e lealdade entre um cachorro e sua dona para reforçar a sórdida campanha acusatória que criou o ambiente para o Golpe de 2016, por meio do fraudulento impeachment sem crime de responsabilidade.

5. Essa campanha hedionda, baseada em falsidades, violência, intolerância e preconceito se perpetua mesmo agora, um ano após ter sido consumado o golpe parlamentar que retirou Dilma Rousseff do poder.

6. A perseguição chegou a ponto do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot determinar a abertura de um inquérito policial. Como se investigações mais graves não devessem ser apuradas, como a compra de votos para a aprovação do impeachment.

7. É lamentável que isso ocorra no país que virou sinônimo de Estado de Exceção. Aos olhos do mundo, vale tudo para achincalhar a imagem e a honra de Dilma Rousseff.

8. Tudo tem sido feito para satisfazer a sanha doentia de golpistas. Como mostra o deputado Ricardo Izar Júnior (PP-SP), que proferiu sórdidos ataques a Dilma, e se vangloria de ir depor contra a presidenta eleita do país numa história da qual não tem conhecimento nem sequer envolvimento direto. Apenas a busca pelos holofotes abjetos da mídia.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

DILMA ROUSSEFF

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

27 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Essa cachorrada…

    Não esquenta, Dilma.  Comece a criar mais dois cachorros, o Janot e o Izar, eles vão ajudá-la a esquecer os momentos tristes que passaste com o Nego quando adoeceu.

  2. O procurador de crimes de qualquer petista, por outro ângulo…

    O primeiro à direita, de costas para o Brasil e frente a frente com o delinquente Eduardo Cunha de Marinhos, até então, presidente de um covil de bandidos :

    Assunto ? Aumento salarial dos digníssimos @#*&@#$$ @%*&Resultado de imagem para eduardo cunha ministros do stf

  3. Só falta o cachorro ser

    Só falta o cachorro ser exumado.

    Que vergonha.

    Desse jeito, não resta outra alternativa senão torcer para os pestilentos da CPI  da JBS escalpelar esses arrivistas do MPF.

  4. “A perseguição chegou a ponto

    “A perseguição chegou a ponto do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot determinar a abertura de um inquérito policial.”

     

    Isso ainda é a conta do republicanismo tosco e idiota que dilma e os governos do PT tanto adoravam.

    Inocência sem limites dá nisso…

      1. Já dizia um grande filósofo

        Já dizia um grande filósofo colorido, “cachorro também é gente”. Não sou filósofo nem colorido mas tenho as minhas frases, “gente também é cachorro”.

  5. Admirável cachorro novo

    Nunca, em meus piores pesadelos, poderia imaginar que a obsessão da “justiça” desceria tão baixo. Parece história de realismo fantástico. Espero que ao menos não demore cem anos essa solidão em que nos encontramos.

    Macondo, aqui estamos nós!

  6. LAMENTÁVEL

    Somos forçados a admitir que com relação a algumas situações o Ministro Gilmar Mendes tem toda razão quando emite algumas opiniões, mesmo que não concordemos de modo geral com o seu comportamento como servidor público. A atuação do ex-PGR Rodrigo Janot neste caso é uma prova irrefutável das avaliações que Gilmar Mendes lhe fez..

    “Gilmar Mendes diz que Janot é o procurador-geral ‘mais desqualificado da história'”

    https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/gilmar-mendes-diz-que-janot-e-o-procurador-geral-mais-desqualificado-da-historia-da-procuradoria.ghtml

  7. Eu nem gostava de cachorros.

    Eu nem gostava de cachorros. Aí minha filha trouxe um pra casa. Foi então que percebi que eles não mentem, não fingem, são autênticos e não assistem tv. Hoje respeito-os muito mais que humanos, argh, esses seres às vezes me fazem questionar como é que ainda existem pessoas que acreditam na existência de um deus bondoso que nos ama e só quer o nosso bem. 

  8. Chamar o brasil de Sucupira,

    Chamar o brasil de Sucupira, ou Asa Branca ou Saramandaia/Bole-Bole é elogio. A realidade superou com larga vantagem a ficção.

  9. .. não estão nem aí..

    .. essa notícia aparece no mesmo dia em que foi revelada uma super-operação da polícia civil (de Pernambuco, se não me engano) para desmantelar o tráfico de drogas no estado, e que culminou com a prisão EM FLAGRANTE de uma senhora de 78 anos com 8g de maconha, devidamente indiciada por tráfico de drogas.. tá bom prá vc?

    Os caras não estão nem aí.. estão fazendo qualquer coisa.. o povo é bunda-mole mesmo..

  10. Qdo. se acha que já viu toda

    Qdo. se acha que já viu toda a baixaria ….. Janot deveria ser submetido a perícia psiquiatrica pq não é possível que um procurador da república faça um papel tão rídiculo. Imaginem a gozação entre os funcionários e procuradores que tem alguma intimidade…. deve ser o alvo das piadas . Quero ver os memes.

  11. Conflito de interesses

    Cachorro investigando denúncia de crime contra cachorro, feita por cachorro? Eles que se cheirem.

     

    E o Aécio, mais feliz que pinto no lixo!…

     

    E o Cunha, o preso menos preso do Brasil!…

     

    E Geddel querendo o nome de quem o delatou!…

  12. E agora, Nassif!!??

    Embora seja um Jornalista, Analista Político e Econômico, Músico e Repórter de talento muito. muito, mas muito acima da média, Luís Nassif muitas vezes embarca em canoas furadas sem a mínima justificativa. Vou citar três casos recentes, que mostram ingenuidade ou aquela vaidade que traduz em necessidade de distinção, que ele chama de preservação do ‘efeito manada’. Hoje é mais do que claro que o bom Jornalismo, muitas vezes, precisa, dve ir contra a corrente; mas nem sempre ir contra a corrente significa fazer bom jornalismo, apurar a verdade, sobretudo a mais incoveniente às autoridades com poder persecutório e do monopólio da violência estatal. 

    1) Sem a mínima razão ou necessidade, Luís Nassif chamar de “falsa herdeira” aquela mulher que divulgou na sredes sociais e nos veículos de mídia que faria uma doação de R$ 500 mil ao Ex-Presidente Lula, quando torquemada das araucária bloqueou bens e valores do Ex-Presidente, inclusive rendas de aposentadoria, previdência privada e espólios da falecida esposa, que são, por LEI, impenhoráveis e inarrestáveis. Em passado recente os veículos da  ídia golpista anunciaram Roberta Luchsinger não semte como herdeira de banquiros suíços, mas como “banqueira”; a razão é que na época ela tinha relacionamento amoroso com o então dlegado da PF, Protógenes Queiroz, aquele que convocou a imprensa para registrar a prisão em flagrante do banqueiro Daniela Dantas e que foi candidato e se elegeu deputado federal pelo PC do B. Nassif acusou Roberta Luchsinger, mas não foi capaz de provar a acusação; ele cometeu, portanto, uma “barriga”; em vez de assumir que errou e dar a Roberta oportunidade de se explicar, preferiu bloqueá-la nas redes socias. Por falta de humildade cometeu outro erro.

    2) Sobre Rodrigo Janot e auxiliares, Nassif é um dos mais bem informados; foi ele o primeiro jornalista brasileiro a identificar a PGR e o então PGR como “alto comando local” do golpe de Estado ainda em curso. Apesar disso, de forma inexplicável (a não ser que por medo de perseguição e processos judiciais, como os que lhe movem figuras abjetas como Gilmar Mendes e eduardo Cunha), Luís Nassif concedeu a Rodrigo Janot e a Marcelo Miller, que até o início deste ano era chefe de gabinete da PGR, o benefício da dúvida, embora já houvesse fartos indícios, evidências e provas de que ambos cometeram ilegalidades e crimes, atuando dos três lados do balcão.

    3) Nassif insistiu e persistiu nos erros. Mais de uma vez ele aliviou para Rodrigo Janot e Marcelo Miller, negandotextualmente que fossem maus profissionais ou simples canalhas. Nassif fez isso mesmo depois de Eugênio Aragão ter publicado uma carta aberta a Janot, expondo-lhe as entranhas e revelando caráter vil, mesquinho e politiqueirodesse que ocupou o cargo de PGR entre 2013 e 2017. Esse episódio do cachorro Nego mostra que a canalhice de Janot, asssim como de todas as ORCRIMS hoje dominantes no sistema judiciário, não conhece limites.

    Quero ver se, apartir desse episódio vexatório, Luís Nassif dará a maõ a palmatória e passará a chamar Rodrigo Janot e quejandos pelo que de fato são.

     

     

  13. Não investigou cachorro. Investigou denuncia
    É incrível o que alguns blogs fazem para conseguir chamar a atenção dos internautas.
    Deturpação dos fatos nesse caso.
    A PGU investigou a denuncia de maus tratos e abandono de animal doméstico, o que está previsto na lei de crimes ambientais. CHEGARÁ O DIA QUE O HOMEM CONHECERÁ O ÍNTIMO DOS ANIMAIS, E NESSE DIA, UM CRIME CONTRA OS ANIMAIS SERÁ CONSIDERADO CRIME CONTRA A HUMANIDADE.

  14. Não investigou cachorro. Investigou denuncia
    É incrível o que alguns blogs fazem para conseguir chamar a atenção dos internautas.
    Deturpação dos fatos nesse caso.
    A PGU investigou a denuncia de maus tratos e abandono de animal doméstico, o que está previsto na lei de crimes ambientais. CHEGARÁ O DIA QUE O HOMEM CONHECERÁ O ÍNTIMO DOS ANIMAIS, E NESSE DIA, UM CRIME CONTRA OS ANIMAIS SERÁ CONSIDERADO CRIME CONTRA A HUMANIDADE.

    1. Vá te catar

      Coxinha de merda. Por que ele não investigou a compra de votos para o impeachment? Cretino.

      Quem aconselhou sacrificar o animal foi o VETERINÁRIO. Entendeu agora? Jegue.

  15. Depois da picada de obra

    Depois da picada de obra usada como “prova” de propriedade vem mais essa. Das duas uma: ou o Ministério Público atravessa uma crise de ociosidade aguda ou então está em campanha visando disputar o troféu “ridículos do ano”.

    Pensar que a estabilidade no emprego, os ganhos acima do teto constitucional, e outras mordomias mais, produz esse tipo de estravagância dá vontade de pegar em armar e “fazer a revolução”. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador