O justiceiro de toga, por Cynara Menezes

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

da Carta Capital
 
Cynara Menezes

O justiceiro de toga

Joaquim Barbosa novamente extrapola contra os “mensaleiros” e é criticado pelo mundo jurídico
 
 
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
STF

Nos bastidores do STF comenta-se: ele trocou o posto de ministro pelo de carcereiro

Houve certa vez um juiz na Grécia antiga que passou à história por seu poder e extremo rigor. Tanto fazia se o crime fosse furto ou assassinato, ambos eram punidos com a morte. Esse legislador se chamava Drácon (650-600 a.C.) e sobre ele diria um orador ateniense que escrevera leis com sangue, e não com tinta. Sua celebridade não é, portanto, exatamente digna de orgulho.

Nos últimos dias, o epíteto “draconiano” foi repetido muitas vezes em conversas no meio jurídico da capital para se referir ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Houve também quem o comparasse a Tomás de Torquemada, o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão, responsável por levar milhares à fogueira no século XV. Nada lisonjeiro para o ministro. A causa das comparações é o excesso de rigor com que Barbosa age em relação e tão somente em relação aos condenados do chamado “mensalão”, principalmente o ex-ministro José Dirceu.

Na sexta-feira 9, o presidente do Supremo negou novamente a Dirceu, preso em regime semiaberto na Penitenciária da Papuda, o direito de trabalhar fora durante o dia. Segundo Barbosa, seria preciso cumprir um sexto da pena para obter o direito. Com a ordem, desfez de forma monocrática um entendimento do Superior Tribunal de Justiça de 1999 que permite o trabalho de detentos no regime semiaberto até hoje. Ou seja: sua decisão não atinge apenas Dirceu, seu alvo preferencial, mas milhares de encarcerados nas mesmas condições em todo o País.

As críticas a Barbosa partiram de todas as direções: juristas de diferentes espectros ideológicos, além da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, condenaram a decisão. A mais contundente divergência em relação ao entendimento do presidente do Supremo partiu, porém, de seu antecessor no cargo, Carlos Ayres Britto. Em entrevista exclusiva a CartaCapital, Ayres Britto considerou que negar ao preso em semiaberto o direito de trabalhar fora não é praticar uma visão humanista do Direito e se assemelha a uma decisão “taliônica”: olho por olho, dente por dente. “Isso remonta aos tempos da barbárie.”

O ex-presidente do Supremo fez questão de destacar que falava “em tese” e que é “um grande admirador da independência” de Joaquim Barbosa em relação aos outros poderes da República. Também ressaltou que a posição defendida pelo sucessor no comando do STF não é isolada: outros juristas interpretam a lei da mesma maneira, exigindo cumprimento de um sexto da pena antes de liberar para o trabalho externo. Sua visão, porém, é distinta da defendida pelo ex-colega.

“Peço data venia ao ministro Joaquim, mas não concordo com seu entendimento. Meu modo de interpretar é mais humanista”, afirmou Ayres Britto. “O regime semiaberto não passa pela necessidade de cumprimento de um sexto da pena. Como requisito de progressão, para saltar de uma pena mais dura para uma mais branda, sim. A pena tem dois significados: o castigo, que é o caráter retributivo, o indivíduo paga pelo erro cometido, e o caráter ressocializador. É um signo de humanismo e de civilização de um povo incorporar à pena sua dimensão ressocializadora. E o trabalho é um mecanismo de ressocialização.”

Disse ainda Ayres Britto: “Entre o trabalho externo e o interno, é preferível o externo, porque o interno tem um caráter estigmatizante e o externo é extramuros. O apenado passa a ser visto pela sociedade como alguém em franco processo de recuperação e isso é bom para atenuar o estigma. O Direito humanista preza pela desestigmatização do apenado, porque isso é um preconceito. O preso é privado da liberdade, não da dignidade. Melhorar sua imagem faz parte do processo.”

O ex-presidente do STF, condutor do julgamento do “mensalão”, lembrou que a Lei de Execuções Penais fala do trabalho em colônia industrial ou agrícola, inexistente no Brasil. “O preso não pode pagar o pato por uma omissão do Estado. Foi por isso que se chegou ao entendimento permitindo o trabalho externo no semiaberto.” Para Britto o julgamento foi “legítimo” e é importante continuar a ser “exemplar” na execução.

“Não se pode ser exemplar no julgamento e errar na execução. O preso não pode ir para um regime mais severo do que o que foi condenado. Se foi para o semiaberto, tem que desfrutar do semiaberto”, defendeu. “Não se pode praticar nem o Direito Penal do compadrio nem o do inimigo, que estigmatiza o preso, o réu, e o vê como uma besta-fera, um cão dos infernos. É preciso muito equilíbrio nesta hora.”

Ex-presidente do STF entre 1995 e 1997, Sepúlveda Pertence concordou com Ayres Britto na manutenção do entendimento do STJ, ao contrário do que prega Barbosa. “Independentemente da discussão teórica sobre a Lei de Execução Penal, que é confusa, existe um entendimento do STJ e milhares de presos beneficiados por ela. Eu seguiria esse entendimento.”

Um aspecto ilustrativo da escolha de Barbosa para castigar os “mensaleiros” é que, no projeto de reforma da Lei de Execução Penal a ser votado neste ano pelo Congresso, os artigos sobre o trabalho do preso foram modificados e preveem o trabalho externo não só para condenados ao semiaberto como ao regime fechado, independentemente da fração de pena cometida. A diferença é que os presos em regime fechado estariam sujeitos à vigilância constante. O projeto deixa claro o caráter ressocializante do trabalho. “Não se trata de benefício penitenciário, mas de componente da própria execução penal tendente à reintegração social do apenado”, explica o texto.

O próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu parecer favorável ao trabalho externo de Dirceu. “No que concerne ao requerimento de trabalho externo ao sentenciado, não há nada a opor, porque, do que se tem conhecimento, os requisitos legais foram preenchidos”, afirmou ao arquivar o processo que investigou o suposto uso de celular por Dirceu na Papuda, uma “regalia” na prisão. Uma comissão de deputados que vistoriou a penitenciária tampouco constatou flagrantes diferenças de condições na cela do ex-ministro e dos demais detentos.

O fato de Joana Saragoça, filha de Dirceu, ter pegado carona com agentes penitenciários e furado a fila de visitas deu novo fôlego a Barbosa para recusar a autorização ao ex-ministro. “É lícito vislumbrar na oferta de trabalho em causa uma mera action de complaisance entre copains (ação entre amigos, em francês), absolutamente incompatível com a execução de uma sentença penal. É que, no Brasil, os escritórios de advocacia gozam, em princípio, da prerrogativa de inviolabilidade (estatuto da OAB), que não se harmoniza com o exercício, pelo Estado, da fiscalização do cumprimento da pena”, argumentou o presidente do Supremo.

Em resposta por escrito, o advogado José Gerardo Grossi, disposto a contratar Dirceu, chamou publicamente Barbosa de Torquemada. “A visão de Justiça Penal, dele, é torquemadesca, ultramontana. Houvesse de escolher entre Tomás de Torquemada e o bom Juiz Magnaud (magistrado francês célebre por suas decisões consideradas humanitárias), certamente ficava com este.”

O advogado Luis Alexandre Rassi, empregador de outro condenado, João Paulo Cunha, negou a inexistência de fiscalização do “Confere” (como é chamado pelos presos o órgão avaliador do trabalho externo). “Eles já estiveram aqui ao menos sete vezes”, afirma Rassi. Ele prevê a interrupção do benefício a Cunha. Por causa da decisão sobre Dirceu, foi revogado o direito a trabalho de Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Rogério Tolentino. Não se sabe se Barbosa fará o mesmo com os cerca de 20 mil presos em regime semiaberto liberados a trabalhar fora da prisão.

A defesa de Dirceu anunciou a decisão de recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A ordem de Barbosa pode ainda ser derrubada no plenário do STF, mas, incrivelmente, depende do presidente da Corte colocar o assunto em pauta: a agenda é prerrogativa do comando do tribunal, que há meses não vota nenhum tema importante. Nos bastidores do STF, comenta-se que Barbosa trocou o ofício de ministro da mais alta Corte pela função bem menos nobre de carcereiro de Dirceu. Por que seus pares se calam?

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

32 Comentários

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  1. Exemplo lamentável

    Nassif,

    O capitão do mato, ao cometer esta sequência de barbaridades não somente contra os da  AP470 mas também os que vão de encontro aos mais elementares princípios de civilidade,o caso de um presidente do STF tentar grampear o Palácio do Planalto (e aí, que fim levaram as investiações, cadê as duas marionetesm aquela fulana pau mandado e o juiz filho do papai, ministro da Justicia ?) , oferece contrapontos que são característicos de elementos que se julgam acima do bem e do mal,  espeta quase R$ 40 mil no STF, relativos a  despesas em viagem durante as férias (??? ), compra um imóvel no exterior de forma nitidamente irregular, encaixa o filho na empresa dos Marinho, expediente também usado por Rosa Weber, noves fora aquela sempre conveniente dor nas costas que vai e volta, que vai na hora de viajar  para a Alemanha e que volta quando retorna àquele seu trono.

    Não lembro de pessoa tão desastrada, tão errática, tão carregada de ódio como o carrasco de JDircru e outros, capaz de desagradar a todos os profissionais do Direito, um justceiro que parece estar inspirando muitos justiceiros por aí.

    1. Todos querem é distância desse arremedo de ditador sem escrúpulo

      Até o também golpista vendido Ayres Britto? Veja só aonde chegamos, todos querem é distância do minsitro-carcereiro, faço minhas as palavras do Miguel do Rosário sobre esse artigo de Cynara: Talvez seja porque Ayres Britto pode ser golpista e vendido à Globo, mas não quer se associar à sociopatia carcereira de Joaquim Barbosa. Golpista sim, desumano não.

      Estupra, mas não mata!

      Vamos ao belíssimo artigo de Cynara Menezes, nossa segunda blogueira preferida de São Paulo (a primeira é a Conceição Lemes, do Viomundo)

      1. Nem mesmo isto

        Ana Paula,

        O ex-STF Ayres Britto virou presidente do Instituto Innovare, dos Marinho, depois que pendurou as chuteiras, ao menos isto, enquanto o carrasco, nem mesmo isto.  

        Gozado é que a cambada vive dizendo que o filho de Lula é dono da Friboi, de prédio de Universiadade no interior de SP, de fazenda de gado cujo dono ficou safado por conta daquela propaganda negativa, deve ser dono até mesmo da NASA, e sobre os filhos dos dois do STF empregados na Grobo, nada.

        Foi a mesma coisa no caso do filho de FHC com a jornalista da Grobo, quase ninguém sabia da história.

        1. “no caso do filho de FHC com

          “no caso do filho de FHC com a jornalista da Grobo,…”

          sr. Alfredo,

          ele só aceitou dividir a herança dos filhos da dona Ruth.

          o filho não é do éfeagacê.

          ele privatizou a paternidade para a………….globo!

  2. Chega de blá blá blá

    O grave, o espantoso é que em plena democracia, em pleno estado de direito todos são  unânimes no diagnóstico, mas o remédio…

    As sociedades civilizadas entenderam de fazer pactos para a melhor convivência.

    A lei, a jurisprudências, os tratados etc. são contratos pactuados pela sociedade que, presume-se, devam ser acatados por todos.

    Estamos assistindo um festival de declarações sobre os arbítrios de Joaquim Barbosa. Todos já sabemos que há algo de muito errado com esse senhor, mas fica nisso. Apenas na crítica.

    Sabe-se que há jurisprudência (dado que a lei não pode ser cumprida fielmente por falta de requisitos que ele apropria exige) que vem sendo descumprida por Joaquim Barbosa porque, dizem, ele é o todo soberano.

    Pergunta-se: Nossa democracia, nossas instituições não dispõem de mecanismos para superar tais situações? Vamos fica repetindo diagnósticos pra lá de evidentes. Vamos ficar na dependência da doença que acomete Joaquim Barbosa?

    O pior é que nos disseram (as leis) que os tribunais seriam instituídos para, pelo colegiado, se chegar à melhor decisão. Qual colegiado? Viraram regra as decisões monocráticas. As colegiadas dependem também do humor do presidente do Tribunal. A pauta está sob sua batuta.

    Não precisamos mais ouvir especialistas, precisamos que as instituições funcionem.

    Mesmo que para isso seja necessário convocar uma junta médica para diagnosticar a doença que acomete Joaquim Barbosa.

    É preciso agir. 

    1. Impunidade

      Luciano,

      Mais de um do STF já disse que o feitor pode fazer o que quiser, quem sabe até mesmo matar.

      JBatman apareceu rápido e rasteiro prá conseguir o espetacular aumento para os seus, ou seja, nenhum deles falará mal do capitão do mato, que “limpou um pouco a sua barra” com a nossa grana, uma excrescência.

  3. Perdao, mas os assuntos

    Perdao, mas os assuntos “aecio, marina, supremo, joaquim barbosa, e colunistas brasileiros” estao abaixo da minha capacidade chilical.

    Nao eh pra mim.  Va aa merda com suas merdas, brasileirada.

  4. Barbosa quer solapar as conquistas do povo brasileiro

    Não passarão, pois apesar das sessões de tortura contra nossas lideranças julgadas num tribunal de exceção, que continua na execução das penas, não deixaremos nos abater como querem, nos aguardem, vc não passarão Barbosão e cia

  5. “Houve também quem o

    “Houve também quem o comparasse a Tomás de Torquemada, o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão, responsável por levar milhares à fogueira no século XV. Nada lisonjeiro para o ministro. A causa das comparações é o excesso de rigor com que Barbosa age em relação e tão somente em relação aos condenados do chamado “mensalão”, principalmente o ex-ministro José Dirceu”:

    Ele eh um de ONZE ministros.  Aonde esta o resto da quadrilha de juizes supremos nesse meio tempo?

  6. O 1% com sua velha tática

    De usar a justiça prá prender e arrebentar PPPP preto pobre puta e petista. Já o Azeredo, pai de todos os mensalões, que ao contrário dos petistas, usou recursos publicos no esquema, tá é na coordenação de campanha do Arrocho Neves, eles podem né

    1. É pq o Azeredo não desperta

      É pq o Azeredo não desperta os instintos mais primitivos de ninguém na Corte; já, Zé Dirceu… putz… Se proibirem visita íntima, aí a casa caiu… a militância pode ir pra casa pq não há mais nada a fazer; quem vai ter que negociar é o JD, mesmo. Que destino… o cara viver 68 anos para encerrar a carreira com um estrupício desses agarrado no anjo da guarda! Ninguém merece…

      1. É esta a frase mesmo

        É esta a frase mesmo Cristiana. É exatamente o que sinto ao ver/ouvir o Pueta. Penso que deve ser  por  querer se passar por “Poeta”, quando não passa de PUETA, daqueles que fazem versinhos nas paredes dos banheiros públicos.  Nassif, perdão, mas não deu para aguentar, ou começarei a cantar óperas, para disfarçar. kkkkkk

        1. Deixa, lenita; assim que as

          Deixa, lenita; assim que as coisas acalmarem a gente tb vai fazer uns versinhos pra ele, tipo.. Ayres Britto é um cara legal/Ayres Britto é um cara batuta… ( sabe né? )

  7. O resto não fala nada pq tá

    O resto não fala nada pq tá todo mundo na jogada, desde o início. Acharam que com o STF segurando Dirceu e lideranças pesadas do PT, o caminho para o golpe estaria livre. Não podem falar nada, pq não há o que falar. Tem mais é que ficar tentando justificar essa aberração a cada entrevista. O STF foi “contratado” para tirar os petistas influentes  de circulação, só isso. Essa era a parte deles. Não funcionou pq o pessoal bom de fundamentação, só chegou depois e a turma do menor esforço entregou o ouro, logo nas primeiras sessões. Convencer a sociedade de que ” aquilo” era um julgamento, era parte da mídia. Fosse um julgamento normal, nenhum ministro precisava palancar ao proferir os votos. Todos eles fizeram discursos político que, coincidentemente, foram os discursos das ruas. Combinaram tudo entre eles mas esqueceram de avisar aos eleitores bem como, militantes e simpatizantes. 

  8. Barbosa é uma pessoa rude ou, como dizem, de má indole

    Ele nem deve saber quem é Manoel de Barros, mandem isso aqui prá ele, quem sabe assim brota nele um mínimo de sensibilidade, o que duvidododo

    Dou respeito às coisas desimportantes
    e aos seres desimportantes.
    Prezo insetos mais que aviões.
    Prezo a velocidade
    das tartarugas mais que a dos mísseis.
    Tenho em mim esse atraso de nascença.
    Eu fui aparelhado
    para gostar de passarinhos.
    Tenho abundância de ser feliz por isso.
    Meu quintal é maior do que o mundo.

     

  9. Eu tenho vergonha de quem

    Eu tenho vergonha de quem sente vergonha do próprio país onde vive.
    Eu tenho vergonha de quem no exterior fala mal do país onde vive como se não fizesse parte dele.
    Eu tenho vergonha e desprezo absoluto por quem confunde fazer oposição ao governo com fazer oposição ao próprio país. Fazer oposição ao governo é do jogo democrático. Fazer oposição ao país como se não fizesse parte dele é descaramento e cinismo.
    Eu tenho vergonha do complexo de inferioridade de grande parte da “elite” econômica nacional que é antinacional, antipovo e escravocrata.
    Eu tenho vergonha de grande parte da imprensa nacional que vilipendia a nobre função do jornalismo numa democracia, atuando como um partido político de oposição, sem ter registro legal para isso.
    Eu tenho vergonha de quem instila na juventude a ojeriza à política, ao Estado e às instituições políticas, pois compromete o futuro do país que precisará de novos líderes, sonhos e utopias.

  10. Só faz isso porque é contra

    Só faz isso porque é contra petista já condenado. Se fosse contra tucana de alta plumagem, já teria caído ha muito tempo.

  11. Esse cara é sádico

    Nunca é tarde para descobrirmos as nossas vocações. O problema não é o fato de barbosa ter descoberto a sua vocação de carcereiro tão tarde, ou melhor, depois da condenação de Zé Dirceu. O problema é que barbosa, além de carcereiro, é um psicopata sádico. E esse cara, meu Deus!, é presidente da suprema  corte de um país com 200 milhões de habitantes. E brinca da maneira que quer com os seus condenados. Ele é mais perigoso do que uma mistura de estuprador com serial killer, de Norman Bates (do filme Psicose) com Jack (the rippper), de Idi Amin Dada com José Serra.

    E ninguém, absolutamente ninguém, tem coragem de peitar essa figura escabrosa, esse monstro criado pela mídia com o objetivo de maltratar seus desafetos. E ele vai continuar fazendo o que quer e quando quiser. Qualquer dia ele institui a pena de morte no Brasil. Só espero que, de maneira semelhante ao que aconteceu ao prefeito Odorico Paraguaçu (da novela o Bem Amado), ele seja o primeiro a inaugurar a cadeira elétrica (o Odorico inaugurou o cemitério da cidade construído por ele)

    Nem Satanás desfruta de tanto poder. Nem no Inferno, nem na Terra.

  12. Barbosa ?
    Não perco mais o

    Barbosa ?

    Não perco mais o meu tempo comentando sobre este senhor.

    Infelizmente a sua passagem pelo STF, deixará uma marca negativa para nós negros.

    O próximo negro que ocupar o mesmo cargo, terá o duro trabalho de desfazer está imamgem.

    O que não será nada fácil, pois sempre haverá comparação.

    Infelizmente. 

    1. Não deixará qualquer mácula

      Não deixará qualquer mácula sobre a população negra, tampouco sobre outros negros postulantes a cargos de alta importância na República porque Barbosa se comporta como um capitão do mato, sem a generosidade característica dos negros, sem o orgulho de sua negritude e sem o sentimento de pertencimento à coletividade dos negros brasileiros. Seu cinismo, crueldade,  ódio, recalques, mas sobretudo ressalto, sua não generosidade, ocupando cargo de tamanha importância na República nada tem a ver com a população negra do Brasil. Ele simplesmente não nos representa.

    2. Amigo, Barbosa não é uma questão de cor

      Amigo, Barbosa não é uma questão de cor e sim de caráter, sabemos que jb usa a própria cor como guarda-chuva para praticar arbítrios, pensando assim que, por causa da sua cor, será visto como vítima de racismo praticado por petistas malvados, até nisso ele(jb) revela sua falta de um mínimo de pudor e senso de ética

      Edson Santos: “Crítica a Barbosa não é racial. É política”

      Brasil 247 – Deputado federal Edson Santos (PT/RJ), que foi ministro da Igualdade Racial, no governo Lula, vê no presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, uma antítese aos governos do PT no país; para ele, Barbosa age não como juiz, mas como um candidato que terá sua “dura e firme oposição”; o petista desconsidera qualquer tipo de “bullying racial” contra Barbosa, como foi dito pela jornalista Ana Alakija; “Ele vai contra tudo o que o Brasil avançou em luta racial”, diz ao 247 o deputado, que foi responsável pelo Estatuto da Igualdade Racial, combatido pela Globo, que apoia Barbosa incondicionalmente; “a mídia capturou Barbosa para o seu projeto”.

       

      3 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 14:02

       

      Valter Lima, do Brasil 247 – Ex-ministro da Igualdade Racial, o deputado federal Edson Santos (PT-RJ) não enxerga qualquer tipo de “bullying racial” nas críticas feitas contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, como afirmou a jornalista Ana Alakija, editora da Agência Afro-Latina e Euro-Americana de Informação. Ao 247, Edson Santos, disse que a questão contra Barbosa “não é racial, mas sim política”. “O que o senhor Joaquim Barbosa faz atualmente é um jogo político”, afirma.

       

      Para o petista, Barbosa é “peça no esquema dos tucanos, uma tentativa de volta do projeto neoliberal ao poder”. “Tanto que FHC já sinalizou que ele pode ser candidato ao Senado ou até a vice-presidente”, frisa.

       

      Edson Santos vê em Barbosa o maior contraponto ao PT. “Ele tem uma postura a qual me oponho, que é de não reconhecer os avanços que o Brasil teve nesse período dos governos do PT, que permitiram criar o ambiente atual de qualidade de vida e de ação afirmativa para a entrada de jovens negros e pobres nas universidades, por exemplo. Além das medidas de inserção dos negros em ambientes dominados por brancos. E ele fez parte disto, que foi a iniciativa do presidente Lula de colocar um homem negro no STF, para representar um novo momento do país”, afirma.

       

      Outra questão levantada pelo deputado é a forma como o presidente do STF conduziu o julgamento da Ação Penal 470 e as prisões dos condenados. “A postura de JB se coloca, claramente, em oposição ao projeto do PT. A forma como ele conduziu a AP 470 com o claro objetivo de condenar, introduzindo até novidades na Teoria do Direito, estabelecendo que são os réus que têm que provar sua inocência. E não a acusação, a culpa. Sinceramente, Joaquim Barbosa vai contra tudo aquilo que o Brasil avançou em termos sociais e em luta racial, nos últimos anos em que foi governado pelo PT e pelos partidos aliados”, afirma.

       

      Denominando Barbosa de “principal algoz da AP 470”, o petista cita a situação do ex-deputado Roberto Jefferson, também condenado na ação, mas ainda em liberdade, e recebendo tratamento diferenciado ao que foi dado ao também ex-deputado José Genoíno.

       

      “Veja a questão de Roberto Jefferson. Não é porque foi ele quem desencadeou este processo que vou desconsiderar que ele precisa de um tratamento diferenciado em relação ao seu estado de saúde, mas este direito também tem que ser garantido a José Genoíno, que tem uma cardiopatia grave. Mas Barbosa insistiu em mantê-lo preso. Não no regime semiaberto, mas no fechado, como fez com Dirceu ilegalmente”, ressalta.

       

      Ministro responsável pela criação do Estatuto da Igualdade Racial, Edson Santos lembra que a oposição foi contrária ao projeto, bem como a Globo. “Isto só revela as reais posições de cada um de nós. A mídia acabou capturando Joaquim Barbosa para o seu projeto. Como principal partido de oposição, a mídia vê que Barbosa serve ao seu projeto. E Barbosa assume esse ar de celebridade que nada tem a ver com a função de presidente do STF”, critica.

       

      Questionado sobre a possibilidade de Barbosa ser realmente candidato, o deputado acredita que isto é uma decisão pessoal do presidente do STF. “Acho que ele já se comporta como candidato. Já sinaliza que é uma opção política. Ele tem todo direito de fazê-lo, mas terá a minha mais dura e firme oposição”, reforça.

      http://www.depedsonsantos.com.br/critica-a-barbosa-nao-e-racial-e-politica

       

       

  13. Mais uma desse criminoso aparato midiático-penal

    Bateu o desespero, veja só a que ponto chegamos, a Globo escondeu a própria pesquisa que fez sobre intenção de votos!

    .

    Gilson Caroni Filho, no Facebook 

    Na edição de ontem, dia 22 de maio,o Jornal Nacional destacou os números sobre a aprovação da presidente Dilma na última pesquisa Ibope. Curiosamente, nada disse sobre a liderança da candidata do PT( 40% nas intenções de voto para as eleições deste ano) divulgada na mesmíssima pesquisa. Isso é jornalismo? Isso pode ser feito por uma emissora que opera sob regime de concessão pública?

    Na edição de ontem, dia 22 de maio,o Jornal Nacional destacou os números sobre a aprovação da presidente Dilma na última pesquisa Ibope. Curiosamente, nada disse sobre a liderança da candidata do PT( 40% nas intenções de voto para as eleições deste ano) divulgada na mesmíssima pesquisa. Isso é jornalismo? Isso pode ser feito por uma emissora que opera sob regime de concessão pública?

     

  14. Parada dura é ainda ter que

    Parada dura é ainda ter que ouvir o Ayres Britto falando alguma coisa… O sujeito em vez de aproveitar que se aposentou e sumir, fica voltando pra dar pinta no mensalão. Todo mundo querendo tirar a letra da lista e AB, se apresentando munido de RG e CPF… É tipo, não esqueçam que eu tb tava na patranha… Como assim, gente? O cara tá entendendo xongas do que tá acontecendo… implorando para ser lembrado. Tomara que JB edite uma Resolução chamando ele de volta e a Corte passe a ser presidida por um Ministro e 1/2.

     

    1. Cristiana, verdadeiramente me

      Cristiana, verdadeiramente me dá enjôos ver este homem palpitando, esquecendo o “brilhante” papel que desempenhou . O Pueta. Aff! Até me lembro da famosa frase do Jefferson s/ o José Dirceu .

      1. Acabei de lembrar dela num

        Acabei de lembrar dela num comentário que fiz logo abaixo, lenita. Isso tá muito estranho e para essas situações a militância não foi preparada; pelo menos, não me lembro de ter sido orientada nesse sentido. Enfim, valeu! Aprenderemos a lidar com mais uma saia justa; essa, na verdade, justérrima…

  15. Já imaginaram essa pessoa em

    Já imaginaram essa pessoa em época da ditadura ?  Quem sabe não é o espírito do Fleury que encarnou nele?

    1. Da ditadura militar – civil

      Da ditadura militar – civil militar – você quer dizer né Lenita? Pois nessa em que estamos vivendo sob o guarda chuva da ordem, temos um déspota desvirtuando desde a jurisprudência até a dosimetria, passando antes pela desnecessidade de provas para condenar. Sob o olhar, não saberia precisar se cúmplice ou omisso de seus pares e dos poderes.

  16. As três forças da fúria…

    As três forças da fúria… medo, vergonha e culpa… O coração quer o que o coração quer, e não se negará. Isso nos faz fazer coisas más. 

    É uma frase da ficção, mas é perfeita ao Sr. Barbosa que, além de vaidoso, carrega nas costas uma mágoa mortal, não é a toa que o mesmo tenha problemas na coluna. 

  17. Justiceiro é um elogio para

    Justiceiro é um elogio para um psicopata movido pelo ressentimento forjado por uma mente doentia. Essa característica já detectada quando pretendia ingressar na carreira diplomática, faz parte da sua natureza . Um homem mau e perigoso para democracia é também responsável  pelas badernas e linchamentos que como aflorar no país. Esse psicopata ao agir de forma criminosa contra os direitos assegurados na Constituição deu o ponta pé para  que  outros fizessem o mesmo. A baderna no judiciário repercutiu nas ruas com a mesma truculência e falta de responsabilidade com o país.

    1. O serviço foi maior que a encomenda

      Sim, o serviço foi maior que a encomenda, agora os mandantes do carcereiro querem que ele(Barbosa) pare pq já está pegando mal mas o títere não consegue conter seus instintos de má índole e perversidade, como disse o jurista Bandeira de Melo. Mais se parece um cãozinho que, após receber ordem de seu adestrador, finca os dentes no calcanha da vítima e não solta mais nem com ordem do dono.

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