
A coordenadora científica do MapBiomas e pesquisadora, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Julia Shimbo, apontou que o Brasil já perdeu 33% da sua cobertura vegetal, o que deixou o país mais exposto às mudanças climáticas e que pode gerar como consequência, inclusive, a insegurança alimentar, além de comprometer o acesso a energia e ao abastecimento de água.
Em artigo publicado no The Conversation Brasil, a pesquisadora observa que ainda que o país vislumbre o fim do desmatamento até o final da década, tal esforço não seria suficiente. É preciso acelerar o fim do desmatamento e recuperar boa parte do que foi destruído.
Uma das alternativas para lograr tais desafios é definir estratégias de planejamento contando, inclusive, com terras indígenas e unidades de conservação para mitigar as mudanças climáticas.
É preciso ainda recuperar as áreas degradadas, porém, tal esforço só será possível a partir da efetividade de um novo Código Florestal Brasileiro e da regularização dos Cadastros Ambientais Rurais, assim como criar florestas públicas.
Avanço
O MapBiomas constatou que, até 1985, o país acumulou a perda de 20% das áreas naturais. Porém, o desmatamento avança em ritmo tão rápido que, em menos de 40 anos, mais 13% de novas áreas de cobertura natural foram perdidas para a agropecuária.
Ainda assim, o país mantém 64,5% do território coberto por vegetação nativa. Mas não há o que comemorar, pois grande parte desta área está degradada e, segundo os cálculos do MapBiomas, entre 11% e 25% da vegetação segue suscetível à degradação.
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