A atuação da mídia tradicional, no ano que acaba, na visão de tantos personagens

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Assis Ribeiro

do Brasil 247

2013: ano da confrontação da mídia tradicional

Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, traz lista em que celebridades dizem o que pensam da imprensa; “Não sou a favor da regulação do conteúdo. Sou a favor da regulação do negócio”, disse a presidente Dilma; ‘Em 45 anos de atuação na área jurídica, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo buscando pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz’, disse o ministro Celso de Mello; “A Globo é a principal emissora do Brasil. As outras vivem”, afirmou Silvio Santos

247 – O ano de 2013 foi também marcado pelo debate sobre o comportamento da imprensa na cobertura de fatos marcantes, como o julgamento da AP 470 do Supremo Tribunal Federal. As mídias alternativas se tornaram um importante canal contra linhas tendenciosas de mídias tradicionais.

A prova desse contexto é uma lista publicada por Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que revela o que presidentes, magistrados e até um dono de grupo de comunicação pensam da imprensa.

Leia alguns destaques:

“Os canais públicos, em uma revolução como a que estamos vivendo na Venezuela, têm que formar o povo, educar o povo, prepará-lo para essa revolução. Têm que sair defendendo a verdade frente a uma ditadura midiática que promoveu um golpe de Estado”

NICOLÁS MADURO, presidente da República Bolivariana da Venezuela, ainda candidato, na primeira entrevista exclusiva a um meio de comunicação estrangeiro depois da morte de Hugo Chávez, em 7 de abril

“O que eu e Lula jamais aceitaremos é que se mexa na liberdade de expressão. Vou te dizer o seguinte: não sou a favor da regulação do conteúdo. Sou a favor da regulação do negócio”

DILMA ROUSSEFF, Presidente da República, em entrevista exclusiva, em 28 de julho

“Certa vez me perguntaram por que o STF só cuidava de réus ricos. Não. O tribunal cuida de réus ricos e de pobres. Mas a imprensa só se interessa pelos ricos”

GILMAR MENDES, ministro do STF, ao falar à coluna sobre o sistema carcerário, em 8 de dezembro

“Eu honestamente, em 45 anos de atuação na área jurídica, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação sociais buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz”

CELSO DE MELLO, ministro e decano do STF, na única entrevista exclusiva que deu sobre o caso do mensalão, em 26 de setembro

“A Globo é a principal emissora do Brasil. Ganha muito dinheiro. As outras vivem”

SILVIO SANTOS, apresentador e dono do SBT, em entrevista exclusiva, em 23 de junho

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. Velha mídia quer a

    Velha mídia quer a Presidência de presente de Natal

    Enquete feita entre colunistas do mais tradicional veículo da velha mídia mostra o que eles pretendem em 2014: mandar na política e ditar a opinião pública

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    Antonio Lassance Arquivo

     

    O jornalista Ancelmo Góis fez uma enquete junto a outros colunistas do jornal O Globo para saber o que eles esperam de 2014. Merval Pereira espera que as coisas continuem ruins no ano que vem, mas acha que vão piorar. Carlos Alberto Sardenberg, Míriam Leitão e Zuenir Ventura torcem por mais protestos – “protestos vigorosos”, quer Sardenberg. Ricardo Noblat pediu a Papai Noel que dê discernimento aos brasileiros para escolher o próximo presidente da República. Se é para dar, supõe-se que é porque ainda não temos.

    A enquete deixa claro o que o mais tradicional veículo da velha mídia está preparado para fazer em 2014. É o mesmo que fez em 2013: pegar carona na insatisfação popular para tentar influir decisivamente no mundo da política. Desgastar aqueles de quem não gosta para dar uma força àqueles que são seus prediletos.

    A mídia que foi escorraçada das ruas e teve que mascarar as logomarcas de seus microfones quer repetir o que sempre fez em eleições presidenciais: entrar em campo e desempenhar o papel de partido de oposição.

    As corporações midiáticas se organizam para, mais uma vez, interferir no resultado das eleições porque disso depende o seu negócio. De novo, entram em campo para medir forças. Já estão acostumadas a partir para o tudo ou nada. Vão testar, pela enésima vez, a quantas anda seu poder sobre a política. Disso fazem notícia e assim agem para deixar os políticos e os partidos de joelhos, estigmatizados, envergonhados e obsequiosos.

    Como nos ensinou Venício Lima, uma Presidência, um Congresso e partidos achincalhados são incapazes de propor uma regulação decente da mídia, nem mesmo para garantir a liberdade de expressão, a diversidade de fontes de informação, a pluralidade de opiniões e um mercado da comunicação não cartelizado.

    Em 2013, as corporações midiáticas, mais uma vez, anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar. E não é que o tal do mundo não se acabou? Quando os protestos de junho tomaram as ruas, o preço do tomate tinha ido às alturas. O PIB de 2012 se tornou conhecido e seu crescimento havia sido próximo de zero. Os reservatórios estavam bem abaixo do normal e “especialistas” recomendavam rezar para que não houvesse apagão. O caso Amarildo fez derreter a quase unanimidade que havia em defesa do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (as UPPs).

    Parecia que o país ia mal das pernas e que um modelo de governança estava esgotado e ruindo. Tudo levava a crer que a presidência Dilma havia entrado em um beco sem saída. Mas saiu. Ela recuperou sua popularidade, enquanto seus adversários potenciais caíram em preferência de voto e aumentaram sua rejeição.

    O ano terminou melhor do que começou, para o governo e para o País. A inflação vai fechar dentro da meta. Assim deve permanecer no ano que vem, por mais que alguns analistas queiram, usando razões que a própria razão desconhece, nos fazer crer que o limite da meta é algo fora da meta (quem sabe os dicionários, no ano que vem, tragam um novo sentido para a palavra “limite”). Não houve apagão e as térmicas foram desligadas mais cedo do que se imaginava.

    O crescimento do PIB, em 2014, deve ser maior do que o deste ano. Educação e saúde terão mais recursos e têm saído melhor na percepção aferida em pesquisas. O Brasil, no ano que vem, continuará com um dos maiores superávits primários do mundo, ainda mais com a entrada de novos recursos vindos da exploração do pré-sal e das concessões de infraestrutura.

    Mas os pepinos continuam sendo muitos. Alguns serão particularmente difíceis de se descascar no ano que vem. Um é a ameaça de as agências de avaliação de risco rebaixarem a nota do Brasil. Outro é o descrédito das políticas de segurança pública, em todos os estados, mas respingando no Governo Federal.

    O terceiro e, possivelmente, o mais explosivo, seria o mesmo de 2013: uma nova onda de aumento das tarifas de ônibus, o que tradicionalmente acontece no primeiro semestre de cada ano. A derrota do aumento do IPTU em São Paulo, na Justiça, tirou do mapa a única situação que se imaginava sob controle. O eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte é o que mais preocupa o Planalto. Se algo der errado, no ano que vem, terá como epicentro provável essas três capitais, podendo alastrar-se para as demais.

    Os protestos de 2013 foram uma tempestade perfeita. Várias questões mal resolvidas e acumuladas no estresse diário dos cidadãos se transformaram em revolta nas ruas, juntando alhos e bugalhos. Imprevisíveis, tempestades perfeitas, como foram as jornadas de junho, são também difíceis de se repetirem. Difíceis, mas não impossíveis.

    Basta um pequeno risco para se ter uma grande preocupação. Os três problemas mais sensíveis do momento (a percepção internacional sobre a economia do país, a segurança pública e as tarifas de ônibus) conformam a agenda prioritária do primeiro trimestre de 2014 a ser toureada diretamente pelo Palácio do Planalto. Os meses de janeiro a março de 2014 serão mais agitados do que o normal, pelo menos, na Esplanada dos Ministérios.

    O trimestre seguinte, de abril a junho, será o período mais crítico. Ali se concentram as datas-base da negociação trabalhista de várias categorias; a briga de foice de muitos interesses para entrarem na pauta do esforço concentrado do Congresso; o período final do acerto das candidaturas presidenciais e estaduais; finalmente, claro, a Copa do Mundo de Futebol.

    Que venha 2014. Que venha mais ousadia de todos os governos e partidos. Que venham mobilizações em favor dos mais pobres e com os mais pobres nas ruas, com suas organizações sociais, populares e seus partidos –  até para que os partidos possam abrir menos a boca e mais os ouvidos. Que os brasileiros mostrem que a voz das ruas não é aquela fabricada pelas manchetes das corporações midiáticas. Que a opinião pública mostre, ao vivo e em cores, que a sua verdadeira opinião é normalmente o avesso da opinião publicada. Que venham surpresas, pois são delas que surgem as mudanças.

    (*) Antonio Lassance é cientista político.

  2. AS FILHAS ZÉ DIRCEU E ZÉ JENOINO

    As filhas de Zé Dirceu e a filha de Jesuíno serao as DUAS deputadas federal mais bem votadas do Brasil. O PT dá o troco no STF e na GLOBO. DILMA GANHA NO PRIMEIRO TURNO COM MAIS DE 60% DOS VOTOS VÁLIDOS. VIVA JOSÉ JENUINO, VIVA JOSÉ DIRCEU, HERÓIS DA DEMOCRACIA, VITIMAS DA DITADURA MILITAR E DA DITADURA POLÍTICA DO PIG E DO STF! QUANTO MAIS O PIG BATER NO MENSALAO MAIOR SERÁ A REVOLTA DO POVO, MAIOR SERÁ A VOTACAO DAS MENINAS DE ZÉ DIRCEU E DE ZÉ JENUINO!

  3. Amnésia

    Já perceberam que os colonistas e calunistas da mídia corporativa se esqueceram completamente que nos protestos de Julho, a mídia era um dos principais alvos dos manifestantes?

    Teve manifestação (várias) em frente a Globo. Em frente a Abril. Jornalista apanhou ou foi expulso. Vários carros de emissoras incendiados, cobertura via helicópteros…..

    Todos com amnésia? Querendo reescrever a história?

     

  4. Tuto buona gente

    ELIO GASPARI

    Em 2014, ‘vem pra rua você também’

    Renan usou um jato da FAB para um implante de cabelos; o Brasil precisa de votos na mão e pés na rua

    A repórter Andréia Sadi revelou que o presidente do Senado, doutor Renan Calheiros, preocupado com sua cabeça, requisitou um jato da FAB para voar de Brasília a Recife, onde fez um implante de 10 mil fios de cabelo. Quem nestas festas viajou com seu dinheiro deve perceber que esse tipo de coisa só acabará pela associação dos direitos de voto e de manifestação em torno de políticas públicas. Só com o voto isso não muda. Pelo voto, Renan começou sua carreira política em 1978, elegendo-se deputado estadual pelo MDB de Alagoas.

    Renan Calheiros é um grão-mestre da costura política. Foi líder do governo de Fernando Collor de Mello e ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso. Desde 2003 é um pilar da coligação petista no Congresso. Pertence a uma categoria imune à vontade popular. Ela pode ir para onde quiser, mas ele continuará no poder, à sua maneira. Como ministro da Justiça do tucanato, tendo seu nome exposto na Pasta Rosa dos amigos do falecido banco Econômico, defendeu o uso do Exército para reprimir saques de famintos durante a seca de 1998. Politico da Zona da Mata alagoana, estava careca de saber que tropa não é remédio para esse tipo de situação. Nessa época, dois de seus irmãos foram acusados de terem mandado chicotear um lavrador acusado de roubar um aparelho de TV numa fazenda. Um desses irmãos elegeu-se deputado federal. Entre 1998 e 2006 teve uma variação patrimonial de 4.260%, amealhando R$ 4 milhões.

    Renan teve uma filha fora do matrimônio quando ganhava R$ 12.720. A mãe da criança era ajudada por uma empreiteira amiga que lhe dava uma mesada de R$ 16,5 mil. Por causa desse escândalo por pouco não foi cassado, mas renunciou à presidência do Senado. Reelegeu-se e voltou à cadeira que já foi de Rui Barbosa prometendo uma agenda ética, de “transparência absoluta”. Contudo, como diz o senador Edison Lobão Filho, filho e suplente do senador Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, “a ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata”. Nesse mundo de abstrações, Renan, vendo a despensa de sua casa concretamente desabastecida, mandou abrir um pregão de R$ 98 mil para a compra de salmão, queijos, filé-mignon, bacalhau e frutas. Apanhado, cancelou a compra.

    Renan não é um ponto fora da curva. Ele é a própria curva. Em 2005, como presidente da Casa, deu sete cargos de R$ 10 mil a cada colega. Seu mordomo ganha R$ 18 mil. Em julho, quando ainda havia povo na rua, usou um jatinho da FAB para ir a um casamento em Trancoso. Apanhado, devolveu o dinheiro. Passados cinco meses fez o voo do implante.

    Estabeleceu-se uma saudável relação de causa e efeito entre esse tipo de comensal da Viúva e a opinião pública. Eles não se corrigem, mas, uma vez denunciados, recuam. São muitos os maganos que não toleram saguão de aeroporto, despensa vazia e parente desempregado. Nessas práticas, é fácil colocá-los debaixo da luz do sol. Quando se trata de convênios, contratos de empreiteiras e grandes negócios, a conversa é outra.

    Em 2014 a turma que paga as contas irá as urnas. Elas poderão ser um bom corretivo, mas a experiência deste ano que está acabando mostra que surgiu outra forma de expressão, mais direta: “Vem pra rua você também”.

     

  5. Federação Árabe Palestina indignada com a Rede Globo

    Palestinos e judeus: já basta a intolerância lá, dispensa-se aqui, nas novelas da Globo

    25 de dezembro de 2013 | 19:24 Autor: Fernando Brito

    bassam

    Neste dia de Natal , onde um judeu nascido na Palestina chegou ao mundo para fundar a fé cristã, é uma pena que a comunidade árabe brasileira tenha de protestar contra uma cena de pura exploração do preconceito e da intolerância no meio da principal novela da Globo.

    Como não assisto novelas, fui saber do que se tratava:

    Um médico palestino que veio trabalhar no Brasil se enamora de uma colega judia, com quem trabalha.

    Vai à casa delas, conhecer sua família, e é destratado pelo avô da moça.

    (Aqui, um parêntesis: na juventude, vivi a mesma cena com uma namorada – e ainda uma querida amiga – judia e vivi exatamente o inverso, mesmo sendo um descendente  ”cristão novo” provavelmente árabe, pelo tom da pele “meio lá, meio cá. Nessa ocasião, seu avô foi gentilíssimo, conversamos muito sobre as culturas e tradições de seu povo, mostrou-me músicas folclóricas e foi, todo o tempo, amistoso e delicado, sem nenhum rechaço preconceituoso)

    Bem, à saída do jantar, o rapaz diz a mossa que têm de se separar, porque ele, palestino, tinha lutado na guerra de seu povo por ter de volta seu território, que tinha desejado ser um homem-bomba e ajudado a preparar atentados “no qual morreram crianças como seu irmãozinho”.

    Tirando o improvável e o mau-gosto da cena, pergunta-se se é legítimo apresentar tais situações como se as ações violentas feitas por alguns palestinos fossem gratuitas, e não motivadas pela violência de Estado contra eles feita por Israel, inclusive com bombardeios aéreos onde morrem muitas crianças palestinas ,”como o irmãozinho” para personagem judia.

    A Federação Árabe Palestina no Brasil emitiu, esta semana, uma carta de protesto, mais do que justificada, onde diz:

    EM VEZ DE PREGAR A PAZ ENTRE ISRAELENSES E PALESTINOS, ENTRE ÁRABES E JUDEUS NO BRASIL, A DIREÇÃO DA REDE GLOBO PREGA O CONFLITO, IMPORTA O CONFLITO DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL E ENGAJADA. ÁRABES E JUDEUS NO BRASIL NUNCA TIVERAM NENHUM TIPO DE PROBLEMA DE CONVIVÊNCIA E DIÁLOGO AQUI NO BRASIL. A DIREÇÃO DA GLOBO NÃO QUER QUE CONTINUE ASSIM? A QUEM ESTÁ PRESTANDO ESSE SERVIÇO DE GERAR ÓDIO E CONFLITO?

    Ninguém está negando que há guerra, e que na guerra há violências monstruosas, inclusive vitimando crianças.

    Vitimando diretamente com bombas e indiretamente, quando se as faz viver entre ruínas de bombardeios, privadas de mercadorias, remédios e de muito do essencial pelo bloqueio econômico e, sobretudo, privando-as de seu país.

    Retratar esta situação não deve ser tabu, mas retrata-la de maneira preconceituosa e unilateral é monstruoso para com um povo oprimido e, por extensão, contra todos os árabes, como são os palestinos, que fazem parte do povo brasileiro e ajudam nosso país com seu trabalho e sua cultura milenar.

    Aliás, é importante retratar o que sofrem crianças palestinas e judias em meio deste conflito no qual Israel não reconhece a soberania palestina, já mais de uma dezena de vezes proclamada pela ONU – neste caso, não se mandam “forças de paz”, os “capacetes azuis”, como na Síria”, nem os EUA ameaçam com bombardeios aeronavais.

    Mas um retrato com o olhar de humanidade, de respeito ao ser humano, de amor pelas crianças, que são crianças sendo árabes, sudanesas, iranianas, sudanesas ou brasileiras.

    Como dizeram os cineastas, aliás judeus,Justine Shapiro e B. Z. Goldberg, com o mexicano Carlos Bolado, em um lindíssimo documentário chamado “Promessas de um novo mundo”, que reproduzo abaixo e recomendo para este dia em que celebramos a paz e o respeito ao ser humano.

    Assistir com a família, com os netos e filhos adolescentes, para que compreendam que a guerra é má, que amedrontra, destrói e faz sofrer e não uma brincadeira de videogame.

    1. A Carta de Protesto da Federação Árabe Palestina

       

      A Federação Árabe Palestina no Brasil emitiu, esta semana, uma carta de protesto, mais do que justificada, onde diz:

      EM VEZ DE PREGAR A PAZ ENTRE ISRAELENSES E PALESTINOS, ENTRE ÁRABES E JUDEUS NO BRASIL, A DIREÇÃO DA REDE GLOBO PREGA O CONFLITO, IMPORTA O CONFLITO DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL E ENGAJADA. ÁRABES E JUDEUS NO BRASIL NUNCA TIVERAM NENHUM TIPO DE PROBLEMA DE CONVIVÊNCIA E DIÁLOGO AQUI NO BRASIL. A DIREÇÃO DA GLOBO NÃO QUER QUE CONTINUE ASSIM? A QUEM ESTÁ PRESTANDO ESSE SERVIÇO DE GERAR ÓDIO E CONFLITO?

      Ninguém está negando que há guerra, e que na guerra há violências monstruosas, inclusive vitimando crianças.

      Vitimando diretamente com bombas e indiretamente, quando se as faz viver entre ruínas de bombardeios, privadas de mercadorias, remédios e de muito do essencial pelo bloqueio econômico e, sobretudo, privando-as de seu país.

      Retratar esta situação não deve ser tabu, mas retrata-la de maneira preconceituosa e unilateral é monstruoso para com um povo oprimido e, por extensão, contra todos os árabes, como são os palestinos, que fazem parte do povo brasileiro e ajudam nosso país com seu trabalho e sua cultura milenar.

      Aliás, é importante retratar o que sofrem crianças palestinas e judias em meio deste conflito no qual Israel não reconhece a soberania palestina, já mais de uma dezena de vezes proclamada pela ONU – neste caso, não se mandam “forças de paz”, os “capacetes azuis”, como na Síria”, nem os EUA ameaçam com bombardeios aeronavais.

      Mas um retrato com o olhar de humanidade, de respeito ao ser humano, de amor pelas crianças, que são crianças sendo árabes, sudanesas, iranianas, sudanesas ou brasileiras.

      Como dizeram os cineastas, aliás judeus,Justine Shapiro e B. Z. Goldberg, com o mexicano Carlos Bolado, em um lindíssimo documentário chamado “Promessas de um novo mundo”, que reproduzo abaixo e recomendo para este dia em que celebramos a paz e o respeito ao ser humano.

      Assistir com a família, com os netos e filhos adolescentes, para que compreendam que a guerra é má, que amedrontra, destrói e faz sofrer e não uma brincadeira de videogame.

       

       

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