A indústria do anti fake news, por Luis Nassif

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

https://www.youtube.com/watch?v=kgLG9nlmRkk height:391
 
Jornal GGN – Notícia falsa existe desde que o mundo é mundo e desde os primórdios da imprensa isso ganhou uma dimensão muito grande. Nos últimos tempos houve uma explosão com a questão das fake news que está sendo colocada como a maior ameaça à democracia.
 
Surpreendentemente, há pouco tempo, surgiu nos Estados Unidos fake news para combater, pasme, as fake news, que foi a denúncia de que a Rússia teria influenciado decisivamente a eleição nos EUA.

 
Isso foi uma história falsa criada por uma instituição americana chamada Atlantic Council e que tem muita ligação com a Lava Jato. O ex-procurador geral Rodrigo Janot faz parte do conselho da instituição.
 
Pegaram um estudo falso feito por um blog bancado por eles de forma secreta que dizia que 200 sites e blogs haviam sido influenciados pela propaganda russa, o que não era verdade. A intenção deles, o Atlantic Council, era, sim, influenciar o mercado de opinião vendendo sempre a ideia da globalização, financeirização, e criou-se o caos. De um lado fomentou guerras e discursos de ódio, que é caso de polícia, e do outro uma proliferação de espaços, no mesmo ocupado por sites e blogs de esquerda, que influenciou ou enredou o próprio presidente do Facebook. O Facebook, para se livrar da pressão, contratou a própria Atlantic Council como consultor.
 
E qual foi a lógica deles e muito utilizada no Brasil? Que o veto às publicações teria que ser bancada pela sociedade civil através das agências de checagem que, de uma forma ou outra estão ligadas a grupos financeiros. E a primeira ação dessas agências de checagem foi cair em cima de sites e blogs de esquerda que fazem o contraponto à globalização alardeada.
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

7 Comentários

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  1. censura aos blogs de esquerda
    Quero denunciar a censura aos blogs de esquerda. Qdo amigos enviam alguma noticia desses blohs, ao abrir no celular, a materia é bloqueada por um ALERTA DE VÍRUS q.se nega a fechar. Somos obrigados a reiniciar o celular. No entanto, qquer matéria da
    Folha, Estadão, Globo, POR, roda fácil e jamais recebe ALERTA de VÍRUS.
    Considero isso gravíssimo.
    Isso tem ocorrido não só comigo, mas tb c.amigos.

  2. Os governos que estão sob o

    Os governos que estão sob o domínio das corporações deixam o caminho aberto para o  controle das informações pelas corporações ou seus representantes. No limite, o grande capital almeja controlar a internet, depois de já ter controlado a grande mídia.  G. Orwell errou o ano, mas acertou todas as demais previsões de seu romance. Somando os algarismos de 1984, temos 22.  Quem sabe Orwell escondeu o verdadeiro título: 2022.

  3. “Me engana que eu gosto, posto e aposto no poker face”, sqn
    Nassif acerta na conclusão mas erra na defesa ingênua, quero crer, de que o Facebook seria um refém do think tank após o escândalo das fake news nas eleições USamericanas.
    Pesquisei no buscador famoso e também comprometido, o de “olhar arregalado”, e descobri informações que eu não tinha e que confirmam a estratégia do FB:
    1 – este Atlantic Council não é um think tank qualquer, é o braço empresarial-midiático da OTAN, e como tal, representante dos interesses dessa organização ocidental de cunho político-militar (qualquer relação com as movimentações do vice presidente USamericano na América do Sul não é mera coincidência)
    2 – a parceria entre Zuckerberg e o Atlantic Council foi anunciada pelo próprio FB em 17/05/2018 (https://www.google.com.br/amp/s/newsroom.fb.com/news/2018/05/announcing-new-election-partnership-with-the-atlantic-council/amp/),
    ou seja, depois do lobby público da Agência Lupa pela parceria com o Facebook e agências de checagem de fatos, iniciado pelo menos no final de 2016 (depois do Golpe baseado em fake news institucional “com Supremo, com tudo”, lembra sr. Fucks?, no Brazil, depois das eleições USamericanas mas muito antes do escândalo da Cambridge Analytica e das especulações sobre interferência russa pró-Trump). Ou seja, a tomada do Facebook pelo braço empresarial do clube militar ocidental se relaciona diretamente com a pressão legislativa nos USA e possivelmente na Grã-Bretanha (por causa de possível interferência da Cambridge Analytica no Brexit).
    3 – Ainda não se investigou nem se descobriu, no Brasil, por exemplo, quem foram os responsáveis pela indústria de perfis falsos em redes sociais e pela disseminação de fake news que de fato viraram um nicho de mercado: resta saber se no hábito de raposas que criam dificuldades para vender facilidades, não seriam estes próprios think tanks os responsáveis pela indústria de boatos, manipulando algo que acontece de maneira espontânea mas aleatória de modo a se tornar um ramo profissional na guerra de informação e contra informação – a guerra fria não acabou, apenas foram substituídos os espiões e suas táticas pela cibernética e seus instrumentos; gente, não foi isso que o importante ativista Edward Snowden nos alertou? Ele denunciou exatamente a espionagem feita por governos da OTAN – EUA e Grã-Bretanha principalmente – sobre cidadãos, empresas e governos, permitida pela legislação criada para justificar os atos de guerra pós 11 de setembro. Tudo se encaixa.
    4 – O banco espanhol Santander afirmou outro dia que o Brasil é onde ele mais ganha dinheiro. Somos o maior e mais rico país da América do Sul, estratégica para os interesses internacionais dos EUA, cuja guerra particular contra a China e a Rússia que compõem os BRICS junto com Brasil, e a descoberta neste último do pré-sal, por um governo de esquerda que a submeteu à soberania nacional e aos interesses do povo são a motivação emergencial da atuação da OTAN/EUA no golpe brasileiro, e os interesses internacionais nas áreas militar, financeira e de telecomunicações – o tripé da globalização – no Brasil e na América Latina não vão permitir que as eleições sejam democráticas, como não o permitem no resto do mundo – impedem candidaturas, eleições e se o povo e o governo forem resistentes contra a submissão aos interesses da OTAN/EUA, sabotam o país como fazem com Cuba, Venezuela, Irã e os governos de esquerda onde eles sejam ameaça para a aliança ocidental liderada pelos USA.
    Ou seja, o Facebook não é inocente nem vítima, faz o jogo que garante sua permanência na grande associação dos bilionários internacionais.
    A única forma de vencer essa batalha é minar o poder deles. Saiam do Facebook e das redes sociais que estejam associadas a este conglomerado transnacional.
    BDS neles.
    Boicotar – Desinvestir – Sancionar

    Outra informação para o seu xadrez: vários líderes latino-americanos já disseram com sérios fundamentos que está em curso uma nova operação Condor (genial artigo aqui: https://diplomatique.org.br/america-do-sul-nova-roupagem-da-operacao-condor/).
    A parceria de agências de checagem e Facebook e deste com o braço empresarial-midiático da OTAN é o novo macartismo. Ainda que Rússia e China pratiquem capitalismo não deixaram de ser oponentes do Ocidente, pior agora porque jogam com suas regras econômicas, mas mantêm aos olhos de muitos USamericanos e ocidentais anticomunistas o fantasma da ameaça comunista vermelha, a embalagem ideal para desqualificar as disputas ideológicas sob trajes maniqueístas e de fácil manipulação de “corações e mentes”. Novos nomes e personagens para a velha disputa não superada pela lorota do fim da história após a queda do muro de Berlim: os discursos e oposições de direita e esquerda não podem ser confundidos pela cooptação de um lado ou de outro das lutas identitárias, muitas vezes subutilizadas como álibi para mascarar as disputas maiores que prevalecem sobre elas: a luta de classes e de projetos para atender direitos básicos de sobrevivência material e convivência social.
    O resto é cortina de fumaça, e como sempre, favorece quem já está em vantagem.
    Nassif, você não será convidado pelo FB para nada de bom. Então é melhor abandonar mais essa ilusão e utilizar sua inteligência e experiência para ajudar o Davi da blogosfera a derrotar o Golias das telecomunicações, o Facebook.
    P.S. Eu nunca participei de rede social. Já consultei páginas de outras pessoas exatamente porque a plataforma hospedava, de maneira original e impositiva, a informação escrita ou em vídeo que me interessava, mas recentemente estou abolindo essa atitude.
    Ainda utilizo o aplicativo de mensagem que o FB comprou e já está descaracterizando. Assim que perder sua característica original de privacidade, eu o substituo.
    Com tanta gente inteligente nessa área, em breve o Facebook deixará de existir. Mas as pessoas precisam aprender a abrir mão de pequenas comodidades em nome de idéias mais importantes.
    E todos já sabemos o que os EUA e as elites bélicas são capazes de fazer para defender seus interesses. Não há espaço para ingenuidades e conciliações neste jogo feio e pesado.
    Ah, não se pode esquecer as manobras para impedir a neutralidade da rede feitas nos EUA sob atual governo na agência de regulação das comunicações, a FCC.
    De nada adiantam invenções e descobertas revolucionárias se submetidas à lógica capitalista hegemônica: vira um produto qualquer e tudo que prejudique os lucros dos maiores acionistas é empecilho a ser retirado, com o uso da força bruta se o soft power não der conta. Entenderam o recado?

    https://www.wsws.org/en/articles/2018/04/28/mex1-a28.html

    https://www.strategic-culture.org/news/2018/05/24/facebook-partners-with-hawkish-atlantic-council-nato-lobby-group-protect-democracy.html

    https://www.google.com.br/amp/theantimedia.com/facebook-atlantic-council-democracy/amp/

    https://www.google.com.br/amp/s/m.eldiario.es/tecnologia/Facebook-financiado-empresas-promueve-injerencia_0_772723650.amp.html

    https://www.google.com.br/amp/s/www.theatlantic.com/amp/article/557489/

    https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://amp.valor.com.br/politica/5600469/candidatos-aumentam-aposta-no-facebook&ved=2ahUKEwjcvZymxerbAhUIQ5AKHQ9HDqA4KBAWMAl6BAgJEAE&usg=AOvVaw0XqdmYbauFfkakEpDumvil (este não li porque é exclusivo … para assinantes, o que não sou, mas a manchete parece trazer informações de interesse).

    https://www.google.com.br/amp/s/mobile.nytimes.com/2017/11/24/world/europe/italy-election-fake-news.amp.html

    https://www.google.com.br/amp/thehill.com/blogs/pundits-blog/lobbying-world/303016-the-atlantic-council-questionable-relationship-with-gabons%3famp

    Sampa/SP, 23/06.2018 – 17:36 (alterado às 17:51, 17:57, 18:35 e 19:20).

    1. Sorria: você está sendo espionado!
      A milícia se apresenta

      [video:https://m.youtube.com/watch?v=KXAhkWfYaWY%5D
      https://m.youtube.com/watch?v=KXAhkWfYaWY

      Do site do senado brasileiro:

      “Five Eyes: espionagem moderna começou há quase um século
      A modernização do negócio da espionagem tem um marco inicial definido: a assinatura, em março de 1946, do Tratado de Segurança entre os Estados Unidos e o Reino Unido. O acordo formalizou a Carta do Atlântico, assinada em 1941, antes da entrada americana na 2ª Guerra Mundial, para a decodificação de mensagens alemãs e japonesas e a partilha de informações secretas entre os Estados Unidos e o Reino Unido. Restrito inicialmente aos dois países, o sistema posteriormente agregou Canadá, Austrália e Nova Zelândia – formando os Cinco Olhos ou Five Eyes -, unidos pela língua inglesa e pelo objetivo de antecipar os movimentos dos inimigos.

      As organizações de cada país que participam do sistema, sob o comando da NSA, são o GCHQ (Government Communications Headquarters), do Reino Unido, o CSEC (Communications Security Establishment Canada), do Canadá, o ASD (Australian Signals Directorate), da Austrália, e o GCSB (Government Communications Security Bureau), da Nova Zelândia. Juntos, eles criaram o Echelon, uma rede de vigilância global e de espionagem.

      Como em tudo que diz respeito à espionagem, à exceção das revelações de Snowden, baseadas em documentos subtraídos da NSA, há poucos indícios concretos e documentados da atuação dos Five Eyes. Segundo investigação feita pelo Parlamento Europeu em 2001, por exemplo, o Echelon foi usado pelos EUA para colaborar com a empresa americana Raytheon na concorrência lançada pelo governo brasileiro por serviços e equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam. Os americanos venceram a disputa.

      Em março de 2014, a revista Der Spiegel publicou documentos mostrando que, por meio do CGHQ, e sob o comando da NSA, os sistemas de satélite da Alemanha se tornaram alvo de espionagem. Segundo o presidente da Cloud Security Alliance Brasil (CSA Brasil), Paulo Pagliusi, ouvido pela CPI da Espionagem, os Five Eyes monitoram chamadas telefônicas e de fax, transmissões de rádio e os acessos à internet em todo o mundo.

      Mercado

      Atentados foram evitados; terroristas, localizados e presos; e inúmeros outros objetivos dos Five Eyes, alcançados como resultado de sua associação, afirmam ex-agentes secretos, muitos deles sob anonimato, ouvidos por grandes veículos da mídia mundial. Para eles, as informações dos Estados Unidos são tão valiosas que não há indignação, reação ou argumentos em favor do direito à privacidade que convençam britânicos, canadenses, australianos e neozelandeses a renunciarem à parceria com os EUA.
      “Informações são como ouro. Se você não as tem, não há como sobreviver”, disse à agência Associated Press o ex-chefe da agência de espionagem estrangeira da Nova Zelândia Bruce Ferguson. Nesse “mercado”, a informação é a moeda, e a confiança recíproca, a despeito de eventuais desconfianças mútuas, deve ser o contrato.

      (Fonte:
      https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/espionagem-cibernetica/mundo-o-mundo-perplexo-diante-do-big-brother/five-eyes-espionagem-moderna-comecou-ha-quase-um-seculo )

      A wikipedia traz uma informação interessante sobre o tema: uma página com depoimento de políticos e funcionários do governo canadense falando da preocupação militar dos ” cinco olhos” com a internet; registro de 2007.

      Abaixo transcrito: um trecho muito interessante desse registro (a integra aqui https://sencanada.ca/en/Content/Sen/committee/391/defe/15evb-e)

      considerando que parceiros tecnológicos essenciais da Cambridge Analytica, incluindo o whistleblower do caso, Christopher Wylie, são canadenses.

      ” Senator Day: You indicated, toward the conclusion of your remarks, that you have technological challenges, and that you complemented our partners with respect to some of the technology they have been able to share with you. In general terms, are you able to tell us what we are talking about? Is this a major change from analogue to digital — adjusting to that kind of activity?

      Mr. Adams: That, among other things, of course. The volume and type of communications is literally endless. That combination is the challenge for us. Our vision is security through information superiority. We want to master the Internet. That is a challenge that no one institution — be it ours or the National Security Agency, NSA, for that matter — can manage on their own. We try to do that in conjunction with our allies.

      At the same time, we have a threat that is very diverse, very distributed around the world — similar to needles in haystacks. We have the combination of the technology and the threat that, together, make it virtually impossible for any one organization to manage it on its own. That is what we mean by working together. If we are to master that Internet, we will have to do it together; and we are focusing on that.

      Senator Day: Do you need more equipment that you do not have now, or are we talking about intelligent operators, who can work that equipment?

      Mr. Adams: We are talking about both. We have to try to stay ahead, if possible, of the technological evolution; and we have to have the people who are capable of operating that technologically sophisticated equipment. It is a combination of both.

      Do we have enough? We have enough now. We are looking at what we will need in the future to sustain that type of operation. We spend much time on that.

      Senator Day: You have a mandated role in legislation for information technology, as well as the foreign intelligence.

      Mr. Adams: Yes, we do.

      Senator Day: Is your role to protect all the government information technology?

      Mr. Adams: Correct.

      Senator Day: If there was a virus, for example, that was put into the Internet, is that the area in which you get involved? Would you try to trace that down and let the RCMP know where it likely came from and how to handle it?

      Mr. Adams: We would focus on a sophisticated threat — in other words, a state-sponsored threat — but not the average hacker. Public Safety Canada has the responsibility for that aspect of critical infrastructure protection.

      Senator Day: Is that in Mr. Day’s department?

      Mr. Adams: Yes.

      Senator Day: Does he have a group of people, separate from you, that are involved in communications intelligence and protection?

      Mr. Adams: Correct; but not intelligence as much as protection. They are not out there looking to see who is putting it in there; they react once they have the virus or once there is something wrong.

      Senator Day: Who is doing the job now? You have to react quickly on these things. Sometimes we will see an announcement made — be careful, turn your computer off — every once in a while that happens. Or the media covers a story that a worm virus is working its way through. Who looks after handling the public file on that and tries to find a solution to this?

      Mr. Adams: Public Safety Canada handles that; but we would act as the technical advisor if they asked us.

      Senator Day: Apart from the information technology side of your mandate, you described yourself as a foreign intelligence agency, in effect, for communications.

      Mr. Adams: Correct.

      Senator Day: We just had an interesting hypothetical discussion with Mr. Judd about “what ifs.” What if we decided to have a foreign intelligence activity, other than that which would come under section 16 of the Canadian Security Intelligence Service Act? If we had a full-blown foreign intelligence activity, directed as we might determine it to be directed, would it make sense that your foreign intelligence agency activity would be combined with whatever else we put in place for operatives throughout the world?

      Mr. Adams: Are you talking about a foreign human intelligence activity?

      Senator Day: Yes.

      Mr. Adams: Combined is unlikely; there are quite different requirements, technological challenges and training regimes. However, it would certainly complement what we do internationally on foreign intelligence. There would be the combination of our foreign intelligence communications and the foreign human intelligence, which would complement it.

      Senator Day: Surely, it would make sense. Intelligence is information that is assessed, analyzed and synthesized so that it applies to whatever group or organization is getting all this information and then trying to get something intelligent out of it.

      Mr. Adams: It would come together at the centre; but, for example, we do not run agents. It is a fundamentally different business — the human intelligence business — than ours. We deal in electrons; they deal in humans. That is a whole different demand from the point of view of expertise within the establishment itself.

      Senator Day: However, the information that is gathered has to be put together with other information that is gathered. It is like two different operatives putting the information together somewhere.

      Mr. Adams: Correct, and that would be the responsibility of assessment agencies, of which we have the Intelligence Assessment Secretariat, IAS, within the Privy Council Office and the Integrated Threat Assessment Centre, ITAC, within CSIS. That would come together at that level.

      Senator Day: What, if any, direction do you get from Foreign Affairs and International Trade Canada?

      Mr. Adams: Direction, again, is in the form that their minister would be included in the establishment of the priorities. We take those priorities to the extent that there are external affairs priorities there, and they meet the threshold that has been established as to what the most important priorities are. We would then deal with each of those departments, including Foreign Affairs and International Trade Canada, to determine specifically what it is we would do to assist them in prosecuting their mandate.

      Senator Day: Is your activity — the quarter of reports with respect to Afghanistan — Foreign Affairs-based information and intelligence or tactical military information?

      Mr. Adams: It is a combination of all three “Ds” — defence, which is obviously for the military; development, which would be for Canadian International Development Agency, CIDA; and diplomatic, which would be external. I should have made the point that all of that work is not necessarily for defence or for support to military operations; it is to support all of the activities within Afghanistan.

      Senator Day: I am glad we had a chance to clarify that.

      The Chairman: In that hypothetical foreign capability, you probably have a role in terms of assisting with communications.

      Mr. Adams: Yes.

      The Chairman: How they would communicate back, and how they might be communicated with — this is your area.

      Mr. Adams: Again, we would be there for the technical assistance if that is what is required, yes.

      The Chairman: Five authorizations in the last 18 months does not sound like much supervision. Would you care to elaborate on that, so we have a better understanding of authorizations?

      Mr. Adams: On the supervision or the authorizations?

      The Chairman: I said that five authorizations does not sound like much supervision, and so perhaps we do not understand the nature or quality of the authorizations.

      Mr. Adams: The authorizations are extensive documents that lay out exactly what we would want to do. They are only good for a year, and then we have to go back and refresh them. I do not like to use the word “renew,” because it is not a question of re-stamping them. We literally have to go back with the justification included again. The minister then, again, looks at all the requirements and puts his limitations and conditions on that. Every six months, we go back to the minister to tell him what we have done using those authorizations. This includes, for example, how many private communications, if any, we have intercepted and what exactly we have done with those private communications. Over and above that, every year, the CSE commissioner reviews in detail each of those ministerial authorizations.

      The Chairman: Can you give us the elements of a hypothetical authorization?

      Mr. Akman: A request goes up through the two deputy ministers, as Mr. Adams said, to the minister to authorize the interception of either an activity or class of activities.

      The Chairman: When you say “activity” or “class of activities,” give us a hypothetical example as you go through the process.

      Mr. Akman: We are getting a bit into operations here.

      Robert Gordon, Associate Chief (Operations), Communications Security Establishment: It is a type of collection activity that we are talking about. The minister is authorizing a specific operational technique.

      Senator Banks: A technique, not a subject?

      Mr. Gordon: That is correct. It is a class of activities.

      The Chairman: An example would be intercepting a cellphone call. Surely you are not giving away the store to the bad guys if you say that.

      Mr. Gordon: Yes, senator, that conceivably is an example of what we might intercept. We might intercept in a broader class than just cellular phone activity.

      Mr. Akman: Then we have to satisfy the minister that the interception would be directed at foreign entities outside of Canada. There are a few conditions set out in the legislation, the most important of which are the measures in place to protect the privacy of Canadians if a private communication will be intercepted.

      Just to go back a little, when we are directing our activity at a foreign entity, we do not know beforehand the target, to whom the target will be talking. To use your example of cellphones, we do not know whom someone in a foreign country will call beforehand. That is why we cannot get the prior judicial authorization that we were alluding to before. CSE is getting an authorization that if a communication comes to or from Canada, having an expectation of privacy, CSE would be shielded from the Criminal Code.

      This was explained when Bill C-36 went through, both to the Senate and the House of Commons. The ministerial authorization is a shield, because when we are directing at a foreign entity, we do not have the information beforehand. That was the prior problem that CSE needed addressed in Bill C-36. With the definition of “private communication,” it was an offence if we intercepted the communications of a foreign target who happened to be calling someone in Canada.

      We do not know beforehand whether, in a year, there will be one communication to or from Canada or a number of them. This ministerial authorization was the regime we put in place to shield the CSE from intercepting a private communication.

      If the communication comes to Canada and there is no foreign intelligence value, it is destroyed. The condition in the legislation says that only essential foreign intelligence communications would be retained if they relate to international relations, security or defence. Therefore, if there is a communication to or from Canada that has nothing to do with foreign intelligence, it is destroyed. If it is foreign intelligence and essential, it will be used and retained.

      The Chairman: Can you provide the committee with a hard copy of a sample authorization?

      Mr. Adams: No, we could not.

      The Chairman: Why?

      Mr. Adams: Normally they are classified, top secret COMINT — communications intelligence.

      The Chairman: I mentioned a sample. You do not have to give us an authorization that you gave to the minister, but just a sample.

      Mr. Adams: Could we take that under advisement?

      The Chairman: Yes, please. We are not asking for an authorization that you actually gave the minister; we are asking for a sample to see what it looks like.

      Mr. Adams: We will see what we can do.

      The Chairman: There is the question of managing information sharing with our allies. You mentioned the NSA. There are the Five Eyes, members of the international signals intelligence community: Canada, Great Britain, United States, Australia and New Zealand. Is it your job to decide what is shared? Who, within the system, determines what information you collect is shared with our allies with whom we work closely?

      Mr. Adams: Essentially, it is driven very much by the priorities. If it is a priority and there is a mutual interest in sharing, we would share consistent with our priorities and consistent with the interests of Canada.

      The Chairman: Who makes that judgment? Is that your judgment or a judgment made by someone else in the system?

      Mr. Adams: Some judgments are mine, and, with others, I would go up and seek authority if I was in doubt.

      Senator Banks: I am confused. Mr. Akman was describing the authorization. It is the nature of the authorization that I am asking about. Mr. Akman often called it “the communication,” but you said earlier that the nature of the authorization that you get is not to obtain a communication between Fred in Indonesia and me.

      Mr. Adams: No.

      Senator Banks: It is to intercept that sort of communication. Have I got that right? The authorization allows you to use a particular technological device to intercept a certain kind of communication?

      Mr. Adams: Correct.

      Senator Banks: Having got that authorization, can you use it to apply to anyone?

      Mr. Adams: Any number of intercepts, yes.

      Senator Banks: Some of those authorizations include the authority to interrupt communications from someone in Indonesia and in circumstances in which that Canadian might otherwise have a reasonable expectation of privacy.

      Mr. Adams: Correct.

      Senator Zimmer: Major General, you are probably too young to remember, but many years ago I worked for the Minister of National Defence, and we did cross paths. I am sort of like the Flight of the Phoenix. I expired in flames, and I have come back here in this form. It is good to see you again.

      The relationship that your organization has is part of National Defence. In your opinion, is it positioned in the right place?

      Mr. Adams: Yes.

      Senator Atkins: Why?

      Mr. Adams: Historically, it is correct, in the sense that that has been our home department since post-World War II. However, in practical terms, that is where the vast majority of our efforts are concentrated at this particular time. Where else would be more appropriate? No matter where you argue, there are pros and cons for both, but we are quite comfortable where we are. It seems to be working. Back to the bifurcation, this is part of the reason I do have a responsibility to the Privy Council Office. No matter where I am, I have to be very careful that I do not become that department’s resource, because I have a much broader mandate, as has been talked about, than to any given department.

      Obviously, the National Security Adviser watches closely to ensure that I am not pigeonholed into defence. That is a reasonable explanation.

      Senator Zimmer: Do you see it staying there in the future, or are there possibilities of moving under a different command or under a different authority?

      Mr. Adams: Do you mean under a different regime?

      Senator Zimmer: Yes.

      Mr. Adams: Whatever the government decides, we will be where they want us to be, but at this particular time, we are comfortable where we are.

      Senator Zimmer: Margaret Bloodworth emphasized in her remarks to you in March that Canada is a net importer of intelligence. You mentioned that. Technically, is it net as in gross or net as in fishing for information? What do you mean by the term “net importer”?

      Mr. Adams: I mean all of those. In relative terms, we are small, obviously, compared to the National Security Agency of the United States. We are relatively small even in comparison to Government Communications Headquarters, GCHQ, in Great Britain. We would generally gain more than we give. There are some areas where we are more active than they are, and that is the game based on our national priorities. There are some areas in the world where we are present and other people are not. Obviously, in that case, we would be an exporter of information, if that information was needed elsewhere.

      In total, that is basically it, senator.

      The Chairman: Do protocols exist where you have divided up the spectrum, as it were?

      Mr. Adams: No, they do not, senator. It is based purely on our priorities as defined by the government.

      The Chairman: Allied countries do not get together and say, “You seem to be doing fairly well in this area, but we have a bit of a gap over here; any chance of you moving into it?”

      Mr. Adams: No, we do not. If it is important to Canada, we will be there, if we can get there, obviously.

      In discussions, as I said earlier, knowing the priorities that we have, we would share if there are mutual priorities and mutual national interests.” (fonte: https://sencanada.ca/en/Content/Sen/committee/391/defe/15evb-e).

      Dos “cinco olhos”, apenas Austrália e Nova Zelândia não fazem parte da OTAN. Este o cenário internacional e pouco dos bastidores históricos.

      E agora falando do Brasil do golpe, chegamos ao ministro Fachin: o que faz um ministro do judiciário pedir a milionária contratação de uma empresa privada de segurança, abrindo mão da Polícia Federal e do trabalho de agentes públicos de segurança e inteligência?
      Quais foram as ameaças que motivaram a contratação milionária? O que justificou a dispensa da PF? Qual a relação disso com a chicana judicial do sr. Fachin com o TRF4 contra Lula e contra o estado democrático de direito nacional?
      Qual a relação dos ministros do TSE e STF com empresas privadas de comunicação – Facebook e Globélica – e com agências internacionais de inteligência, tipo NSA? Sabem dizer se foram espionados por agentes internacionais? O que a Abin tem a dizer? Quem no Brasil e na América Latina entende desse assunto pra dar informações e separar a intriga real da teoria conspiratória improvável?
      A esquerda que pretende governar deve não só fortalecer sua preparação na área de comunicação como desenvolver expertise em segurança tecnológica e contra-espionagem. Será que Cuba pode ajudar?

      Sampa/SP, 23/06/2018 – 23:37 (alterado às 23:44).

  4. Domínio dos meio de difusão

    Sigo em campanha:

    É preciso a união determinada de organizações progressistas de todo o mundo (confederações de partidos políticos, sindicatos, coletivos, etc.) para a criação, implementação, financiamento e manutenção de plataformas próprias de redes sociais, armazenamento e busca de informações.

    De preferência, o objetivo a ser perseguido deve incluir a criação de internet paralela própria, a exemplo do que a Rússia está fazendo.

    Se alguma coisa nesse sentido não for feita, não haverá como deter o asselvajamento em curso do capitalismo fim de linha em seu atual estágio financeiro.

  5. Jornalismo: a indústria do (auto) engano.

    Primeiro é bom que se diga:

    Não há atividade profissional no mundo imune a construção de um discurso (auto) legitimador que produza uma versão (auto) complacente e (auto) indulgente de si mesma.

    Seja nas cores (branco para medicina), seja nos ritos (o palanque dos juízes, ou os títulos de doutor sem doutorado), ou as bancadas (dos jornalistas vestidos de terno) tudo que envolve a apresentação do exercício corporativo para a sociedade, e claro, para as outras corporações, está estruturado em um complicado jogo de truques ideológicos, que são, ora manipulados de forma consciente, ora são absorvidos de forma “instintiva”.

    O jornalismo não poderia escapar dessa lógica, ao contrário, a profissão e a atividade jornalística trazem em si a própria concepção descrita aí em cima, explico:

    Enquanto outras corporações se apresentam e esperam uma validação a partir da aceitação ou negação dos outros, os jornalistas detêm o poder de construir versões de si mesmos e repercuti-las sem a mediação de outras esferas da sociedade.

    É ali (no jornalismo) o espaço privilegiado da construção simbólica do mundo (embora não seja o único, diga-se).

    Desde que os burgueses pós 1789 entenderam o poder dos camelôs (figuras que vendiam quinquilharias e panfletos apócrifos pelas ruas francesas, desancando os costumes do Ancien Régime, naquilo que poderíamos chamar de primitivos tabloides), e se apropriaram do processo de construção de conteúdo para consumo das massas populares, que começavam a ter acesso a leitura, o jornalismo SEMPRE foi uma as primeiras atividades a experimentar (e como relação de causa e efeito) e propagar cada salto tecnológico que mudava a cara do capitalismo mundial.

    Desde a invenção da tipografia, telégrafos, rádios, TV, cinema, satélites, até os dias de hoje, cada passo na complexificação/intensificação das redes (sim, as caravelas foram um tipo de comunicação em rede,assim como as viagens de Marco Polo), nenhuma outra atividade recebeu o impacto desses avanços antes das redes de comunicação.

    Grosso modo podemos dizer que nenhuma etapa de superação do capitalismo por outra etapa capitalista passou sem uma dramática mudança nas relações sociais, a partir da alteração das redes sociais de comunicação (como nos ensina David Harvey).

    E por que falamos disso tudo?

    Ora, porque jornalistas (ou boa parte deles, talvez 99,9%) tendem a imaginar que haja uma “verdade”, ou que se pode produzir conteúdo dentro do ambiente joranlístico que não esteja impregnado do olhar de quem a produz, ou pior, que o melhor profissional seja aquele que consiga, senão trazer uma narrativa “neutra” (pois impossível), ao menos elabore uma que seja o mais distante de si mesmo, e com isso ele imagina que exerça seu grau de independência em relação a quem lhe emprega (quem sustenta sua atividade).

    Jornalistas (ou boa parte deles) alimentam a ilusão de que o ato de contar algo, ou de produzir algum conteúdo pode estar despregado de qualquer relação com o mundo que o cerca.

    Caso clássico: a narrativa de um incidente de trânsito envolvendo um veículo e um pedestre.

    O “foca” padrão narra: fulano de tal, morador da rua tal, tantos anos, casado e com N filhos, foi morto ao tentar atravessar a avenida X por volta das tantas horas do dia de hoje. O motorista atropelador foi encaminhado a DP pelos policiais que compareceram a cena do acidente. No veículo foram encontradas quinze latas vazias de cerveja, e de acordo com os policiais, o motorista desceu do veículo cambaleando.

    Dentro desse pequeno texto todas as conclusões induzidas pelo texto levam a culpa do motorista. 

    No entanto, após o esquecimento dessa notícia menor no labirinto de tragédias cotidianas, a investigação policial desvenda a verdade escondida atrás da narrativa:

    – A vítima corria de um perseguidor armado, e tropeçando, entrou na frente do veículo, e já havia sido alvejada por três projetis disparados da arma de fogo do perseguidor, que de acordo com o legista, causaram a morte, e não as lesões do impacto com o veículo;

    – O veículo era conduzido por um abstêmio, que emprestar o veículo antes a seu filho que consumiu a cerveja;

    – Cardiopata e hipertenso, o condutor desceu do veículo em choque e com a capacidade ambulatória prejudicada (“tonto” e com fala “pastosa”).

    Dentro desse pequeno exemplo acima está encerrado o dilema da profissão chamada jornalismo, porque atinente a sua condição intrínseca.

    A luta do jornalismo e do jornalista não é pela busca da “verdade”. Assim como não é mais possivel separar o jornalista do jornalismo empresarial

    A “busca” deveria ser de uma versão da verdade que consiga aumentar o poder de decisão dos excluídos, dos marginalizados e estigmatizados pelo sistema empresarial de comunicação, o que se convencionou chamar de “sem-mídia”.

    Por isso esse debate de “fake news”, “anti-fake news” ou “real news” é tão surrealista quanto inútil. O que está em jogo:

    A manutenção do controle de produção de conteúdo das elites e donos de mídia contra os insurgentes anarco-comunicadores e outros tipos menos extremistas, como os “blogueiros sujos”.

    Nunca houve busca por verdade alguma.

    Talvez com um pouco de exagero, poderíamos dizer que a manifestação política e real do jornalismo NUNCA buscou verdade ou mentira, mas apenas no controle oligopolista sobre quem diz o que é verdade e o que é mentira.

    Dói ver jornalistas como Luis Nassif caindo em um truque desses de (auto) engano, mas isso é esperado e nem pode ser tão duramente criticado.

    A simples menção a qualquer traço militante (de esquerda) na sua ação jornalística traz a ele urticárias, como se a respeitabilidade ou “veracidade” de suas narrativas passasse por um centro (como concepção de equilíbrio), que podemos tormar como uma “isenção claudicante”: necessita se fortalecer entre os “democratas e progressistas” e precisa desesperadamente manter a interlocução com os que têm poder, a quem chama ingenuamente de conservadores moderados, ou pacíficos.

    A sua última “viagem” no obituário de um dos maiores parasitas-mineradores nacionais é uma apresentação fidedigna dessa “lealdade” que ele busca demonstrar com os donos de casa grande, como se houvesse ali algum traço de civilidade nas relações com ele, e não apenas um pragmatismo ou um utilitarismo de etiquetas de convívio destinado a manter cabeças pensantes como a dele sempre por perto, e sempre sob controle para apresentar contra-versões aos “incivilizados” da esquerda.

    O que esse jornalismo (e esses jornalistas) não enxerga que essa postura é a essência militante do jornalismo, e atende a uma demanda política específica dos donos da mídia e das elites.

     

    A mentira está para o jornalismo como a desigualdade para o capitalismo.

    Para acabar com a desigualdade, só com o fim do capitalismo, e para acabar com a mentira teríamos que acabar com o jornalismo.

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