Estudo mostra que internautas estão dispostos a pagar por notícias

Jornal GGN – Um estudante da Universidade Victoria de Wellington, na Nova Zelândia, está explorando maneiras de financiar o jornalismo online com o desenvolvimento de uma ferramenta que permite que as pessoas possam pagar por um pacote notícias de diferentesfontes. O projeto incluiu uma pesquisa que ouviu 457 leitores de notícias a respeito do interesse de pagar por notícias.

“Descobrimos que os consumidores estão dispostos a pagar, mas apenas se a notícia for apresentada em um formato que eles querem. É tudo sobre conveniência”, diz Alex Clark, estudante da Universidade. A pesquisa perguntou sobre leitura de notícias e hábitos de consumo de mídia, e sua vontade de pagar por notícias de diferentes formas, como por meio de doações, financiamento público, a compra de um aplicativo móvel ou artigos individuais.

Um pacote de notícias foi de longe o método de compra preferido entre os ouvidos pela pesquisa. “As pessoas têm várias fontes online confiáveis​​, por isso odeia a ideia de pagar por cada site ou notícia individualmente. Mas se notícias de várias fontes (sites, portais) fossem fornecidas em conjunto, a proporção de pessoas dispostas a pagar aumenta drasticamente”, diz Alex.

Um dado da pesquisa que chamou atenção, segundo Alex, é que jovens de 18 a 30 anos – que geralmente são menos propensos a pagar por notícias – representam, por outro lado, o grupo mais propenso a comprar um pacote global de notícias, “duas vezes mais propensos do que a média.” O estudante-pesquisador compara o dado à fórmula “tudo-o-que-você-puder-consumir” de assinaturas de música digital, como o Spotify.

“Há uma percepção de que os jovens querem piratear tudo e não pagar, mas não é realmente verdade. Eles apenas estão fartos de pagar por cada unidade de conteúdo individualmente.” Alex diz que, em comparação com outros tipos de mídia, como músicas, livros e programas de televisão, a indústria do jornalismo está lutando para se adaptar ao ambiente online.

Baseado na pesquisa, ele desenvolveu um protótipo que fornece tecnologia de acesso pago, que se integra facilmente em sites de notícias já existentes, permitindo que assinantes pagantes possam liberar conteúdo premium em todos os sites parceiros. O protótipo é baseado em um modelo de receita de compartilhamento, em que um conjunto de taxas de assinatura é distribuída igualmente com base no consumo de conteúdo.

Agora Alex Clark deve começar a apresentar a ferramenta para editores, blogueiros e jornalistas. “Um modelo que funciona bem no exterior são notícias gerais gratuitas, com reportagens exclusivas por trás de pagamentos. Outras fontes preferem colocar todas as notícias atrás de um acesso pago, com acesso a um número gratuito de visitas por mês”.

Para ele, o protótipo pode representar um modelo do futuro, mas que pode ser difícil de implementar. O sites e portais temem perder o controle, mas a chave do novo sistema é que ele permite que os editores possam manter o controle e a independência, e ao mesmo tempo colaborando, segundo Alex.

Com informações do Phys.org

Redação

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