Como ajudar o RS: uma lista confiável de movimentos da sociedade civil

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Uma mobilização para socorrer e abrigar as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul parte da sociedade civil, de forma direta e ágil

Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul

A mobilização para socorrer e abrigar as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul está partindo, principalmente, da sociedade civil, que vem conseguindo atuar de forma mais ágil e diretamente com os afetados. São movimentos, associações e entidades que se uniram em diferentes áreas para auxiliar no socorro da população gaúcha.

O Jornal GGN preparou uma lista atualizada das entidades, movimentos o organizações da sociedade civil confiáveis e que estão atuando na linha de frente para a ajuda imediata aos desalojados e abrigos no Rio Grande do Sul. Confira:

Alimentação dos desalojados

As cozinhas solidárias, formadas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e outros movimentos, tem sido os principais fornecedores das alimentações diárias dos 70 mil gaúchos nos abrigos.

A doação é feita por meio do PIX 09352141000148, registrado no nome do Instituto Brasileiro de Solidariedade.

Artistas e intelectuais também estão se mobilizando para levantar fundos para as cozinhas solidárias. Chico Buarque foi um dos que se uniu à causa e convocou, nesta quarta-feira, a população a doar à Cozinha Solidária da Azenha, do MTST no Rio Grande do Sul.

As doações podem ser feitas ao PIX [email protected] ou pelo site apoia.se/enchentesrs.

Além das doações de alimentos de todo o país, a Rede de Bancos de Alimentos e Bancos Sociais do Rio Grande do Sul está disponibilizando toneladas de alimentos e recolhendo doações pelo PIX 04.580.781/0001-91 ou pelo site www.doealimentos.com.br, onde é possível montar uma cesta de alimentos à escolha do doador.

Comunidades

A Central Única das Favelas (CUFA) e a Frente Nacional Antirracista (FNA) do Brasil estão atuando na linha de frente dos resgates, com voluntários espalhados pelas zonas de risco do Rio Grande do Sul.

As entidades estão coletando doações pelo PIX [email protected] e, em parceria com a GOL, espalhou pontos de coleta de doações no Rio de Janeiro e nas unidades da GOLLOG por todo o país dos itens mais necessários (alimentos não perecíveis, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal, água, calçados, cobertores).

As comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul afetadas pelas chuvas também estão precisando de ajuda. Duas entidades estão arrecadando recursos para os resgates dos quilombolas.

A Federação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Rio Grande do Sul, pelo PIX no CPNJ: 46829259000104, e o Quilombo dos Machado, pelo PIX [email protected].

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul) estão atuando no apoio às populações indígenas afetadas pelo desastre.

As organizações estão recebendo doações em Porto Alegre, na Paróquia Menino Jesus de Praga, Rua Dr. Pitrez, 61, bairro Aberta dos Morros, e por chave PIX (566601e8-72b1-4258-a354-aa9a510445d1) em nome do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Pessoas estrangeiras também podem doar à campanha centralizada do movimento indígena, pela conta do Iban BR9500000000003210001288 / 911C1, Código Swift BRASBRRICTA.

Indústria Solidária

Sindicatos industriais se uniram para ajudar os afetados pelas enchentes, em parceria com os Bancos Sociais e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). Em conjunto, as entidades estão disponibilizando ginásios e espaços para receber famílias desabrigadas, além de voluntários. As doações podem ser feitas com a entrega de donativos no ponto de coleta (Av. Francisco Silveira Bitencourt, 1928 – Bairro Sarandi – Porto Alegre/RS) ou em doação ao PIX [email protected].

Medicamentos e assistência médica

O Hospital N. Sra. das Graças, em Canoas, Rio Grande do Sul, é uma das principais unidades de saúde que vem recebendo pacientes e feridos pelas enchentes do estado. Além de voluntários (contato 51 99472-7332), o Hospital está recebendo doações de itens hospitalares (51 99423-4384) e doações em dinheiro pelo PIX [email protected].

Em São Paulo, o Instituto da Criança com Diabetes (ICD) do Rio Grande do Sul fechou uma parceria com a Azul para doações de insulinas, que é um dos principais medicamentos em falta para a população nos abrigos.

As insulinas não podem ser levadas a pontos de coleta comuns ou aos Correios. Devem ser doadas em pontos de coleta específicos para os insumos médicos. Alguns hospitais e associações de diabéticos das cidades do país estão recebendo as medicações e, em São Paulo, o ICD recebe as doações diretamente no Terminal de Cargas 1 do Aeroporto de Viracopos, em Campinas – SP. Mais informações pelo WhatsApp 51998641244.

Além disso, o Instituto da Criança com Diabetes está recebendo doações pelo PIX 02774358000105.

A rede de Farmácias São João, do Rio Grande do Sul, está oferecendo dezenas de medicamentos de uso contínuo à população de regiões afetadas, que pode adquirir gratuitamente as medicações para o tratamento de até 30 dias, sem necessidade de apresentar receita.

Apesar de se tratar de uma iniciativa própria, os que quiserem ajudar, podem realizar doações no site da farmácia.

Ainda, três das maiores farmacêuticas destinaram milhões de reais em medicamentos para as vítimas das inundações do Rio Grande do Sul. A EMS doou R$ 10 milhões de remédios, incluindo antibióticos, analgésicos, anti-hipertensivos, etc. A Eurofarma doou milhões de bolsas de soro fisiológico para hospitais do estado, e milhares de caixas de medicamentos do laboratório para a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. A Cimed também doou R$ 1 milhão em medicamentos para o governo, e a redução dos preços às farmácias atingidas e aos consumidores.

Animais

O GRAD (Grupo de Resposta a Animais em Desastres) é uma das principais organizações que atua nos resgates e acolhimento dos animais que se encontram em situação de perigo. Até esta quarta-feira (08), mais de 2 mil animais haviam sido resgatados pela organização e voluntários parceiros. Além dos resgates e ração, os animais precisam de medicamentos. O GRAD recebe doações pelo PIX 54.465.282/0001-21 e pelo PIX do Instituto Caramelo de Assistência aos Animais 21.877.796/0001-35.

Além dos movimentos da sociedade civil e empresas acima citados, iniciativas de bairros e municípios de cada cidade do Brasil estão empenhadas em ajudar no resgate e abrigo dos afetados no Rio Grande do Sul. Verifique na sua localidade as iniciativas que disponibilizaram carretas e caminhões, certificando-se de que são confiáveis, além de colégios, hospitais e associações.

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