A voz do Brasil, por Carlos Motta

www.youtube.com/watch?v=1DHN0O3ObPA height:394]

Por Carlos Motta

Dois de dezembro é o Dia Nacional do Samba, data que surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luís Monteiro da Costa, para homenagear o grande Ary Barroso – o autor de “Na Baixa do Sapateiro”, tremendo sucesso, não conhecia a Bahia, e foi a Salvador, pela primeira vez, nessa data.

Se até hoje ainda há alguma dúvida sobre onde o samba nasceu, ninguém discorda do fato de que foi no Rio de Janeiro que ele ganhou a forma com que, com as inevitáveis mudanças, se tornou o ritmo musical mais popular do Brasil – e o cartão de visita artístico com que este imenso país se apresenta ao mundo.

Cem anos depois da gravação de “Pelo Telefone” (Donga e Mauro de Almeida), considerado o primeiro registro fonográfico com a designação do gênero “samba”, pode-se dizer que ele hoje é muito mais que um ritmo musical – é o maior fator de união nacional.

 

Não existe uma só região brasileira, uma só cidade, que não escute, não cante, não dance, não tenha um sambista, ou um grupo de samba para alegar uma festa, para reunir os amigos ou simplesmente para festejar a vida.

Duas músicas, entre as milhares que exaltam o samba, exprimem, de maneira diversa, a emoção que essa música provoca.

O samba do carioca Zé Keti quer mostrar ao mundo que tem valor, que é a voz do morro, o rei do terreiro, que é quem leva a alegria a milhões de brasileiros.

O baiano Dorival Caymmi é enfático: quem não gosta de samba, bom sujeito não, é ruim da cabeça, ou doente do pé.

Zé Keti, Caymmi, Noel Rosa, Chico Buarque, Geraldo Pereira, Ary Barroso, Paulinho da Viola, Batatinha, Riachão, dona Ivone Lara, Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho…

Como seria bom se este fosse um país que tratasse o sambista como doutor e o doutor tivesse a alma de sambista!

[video:www.youtube.com/watch?v=JpBwhDHv2Wg height:394

 

“A Voz do Morro”
Eu sou o samba
A voz do morro
Sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo
Que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro
Eu sou o samba
Sou natural
Daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros
Salve o samba
Queremos samba
Quem está pedindo
É a voz do povo de um país
Mas o samba
Vamos cantando
Essa melodia
De um Brasil feliz

 

“Samba da Minha Terra”

O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole
quando se canta todo mundo bole
Eu nasci com o samba e no samba me criei
do danado do samba nunca me separei
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole
quando se canta todo mundo bole
Quem não gosta do samba bom sujeito não é
Ou é ruim da cabeça ou doente do pé
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole
quando se canta todo mundo bole
Eu nasci com o samba no samba me criei
e do danado do samba nunca me separei
O samba da minha terra deixa a gente mole
quando se canta todo mundo bole
quando se canta todo mundo bole

 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador