Resgate de Luciano Hortencio
Francisco Alves interpreta MEU SONHO DE CRIANÇA de Alberto Ribeiro
Meus castelos de amor foram todos ao chão
Só ficou a saudade no meu coração.
Saudade, irmã da dor, lembrança de um amor.
O meu sonho de criança, tão depressa se desfez,
Já perdi a esperança, de sonhar mais uma vez.
Hoje sigo o meu destino, sem pensar na ilusão,
Este mundo é pequenino, pra conter um coração.
Eu julguei que a vida fosse mar de rosas para mim,
Uma coisa muito doce, que jamais tivesse fim.
Com o decorrer dos anos, vi que tudo era ilusão,
Há milhões de desenganos, dentro do meu coração.
Francisco Alves – MEU SONHO DE CRIANÇA – Alberto Ribeiro.
Disco Odeon 11.505-A.
Setembro de 1937.
Arquivo Nirez.
Coisas que o tempo levou.
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De Drummond
CONSOLO NA PRAIA
Vamos, não chores…
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o ‘humour’?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.
Berceuse pour Maria Luisa
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Poetinha
Todas as coisas cujos valores podem ser
Disputados no cuspe à distância
Servem para a poesia.
Manoel de Barros
Berceuse pour Benjamim
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