
Enviado por JNS
“As vacas e os cavalos são seres maravilhosos (…) quem lida com eles aprende muito para sua vida e a vida dos outros.”
“Quando alguém me narra algum acontecimento trágico, digo-lhe apenas isto: ‘Se olhares nos olhos de um cavalo, verás muito da tristeza do mundo!’.”
Música Incidental de Ludovico Einaudi
https://www.youtube.com/watch?v=vzu96Qtivyg width:700 height:394
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o corpo do cavalo emana
o corpo do cavalo emana desejos secretos de movimentos mágicos.
lembrei de umpoema de drummond, quarto em desordem…
na curva perigosa dos cinquenta derrapei nestea amor…que dor…
(todo o poema é belíssimo, vale a pena lê-lo, mas fico com o tema,
no final do poema drummondiano):
a verdade, tão final, sede tão vária,
e esse cavalo solto pela cama,
a pasear o peito de quem ama
A Musa Oculta
Os tesouros da “namorada”
Lygia Fernandes e a dedicatória que Drummond escreveu para Lição de Coisas: sem publicação
Quando morreu, em 2003, a bibliotecária Lygia Fernandes guardava em seu apartamento um tesouro de Carlos Drummond de Andrade. Havia com ela pelo menos três livros de poemas inéditos, além de manuscritos de Lição de Coisas e Boitempo. Lygia, que conheceu Drummond em 1951, quando ambos trabalhavam no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi sua namorada, como ela se definia, durante 36 anos. Embora o poeta continuasse casado com Dolores Dutra de Morais, ia quase todo dia ao apartamento da bibliotecária. Depois da morte de Lygia, seus familiares venderam o apartamento e recolheram o material. Hoje eles se recusam a divulgá-lo ou até mesmo a falar sobre o assunto.
O poeta e crítico literário Gilberto Mendonça Teles tem em seus arquivos uma amostra desse tesouro. Na década de 90, após a morte de Drummond, ele procurou Lygia, a quem fora apresentado duas décadas antes. Ela permitiu que o crítico fizesse uma cópia do manuscrito do livro Lição de Coisas, publicado em 1962. Na versão copiada aparecem dois poemas que nunca foram publicados, ambos em homenagem a Lygia. Um deles, em forma de dedicatória: “Uma lição sutil agora aprendo, de coisas transformadas pelo amor: Há num livro dois livros. O segundo, sequer o imaginara o próprio autor. Este livro de Lygia é dedicado a Lygia”.
Fonte: http://veja.abril.com.br/111109/drummond-antes-de-drummond-p-204.shtml
A voz do poeta
Maria Lúcia do Pazo: “Segundo Freud, ‘o amor sexual proporciona as mais fortes sensações de prazer, constituindo-se no protótipo do anseio de felicidade em geral; todavia, uma pessoa nunca está menos protegida contra o sofrimento do que quando ama e nunca está mais desamparadamente infeliz do que quando perde esse amor’. Você mesmo já escreveu, no poema ‘Elegia’, ‘amor, fonte de eterno frio’. Assim sendo, por que queremos todos o amor, a despeito de tudo que possa nos causar de tristeza e dor?”
Drummond: “Não creio que, conscientemente, qualquer um de nós procure a tristeza e a dor. Mas há de haver uma força oculta dentro de nós, que acaba paradoxalmente procurando essas coisas. É um sentimento de autodestruição, realmente nebuloso. Não se procura isso conscientemente.
A gente procura o amor como fonte de realização plena, evidentemente. Mas está mais do que provado que essa realização nunca é desacompanhada de grandes tremores de terra, grandes convulsões, e nós sabemos o preço disso, porque há uma história que, dependendo da nossa experiência -ela vem nos livros, nas óperas, na pintura- mostra as tristezas do amor. É uma procura talvez masoquista, mas que faz parte da natureza humana. Não creio que alguém aspirasse a um amor puramente tranquilo, celestial, mesmo porque, na prática, está demonstrado que é impossível.”
Erotismo, poesia e psicanálise em entrevista inédita de Drummond / Marcelo Bortoloti
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/53086-a-voz-do-poeta.shtml
Pérolas de Guimarães Rosa no
Pérolas de Guimarães Rosa no conto João Porém, o Criador de Perús
O pão é que faz o cada dia.
Ali, qualquer certeza seria imprudência.
Porém tardava-os, com a indecisão falsa do zarolho e o pigarro inconcusso da prudência.
A esperança, talvez, sempre cabedora. A vida é nunca e onde.
O contrário da idéia-fixa não é a idéia solta.
Infelicidade é questão de prefixo.
“Ando a ver”
“O caracol sai arrebol. A cobra se concebe curva. O mar barulha de ira e de noite. Temo igualmente angústias e delícias. Nunca entendi o bocejo e o pôr-do-sol. Por absurdo que pareça, a gente nasce, vive, morre. Tudo se finge, primeiro; germina autêntico é depois. Um escrito será que basta? Meu duvidar é uma petição de mais certeza.” – Guimarães Rosa
Einaudi
É o último grande fenômeno na música clássica e, até que surja outro Einaudi, sempre terá a emoção do novo.
A alquimia musical única da Einaudi baseia-se em elementos da música clássica, mesclada ao rock, à música eletrônica e world music.
Luminoso, emotivo, sem esforço lírico e sempre, extremamente, refinado, a sua música e as suas performances tornaram as definições tradicionais de gênero e de audiência obsoletas.
Einaudi lançou uma série de álbuns qu8e alcançaram o topo das paradas, como o mais recente “In A Time Lapse”, que fez história nas paradas do Reino Unido para um artista clássico, e tornou-se o # 1 iTunes Classical Álbum de toda a Europa e nos EUA.
[video:http://youtu.be/KIprTEhr9lE width:600 height:450]
Einaudi escreveu mais de vinte trilhas sonoras de filmes, o que lhe valeu vários prêmios de melhor trilha sonora em vários festivais de cinema europeus, bem como uma indicação ao Oscar de Melhor Trilha Sonora para “Fuori Dal Mondo”.
Enquanto ainda não era um nome conhecido, ele foi discretamente acumulando uma legiões de silenciosos fãs e o seu álbum “Divenire”, de 2007 liderou as paradas de música clássica do iTunes, enquanto a melancólica faixa “I Giorni” (“The Days”) surfou na UK Top 40 do ano passado.
[video:http://youtu.be/r0gzCptvSSA width:600 height:450]
Ele nasceu em Turim, em uma família bastante notável. Seu avô, Luigi, foi o primeiro presidente da Itália pós-guerra, enquanto seu pai, Giulio, era um editor que trabalhou com autores de prestígio como Italo Calvino e Primo Levi. Sua mãe, uma pianista amadora, encorajou o seu interesse pela música.
Einaudi também foi influenciado pelo compositor avant-garde Luciano Berio, com quem estudou em Paris: “Berio estava aberto a muitas perspectivas diferentes. Ele podia ver música na arquitetura ou na forma como um grupo de pássaros voava no céu. Acho que o que realmente ficou comigo foi a idéia de que você pode escrever música sobre a textura de uma parede, porque tudo está, de alguma forma, ligado”, reflete Einaudi.
[video:http://youtu.be/7baW85kLcLI width:600 height:450]
Algo na música de Einaudi compartilha memórias e abre as torneiras das emoções.
O olhar do cavalo
Não é preciso amar um cavalo para vislumbrar a profundidade da janela aberta para a sua alma através do seu olhar.
Imagens do THE EQUINEST
Cavalos Selvagens
Kalsey Kulyk de pequena cidade de Sask, na baía de Hudson
A verdadeira lufada de ar fresco na cena da música country canadense.
[video:http://youtu.be/ER0emUDI-wY width:600 height:450]
A Encantada Arte de Lisa Luree e a Canção Incidental dos Rolling Stones
Viver na infância é fácil
As coisas que você quis eu comprei para você
Senhora sem graça, você sabe quem sou eu,
Você sabe que eu não posso deixá-la deslizar pelas minhas mãos
Cavalos selvagens,
Não podem me arrastar para longe,
Cavalos selvagens, selvagens,
Não podem me arrastar para longe…
Eu assisti você sofrer uma dor sombria, agonizante
Agora você decidiu mostrar o mesmo para mim
Nenhuma longa saída, fora das linhas do palco,
Podem me fazer sentir amargo ou tratá-la indelicadamente
Cavalos selvagens,
Não podem me arrastar para longe…
Cavalos selvagens, selvagens,
Não podem me arrastar para longe…
Eu sei, eu sonhei que você era o pecado e a mentira,
Eu tenho a minha liberdade, mas eu não tenho muito tempo
A fé tem sido quebrada e as lágrimas devem ser choradas,
Vamos fazer algo vivo depois que nós morrermos
Cavalos selvagens,
Não podem me arrastar para longe…
Cavalos selvagens, selvagens,
Nós os montaremos algum dia
Tradução , Wild Horses , Rollings Stones , Rádio UOL
Oscar Luigi Scalfaro
Oscar Luigi Scalfaro foi o chefe de Estado da Itália durante sete anos (1992-1999), alguns dos mais difíceis da história do país.
Durante seu período na frente da chefia do Estado, Scalfaro viveu a ofensiva da Cosa Nostra.
Juiz até meados a década de 1940, Oscar Luigi Scalfaro ocupou a Presidência da Câmara e do Senado e foi o chefe de Estado quando a Itália enfrentou a máfia siciliana, que desferiu os atentados contra os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992.
Também foram anos de intenso combate travado contra a extensa rede de corrupção que envolvia todos os grupos políticos do momento, principalmente o Partido Socialista.
Paolo Franchi, articulista do “Corriere della Sera”, destacou que Scalfaro foi um expoente da parte mais conservadora da Democracia Cristã (DC), mas, pela sua defesa do Parlamento e da Constituição, foi transformado em um rival do primeiro Governo de Berlusconi (1994).
Como todos os ex-presidentes italianos, Scalfaro também ocupava uma cadeira como senador vitalício.
Ele nasceu em Novara, na região nortista de Piemonte, em 9 de setembro de 1918, e faleceu em Roma no dia 29 de janeiro de 2012.
Luigi é avô de Ludovico Eunaudi.