Bolsonaro aproveita coronavírus para surfar no populismo

Presidente mantém tom de conflito com congressistas, e entra em contato com o povo mesmo após a necessidade de ficar em quarentena

O presidente Jair Bolsonaro acompanhou, da área externa do Palácio do Planalto, em Brasília, a manifestação de apoiadores de seu governo. Foto: José Cruz/Agência Brasil (via fotospublicas.com)

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro tem sido um exemplo prático de como utilizar a estratégia do populismo em benefício próprio, trazendo parte da população a seu favor e mantendo as críticas aos políticos.

“Quero aprovar o que interessa ao povo”, disse o presidente em entrevista, mantendo o tom de confronto com o Congresso Nacional e usando o povo como token para seus interesses políticos.

Segundo o jornal Correio Braziliense, os ataques de Bolsonaro se concentraram no presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), principalmente após os atos realizados em Brasília. Na ocasião, Bolsonaro contrariou as recomendações do Ministério da Saúde neste domingo e esteve em contato com manifestantes.

“Maia me chamando de irresponsável ontem foi um ataque frontal. Estou pronto para conversar com Congresso, mas está em jogo disputa de poder”, afirmou. “Dá para reverter críticas a Maia, é só começar a trabalhar pelo Brasil”, emendou.

Enquanto o presidente cumprimentava simpatizantes em frente ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira, manifestantes gritavam “Fora Maia”, em referência ao presidente da Câmara. Um deles chegou a pedir que o Bolsonaro fechasse o Congresso. Era possível ouvir também gritos contra o presidente do STF, Dias Toffoli.

E evidentemente, ele criticou a imprensa que noticiou sua participação do ato em Brasília ao lado de cartazes que defendiam o fechamento do Congresso. “Essa imprensa mentirosa aí, capas dos jornais dizendo que eu tô falando para fechar o Congresso. Eu nunca falei isso. Nada, nada. Tudo é mentira.”

Redação

3 Comentários

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  1. Não tem como não admitir que a mídia, a alternativa incluída, transformou o atual ocupante da presidência da República em grande vencedor das fracassadas manifestações deste domingo.
    Desde muito antes,só se falava nesse sujeito, funcionando como grande publicidade para ele e sua fracassada manifestação.
    Realizada a manifestação, um fracasso retumbante, onde o sujeito, como é de seu hábito, colocou imagens falsas,de datas diferentes e lugares diferentes, essa mídia sequer se ocupou de demonstrar esse fracasso,limitando-se a reproduzir tweets do sujeito e a critica-lo de forma a reforçar os dogmas daqueles que o apoiam.
    Essa mídia golpista, responsável pelo “senso comum ” que permitiu essa excrescência ser eleita não é surpresa. Surpresa é a mídia alternativa deixar de ser alternativa e ser mero satélite dos grandes grupos.
    O Brasil não sairá do buraco em que se meteu se essa gente não assumir seu papel institucional e informar com a precisão necessária que possibilite a sociedade buscar as melhores alternativas.

  2. É um conversa fiada. Um psicótico.
    Sem condições nem de tocar um condomínio, muito menos o governo de um país como o Brasil. Ou qualquer país.

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