
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro praticamente abandonou a agenda de eventos e viagens internacionais para se concentrar em seu projeto de reeleição. Em seu lugar, ministros e secretários de governo representam o país no exterior.
Bolsonaro não vai ao Fórum Econômico de Davos, programado para ocorrer dentro de duas semanas, não deve comparecer à Cúpula das Américas e sequer foi convidado para o encontro dos sete países mais ricos do mundo. E vale lembrar que a agenda bilateral com outros países é praticamente inexistente.
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A decisão do presidente trouxe reações adversas entre os diplomatas, como explica o jornalista Jamil Chade em artigo no portal UOL: por um lado não precisam “apagar incêndios” para conter danos de declarações problemáticas, o que inclusive trouxe algum alívio.
Entretanto, a ausência do Brasil retira o Brasil dos debates em meio à formação de uma nova ordem global impulsionada pela guerra entre Rússia e Ucrânia – nenhuma autoridade envolvida nas discussões procurou o país para debater temas globais.
Enquanto o país se ausenta do debate de temas relevantes, o governo bolsonarista por meio do Ministério da Família, Mulheres e Direitos Humanos aumentou seu lobby internacional contra o aborto ao lado de países ultraconservadores – o último país a aderir ao projeto foi a Colômbia, que passa a integrar bloco composto por Arábia Saudita, Bahrein, Egito e Brasil.
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