Canal bolsonarista recebeu R$ 70 mil de servidora do BNDES; PF quer investigar doações suspeitas

Polícia Federal vê "possível interposição de pessoas para lavagem de capitais" em doações ao canal do blogueiro bolsonarista Alan dos Santos

Jornal GGN – A Polícia Federal quer abrir novas investigações a respeito do financiamento do canal Terça Livre, do blogueiro bolsonarista Alan dos Santos, que vem sendo investigado no Supremo Tribunal Federal nos inquéritos sobre o gabinete do ódio e os atos antidemocráticos.

Segundo informações do Estadão desta segunda (7), uma das linhas de investigação diz respeito às doações que o Terça Livre recebeu diretamente de pessoas físicas por meio do PayPal ou outros meios de transferência direta de recursos, como a plataforma “Apoia-se”.

Na busca e apreensão na casa de Allan dos Santos, a PF encontrou uma planilha com doadores do canal. O volume de algumas transações chamou atenção dos investigadores.

Uma servidora do BNDES, por exemplo, doou um total de 70 mil reais ao Terça Livre, diretamente na conta de um dos sócios. Outro servidor do Tribunal de Contas do Estado do Rio doou mais de 40 mil reais, em 27 transações.

Um servidor da Secretaria da Fazendo do Rio doou 15,5 mil reais em 31 transferências. Um servidor do Senado também doou 15 mil reais, em três parcelas de 5 mil.

A PF quer saber se houve “possível interposição de pessoas para lavagem de capitais”.

O pedido para abrir as novas investigações foi feito ao STF no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos.

Ainda de acordo com o Estadão, a PF também pediu investigação paralela sobre uma suposta tentativa de obstrução da CPMI das Fake News. Isto porque mensagens trocadas entre Alan dos Santos e a deputada bolsonarista Bia Kicis mostram que ele tentou convencer a parlamentar a mobilizar a base governista na Câmara para impedir a convocação de um de seus sócios à CPI. A deputada negou que tenha recebido esse pedido ou tentado obstruir a investigação.

Os documentos já levantados pela PF também mostraram que Alan dos Santos tinha trânsito com Eduardo Bolsonaro e com a SECOM. Ele também teria desenvolvido programas para a grade da TV Brasil e queria indicar uma amiga para ocupar a Secretaria de Radiodifusão, tudo com ajuda de Eduardo.

Redação

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