
Enquanto o brasileiro paga cada vez mais caro na gasolina e óleo diesel, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (17) um novo recorde no processamento de petróleo do pré-sal em suas refinarias.
A própria Petrobras explica que passou a processar mais petróleo do pré-sal devido, entre outros fatores, à “valorização dos derivados produzidos a partir dele”.
Desde 2016, a Petrobras pratica uma política de preços que impõe ao mercado consumidor interno reajustes salgados nos preços da gasolina, diesel e outros derivados.
“A decisão entre refinar mais petróleo ou exportar, e qual petróleo utilizar nas unidades da companhia, considera diversas variáveis, como disponibilidade dos ativos, as características de cada óleo, seu preço e o preço dos derivados no mercado nacional e internacional. A escolha é feita buscando conjugar o melhor resultado econômico com o atendimento aos clientes da Petrobras”, diz a empresa.
O recorde anunciado pela Petrobras é trimestral: em média, 65% da carga de petróleo processada em suas refinarias teve origem no pré-sal. No mês anterior, o recorde foi de volume processado em um mês: 66%. A título de comparação, em 2016, somente 27% da carga processada nas refinarias da Petrobras tinham origem no pré-sal.

Segundo a Petrobras, o processamento de óleos do pré-sal “vem se expandindo por meio investimentos no parque de refino”, que “trazem maior flexibilidade operacional e logística” e “possibilitam a companhia dar melhor aproveitamento a esses petróleos, inclusive no mercado nacional”.
Ainda de acordo com a companhia, o petróleo do pré-sal é ideal pra a produção de Diesel S-10 e Bunker, contribuindo para que a Petrobras seja mais “competitiva em redução de emissões”, tudo isso porque o petróleo do pré-sal possui baixo teor de enxofre.
“Esses petróleos também apresentam um alto rendimento de derivados médios, ou seja, a partir de um mesmo volume de petróleo do pré-sal, quando comparado a um petróleo do pós-sal, é possível produzir mais QAv (Querosene de Aviação) e Diesel, combustíveis de maior valor agregado”, explica a empresa pública.
Leia também:
2 – Super lucro da Petrobrás traz a marca da inflação recorde dos combustíveis
3 – Política de preços quer desmoralizar Petrobras, diz engenheiro: ‘Botijão poderia custar R$ 60’

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.