Com diesel e gasolina custando mais caro, Petrobras bate recorde no processamento de petróleo do pré-sal

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Petrobras passou a processar mais petróleo do pré-sal devido à "valorização dos derivados produzidos a partir dele"

Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Enquanto o brasileiro paga cada vez mais caro na gasolina e óleo diesel, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (17) um novo recorde no processamento de petróleo do pré-sal em suas refinarias.

A própria Petrobras explica que passou a processar mais petróleo do pré-sal devido, entre outros fatores, à “valorização dos derivados produzidos a partir dele”.

Desde 2016, a Petrobras pratica uma política de preços que impõe ao mercado consumidor interno reajustes salgados nos preços da gasolina, diesel e outros derivados.

“A decisão entre refinar mais petróleo ou exportar, e qual petróleo utilizar nas unidades da companhia, considera diversas variáveis, como disponibilidade dos ativos, as características de cada óleo, seu preço e o preço dos derivados no mercado nacional e internacional. A escolha é feita buscando conjugar o melhor resultado econômico com o atendimento aos clientes da Petrobras”, diz a empresa.

O recorde anunciado pela Petrobras é trimestral: em média, 65% da carga de petróleo processada em suas refinarias teve origem no pré-sal. No mês anterior, o recorde foi de volume processado em um mês: 66%. A título de comparação, em 2016, somente 27% da carga processada nas refinarias da Petrobras tinham origem no pré-sal.

Imagem: Divulgação/Petrobras

Segundo a Petrobras, o processamento de óleos do pré-sal “vem se expandindo por meio investimentos no parque de refino”, que “trazem maior flexibilidade operacional e logística” e “possibilitam a companhia dar melhor aproveitamento a esses petróleos, inclusive no mercado nacional”.

Ainda de acordo com a companhia, o petróleo do pré-sal é ideal pra a produção de Diesel S-10 e Bunker, contribuindo para que a Petrobras seja mais “competitiva em redução de emissões”, tudo isso porque o petróleo do pré-sal possui baixo teor de enxofre.

“Esses petróleos também apresentam um alto rendimento de derivados médios, ou seja, a partir de um mesmo volume de petróleo do pré-sal, quando comparado a um petróleo do pós-sal, é possível produzir mais QAv (Querosene de Aviação) e Diesel, combustíveis de maior valor agregado”, explica a empresa pública.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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