CPI da Petrobras é cortina de fumaça e partidos que apoiam Lula não podem cair nessa cilada, diz Randolfe

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

PT e PSOL também afirmam que a CPI da Petrobras, proposta de Bolsonaro, não será prioridade da oposição

O senador Randolfe Rodrigues, um dos coordenadores da campanha da chapa Lula-Alckmin, afirmou nesta terça, 21, que a CPI da Petrobras é uma “cilada” e não será tratada como “prioridade” pelos partidos de oposição ao governo Bolsonaro.

“A CPI da Petrobras é cortina de fumaça. É a velha tática de criar cortina de fumaça para desviar do essencial. Não será tratada por nós da oposição como prioridade, até porque essa proposta não resolverá um centavo sequer do preço do diesel, gás de cozinha e gasolina”, disse Randolfe.

A declaração ocorreu durante a coletiva de imprensa organizada pelo PT após o lançamento das diretrizes do plano de governo de Lula e Alckmin em 2022. O documento foi elaborado pela Fundação Perseu Abramo, presidida por Aloísio Mercadante.

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também sinalizou que a bancada não vai avançar sobre a proposta de CPI. A ideia foi apresentada por Jair Bolsonaro após a Petrobras aumentar de novo o preço da gasolina e diesel, valendo a partir de 18 de junho. O último aumento havia ocorrido menos de 100 dias atrás.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que é consenso entre os sete partidos da coligação de Lula e Alckmin que a política de paridade de preços internacionais da Petrobras tem precisa mudar.

“Há um grande consenso de que as medidas em discussão [para reduzir os preços dos combustíveis] neste momento – seja congelamento do ICMS, criação de fundo a partir de dividendos da estatal – todas essas discussões feitas hoje, com ampla repercussão da imprensa, não resolvem o problema estrutural. Isso está muito unitário aqui, que é necessário mudar a política de paridade internacional.”

Segundo Medeiros, o grupo discutirá como propor essa mudança na PPI sem gerar grandes impactos no curto prazo, como eventual processo de desvalorização da Petrobras.

Leia também:

Taxar lucros extraordinários de petroleiras é direito de governos, por Luis Nassif

As mentiras sobre as estatais, por Luis Nassif

Projeto legalizará o golpe de Parente na Petrobras; senador Prates nega; por Luis Nassif

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador