Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,3%, no segundo trimestre de 2022. Agora, a falta de trabalho atinge 10,1 milhões de brasileiros, cerca de 4% da população.
Nos primeiros três meses do ano, o desemprego tinha índice de 11,1%, atingindo 11,9 milhões de pessoas.
O número de 9,3% de desempregados é o menor para os segundos trimestres desde 2015, quando o Brasil passava por profunda crise econômica.
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Crescimento sem qualidade
Essa queda não surpreende porque está ligada com a retomada de atividades com o abrandamento da pandemia e de medidas de restrição
explicou o jornalista econômico Sergio Leo.
Ainda segundo ele, outro fator importante foi a contratação de profissionais de ensino básico, algo que foi reduzido durante o auge da contaminação por covid-19.
Mas ainda é insuficiente para imaginarmos uma retomada sustentável e consistente da economia,
analisou Sergio Leo
Para ele, haverá uma melhora nos índices econômicos ainda neste ano, mas vai se tratar de melhora “de má qualidade”.
A geração de emprego no Brasil, como tem lembrado o economista Paulo Gala, é um aumento de emprego de baixa qualidade, de baixa sofisticação, o que significa que não é um emprego que colabora para aumentar a produtividade da economia, é um aumento principalmente na área de serviços, de atendimento, de garçom, manicure. Toda uma pletora de atividade veiculadas ao atendimento às pessoas
disse Leo
O que entra na conta
O cálculo do IBGE abrange as pessoas sem trabalho e as que estão procurando uma vaga. Ou seja, quem desistiu de ir atrás de trabalho não faz parte da conta.
Assim, uma queda no desemprego pode significar que mais pessoas deixaram de buscar uma ocupação, da mesma maneira que um aumento no dado pode indicar que mais brasileiros voltaram a ter esperança de conseguirem um emprego.
Além disso, a taxa é medida também pelo número de trabalhadores informais tanto quanto por aqueles que possuem carteira assinada.
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