Jornal GGN – O coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, será julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público na terça-feira, 18 de agosto. Há dias, o procurador da “República de Curitiba” vem se pronunciando nas redes sociais e até escreveu um artigo admitindo o medo de ser afastado da força-tarefa.
Nesta segunda (17), o Estadão – jornal alinhado ao lavajatismo – afirma em coluna que “o destino da Lava Jato passará pelo julgamento” de Dallagnol.
Segundo o jornal, se o CNMP afastar o procurador da Lava Jato, o procurador-geral da República Augusto Aras sairá “fortalecido” e poderá usar “a decisão como embasamento para não renovar a própria a força-tarefa, em setembro.”
Ainda de acordo com o diário, “a defesa de Deltan Dallagnol protocolou pedido de habeas corpus no Supremo. A análise será feita por Celso de Mello.” Já “os adversários de Dallagnol devem tentar o afastamento imediato do coordenador via liminar.”
Em artigo no jornal O Globo, na semana passada, Dallagnol escreveu que o julgamento no CNMP preocupa “por duas razões”. Primeiro, pela “pressão por punições por parte de pessoas influentes”. Segundo, porque “acusações inverídicas passaram a ser verbalizadas por altas autoridade”, “inclusive por parte de quem deveria defender a atuação independente do MP”, disse Dallagnol, em alusão a Aras, que tem defendido a investigação e punição dos procuradores.
Dallagnol ainda escreveu que o cenário dentro do CNMP não está favorável à Lava Jato. Além disso, defendeu que “eventuais equívocos” da operação deveriam ser corrigidos nos autos dos processos, e não via Corregedoria.