DILMA+MARINA-AÉCIO-GRANDE MÍDIA=BRASIL DE HOJE

Insatisfações e ódios andam permeando vários lados dessa campanha. Demonizam Dilma,  demonizam Marina e o natimorto Aécio perde-se atônito em meio às escolhas do que hoje representam o pensamento do brasileiro. O povo é sábio, ao contrário do que sempre apregoam as “elites”(que elites ?). Manter Aécio na faixa dos 15% é um reconhecimento histórico de toda a nação aos caminhos das escolhas populares interrompidas no passado, interrupções essas sempre sustentadas por aqueles representantes modenos das antigas moscas de padaria, ou seja, as velhas oligarquias aristocráticas que orbitavam os imperiais e seus monarcas.


Os tempos mudaram…o café com leite abriu espaços para o acarajé, para o feijão de corda, para a macarronada, para o churrasco, e por aí segue. Não se domina mais o país a partir de SP e MG.  Neste ponto, aliás, SP e MG também já não são mais o mesmo. O leite é de caixinha, o café é embalado à vácuo. Maravilha ! Os Brasis dentro do Brasil formam hoje um todo, não só fração. O sentimento nacionalista positivo alastra-se. A informação não é exclusivamente ditada ou monopolizada (viva a internet). O mundo vem experimentando essa mudança e nosso país não poderia ficar atrás. Só há alguns detalhes a serem esclarecidos e os pingos colocados em jotas e i(s).


Inegáveis os avanços trazidos pelo PT no comando da nação. Inegável que a candidatura Marina seja um avanço. Inegável que as duas candidaturas(Dilma e Marina) são, não apenas um avanço, mas um tiro de morte no peito dessa velhacaria vetusta que vive às tramas políticas em busca de suas reservas de ouro. Feliz o povo que pode escolher entre duas candidatas que representam projetos efetivamente populares. Triste é ver a pseudo-imprensa independente (via blogs e redes) tão ufanisticamente a defender Dilma e demonizar Marina com se esta fosse um mal em si. Lamentável ! Esquecem-se de seu perfil e de sua história. Não há outro fundamento nisso a não ser o da manutenção de seus poucos privilégios às custas da “viúva”, francamente representados em contratos publicitários a sustentar tal mídia independente. Basta observar os sites.


Marina pode até não ser boa, mas Dilma também não tem sido. O tal pragmatismo “Lulista” parece ter cansado boa parcela da população. Dar os anéis para preservar os dedos parece não mais estar sendo aceito. Amadurecemos todos, inclusive o país, as instituições, os militares, etc. Não há mais espaços para conspirações e golpes, logo, a pretexto de fazer o certo está mais do que na hora de as duas candidatas apreentarem de fato e de modo concreto proposições para que este país afaste-se de modo definitivo desse modelito colonial de se fazer política, dessa coisa entre abjeta e enfadonha. Está na hora de livrar-se das hienas e das maritacas do caos. Esse foi o grande recado das manifestações de 2013.


E se estes gritos populares não forem ouvidos, o que virá pela frente ? Simples: radicalismo. Democraticamente as quizilas internas devem ser resolvidas. Quem não quer o Brasil potência ?! Todos querem, a não ser os que pensam que aqui ainda é o quintal de Washington DC. E o que precisamos resolver ? Algumas coisas, todas elas bem simples sob a ótica do que é o certo a fazer e, mesmo sem ter bola de cristal ou fórmula mágica posso algumas mencionar, pois são de conhecimento comum:


1- A reforma política- basicamente, um “homem”, um voto. Voto distrital ? Digam os doutos, porém, não à toa o atual CN defende o voto distrital misto. Já viram, não é ?! Financiamento público de campanhas. Doação apenas via sistema bancário ou creditício, ainda assim, somente por pessoas físicas. PJ não vota.  Voto facultativo, o que qualificaria o voto. Quer beber cerveja, churrasquinho e praia no dia da eleição ? Vá em paz e não vote.


2- O fim do foro por prerrogativa de função, o famigerado foro privilegiado. Pensem que nos EUA, o presidente do “mundo” à época, Sr. Bill, por conta de uma felação teve que sentar sua bundinha diante de um juíz de primeira instância, de um condado, e fazer acordo com um promotor local, tudo para escapar do pior.  Tecnicamente, o foro por prerrogativa de função ou cargo foi criado a fim de evitar perseguições políticas ou golpistas.  Falhou ! Criou a casta judiciária e a casta dos jurisdicionados.  Pensem no risco e na vergonha de um senador, um deputado, um promotor, procurador, juiz, ministro, etc… sentado em um banquinho de delegacia de polícia para prestar depoimento. Ahhh, mas a polícia se vende fácil ! Depende. Há policiais movidos por ideais. E há o MP e os juízes singulares…nossa ! Muita gente idealista junto, afinal, são todos concursados e não indicados em listas tríplices. Que risco !


3- A extinção da LEP- Lei de Exercuções Penais. Esta famigerada lei, e não o código penal, traz à tona todo o sentimento de impunidade que permeia o país. Como pode um preso com bom comportamento ter abatimento de pena ? Absurdo ! Bom comportamento é pré-requisito de convivência em cana. Mal comportamento deveria agravar a pena. A pretexto de termos presídios-masmorras medievais vem as leis afrouxar os cumprimentos de pena. Hoje, caro leitor, você pode bater em seu vizinho 3, 300 ou 3.000 vezes e se as lesões corporais foram leves, você assinará um papelzinho na DP, um no TJ e…tchau, vida que segue. Você processará alguém para reaver seu imóvel ?  Mais fácil chegar lá com um porrete e colocar pra fora, não dá nada mesmo ! Um registro de exercício arbitrário, assina um papelzinho e vái pra casa. Mas o imóvel você retomou. Isso se chama Lei 9099/95.  As penas devem ser flexibilizadas, em seus mínimos e máximos, tendo a certeza de cumprí-las integralmente, aí, sim, o efeito inibidor pelo exemplo do cárcere. Cadeia não conserta ninguém em lugar algum. Cadeia é cárcere, é castigo. Filosofar sobre isso é mera hipocrisia.


OBS.: O ítem 2 somado ao 3 provocaria pânico, do político corrupto ao tungador da esquina.


4- Modernização dos processos judiciais, com enxugamento dos infindáveis recursos protelatórios. Pode um país continental, com Juiz singular em cada comarca, conjunto de juízes, desembargador, câmaras de desembargadores, plenários dos TJs, pode dentro desta estrutura um processo passar ainda por STJ e STF ? NUNCA !


5- Um sistema tributário inteligente, simples, enxuto e de fácil execução e fiscalização.  Imposto único ?!  Faixas progressivas ? 3 ou 4 impostos ? E aí, doutos ?


6- Uma polícia que funcione, UMA, não duas, três, quatro. UMA, com meios, modos e salários. Só isso. Polícia boa e barata não existe. Magistrados e MPs já são fortes o bastante. Falta a outra ponta: A Polícia.


Muitas outras, todas simples, certamente há, permitindo-me encerrar para não tornar enfadonho. O que falta ? Vontade política.


Dilma apostou no estabilidade da governança, mantendo os acordos com pilantras quadrilheiros de toda a sorte, de todas as matizes partidárias. Marina explora o flanco dessa mazela e ganha votos, encontrando eco na sabedoria popular que se vê enojada de tudo isso. Mas Marina representa de fato esta ruptura ? Vái saber. Dentro da atual estrtutura eleitoral parece mais do mesmo. E Dilma, teria chance de capturar essa rebeldia popular ? Creio que sim. Basta ser Dilma e honrar sua própria história, tão bela ou ainda mais bela que de Marina. Sorte do Brasil: Duas grandes figuras que tem tudo para romper os grilhões que nos mantém na pré-história política.


Chega. Basta mesmo de governança a qualquer preço. O país pode e merece mais.


Abs.

Redação

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