Disputa entre Lula e Bolsonaro está “párea” e as “intenções de voto não necessariamente refletem isso”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Bolsonaro apresenta índices "muito mais competitivos do que as pessoas imaginam", diz Felipe Nunes da Quaest

O cientista político, especialista em pesquisas eleitorais e diretor da Quaest, Felipe Nunes, disse em entrevista à TV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, veiculada em 10 de outubro, que a disputa entre Lula e Bolsonaro no segundo turno das eleições gerais de 2022 está “párea” e que isso “não necessariamente” está refletido nas intenções de votos captadas pelas pesquisas.

A primeira pesquisa Genial/Quaest divulgada após o segundo turno, em 6 de outubro, mostra que Lula tem entre 52% a 56% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro tem entre 44% e 48% de votos válidos. No Ipec divulgado na noite de terça, 11 de outubro, Lula tem 55% dos votos válidos e Bolsonaro, 45%.

Para além do placar, a pesquisa Quaest contém outros dados que precisam ser olhados com atenção, como citado por Nunes na entrevista.

“O Bolsonaro chega ao segundo turno com mais gente achando que ele merece segunda chance, com mais gente achando que ele faz o trabalho que pode para resolver os problemas do Brasil, e mais gente com medo da volta do PT. Isso combinado sugere um resultado muito mais competitivo do que as pessoas imaginavam num primeiro momento”, diz o CEO da Quaest.

O placar não explica a dinâmica do jogo

“O que a gente está projetando é uma eleição muito disputada, uma eleição muito párea entre os dois candidatos, e isso não necessariamente está refletido nas intenções de voto, que ainda dão a Lula uma vantagem mesmo que pequena, mas ainda vantagem. As pessoas que estão acompanhando pesquisas têm que olhar para além do placar; precisam olhar para como a dinâmica do jogo”, alertou Nunes.

Na reportagem “Apesar de Lula manter liderança, Quaest apresenta dados preocupantes”, o GGN exibiu algumas métricas analisadas pela pesquisa que indicam mudança no humor do eleitorado – o que explicaria, em parte, o resultado parcialmente inesperado no primeiro turno.

Um indicador relevante é o de merecimento de uma segunda chance. Cerca de 50% dos eleitores pensam que Bolsonaro merece ser reeleito, empatando com Lula. Na véspera do primeiro turno, 44% queriam dar uma segunda chance a Bolsonaro – e ele acabou aquela rodada de 2 de outubro com 43% dos votos válidos apurados nas urnas.

Enquanto o medo da “volta do PT” está subindo entre os eleitores, o medo da “continuidade de Bolsonaro” vem caindo. Na pesquisa Quaest de 6 de outubro, estão em situação de empate técnico

Outro dado que chama atenção é que a força do antipetismo é similar à força do antibolsonarismo como motivação para o voto. Entre os eleitores de Bolsonaro, 45% afirmam que votaram no líder de direita para impedir que o PT volte ao poder. Já entre eleitores de Lula, votar em Bolsonaro para sacá-lo do poder foi a motivação de 42%.

A fotografia da corrida presidencial feita pela Quaest mostra ainda que enquanto o medo da volta do PT vem aumentando a cada rodada, o medo da continuidade do governo Bolsonaro cai. Hoje, estão em situação de empate técnico, dentro da margem de erro.

Minas Gerais pode reeleger Bolsonaro

A entrevista foi concedida a Marco Antônio Soalheiro, do programa Mundo Político. Felipe Nunes também falou sobre o peso dos apoios angariados no segundo turno por Lula e Bolsonaro, destacando a aliança de Romeu Zema (Novo) com Bolsonaro em Minas Gerais. Para Nunes, Minas é um “swing state” e “se Bolsonaro virar a eleição em Minas, ele é presidente da República” de novo. O cientista político comentou que a abstenção foi a principal causa de Lula não ter vencido o pleito ainda no primeiro turno.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Se o Bolsonaro não virar a eleição em Minas Gerais, ele não será reeleito. Se virar, será reeleito.
    O que isso quer dizer? Que se Bolsonaro tiver maioria dos votos, ele será eleito.
    Se as pesquisas de intenção de voto não estão captando a realidade, o que elas estão captando?

  2. Pois é “seo” Nassif, quem sabe depois dessa também o demônio,ele mesmo, lúcifer, não mereça do Pai uma segunda chance??? Ou outros patifes ditadores e genocidas da História???? Ora, perdoar é divino, e o que são 700.000 mortos, não é mesmo??…

  3. Essa eleição é decisiva para o mundo. O planeta está cheio de problemas, daqui a muito pouco tempo não haverá comida pra todos. Caso seja eleito Bolsonaro fará um governo para matar pobres. Ele já falou que sendo presidente aumentará a quantidade de ministros no STF,com isso poderá aprovar a pena de morte. Quais serão as pessoas a serem mortas? Os ricos não morrerão, a pena de morte só matará pobre, esse mesmo pobre que está dando a ele o poder de matar. Ele já disse várias vezes que o pobre é pobre porque não gosta de trabalhar. Essa eleição,não trata mais de corrupção, se trata de salvar vidas, salvar o país de um projeto de poder para colocar o Brasil na NOVA ORDEM MUNDIAL. É muito importante que cada um de nós pense que tipo de país queremos,se uma DEMOCRACIA ou um país de fome e miséria. Com a eleição de Bolsonaro seremos um país onde a desigualdade será normal, pessoas morrerem de fome ou doença será normalizado. O eleitor, principalmente o pobre que votar a favor da barbárie estará assinando a sua própria morte e a morte das pessoas que ama. As mulheres, principalmente, devem,antes de digitar o seu voto saber que poderão estar dando a esse governo o poder de tirar a vida dos seus filhos. Essa eleição não é uma eleição comum, volto a repetir, a estratificação social será o que dará a esse governo a permissão de matar aqueles a quem amamos. Falo principalmente para as mulheres, aquelas que estão praticando sua religião pedindo a salvação dos filhos, saiba mãe,eles serão as primeiras vítimas desse governo que tem por objetivo maior livrar o mundo dos gays, dos pretos e depois dos pobres . Não vamos nos deixar enganar, votemos pra salvar a nossa gente da sanha genocida de um governo que não tem limites para alcançar seus objetivos

  4. Essa eleição é decisiva para o mundo. O planeta está cheio de problemas, daqui a muito pouco tempo não haverá comida pra todos. Caso seja eleito Bolsonaro fará um governo para matar pobres. Ele já falou que sendo presidente aumentará a quantidade de ministros no STF,com isso poderá aprovar a pena de morte. Quais serão as pessoas a serem mortas? Os ricos não morrerão, a pena de morte só matará pobres, esse mesmo pobre que está dando a ele o poder de matar. Ele já disse várias vezes que o pobre é pobre porque não gosta de trabalhar. Essa eleição,não trata mais de corrupção, se trata de salvar vidas, salvar o país de um projeto de poder para colocar o Brasil na NOVA ORDEM MUNDIAL. É muito importante que cada um de nós pense que tipo de país queremos,se uma DEMOCRACIA ou um país de fome e miséria. Com a eleição de Bolsonaro seremos um país onde a desigualdade será normal, pessoas morrerem de fome ou doença será normalizado. O eleitor, principalmente o pobre que votar a favor da barbárie estará assinando a sua própria morte e a morte das pessoas que ama. As mulheres, principalmente, devem,antes de digitar o seu voto saber que poderão estar dando a esse governo o poder de tirar a vida dos seus filhos. Essa eleição não é uma eleição comum, volto a repetir, a estratificação social será o que dará a esse governo a permissão de matar aqueles a quem amamos. Falo principalmente para as mulheres, aquelas que estão praticando sua religião pedindo a salvação dos filhos, saiba mãe,eles serão as primeiras vítimas desse governo que tem por objetivo maior livrar o mundo dos gays, dos pretos e depois dos pobres . Não vamos nos deixar enganar.

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