Dívida pública federal ultrapassa R$ 4 trilhões em 2019

Crescimento foi de 9,59% em relação ao visto em 2018; emissão de ações e apropriação positiva de juros afetaram resultado, segundo dados divulgados

Jornal GGN – A dívida pública federal encerrou o ano de 2019 com um crescimento de 9,59% em relação ao registrado no ano anterior, atingindo um total de R$ 4,248 trilhões, segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional.

Em termos nominais, a dívida pública federal subiu 1,03% ante o apurado em novembro, quando o total foi de R$ 4,205 trilhões. Esta variação deveu-se à emissão líquida, no valor de R$ 19,21 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 24,28 bilhões.

Ao longo do período, a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,22%, ao passar de R$ 4,033 trilhões para R$ 4,083 trilhões, por conta da emissão líquida, no valor de R$ 19,07 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 30,26 bilhões.

As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 30,33 bilhões: R$ 18,47 bilhões (60,91%) em títulos com remuneração prefixada; R$ 6,13 bilhões (20,20%) remunerados por índice de preços e R$ 5,71 bilhões (18,82%) em títulos indexados a taxa flutuante. Desse total, foram emitidos R$ 27,81 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 1,82 bilhão relativo às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 700 milhões referentes às emissões diretas.

Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve retração de 3,40% sobre o estoque apurado em novembro, encerrando o mês de dezembro em R$ 165,68 bilhões (US$ 41,10 bilhões), sendo R$ 150,37 bilhões (US$ 37,31 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 15,31 bilhões (US$ 3,80 bilhões) relativos à dívida contratual.

O valor registrado em 2019 ficou dentro das projeções realizadas pelo governo, que esperava ter um endividamento entre R$ 4,1 trilhão e R$ 4,3 trilhões no ano passado.

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse que a alta nominal não significa que a dívida continua em uma trajetória inteiramente negativa e que, ao que tudo indica, a dívida pública está ocupando uma parcela menor do PIB. “No cenário do Tesouro, não vemos mais uma dívida de 80% do PIB”, afirmou.

Redação

2 Comentários

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  1. Faltaram os títulos em poder do BC, mais de R$ 1,4 trilhão.
    Junte tudo, e têm-se um estoque de aproximadamente R$ 5,7 trilhões. Fora a dívida externa do governo, com a qual são R$ 6,4 trilhões, 88% do pib.

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