Em comunicado, Globo justifica beijo gay em novela

Por Janaina Nunes | Yahoo

A Globo enviou um comunicado, para alguns veículos, para explicar o beijo que ocorreu entre os personagens Felix e Niko de “Amor à Vida”. A pergunta que não quer calar: para quê?

“‘Toda cena de novela é consequência da história, responde a uma necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama. A pertinência desse desfecho foi construída com muita sensibilidade pelo autor, diretor e atores e assim foi percebida pelo público. É importante lembrar que o relacionamento homossexual sempre esteve presente nas nossas novelas e séries de maneira constante, responsável e natural. A cena esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história“, diz a nota.

A relação de Niko e Félix foi construída tão naturalmente que o beijo (um encostar de lábios marcante, como disse um amigo) virou apenas uma consequência. Emitir um comunicado, então, se mostrou desnecessário. A vida é assim e pronto. Não tem de explicar. As pessoas podem não aceitar, mas têm de respeitar. Ficou parecendo que a Globo quis se explicar para as camadas mais conservadoras. Por outro lado, o comunicado também mostra que o canal vai capitalizar muito em cima da cena, óbvio. Os jornalísticos da emissora vão explorar bem o assunto, que há tempos já deveria ter sido superado na teledramaturgia.

Novela é ficção, mas a grande maioria se propõe a abordar a realidade. Adiar um beijo gay só mostrou o quanto o canal é conservador. Poderia ter feito o primeiro beijo gay da história da teledramaturgia há anos (lembram como o público torceu para o Tarso, personagem vivido por Bruno Gagliasso, na novela “América”, em 2005?), mas deixou o fato escapar para o SBT na novela “Amor e Revolução”, de Tiago Santiago. De qualquer maneira, a Globo mostrou que há uma luz no fim do túnel.

 

Redação

35 Comentários

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  1. E eu lá quero saber o motivo

    E eu lá quero saber o motivo de uma interação bucal entre dois indivíduos do mesmo sexo? O que eu quero saber é porque não pagou o DARF de 600 milhões até hoje.

    1. DARF não é um imposto, é

      DARF não é um imposto, é apenas um formulario. E obviamente a Globo não pagou porque ahca que não deve pagar, como faria qualquer contribuinte, deve estar recorrendo a todas as instancias.

        1. Meu caro, a Globo esta sendo

          Meu caro, a Globo esta sendo processada, que se defenda, estamos em um Estado de Direito. E a Record á a ultima

          organização do Brasil que pode falar em impostos, foi construida com dinheiro quen nunca foi taxado sobre o dizimo que os credulos jogam na cesta do bispo Macedo, hoje no ranking da FORBES como bilionario, nunca produziu coisa alguma e

          se tornou um dos homens mais ricos do Brasil tirando dinheiro de miseraveis. Falar da Globo, passaando batido pela Record é o maximo da hipocresia.

          1. Direito?!

            Roubo e desaparecimento de documentos, condenação da diletante hoje desempregada que mora na av. Atlantica, habeas corpus do (presidente?) do supremo e não envolvimento da empresa no processo (que envolve clara sonegação sofisticada no exterior) é “defesa no estado de direito”?

            Até que hora do Natal vc espera papai Noel descer pela lareira?!

             

            (PS: Longe de defender o bispo, nem os impostos nem os dízimos são ilegais pela lei daqui, dos EUA, da Inglaterra e da maioria dos países ditos desenvolviidos. Quanto à “extorsão” dos fiéis (menos sofisticada que a dos leitores e tele-espectadores da Globo e similares), eles vão lá por suas livres e ingênuas crenças. Tal como as suas.

  2. Dramaturgia, na novela em

    Dramaturgia, na novela em questão ? É pra rir ou pra chorar ? É claro que as pessoas têm de respeitar, mas sobre a questão da “vida ser assim”, devo confessar que, em mais de meio século de vida, eu nunca tinha visto dois homens se beijando, apesar de ter amigos  que são gays. Eu acho que cada um tem o direito de ser e fazer o que quiser, mas isto não me impele a falsear a realidade. E uma que salta aos olhos de qualquer pessoa isenta, é que a Globo promove ostensivamente o homossexualismo em suas novelas há aproximadamente dez anos. Que seja para o bem de nossa sociedade, é para isso que   torço sinceramente.

     

    1. Não é homossexualismo. É

      Não é homossexualismo. É homossexualidade.

      Sexualidade não é promovida, mas sim retratada. Não se promove homossexualidade, tanto quanto não se promove heterossexualidade. Se formos concluir pela primeira sentença, necessariamente temos de aceitar a validade da segunda.

      Você não viu beijo de dois homens em mais de meio século porque não a sociedade é heteronormativa e reprime demonstrações homoafetivas. Teria visto vários beijos tais, se o preconceito não existisse. É pelo fim desse preconceito contra LGBT que se luta.

      1. Sugiro que você consulte o

        Sugiro que você consulte o Aurélio, lá encontrará o verbete homossexualismo. Recomendo também que, antes de tentar desqualificar alguém, tenha bastante certeza do que diz, para não fazer um papel ridículo.

        Aproveite o Aurélio e verifique o significado de promover, incentivar, estimular. Isto evitará argumentações tão pedantes quanto desprovidas de conteúdo.

        Sua arrogância não esconde a falta de argumentos e o tom professoral só torna seu texto mais pífio ainda. Não me anima sequer a debater.

         

        1. Nao vi arrogância no comentário dele; vi na sua resposta…

          Ele nao disse que a palavra nao existe (até porque qualquer palavra usada por um falante nativo da língua existe, nem que seja só na fala daquele falante). Fez uma correçao baseada no fato de que o uso dela nao é adequado, porque revela uma visao obsoleta, nao mais partilhada pela maioria das pessoas que estudam a sexualidade, sobre a orientaçao homossexual. Podia ter deixado isso mais claro, mas isso é de conhecimento bastante generalizado, ainda mais neste Blog, onde o Gunter já tratou disso várias vezes. 

          Tb ao dizer que “nao se promove a homossexualidade nao quis dizer que nao haja quem possa pretender fazer isso; apenas que isso nao terá nenhum efeito, porque ninguém será homossexual ou heterossexual por influência de “promoçao” alheia. 

          E você dizer que ele teria sido arrogante, quando nao foi, e que teria usado tom professoral (que você usou…) e usar isso para nao argumentar só pode ser piada. 

          1. LGBTs e a evolução linguística

            Exatamente, AnaLú, o ponto do ‘obsoleto’ é relevante

            Há várias palavras que podem ser etimologicamente corretas, mas para as quais a dinâmica da sociedade as tornou as menos adequadas para expressar significados.

            Vamos às mais conhecidas:

            Homossexualismo x homossexualidade : ambas podem ser usadas (e até ainda há simpatizantes desavisados que usam o primeiro), mas quem acompanha as discussões vê que o primeiro termo está se tornando refúgio da resistência conservadora. Isto é, faz parte da comunicação o binômio emissor e mensagem, e quase todo mundo que usa homossexualismo se revela conservador e esse sinal é captado. Também não é quase mais usado porque a) não há o equivalente ‘heterossexualismo’; b) o sufismo -ismo, ainda que não incorreto, é muito usado para doenças. É desejo de quase todo mundo que se use heterossexualidade, então, em sendo assim que não se resista, use-se.

            Assumir-se x declarar-se :  ainda se usa assumir, mas declarar-se LGBT é crescente, porque apenas se assume aquilo que é equivocado (como assumir que se estacionou em lugar proibido ou que se bebeu demais numa festa.) Quando lembrar, portanto, use-se declarar-se.

            Opção sexual x orientação sexual : opção, ainda que até hoje usado por alguns simpatizantes (como jornalistas da Carta Capital (!) ), vem dos anos 1970, quando ainda não era amplamente disseminado que a única opção no assunto é esconder-se ou não… Opção é errado, também, porque faz parte do discurso anti-LGBT que imagina (ou quer que as pessoas imaginem) que as pessoas optam por sua sexualidade. Isso é tolo, além de conservador, porque nunca se viu alguém dizer “eu optei ser LGBT”. Enfim, não serve para algo intrínsico como a sexualidade, opção é para coisas que realmente se opta, como opção religiosa ou opção política, para sexualidade é orientação mesmo. Pode-se usar também condição.

            (De qualquer modo, mesmo que um dia apareça alguém que ‘opte’ ser LGBT, deverá ter seus direitos plenamente reconhecidos, do mesmo modo que se reconhecem os direitos civis de quem opta ser evangélico, ateu, neoliberal ou socialista.)

            Viado, bicha, fresco, biba, sapatão, traveca, etc, quem pode usar? Em princípio, se um termo é usado para menosprezar ou desqualificar alguém, nunca pode ser usado. Há uma licença social para duas situações: a) quando o termo for usado para autogozação de características idissioncráticas, na linha de ‘rir de si próprio é sinal de sanidade mental’, mas nunca como algo pejorativo; b) em contextos de humor, informalidade e de grande intimidade, mas, novamente, nunca em sentido pejorativo. Jornalistas, artistas, cronistas, etc podem usar alguns desses termos se, e somente se, forem claramente simpatizantes e usando para um contexto construtivo. 

            (O humor depreciativo, infelizmente, ainda não é proibido. Assim como os textos maliciosamente preconceituosos. Mas, se alguém não receber sanções penais receberá a sanção social. Qualquer uso mal intencionado ou preconceituoso de termos será tão socialmente recriminado como em situações que remetem a machismo, racismo, xenofobia ou intolerância religiosa. E é assim que deve ser, porque vivemos em uma sociedade que busca a evolução e o respeito á diversidade.)

            Homofobia, o que significa? Não é apenas a agressão física ou a aversão (fobia) a pessoas LGBTs. O termo foi vendo seu significado ampliado para abarcar, também, toda e qualquer resistência ao reconhecimento de direitos civis iguais e também à igualdade constitucional de proteção contra a discriminação. Se alguém batalha ou discursa para que LGBTs continuem numa posição discriminada ou com menos direitos, ou seja, algo irracional e de modo antissocial, é bem provável que receba a alcunha de homofóbico, mesmo que não se reconheça como tal. 

            Para alguém não ser chamado de homfóbico é muito simples: que não seja, reconhecendo algo tão lógico como a igualdade de direitos civis.

            Normal ou natural? Ambos. Nós, LGBTs, somos normais e naturais. O sentido de ‘normal’ em estatística é irrelevante aqui, o que prevalece como normal é o antônimo de anormal. Ora, se a intenção não é chamar LGBTs de anormais (o que, definitivamente, não somos) só pode ser usado normal mesmo.

            Casamento Gay, casamento LGBT, casamento homoafetivo ou casamento igualitário? É um problema. Não é errado referir-se a ‘casamento gay’, ‘questões de gays’ ou ‘pessoas gays’ porque a palavra gay, ainda que signifique homossexual cisgênero masculino quando usada em texto onde outras condições aparecem, tem também seu sentido ampliado para o coletivo de tudo que não é heteronormativo (na língua inglesa utiliza-se queer com esse segundo significado). Mas é no mínimo indelicado, pois passa a ideia que lésbicas, bissexuais e transgêneros (transsexuais e travestis) não foram lembrados. Um dos usos mais comuns de gay para o coletivo é o dado pela mídia: para facilitar o trabalho de titulação de matérias ou abreviar o tempo de narração. É assim que quase sempre vemos “casamento gay”, “beijo gay” em manchetes (até porque às vezes casamento igualitário ou beijo homoafetivo pode soar pernóstico.) Mas melhor mesmo é LGBT para muitas situações, como recomendado pelo escritório de direitos humanos da ONU. Ou homoafetivo ou igualitário em outras. Basta tentar ser sensível e respeitoso que se acerta.

            E daqui uma geração, quando estivermos com tratamento inclusivo para todo canto, basta usar casamento e beijo, não é mesmo? As adjetivações só fazem sentido em um processo temporário e de transição da sociedade.

            Afinal, não tem lógica se dizer que “Gunter e Luiz Carlos’ vão se casar homoafetivamente. Vão apenas se casar. Não tem lógica dizer que Hélio e seu companheiro estão se ‘beijando gay’, estão apenas se beijando.

            Finalmente, e sempre é bom lembrar, liberdade de expressão não deve ser confundida com liberdade para oprimir. 

             

  3. HG-BH

    Ah, o mundo é prá ser sentido e não prá ser explicado, e sentido no lugar de tradução compreensão. Acróstico

    Homens que

    Gostam de

    Beijar

    Homens 

    HG-BH……..E por acaso não deveria ser este o nome e não estes pejorativos que existem por ai: Viado(uns preferem o termo “veado’ por ser mais “chique”), bicha(como se as pessoas fossem animais e não humanos), gay(como se fossem obrigados a andar com os dentes prá fora em sinal de felicidade embora isso não seja possivel em todo e qualquer momento),,.. dai que….

  4. Para quem se explica a Globo?

    Essa discussão ocorreu nas redes sociais na própria sexta-feira, dia do último capítulo. O primeiro “credor” de explicações lembrado foram os anunciantes. O último capítulo da novela anterior, “Salve Jorge” teve uma audiência de 80% dos televisores ligados e, portanto, os anunciantes talvez esperassem o mesmo índice para “Amor à Vida”. No entanto, o último capítulo desta, com beijo gay e tudo, “só” deu 71%.  Portanto caberia aí uma explicação da Globo a seus anunciantes que são afinal aqueles que pagam a conta de todo o espetáculo.

    Foi também colocado que na verdade a Globo, com a nota, quer preparar o caminho para cenas semelhantes nos novos seriados e novelas. Então, a nota seria um “atenção, a partir de agora, vai rolar sempre. Senhoras e senhores, senhores patrocinadores, acostumem-se, porque agora é regra.” Outra explicação que surgiu dava conta de uma pretensa prestação de contas aos setores conservadores da sociedade.

    Nenhuma dessas explicações convenceu. Anuciantes que reclamarem que o último capítulo “só” deu 71% de share, precisam ser internados. O principal anunciante de “Amor à Vida”, a Natura, certamente não é homofóbico, segundo nosso comentarista Gunter Zibell. Gunter também citou pesquisa onde se apurou que 74% dos espectadores gostou de ver o beijo. A TV americana há muito tempo não tem esse índice de audiência, até porque lá não há uma Globo monopolizando essa indústria. São pelo menos três grandes redes de TV aberta dividindo mais ou menos a audiência em fatias aproximadamente semelhantes. Uma nota para preparar a audiência para futuras cenas ousadas? Soa estranho e a Globo nunca fez isso. Prestar contas aos conservadores? quem? Feliciano, Malafaia, Bolsonaro, Reinaldo Azevedo e seguidores, as senhoras beatas? Essa gente tem tanta importância assim a ponto da Globo se incomodar com eles?

    Falta ainda uma explicação melhor para os motivos dessa nota extemporânea.

     

     

    1. Também acho que falta explicação cabal.

      Mas ainda acho mais provável a dos anunciantes.

      A Malafaia, Bolsonaro & Reinaldo Azevedo é que não é. Até porque a decisão de gravar o beijo foi posterior às críticas de Malafaia (veiculadas pelo Lauro Jardim, o qual é o mais simpatizante blogueiro da Veja.)

      Pode ser também o que você fala: um aviso aos padres da ICAR (mais ligada à Globo) que daqui pra frente é assim: vai ter beijo LGBT em “A Teia”, vai ter em “Em Família”.

      E, como o Min. da Justiça disse que beijo gay não tem a ver com classificação etária de público, pode ter até em “Malhação”.

      As senhoras beatas tinham alguma influência nos anos 1980, quando criticaram “Amizade Colorida”.

      Agora? 

      Só ganham nota explicativa…

      Outra explicação é ser, por hábito, mais realista que o Rei. Nem sempre as coisas têm uma explicação, às vezes é apenas gafe mesmo.

    2. Beijo Gay

      É bom este alerta de que intimidades homossexuais, vão rolar sempre na programação Global , porque  assim, famílias  que tem por objetivo, educar seus filhos e filhas, para uma união,  num casamento, em que existe o pai a mãe e as crianças, não assistam  esta programação, que tem por objetivo promover um meio de vida,fazendo a cabêça das pessoas para que  acreditem, que o homossexualismo é o  sexo do secúlo, e que o amor entre um  homém e uma mulher é coisa ultrapassada, lamentável a distorção de valores, que a televisão tem trazido as famílias brasileiras.

  5. Muito barulho por nada!1 O

    Muito barulho por nada!1 O beijo gay, na tv, em absoluto, implica mudança de comportamento das pessoas, grosso modo, em relação a beijo gay, de homens ou mulheres, na rua ou em ambientes públicos privados. São dois atores heterossexuais, que a partir de um roteiro/narrativa que teve como objetivo “santificar” os personagens gays, que cairam na graça do público e esse era o objetivo dos autores. Mérito do autor da novela – apesar dos furos. No entanto, na vida real, as coisas não mudam muito. Sobretudo, há de se respeitar o fato de que as pessoas que não peretencem ao universo LGBTs , não são obrigadas a gostar de beijo entre homens e mulheres e que isso não significa “homofobia” e sim liberdade de expressão. 

    Ademais, o autorda novela, que é gay, é misógino: matou cinco mulheres, que eram vilãs, de forma violenta e penalizou o “macho” da estória. Freud explica….  Enfim,  a cena final, em sua plasticidade e cenografia, foi impecável, no entanto, a mesma mãe que adorou a cena do beijo, fora do espaço diegético, na vida real de um shopping, ou espaço público privad, a ver dois homens ou duas mulheres se beijando ficará chocada e tirará seu filho do espaço.

    1. Implica o engajamento de uma

      Implica o engajamento de uma emissora numa causa. A maioria da população brasileira não é gay mas a Globo age como se fosse, o nucleo de dramaturgia é completamente dominado pela causa gay e esse grupo está usando a capacidade de divulgação d Globo para defender sua causa. É uma atitude no minimo discutivel.

      1. Você viajou nessa, AA

        A Globo apenas reflete que a maioria da população brasileira que a assiste é simpatizante do começo de uma visibilidade para a homoafetividade.

        Não é relevante o tamanho da população LGBT. É relevante o tamanho da população simpatizante. Mais da metade percebe que o preconceito é um equívoco.

        Não é em nada discutível, portanto. E é elogiável seguir-se a obviedade, já que ser óbvio ainda não é comum no Brasil.

        De qualquer modo, não vale a pena discutir muito quando, exceto Malafaia, Bolsonaro e alguns militantes anti-Globo na internet, ninguém foi contra.

         

         

        1. Não é “a Globo”

          As Organizações Globo e sua administração não estão nem aí para o LGBT ou outros aspectos humanos e só combatem os evangélicos por causa da Record.

          Como já comentei, este longo e duro parto do beijo gay é fruto da prevalência no nucleo artístico das novelas (Projac/CGP). Custou e demorou!

          O resto é propaganda oportunista.

  6. o ” beijo gay” e os

    o ” beijo gay” e os progressistas,,

    desde ditadura, a tv globo é vanguarda do atraso nas grandes questoes, principalmente social e politica, respaldando ministerio publico e judiciario, uma tatica pega incautos é colonar temas morais polemicos na tentativa de atrair para o debate setor progressista da sociedade, critico dos metodos globais, final decada 70,  tema central era anistia aos exilados e a repercussao da volta, entra no ar malu mulher, discutindo divorcio e emancipacao da mulher, obvio, classe media, a mais critica na epoca.

    o tal “beijo-gay” e um possivel debate nas redes socias, colocara obviamente o setor progressista na defesa da globo x os  que usam o atraso para apoio, maior parte religiosos, nao sera este beijo que apagara a minipulacao do jornalismo, seja no mensalao ou nao, nao me admiraria se um promotor entrasse com acao contra globo para fermentar o debate,,,,

    o triste, enquanto um beijo vira polemica, continuam matando sem punicao pobres e negros na periferia, sem polemica.

     

  7. O Brasil é um país

    O Brasil é um país terrivelmente homofóbico em que um gay assumido (o hoje deputado Jean Wyllys) ganha uma bolada num reality show sendo escolhido pelo público e personagens gays (Crô e agora esse Félix) são os queridinhos dos espectadores de novelas (de roteiro fraquíssimo, diga-se de passagem).

    Como no caso do racismo ou de outras formas de discriminação contra minorias, uma coisa é reconhecer o problema, que existe e, lamento dizer, vai existir para sempre. Outra é exagerá-lo, como fez aquela senhora que exortou os brancos brasilieros a se assumirem racistas só por serem… brancos.

    1. Só personagens brancos

      Foi a novela com menos personagens negros dos últimos 800 anos. Só uma – que apareceu com uma grave doença de pele no hospital e depois sumiu ( não morreu porque apesar do nosocômio ser administrado por uma família de assassinos, psicopatas, esquizofrênicos e quetais, era privado, portanto blindado pelo marketing e ninguém morria ).

      No último dos 300 casamentos  e festas dos brancos mais que brancos pálidos, o diretor deu flashes em 3 casais mestiços ou negros. Era a cota.

      Acho que alguém pode argumentar que o Fagundes não é branco, e sim um ”charmoséeesimo” (sic) galã Bollywoodiano. 

  8. Da novela nada tenho a

    Da novela nada tenho a escrever porque há tempos não as acompanho. Sobre esse badalado beijo acho que logrou o seu intento. Alíás, o intento do autor que por sua vez atende aos anseios EMPRESARIAIS da Globo. É sobre isso que trata a Nota: negócios, business. 

    Me toca o encantamento , que não vem de agora, do movimento LGBT com a Globo. Um “namoro” que – parece – vai dar em casamento. Enfim, a “causa” ganha uma aliado de peso? Ou…….

    Ou se é assim, se a Vênus platinada resolveu assumir de vez seu “progressismo” para que esse malsinado Comunicado? Pode parecer simplória a advertência, mas todo mensagem busca um alvo. A quem a Globo busca “prestar contas” com essa redigida com palpos de aranha? Para o segmento LGBT, e de resto os “progressistas” em geral, no intuito de refrear um pouco o entusiasmo? Ou seria para o estamento conservador, hoje uma força política nada desprezível no país e que ao final dá as cartas?

    A Globo não dá murro em ponta de faca. Tal qual camaleão, ela procura se adaptar a qualquer contexto para preservar o que ao fim realmente lhe interessa: a hegemonia. Isso vem desde da década de oitenta quando, fiel aliada do regime militar, ignorou o quanto pôde os movimentos libertários da época só mudando suas coordenadas quando pressentiu que seria ultrapassada pela história. O exemplo maior para esse viés camaleônico foi sua adesão a campanha das “Diretas já” quando esta já empolgava o grosso da população.

    Isto posto, advogo que o Comunicado tem essa dupla finalidade que só aos distraídos acerca das suas estratégias e táticas pode parecer contraditório. Procura não alimentar demais as expectativas do grupo “progressista” ao tempo em que tenta “acalmar” os conservadores.Afinal, em termos de comunicação de massa e diferentemente até então, hoje ela arrosta concorrentes que alegremente albergarão um estamento conservador supostamente acuado pela onda de avanços nos costumes. 

    Os “progressistas” e adeptos do Estado secular nesse sentido tiveram uma vitória de Pirro. A verdadeira, a mãe de todas as batalhas, está sendo perdida. Pressinto uma onda de conservadorismo inédita para os próprios tempos. 2014 nos reservas (in)gratas surpresas.

    1. Vale lembrar do ‘Political Compass’

      http://pt.wikipedia.org/wiki/Political_Compass

      Enquanto as pessoas insistirem em chamar de ‘progressismo’ apenas quem se preocupa em tamanho de Estado, não se compreenderá o processo.

      Mas ao debate.

      “Me toca o encantamento , que não vem de agora, do movimento LGBT com a Globo. Um “namoro” que – parece – vai dar em casamento. Enfim, a “causa” ganha uma aliado de peso? Ou…….”

      Não vem de agora mesmo. Tem pelo menos dois anos que quase toda a programação da Globo é “simpatizante”. Parabéns à Globo, posto que não é proibido a políticos ou outras mídias também o serem.

      “A quem a Globo busca “prestar contas” com essa redigida com palpos de aranha?”

      Provavelmente para anunciantes que esperavam audiência melhor, mas foi 12% menor, em ‘share de aparelhos ligados’ que o último capítulo de ‘Avenida Brasil’.

      “Para o segmento LGBT, e de resto os “progressistas” em geral, no intuito de refrear um pouco o entusiasmo?”

      Depende muito do que se chama “progressista”. Eu, pessoalmente, sinto medo do autodenominado progressismo que considera progressista fazer concessões a fundamentalismo religioso.

      Mas o ‘entusiasmo’ não é só com a Globo, é com a sociedade brasileira. Não houve uma única personalidade (além de Bolsonaro) a criticar o capítulo. E não houve uma única personalidade (além de Malafaia) a criticar a postura pró-LGBTs da Globo.

      “…ignorou o quanto pôde os movimentos libertários da época só mudando suas coordenadas quando pressentiu que seria ultrapassada pela história.”

      Quem ignora hoje, até tenta invisibilizar, os movimentos LGBT? Só o governo federal e o Congresso. Pressentirão estes agentes a ultrapassagem pela história?

      “Procura não alimentar demais as expectativas do grupo “progressista” ao tempo em que tenta “acalmar” os conservadores.”

      Beijo gay não é causa ‘progressista’, é causa ‘secularista’ e de igualdade de direitos civis para LGBTS. Conservadores em economia são indiferentes a isso, não precisam ser acalmados ( a não ser em relação á citada audiência.)

      Tanto não é causa ‘progressista’ que não houve até o momento um único artigo na ‘blogosfera progressista’ falando do assunto. (Teve do Sakamoto, mas ele não é do lado governista.)

      Eu recebi dezenas de posts sobre a novela e o beijo. As únicas críticas vieram de 3 petistas (um que eu já havia até bloqueado no meu perfil, mas fiquei sabendo, como dos demais, por aparecer no site do Tsavkko.) Significa? Significa. o PT tem uma dificuldade atávica em aceitar que a Globo faz algo certo e que o governo faz algo errado. Paciência.

      Se não teve mais que 3 é porque começa a cair a ficha.

      “Os “progressistas” e adeptos do Estado secular nesse sentido tiveram uma vitória de Pirro. A verdadeira, a mãe de todas as batalhas, está sendo perdida. Pressinto uma onda de conservadorismo inédita para os próprios tempos. 2014 nos reservas (in)gratas surpresas.”

      Só se for ‘conservadorismo econômico’. Atrelar-se a fundamentalismo moral, hoje em dia, pelo menos em questões LGBT, é mico. Nesse sentido não há nenhum retrocesso para os adeptos do Estado secular, que, insisto, são um grupo que pode coincidir parcialmente, mas não totalmente, com os adeptos do ‘progressismo’.

      Vamos ver o que Lindbergh dirá aos eleitores para convencer da utilidade de associar sua imagem à de Malafaia.

       

  9. Não é “a Globo”…

    Todo o mundo físico, biológico e espiritual sabe que a Globo é uma empresa da direita e está longe de se preocupar com causas humanas (a menos de seus patoteiros).

    Há uns 15 anos fui prestar uma consultoria de automação no Projac (CGP). Sob este aspecto, um trabalho bastante rico e gratificante, já que é um centro bem avançado em tecnologia e infraestrutura.

    Mas o assunto é outro.

    Ao reparar um fusca cor de rosa no estacionamento, perguntei “en passant” se era de uma famosa cantora caminhoeira. A resposta do pessoal técnico com quem estava foi que era de um tal artista gay de terceira grandeza..

    Aí dissertaram um pouco sobre o assunto e me disseram que havia um “viadômetro” (sic) no Projac (Projeto Jacarepaguá, que não consegum mudar para Central Globo de Produções) e que ele já estava alcançando, no meio noveleiro, um patamar de uns70/80%, e crescendo.

    Isso, repito, há muitos anos, e misturava artistas, diretores, homens e mulheres ( o núcleo artístico).

    Portanto este lado gay certamente não é promovido por preocupações humanas da “diretoria” da emissora ou do grupo, mas pela vontade da maioria que controla as novelas, seja pela trama, seja pela atuação.

    Daí não ser difícil entender o comunicado “tangencial” da (diretoria da) empresa sobre o tão difícil parto do beijo gay.

    E de aproveitar a oportunidade marqueteiramente.

     

  10. Seja lá para quem for…

    …o comunicado, não precisava.

    Passaram-se dois dias e houve apenas três manifestações negativas: Eduardo Cunha, Malafaia e Bolsonaro.

    Parabéns à Globo e envolvidos.

    1. A novela é racista ou não?

      Analise, por favor, o desempenho dos atores que interpretaram os personagens negros ou não – brancos.

      Difícil resposta.

      1. Eu e que pergunto

        A novela ‘Lado a Lado’, ganhadora do Emmy de melhor novela do mundo ano passado, famosa por apresentar toda a problemática racial do começo do século XX, mas que foi das poucas nos últimos dois anos a não ter personagem LGBT, era homofóbica?

        Analise.

        (quanto a ‘Amor à Vida’ perdeu sim a oportunidade de incluir personagens negros.)

        1. Não vi ”Lado a Lado”, mas

          me parece que se tratava de novela de época. Época em que existiam gays. Portanto eles deveriam ter aparecido na trama, já que de uma obra premiada se espera que mostre todas as facetas da sociedade em que está ambientada.

           Quanto ao Emmy do ano passado , não quero diminuir a empolgação com que vc vendeu o peixe (ou seria o Haaat dog?), mas o fato da Globo ser citada no site da Academia Internacional de Artes e Ciências Televisivas como parceira não teria ajudado um pouquinho? p.s:sou a favor da luta de todas as minorias contra a opressão.

          http://www.iemmys.tv/partners.aspx

           

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